quarta-feira, 10 de abril de 2013

Gays relatam desafio de sair do armário em diferentes locais do Brasil

Declarar-se abertamente gay, lésbica, bissexual ou transsexual para os pais, a família, amigos e colegas em escolas ou no trabalho pode ser um desafio complexo no Brasil, onde o assunto é tema de debates acalorados. "O armário é um espaço de gerenciamento de estigmas, de um segredo, uma informação que tem um peso social muito forte. É sempre um momento de muita tensão, um ritual de passagem", avalia Fernando Teixeira Filho, professor do Departamento de Psicologia Clínica da Unesp, no campus de Assis.

Muitas famílias se mantêm unidas através desse segredo, e revelá-lo publicamente pode significar a ruptura de alguns laços, e a criação de novos, diz o psicólogo, indicando que diversos fatores influenciam as reações de aceitação ou rejeição. Teixeira Filho diz que entre os que mais sofrem atualmente estão os transexuais, "que em geral sempre enfrentam uma reação péssima", e os bissexuais, que vivem em "um armário dentro de um armário" e sofrem preconceito de todos os lados. Veja alguns depoimentos concedidos à BBC Brasil:

Lilo OliveiraLilo Oliveira, universitária
"Tenho 20 anos, sou homossexual assumida e namoro uma linda guria. Como é ser homossexual nos dias de hoje? Bem, eu tenho me sentido como em uma guerra, na qual há aqueles fanáticos por religião, que zelam por seus preconceitos por detrás de palavras de um livro. Eu quero ter uma família, eu quero que minha namorada se torne minha esposa, queremos filhos, sonhamos com o casamento, morar juntas, dividir as coisas, como grande parte das mulheres sonham. Me questiono por que é mais fácil aceitar a violência do que o amor. Por que é tão natural ver mais uma mãe que jogou seu filho fora do que um casal homossexual adotá-lo.

Para muitos, não temos religião - para nós, é na fé de algo melhor que continuamos a lutar por respeito, por um mundo onde vivamos em paz. Nos chamam de desgraça, de fim do mundo, de vergonha, de intolerantes, de vítimas sem motivos, de câncer social, mas eu olho a foto ao lado, e vejo amor, vejo sonhos, futuros, vejo brigas, risadas, desentendimentos, vejo um casal como qualquer outro. Ser homossexual hoje é acreditar que amanhã as coisas hão de melhorar, é não abaixar a cabeça, é ter antes de tudo orgulho de si mesmo e saber que não há nada de errado com você. E mostrar para a sociedade que não há mal nenhum em amar."

Thiago MonferdiniThiago Monferdini, 25 anos, redator publicitário
"Me assumi lá no começo dos anos 2000, em uma cidade de cerca de 30 mil habitantes no sul de Minas Gerais, que é provinciana ao extremo. Fácil? Não, não foi. Houve desmaios e gritos. Pedidos de perdão para encher agendas de analistas de toda a região, mas me lembro de uma sensação, a de liberdade.

As três palavras mágicas 'eu sou gay' libertam! Eu prometo. Não existe nenhum olhar torto no mundo, nenhum cuspe na cara que dane a sensação de ter sido honesto consigo mesmo. As dores e prazeres são as maiores constâncias na vida de um homossexual, mas que chato seria se estas não existissem, não é? Hoje, liberto da cidade e do preconceito dos pais, eu afirmo: eu sou gay. Ouviu?"

Júlio Cézar MirandaJúlio Cézar Miranda, psicólogo
"Tenho 26 anos, moro em São Paulo, sou psicólogo e ser gay hoje é algo que ainda desperta muito a curiosidade de todos. Muitos que se dizem héteros têm muita curiosidade ao saber como se dão as relações com gays e afins. Tendo intimidade, então, as coisas mudam: a pessoa quer se descobrir. O prazer está em voga em nossa sociedade, a casualidade, o momento, o lance.

Ao me assumir em casa, meus pais sabiam já, mas se negavam a acreditar. É destruir sonhos patriarcais, laços familiares, sangue. É não viver conforme o padrão social e, com isso, fazer com que tudo e todos ao redor se desestruturem. Foi difícil, sim, pois as pessoas não são obrigadas a me aceitar como sou. Mas o que se passa comigo e com o meu interior e se isso está me fazendo feliz ou não é de direito coletivo? Afinal, pago minhas contas, impostos e não tenho privilégios por ser homossexual, e sim levo garrafadas e olhares tortos nas ruas por apenas ser quem sou. Sou um homem comum como qualquer outro, porém gosto de outros homens. Não acordei um dia de manhã e escolhi ser gay. Afinal, quem quer escolher o modo mais difícil de se viver? Ser gay não é escolha, e sim estado natural de viver."

Júnior MilérioJúnior Milério, 28 anos, jornalista
"Por volta dos 14 anos, disse para minha mãe que me interesso por meninos, e não por meninas. Com aquela idade, eu não imaginava o quanto a sexualidade de uma pessoa interfere na vida social. Meu interesse por meninos sempre foi natural, eu não escolhi. Ser gay não é uma opção. Nasci e cresci no interior de São Paulo e lá não há grupos de apoio a pais de gays, diferente de São Paulo hoje em dia, por exemplo. Então, minha mãe e eu tivemos que redescobrir, sozinhos, como amar novamente. E descobrimos. Garanto que o amor - acima de tudo o amor dentro de casa - me ajuda a ser completo na sociedade.

Foi na universidade, quando me mudei para Campinas para estudar, que me entendi como gay e cidadão por completo. Desde então, minha batalha é diária para ser respeitado, mas não com violência. Minha arma contra o preconceito e a homofobia é a minha educação, minha formação. A gente que sofre preconceito, seja racial, sexual, social, se cobra muito para ser melhor, numa tentativa quase inglória de compensar alguma coisa que é vista como menos ou inferior.

A falta de respeito. Essa é a principal dificuldade. O respeito é a base de qualquer relação. Da afetiva à social. Respeitar! A violência não é apenas quando um gay é agredido na rua. Esse é o cúmulo, o absurdo, o ápice da violência. Mas o princípio da violência é o desrespeito pelo que é diferente. Eu me sinto agredido quando quero ser cidadão e doar sangue e não posso. Quando vejo gente precisando de medula e sou proibido de fazer doação. E me sinto desrespeitado quando, apesar de ser proibido disso e de tantas outras coisas mais, me cobram impostos. Declaro imposto de renda. Pago minhas contas."

Andréia, 28 anos, advogada
"A primeira pessoa para quem eu contei da minha então recentíssima descoberta de 'gostar de meninas' foi há 12 anos, quando eu tinha 16 anos, e foi bem tranquilo. Poucos meses depois, meu pai descobriu por conta de um 'vacilo' meu. O momento da revelação foi um pouco tenso, pois na época nem eu sabia exatamente como me posicionar sobre o assunto. Meu pai me disse que se preocupava com o que eu poderia sofrer, mas afirmou que quem estivesse contra mim, estaria contra ele. Em seguida, com a minha autorização, contou para minha mãe, que ficou péssima e por anos não tocou no assunto comigo. Um dia, quando eu já tinha uns 19 anos, me deu uma revista cuja matéria de capa falava sobre lésbicas. Foi a forma de dizer que me aceitava.

Hoje meus pais tratam naturalmente o assunto e não fazem qualquer diferença entre minha namorada e a do meu irmão: tratam ambas muito bem e com muito carinho. Nunca sofri qualquer discriminação em casa. No entanto, sei que o posicionamento da minha família não é a regra. Tive problemas com os pais de diversas namoradas. De uma delas, a mãe tomou celular, dinheiro, carro, tudo. Proibiu de me ver, mandou para a terapia, nada adiantou. Isso foi no primeiro ano de relacionamento. Depois disso, namoramos mais cinco anos (dois dos quais moramos juntas no exterior).

Quanto aos meus amigos, nunca tive nenhum problema em me assumir gay. Todos, até mesmo os mais machistas, religiosos ou tradicionais, me aceitaram muito bem. Resumindo tudo isso, na prática vejo que o preconceito existe, mas a discriminação por orientação sexual é mais velada se o gay tiver boa condição social e nível profissional/educacional mais elevado. E que a postura de cada um perante o mundo contribui, em muito, para a quebra dos paradigmas."

César MartinsCésar Martins, 31 anos, produtor de moda e figurinista
"Quando fiquei com um menino pela primeira vez, aos 18 anos, contei para minha mãe e ela teve uma reação inusitada, dizendo 'eu sou sua mãe, eu não sou burra'. Desde pequeno eu já sabia, e nunca mexeu comigo. Me incomodava mais que me chamassem de magro do que de bicha. Sempre fui muito tranquilo. Meus pais sempre me deram todos os brinquedos que eu pedi, e não eram convencionais para meninos.

Meu pai nunca tocou no assunto, mas meus namorados dormem em casa, no meu quarto, e fazem parte da família, sem nenhum problema. Quanto ao ambiente profissional, sempre trabalhei com moda, e acho que, na verdade, não ser gay seria um problema. As modelos, por exemplo, teriam vergonha de se trocar na minha frente. Eu acho que ficou mais fácil, hoje em dia, 'sair do armário'. Acho que se fala mais do assunto, veio mais à tona na sociedade."

fonte: BBC Brasil

CEO da Apple é eleito o gay mais influente dos Estados Unidos

Tim Cook já venceu as edições de 2011 e 2012 da revista norte-americana

Tim Cook 02Tim Cook, CEO da Apple, nunca se assumiu homossexual, mas, ainda assim, foi eleito pelo terceiro ano consecutivo o LGBT mais influente dos Estados Unidos.

No ranking, que inclui 50 artistas, empresários, jornalistas e políticos, elaborado anualmente pela revista “Out”, Cook aparece à frente da apresentadora Ellen DeGeneres (2º), do roteirista e produtor Ryan Murphy (3º) e do apresentador da “CNN” Anderson Cooper (5º).

Dentre outras figuras conhecidas, aparecem na lista ainda o cantor Frank Ocean (10º), os estilistas Marc Jacobs (19º) e Tom Ford (31º) e a drag queen Ru Paul (50º). Conheça a seleção completa elaborada pela “Out” aqui.

fonte: ParouTudo

Rio de Janeiro: Governo recebe certificado da União Europeia pelo seu combate à homofobia

Nos últimos dias 4 e 5 de abril foi realizado em Brasília o Seminário Brasil - União Europeia de Combate à Violência Homofóbica.

O Governo do Rio recebeu da União Europeia e da da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República o Certificado de Boas Práticas em Políticas Públicas de Direitos Humanos para LGBT, como uma das cinco experiências que tiveram êxito no Brasil para a comunidade gay.

O prêmio foi concedido por conta da atuação no Programa Estadual Rio Sem Homofobia, que combate à discriminação por orientação sexual  e identidade de gênero.

A União Europeia avaliou o conjunto de ações e serviços implementados e oferecidos pelo Rio Sem Homofobia, entre 2010 e 2012, como os quatro Centros de Referência da Cidadania LGBT e o Disque Cidadania LGBT 0800 0234567, que foi destacado pelos representantes europeus.

"Planos abrangentes como o Programa Estadual Rio Sem Homofobia teriam uma aplicabilidade clara em muitas cidades europeias", disse o português Miguel Vale de Almeida, um dos responsáveis pela análise.

O objetivo da avaliação, que foi realizada no segundo semestre de 2012, foi comparar as experiências brasileiras e europeias no combate à homofobia e no acolhimento à população LGBT, como forma de aprofundar o diálogo e a cooperação entre os dois governos no enfrentamento à discriminação por orientação sexual e identidade de gênero.

"Foi com muita satisfação que recebemos essa certificação. Ela nos mostra que o Governo do Rio está no caminho certo. Sabemos que ainda temos um longo caminho pela frente e alguns obstáculos a superar, mas ficamos muito felizes pelo reconhecimento, que nos dá motivação para continuar trabalhando", declarou Cláudio Nascimento (foto), coordenador do Programa Rio Sem Homofobia.

fonte: A Capa

Marco Feliciano fecha sessão da CDHM para manifestantes, mas evangélicos entram

Manifestantes protestaram mais uma vez na sessão da CDHM

protesto CDHMApós tumulto dos manifestantes na sessão desta quarta-feira, 10, na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) mudou o local do debate e proibiu a presença do público. No entanto, evangélicos convidados pelo pastor puderam entrar.

A reportagem do portal “UOL” contou pelo menos 15 convidados de Feliciano ou de seu partido na sessão. O vereador Pastor João Campos (PSC-TO) de Palmas disse que compareceu à Câmara a convite de Feliciano. Já o pastor Ely Silva, de Belém (PA), disse à reportagem que era convidado do deputado Zequinha Marinho (PSC-PA).

Procurado pelo site, Roberto Marinho, assessor do deputado, que também já deu declarações homofóbicas, negou que Feliciano tenha convidado aliados. “Não tem convidado dele aqui, não”, chamando os outros pastores, portanto, de mentirosos.

fonte: ParouTudo

Marco Feliciano diz que Lady Gaga e Caetano Veloso tem pacto com o diabo

Marco Feliciano (PSC-SP) 09Lady Gaga é um diabo que canta e encanta e o cantor brasileiro Caetano Veloso, por sua vez, também fez um pacto com o diabo. Essas são as novas afirmações do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Marco Feliciano.

Em um vídeo disponivel no YouTube, o deputado e pastor diz que o sucesso de Caetano Veloso, na música “Sozinho”, foi graças a uma ajuda do diabo através da mãe de santo, já falecida, Mãe Menininha do Gantois.

“Alguns anos atrás, um cidadão sentado num banquinho, fazendo show com uma viola, cantou uma música chamada “Sozinho” e vendeu, em uma semana e meia, 1 milhão de cópias. Aí perguntaram para Caetano Veloso, qual era o seu segredo. E ele disse: meu segredo é Mãe Menininha do Patuá (sic). Antes de cantar, eu levo para ela que, possuída pelos orixás, diz ‘pode gravar porque eu abençoo’. Não subestime o diabo, porque ele tem poder”, declarou Feliciano, no vídeo.

Como se não bastasse, para o deputado “o diabo tem uma Lady Gaga que canta e encanta” (assista ao vídeo abaixo).

Mesmo com essas barbaridades proferidas por Marco Feliciano, sua renuncia está longe de acontecer.

Na terça-feira (09), após reunião com líderes de partido da Câmara, o deputado afirmou que irá continuar na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara e só deixaria o cargo se os petistas, João Paulo Cunha (SP) e José Genoíno (SP), acusados de corrupção, deixassem a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

fonte: A Capa

Seu rosto diz se você é ativo ou passivo, garante pesquisa

rosto masculino desenhoDe acordo com pesquisa publicada na edição de abril da revista Archives of Sexual Behavior, “observadores ingênuos” podem identificar corretamente o ativo ou o passivo em uma relação gay entre dois homens baseado nas características do rosto ou “masculinidade perceptível”.

O estudo diz: “Nos determinamos que a relação perceptível entre entre homens e as posições sexuais na realidade eram mediadas pela masculinidade perceptível. Juntos, esses resultados sugerem que as pessoas podem se basear em percepções de características relevantes para o esteriótipo de posições do gênero homem-mulher e relações heterossexuais para concluir a posição sexual em relações do mesmo sexo. Assim, relações entre casais do mesmo sexo e o comportamento sexual podem ser perceptualmente enquadrados, entendidos e possivelmente estruturados em formas similares às relações entre casais de sexos opostos, sugerindo que as pessoas pode se basear nessas inferências para formar percepções precisas.”

Os pesquisadores Konstantin O. Tskhay e Nicholas O. Rule ressaltam que “as descobertas são interessantes porque sugerem que as pessoas tentem a generalizar suas percepções esteriotipadas do formatos de relações heterossexuais para outras formas de comportamentos sexuais.” Eles ainda acrescentam: “Pessoas podem portanto interpretar uma variedade de relacionamentos com o olhar das convencionais dicotomias sexuais homem-mulher”, dizem, notando ainda que é possível que “efeitos similares possam ser observados em relações não sexuais, como amizade e interações interpessoais gerais”.

Um estudo similar, realizado pelo orgão do governo americano Centers for Disease Control and Prevention, observou os papeis sexuais em relações entre gays. A pesquisa, publicada em 2003 no The Journal of Sex Research, identificou que os rótulos-sexuais eram significativamente correlacionados com os comportamentos sexuais reais.

fonte: Pheeno

Rússia: Revista ajuda lésbicas a assumirem homossexualidade

Agens"Na Rússia, as lésbicas também podem ser felizes", disse à agência EFE Milena Cherniavskaya, diretora da primeira revista voltada a essa comunidade, cujo lançamento coincidiu com a aprovação de uma lei que proíbe a propaganda homossexual entre menores de idade.

"Queremos mostrar que as lésbicas não devem ter medo de viver abertamente e ser felizes. Há muitas lésbicas russas que levam uma vida normal. Não somos diferentes do resto de mulheres. Somos pessoas inteligentes, interessantes e bem-sucedidas profissionalmente", afirmou.

Cherniavskaya está encantada com o aval que está tendo a edição piloto da revista Agens tanto entre lésbicas como entre as mulheres que buscam um visão mais arriscada da atualidade. "Diria que 85% das críticas foram positivas. Quase não houve comentários homofóbicos", explicou.

A Agens é a única revista impressa para homossexuais desde que a Kvir, um oásis para as minorias sexuais russas durante a última década, deixou de sair em papel, em dezembro do ano passado, devido a problemas de financiamento.

"Não é um desafio ao governo. Nosso principal público são as lésbicas, mas a nossa é mais uma revista feminina alternativa. Não buscamos provocar nem infringir a lei", disse.

Cherniavskaya, que conta com 20 redatores, estilistas e fotógrafos, está convencida que "a revista sobre meninas para meninas" não terá problemas com as autoridades pela nova lei que proíbe a propaganda homossexual entre menores de idade, já que em sua capa tem, em letras bem grandes, o símbolo "+18".

"A situação piorou nos últimos meses. Na Rússia não existe uma política estatal sobre minorias sexuais, mas os problemas da falta de liberdade (expressão, manifestação, etc.) afetam todos. Muita gente não suporta e emigra", afirmou.

Em seu primeiro editorial, a diretora deixou bem claro os princípios da revista: "Mais cedo ou mais tarde chega um momento em que você entende que não pode se calar". "Muitas de nós não queremos sair às ruas com cartazes, gritar em megafones e brigar contra os homofóbicos", acrescentou.

O número inaugural inclui histórias como uma reportagem sobre o clube esportivo A-Mega de São Petersburgo, que integra quatro equipes de basquete compostas maioritariamente por lésbicas e que participa de competições internacionais.

Um dos mais interessantes é o artigo com conselhos psicológicos úteis para as lésbicas que decidem sair do armário em seu lugar de trabalho, um passo que pode chegar a ser muito traumático, mas menos arriscado do que aparenta. Segundo a reportagem, só 10% das lésbicas russas perderam seu posto de trabalho devido a sua orientação sexual.

"Qualquer pessoa pode ler nossa revista. Atualmente, mais da metade dos leitores são heterossexuais. Trata-se de criar uma ponte entre os públicos. Queremos mostrar outra realidade que não sai na imprensa geral. Sinto que há uma demanda", disse.

As seções mais arrojadas incluem uma reportagem sobre a vida de duas jovens lésbicas que brigaram com suas famílias, comentários de vários personagens sobre o que consideram sexo e uma história sobre o dualismo entre lésbicas e bissexuais.

A leitora da Agens também encontrará moda, penteados - "as lésbicas também podem ser elegantes e usar cores chamativas", destacou - e também reportagens em geral sobre como fazer um curta-metragem ou o uso da simbologia lésbica na publicidade.

"O maior problema das lésbicas não é a reação de seus pais, e sim se aceitar como uma, já que na imprensa e em seu entorno todas as histórias são negativas. Queremos mostrar também as positivas. A auto-estima é muito importante", afirmou.

Cherniavskaya promete que o primeiro número sairá em junho oficialmente e incluirá temas especificamente para lésbicas, como lugares de descanso e uma reportagem sobre os trâmites burocráticos necessários para se casarem e as vantagens do casamento homossexual.

"Nem tudo está perdido. Na cidade de Magnitogorsk encontramos um casal de lésbicas com dois filhos. Inclusive nos convidaram para o casamento em setembro".

Se tudo acontecer segundo o previsto, já que várias companhias entraram em contato com a revista mostrando interesse no projeto, até 10 mil exemplares de Agens chegarão às bancas em dois meses com mais de 100 páginas.

Sobre o futuro da comunidade homossexual na Rússia, Cherniavskaya, que tem 24 anos e não se considera "100% lésbica", acha que "na Rússia ninguém pode saber o que vai acontecer dentro de cinco ou dez anos".

fonte: Terra

Mariana Mollina fará participação em Salve Jorge

transformista Mariana MollinaFamosa, a transformista residente da Blue Space São Paulo (SP) e Victoria Haus (DF), Mariana Mollina, fará uma participação na novela das 21h, Salve Jorge. A novidade foi noticiada pelo Almanaque na TV mas ganhou asas quando o blogueiro Hugo Gloss espalhou. A participação da gaúcha vai ao ar na segunda-feira (22), e a própria autora, Glória Perez, a anunciou em seu twitter.

twitter Gloria Perez

Mariana é conhecida por suas performances em que atua como cover da cantora Beyoncé. Confira um pouco do trabalho da artista:

fonte: GOnline

“Me perguntam se para gostar de mulher preciso me vestir assim”, diz Thammy Miranda

Thammy Miranda Mais VocêNo ar como a policial Jô, de "Salve Jorge", Thammy Miranda participou do "Mais Você" desta quarta-feira (10). Além de falar sobre a transformação da personagem – que esta semana apareceu bem feminina ao dançar "Conga La Conga" na boate de Russo (Adriano Garib) –, a filha de Gretchen, que é homossexual assumida, contou o que escuta do público a respeito de seu visual no dia a dia.

"Me perguntam se para gostar de mulher preciso me vestir assim. Digo que não. Existem muitas mulheres homossexuais que são femininas. A Daniela [Mercury] é uma. Me visto assim porque me sinto bem. É a minha forma de me sentir bem", explicou, referindo-se aos figurinos masculinizados que usa no cotidiano.

Thammy confessou que é tímida e contou que morreu de vergonha ao assistir a dança de Jô na trama das nove. "Assisti na minha casa com um travesseiro no olho", revelou, acrescentando que "é estranho" se ver de mulher.  Ao ver fotos de quando tinha 18 anos, a atriz lamentou não ter mais o mesmo corpo da adolescência. "A única coisa que queria de volta era essa barriga. Com 30 anos é difícil", disse.

Durante o bate-papo com Ana Maria Braga, Thammy lembrou de quando sua mãe descobriu sua homossexualidade. "Minha mãe ficou sabendo quando tinha 18, logo depois que fiz a revista [masculina]. Foi muito difícil profissionalmente. Para mim foi muito difícil arrumar trabalho. Ninguém queria apostar em mim", contou.

Thammy contou que aos 24 anos decidiu que queria ser ela. "Queria ser feliz comigo mesma. Podia não fazer mais nada na vida. Podia fazer faxina, trabalhar no mercado. Porque me olhava no espelho e não me reconhecia", disse.

Ela disse que quando Gretchen descobriu que ela era gay, pensou que fosse uma forma de agredi-la ou de chamar atenção. "Aí conversei com ela e disse: "mãe, você acha que se pudesse escolher, ia escolher sofrer preconceito? Não tenho escolha. Nasci assim", lembrou.

Thammy contou que, para ela, o que mais mexeu com Gretchen foi a expectativa que a mãe colocou em cima dela. "Ela criou uma expectativa grande em cima de mim. Ela esperava que desse sequência à carreira dela. O castelinho dela foi por água abaixo", afirmou.

Thammy elogiou Glória Perez, autora de "Salve Jorge", e afirmou que pretende dar continuidade à carreira de atriz. "Só quero dar sequência nessa carreira. Me descobri. Nasci como atriz pelas mãos da Glória. Sou muito feliz no que faço. Hoje me sinto completa", revelou.

fonte: UOL

"A mãe de minhas filhas voltou a ser feliz", diz ex-marido de Daniela Mercury

Marco Scabia, o ex-marido de Daniela Mercury, é capa da revista “Caras” dessa semana. Italiano de nascimento, mas morador de São Paulo, o publicitário tem três filhas adotivas com a cantora baiana.

Marco Scabia

Para a publicação, ele falou sobre o relacionamentop de sua ex-mulher com a jornalista Malu Verçosa. “Eu sabia. Daniela e eu sempre nos falamos tudo. Por isso, entre nós dois jamais haveria surpresas... Acredito que fui o primeiro a saber”.

> Daniela Mercury assume novo amor: "Malu agora é minha esposa"

Scabia garante que não tem nenhuma mágoa e que não houve traição. “Antes de casarmos, Daniela e eu fomos amigos e agora voltamos a ser amigos. Não vejo motivo para me sentir magoado. Daniela começou o relacionamento quando nós dois já estávamos separados... Não houve traição”, diz ele.

O italiano disse que só conhecia Malu socialmente, já que ela namorava Fabiana Crato, assessora de Daniela. “Vez ou outra eu a via, mas não com muita frequência e sem nenhuma intimidade”.

Sobre a escolha de Daniela, Scabia é enfático: “Se Daniela a ama, eu nem preciso ter opinião a esse respeito”. O publicitário também falou sobre o que espera do relacionamento de Malu com as três filhas que tem como Daniela.

“Daniela é sensível e inteligente demais. Se ela escolheu a Malu, é porque ela tem todas as condições para integrar o núcleo familiar, ajudar a criar as nossas filhas, que hoje são o nosso maior interesse, como sempre foi”.

Ele ainda garante que está muito feliz com a decisão da cantora e não condena sua saída pública do armário.

“Estou muito feliz, porque sei que ela está sendo feliz e é isso o que importa para mim. A mamãe de minhas filhas hoje voltou a ser feliz; o que mais eu poderia querer? Ela sempre foi uma grande mãe, mas não duvido que agora, feliz, vai ser melhor mãe ainda, se é que isso é possível”.

fonte: A Capa

Governo Federal quer fazer sistema nacional sobre violência contra LGBT

Enquanto o pastor e deputado Marco Feliciano, acusado de homofóbico e racista, ocupa a cadeira da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, o Governo Federal propõe a criação do Sistema Nacional de Enfrentamento à Violência LGBT. Este sistema, de acordo com o presidente do Conselho Nacional de Combate a Discriminação LGBT, Gustavo Bernardes, tem como objetivo unir forças na esfera Federal, Estadual e Municipal para combater a violência contra a população homossexual. “Este é um projeto importante que queremos colocar em pauta neste novo momento do Conselho”, diz Gustavo.

O documento disponível para download (aqui), no site da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da Republica (SDH) e exibe alguns dados referentes ao primeiro Relatório Sobre Violência Homofóbica no Brasil que demonstrou que entre janeiro e dezembro de 2011 foram denunciadas 6.809 violações aos direitos humanos contra homossexuais, envolvendo 1.713 vitimas e 2.275 suspeitos. Este Sistema Nacional LGBT une diversas esferas do poder político para incentivar a instalação de Conselhos Estaduais, Distrital e Municipais LGBT e Coordenadorias, como também a criação de políticas públicas voltadas para este público, como forma de enfrentamento à violência contra a população LGBT.

Para o ativista dos direito LGBT, Toni Reis, é importante estudar o que de fato a Secretaria dos Direitos Humanos vai fazer com projeto e “o quanto de recurso será aplicado nesta divisão entre estados e municípios, além dos comitês que serão criados”.

No documento, outro objetivo do projeto é a capacidade de “articular políticas públicas, ações e mecanismos voltados à promoção de Direitos LGBT”, além de “monitorar os casos de violência contra LGBT, bem como, as providências adotadas e trocar experiências exitosas de combata a violência entre os entes federados no intuito de promover indicadores a cerca das políticas públicas eficazes”.

Entre os órgãos que irão compor o Sistema Nacional LGBT estão a SDH, os Ministérios da Cultura, da Educação, da Justiça e da Saúde. Liberar para consulta pública o projeto faz parte da meta do Conselho Nacional de Combate à Violência LGBT, “queremos saber a opinião pública sobre as pautas discutidas em nossas reunião e aproximar a população do Conselho”, diz Gustavo.

fonte: MixBrasil

Itália: Pessoas mudam suas orientações sexuais em vídeo a favor do casamento gay

A Itália, um dos países mais conservadores da Europa na questão dos direitos dos homossexuais, também entrou na luta do casamento gay.

CondividiloveA campanha "Condividilove" (Compartilhe o Amor) traz um vídeo a favor do casamento igualitário, abordando o tema de uma forma bem criativa.

Homens e mulheres misturam suas orientações sexuais e gêneros nas suas falas. "Sou mãe", diz um homem, "sou filho", diz uma mulher, "somos lésbicas", diz um casal composto por um homem e uma mulher, "sou transexual", diz uma senhora, e daí por diante.

"O matrimônio é um direito de todos", diz a mensagem final do vídeo. O resultado ficou bonito e emocionante.

fonte: A Capa

França: Senado aprova artigo sobre casamento gay

O Senado francês adotou na noite desta terça-feira, por 179 votos contra 157, o primeiro artigo do projeto de lei sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o que abre caminho para o matrimônio gay.

O projeto, já aprovado pela Assembleia Nacional e que constitui a primeira reforma social promovida pela esquerda no poder na França, legaliza o casamento gay e a adoção por parte de casais do mesmo sexo.

A medida contou com o apoio da maior parte dos senadores da esquerda, entre socialistas (PS), comunistas (CRC) e ecologistas (RDSE). A maioria dos senadores de direita rejeitou a medida, mas cinco votaram 'sim' e dois se abstiveram.

A votação ocorreu após dez horas de debates e de várias tentativas da direita de obstruir o processo, em meio a um clima tenso. "Apesar das tentativas de obstrução da direita, o Senado adotou o artigo 1, que autoriza o casamento entre pessoas do mesmo sexo", saudou o presidente do PS, François Rebsamen, momentos após a votação.

"A adoção deste artigo pela maioria dos senadores acaba com a discriminação contra a opção sexual dos cidadãos (...) e marca uma vitória na luta contra a homofobia e pela tolerância e a democracia", concluiu Rebsamen.

fonte: Terra

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