Aqui em Jerusalém, noite gay só tem uma vez por semana no HaKatze. Não existe cinemão, sauna e afins e, de vez em quando, acontecem umas festas que são divulgadas pelo site Atraf.com (o Disponível israelense). Esse esquema de divulgação é tipo superdiscreto, você tem que ligar pro cara pra saber onde é a festa e descolar um convite.
Teve uma vez que um palestino me deu um flyer para uma festa dessas na porta do HaKatze. Aliás, nesse dia que acontece a noite gay, tem turista de todo o mundo. Gays judeus e palestinos convivem em harmonia (o primeiro cara com quem saí aqui foi um árabe). Tem show de drags, que dublam Beyonce e afins, mas aqui já vi show até com música turca e árabe.
Fora isso, tem também o café Shilshom e um outro bar perto da rua Ben Yehuda que se definem como "simpatizantes", com bandeira do arco-íris e tudo.
Logo que cheguei aqui, fui no Beit HaPatuch (Jerusalem Open House), o centro de convivência gay. Todo mundo que trabalha lá é voluntário. Rolam exposições e uns encontros para as pessoas se conhecerem. Lá também é distribuída a revista gay local (Ha'ir).
Além do Atraf e das festinhas, a pegação rola solta no Parque da Independência à noite, quando judeus e árabes se encontram. A polícia fica em cima e os árabes desaparecem. Aliás, a polícia fica em cima porque os árabes meio que se prostituem. Tem uns religiosos que frequentam o local, fazem o atendimento, e daí colocam a kipá de volta na cabeça na hora de voltarem pra casa.
Falando nisso, o clima religioso aqui impera. Deve ser por isso que "homossexual assumido" é coisa raríssima, porque todo mundo sabe que tem, mas faze vista grossa. Quando alguém se assume dizem que é uma fase, que vai passar. Uma coisa que eu percebi é que tem muito cara que vai pra Tel Aviv, "enlouquece", volta pra Jerusalém e vira religioso.
E é claro que é possível trocar olhares na rua, nos cafés. A rua Hilel é super descolada. É lá onde estão algumas das lojas e salões de beleza mais legais da cidade.
fonte: Mix Brasil
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