quarta-feira, 31 de março de 2010

Ricky Martin teria assumido ser gay a pedido do namorado

Segundo o site 'Miami Herald', o parceiro do cantor não aguentava mais viver escondido.

rickymartin Ricky Martin resolveu sair do armário e já começaram a surgir especulações sobre a verdade razão de o cantor ter assumido sua homossexualidade.

Segundo o site "Miami Herald", Martin atendeu, na verdade, um pedido de seu parceiro, um porto-riquenho, que não suportava mais viver escondido. "Ele estava cansado de se esconder e se sentir ameaçado por expor sua sexualidade", contou uma fonte.

fonte: EGO

A assumida Rosie O'Donnell pode substituir Oprah Winfrey na tevê americana

RosieODonnell O reinado de Oprah Winfrey está terminando, uma vez que a apresentadora já anunciou que esta será a última temporada de seu talk show.

Quem pode assumir o seu lugar, no horário, é a engraçadíssima e Lésbica assumida Rosie O’Donnell.

Rosie se reuniu com os produtores Dick Robertson e Scott Carlin, com quem já trabalhou no extinto “The Rosie O’Donnell Show”, que ficou seis anos no ar.

A previsão é que a comediante volte à tevê no lugar de Oprah em 2011. Rosie está namorando Tracy Kachtick-Anders desde o início deste ano.

fonte: Central de Notícias Gays

Morango sobre Dourado: 'A vitória dele foi um retrocesso'

A mineira contou que nem parabenizou o lutador pelo prêmio.

Angélica é cercada por fãs no hotel Angélica e Dourado se tornaram desafetos declarados durante o "Big Brother Brasil 10" e, ao contrário de alguns brothers que decidiram deixar as brigas para trás, a jornalista mineira não quer saber de fazer as pazes com o lutador. Em conversa com o EGO, na manhã desta quarta-feira, 31, a moça contou que nem parabenizou o ex-companheiro pelo prêmio e criticou sua vitória.

"A vitória do Dourado foi um retrocesso. Não o parabenizei, nem acho que ele mereceu ganhar. Nem sempre a maioria faz a coisa certa. Mas ele ter sido o vencedor não foi surpresa. Ele tem o perfil dos outros vencedores de BBB. Nunca uma mulher bonita e com garra ganhou esse programa", disse Angélica.

fonte: EGO

Guta Stresser apoia projeto de série gay

Tárik Puggina, Guta Stresser e Caesar Moura: madrinha de peso ‘Farme 40 Graus’ está sendo negociada com TV a cabo.

Guta Stresser virou uma das principais incentivadoras do projeto “Farme 40 Graus”, série que pretende retratar questões do universo gay tendo o Rio de Janeiro como cenário. Ela se encontrou com o produtor Tárik Puggina e o dramaturgo Caesar Moura para saber como está a negociação para que “Farme” vá ao ar em uma TV a cabo. “Já me sinto madrinha do projeto", brincou.

fonte: EGO

Gays de Porto Rico pensam em Ricky Martin como líder de causa

ricky_martin Depois que o cantor portorriquenho Ricky Martin assumiu sua homossexualidade nesta segunda-feira (29), alguns integrantes da comunidade gay de Porto Rico já pensam no artista como um possível líder da causa na ilha caribenha.

Mais cauteloso, o editor do site OrgulloBoricua.net, Mario Rodríguez, opinou em declarações à Agência Efe que talvez seja cedo para que Martin se junte a tipo de iniciativa, já que "acaba de sair do armário". "Há um setor que o quer como líder da causa. Há quem pretende que seja ativista", disse Rodríguez à Efe, cujo site serve para reunir a comunidade gay de Porto Rico, já que não há na ilha uma associação desse coletivo.

O editor da página disse que a orientação sexual do artista não era segredo há muitos anos em Porto Rico, mas opinou que "se trata de um processo pode levar anos". Segundo Rodríguez, o anúncio de Martin foi recebido de forma distinta na ilha, onde existe para ele uma atitude conservadora na classe política que destoa do sentimento do povo portorriquenho.

Pedro Julio Serrano, ativista de defesa dos direitos humanos e da causa gay em Porto Rico, mostrou também seu orgulho com a notícia de que Ricky Martin "saiu do armário". "Me sinto orgulhoso de que Ricky Martin anuncie que é um dos nossos. É um dia glorioso para as comunidades lésbica, gay, bissexual e transgênero de Porto Rico", afirmou.

Serrano ressaltou que o fato de que uma pessoa tão querida e reconhecida como Martin anunciar que é gay "dá esperanças a milhares de jovens que estão lutando para aceitar sua orientação sexual ou sua identidade de gênero".

O Comitê Contra a Homofobia e Discriminação se solidarizou também com as declarações do artista portorriquenho, além de reconhecer sua coragem "por dar um passo tão importante como aceitar publicamente sua orientação sexual". A organização pediu que os artistas de Porto Rico se solidarizem com seu colega e que tomem exemplo da atitude de Ricky Martin.

A iniciativa do cantor já foi aplaudida por seus companheiros de profissão atuantes na ilha, como o cantor René Pérez Joglar, o Residente da dupla de reggaeton Calle 13, que escreveu em sua página no Twitter que Ricky Martin é "muito mais homem do que muitos que dizem sê-lo".

Gilberto Santa Rosa, um dos cantores de salsa mais famosos de Porto Rico, disse que a decisão de Ricky Martin foi "muito valente". Já a cantora Olga Tañón, também nascida na ilha e vencedora de dois prêmios Grammy, mostrou seu respeito a Martin por seu "exemplo de coragem e determinação".

Ricky Martin assumiu sua orientação sexual em um texto postado em seu site oficial no qual diz que aceita sua homossexualidade "como um presente dado pela vida". Martin, que tem 38 anos e dois filhos gêmeos pequenos nascidos de uma gravidez de aluguel, disse ter alcançado a "serenidade" necessária para escrever suas memórias como uma ferramenta para se libertar de "coisas que vinha carregando há muito tempo" e se aproximar de suas "verdades".

fonte: Terra

Após vitória de Dourado no BBB, Grupo Arco-Íris reafirma: 'Ele é homofóbico'

'A vitória dele prova que ainda temos um país muito homofóbico', acredita a presidente da ONG, Gilza Rodrigues.

Marcelo Dourado ao centro, campeão do BBB 10, juntamente com os finalistas Cadu e Fernanda Marcelo Dourado ganhou o "Big Brother Brasil 10", mas não conseguiu reverter sua imagem com a comunidade gay. Procurado pelo EGO para comentar a vitória do lutador, o Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT lamentou que o gaúcho tenha sido escolhido como vencedor do reality e reafirma: "Acreditamos que ele é homofóbico".

"Dourado teve atitudes machistas e homofóbicas durante todo o jogo, mesmo assim foi aprovado popularmente. É triste. O lado positivo dessa história é que isso prova que ainda temos um país muito homofóbico", afirma a presidente da ONG, Geiza Rodrigues.

Apesar da afirmação de Dourado, que garante não ser homofóbico e, ao saber que alguns membros de sua torcida teriam feito ataques contra o site do grupo neste fim de semana, se defendeu dizendo que não tinha controle sobre a situação, o grupo não amenizou as críticas ao lutador.

Grupo Arco-Íris "É muito fácil falar que não apoia as atitudes da torcida, mas foi isso que o ajudou a ganhar o prêmio. Isso mostra a identidade que ele construiu. Quem são essas pessoas que apoiam ele? Hoje em dia, socialmente falando, é feio discriminar um gay... É óbvio que ele não ia admitir que tem algum preconceito. Fazer discurso é fácil!", analisa a representante do grupo.

'Tenho medo dele!', diz Miss Brasil Gay
Ava Simões, a Miss Brasil Gay 2009, também não apoiava o gaúcho no jogo e admite que não gosta do jeito dele, mas teve um discurso mais ameno. Na final, a torcida da transformista estava dividida entre Cadu e Fernanda, "companheira de profissão".

"Não gosto do Dourado porque ele sempre foi muito jogador na casa e eu fiquei chocada quando ele deu aqueles socos no jardim. Parecia um doido. Acredito que, por causa do jogo, ele não foi homofóbico, mas na frente dele eu não passo não. Tenho medo dele! Ele ia puxar minha peruca", diverte-se Ava, relembrando a situação que passou ao ser eleita como vencedora do Miss Gay.

fonte: EGO

Lésbica vítima de piadinhas processa comediante

Lorna Pardy alega ter sido discriminada em show de stand-up e pede US$ 20 mil de indenização

Lorna Pardy (à esq.): vítima de piadas infamesO caso da lésbica canadense que diz ter sido vítima de piadas infames em um show do comediante Guy Earle chega aos tribunais esta semana.

Em 2007, Lorna Pardy (na foto, à esq.) alega ter ido a um restaurante emVancouver para assistir à apresentação de comédia stand-up, quando ouviu comentários preconceituosos do humorista.

No processo contra Earle, Pardy pede uma indenização no valor de US$ 20 mil. Segundo Pardy, ela e a namorada foram vítimas de piadas que atacavam sua aparência, gênero e sexualidade.

Testemunhas disseram ter visto o comediante pegar o microfone e iniciar um ataque contra as duas mulheres no final do show. Earle teria chamado Pardy e sua namorada de “gordas, feias e lésbicas”. Já o comediante alega que o casal atirou bebidas nele.

A audiência está prevista para durar quatro dias.

fonte: Dykerama

Ricky Martin diz se sentir "mais forte do que nunca" após assumir que é gay

Ricky Martin O cantor porto-riquenho Ricky Martin agradeceu nesta terça-feira o apoio recebido um dia depois de anunciar ao público que é homossexual.

"OBRIGADO, minha gente! Sinto o carinho! Estou aqui, adorando suas mensagens. Eu estou muito bem. Mais forte do que nunca! Sigamos em frente", escreveu o músico, de 38 anos, em sua página na rede social Twitter.

O cantor de sucessos como "La Vida Loca" e "María" anunciou que é homossexual em uma carta divulgada em sua página oficial na internet e afirmou que a confissão foi parte de "um processo muito intenso, angustiante e doloroso, mas também, libertador".

A declaração de Martin provocou um congestionamento em seu site e até esta terça-feira continuava sendo reproduzido no Facebook, no Twitter e na imprensa hispânica um grande volume de reações de astros do mundo do espetáculo, que de forma unânime aplaudiram "a coragem", "a valentia" e "a honestidade" do cantor.

O cantor e compositor espanhol Miguel Bosé escreveu em seu Twitter: "querido Ricky, se é que é possível, a partir de hoje gosto mais ainda de você do que já gostava. Um homem e tanto. Abraços fortes".

A cantora mexicana Sasha Sokol, com quem Ricky Martin manteve um relacionamento após atuarem juntos na novela "Alcanzar una estrella", publicou que "não se trata de ser tolerantes ou intolerantes. Trata-se de respeitar a dignidade insubstituível de cada um. Quem nos atrair ou com quem decidirmos compartilhar nossa vida ou ir para a cama não deve ser tema de debate público".

O músico colombiano Juanes escreveu: "todo o meu respeito e carinho para ti, Ricky. Você é um cavalheiro".

Também no Twitter, a atriz Eva Longoria considerou Martin "inspirador e belo".

Em uma declaração intitulada "sobre a saída do armário de Ricky Martin", Jarrett Barrios, presidente da Aliança de Gays e Lésbicas contra a Difamação (GLAAD, na sigla em inglês), disse que "quando alguém como Ricky Martin sai do armário, centenas de milhões de pessoas agora têm uma conexão com um artista, uma celebridade e talvez o mais importante, um pai que é gay".

"Sua decisão de ser um exemplo de abertura e de honestidade pode levar a uma maior aceitação de incontáveis pessoas gays nos Estados Unidos, na América Latina e no mundo", destacou o ativista do movimento radicado nos Estados Unidos.

fonte: G1

Gays pedem que celebridades brasileiras sigam exemplo de Ricky Martin

A Associação Casarão Brasil Associação GLS, que reúne várias ONGs de orientação homossexual, comemorou nesta terça-feira a decisão do cantor porto-riquenho Ricky Martin de assumir sua orientação sexual e pediu que as celebridades brasileiras sigam o mesmo exemplo e também "saiam do armário".

"Graças a Deus Ricky Martin saiu do armário. Todo mundo já falava que ele era gay. É um alívio pessoal para quem assume. Na televisão brasileira temos muitos gays, mas nenhum assume como Ricky. Todos deveriam seguir o exemplo dele", disse à Agência Efe o presidente do movimento, Douglas Drummond.

Ricky Martín tornou pública sua orientação sexual em comunicado divulgado na segunda-feira em seu site: "me sinto abençoado por ser homossexual".

"Acho que isso tudo é preconceito do mercado publicitário. Na televisão brasileira não é permitido beijo entre dois homens ou mulheres, sabendo que existem inúmeros escritores, diretores e atores gays. Isso nos leva à conclusão que é o patrocinador quem impõe essas condições", apontou Drummond.

O ativista disse que "no cinema quem manda é o diretor, no teatro o ator, mas na televisão é o patrocinador. Temos apresentadores gays e o caso de Ricky demonstra que em todas as esferas da sociedade, em todas as famílias, existem gays".

"Em uma cidade pequena, quando um filho assume que é gay ou uma filha adolescente fica grávida, todo mundo esconde o fato, porque sempre vão falar mal de nossos filhos. Mas se tivermos coragem de assumir, ninguém falará mais nada. Ricky deixa uma mensagem que independentemente de sua orientação continuará com sua música, que já encantou o mundo inteiro", ressaltou.

Casarão Brasil criou a primeira Câmara de Comércio de LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis), cujo lema é "Vamos tirar o mercado do armário", que tem no turismo um dos principais setores de faturamento.

A criação de delegacias especializadas no atendimento policial de delitos e crimes contra os homossexuais como existem para as mulheres e menores e a criação de albergues para a população homossexual que vive na rua, são algumas das metas do movimento.

"Com atitudes como as de Ricky Martin, seguidas por outras celebridades que saiam do armário, como o nosso Cazuza, o apoio da sociedade a toda nossa luta e ao trabalho social será mais enriquecido", manifestou o ativista Renato Fortes, quem faz parte do Parada Orgulho Gay de São Paulo.

Cazuza (1958-1990), um dos símbolos do rock brasileiro, assumiu que era gay durante um show e a relação com o também cantor Ney Matogrosso, para depois se transformar em um lutador contra a aids, doença que contraiu e o levou à morte quando tinha 32 anos.

fonte: G1

Está mais do que na hora, desse povo sair do armário. Chega de hipocrisia. O negocio é ser feliz, o resto é bobagem...

“Filha” de Cher muda de sexo e agora quer mudar de nome

Ela pediu à justiça a mudança do nome feminino para masculino

chazbono3 A escritora, ativista e estrela de reality show Chastity Sun Bono está pedindo a justiça a mudança de nome e gênero.

Aos 41 anos, ela fez uma petição para poder adotar um nome masculino que já usa hoje: Chaz Bono.

O médico de Chaz forneceu uma declaração informando que ela passou por uma operação de mudança de sexo, ano passado.

Detalhes do tratamento não foram divulgados. Não se sabe, por exemplo, se o médico fez o implante de um pênis.

Chaz considerou a mudança de nome e gênero "a melhor decisão" que já tomou na vida.

fonte: Toda Forma de Amor

‘Não sou homofóbico de jeito nenhum’, afirma Dourado em coletiva

O lutador pretende investir parte do seu prêmio milionário no conforto da família.

Dourado, vencedor do BBB10 Vencedor da décima edição do "Big Brother Brasil", Dourado negou em conversa com os jornalistas, na noite desta terça-feira, 30, que tenha preconceito contra os homossexuais. “Não sou homofóbico de jeito nenhum. Só soube disso no momento em que eu sai. Lá dentro era um jogo. Jamais pratiquei qualquer tipo de violência contra os gays.”

O lutador completou o tema, dando a sua opinião sobre um grupo de seguidores que tem usado seu nome para declarar guerra aos coloridos: "Jamais pratiquei qualquer tipo de violência contra os gays. Podem torcer por mim e citar várias coisas. Não posso comentar o que os outros fazem. Sou responsável pela minha índole. Não sei sobre o que isso se refere."

Em relação ao prêmio de R$1,5 milhão, Dourado disse que pretende dar uma vida melhor à família. “O dinheiro, eu vou investir. Quero dar alguma coisa boa para os meus irmãos. Quero uma casa, pois eu nunca tive. Vivia de aluguel, quero ir para outro lugar. Devo tudo a minha família, aos meus professores de escola e tudo mais. Tudo o que sou de valores, devo a eles.”

Os três finalistas: Cadu, Dourado e Fernanda
Sobre o futuro, o novo milionário pretende continuar morando no Rio: “Sou filho de Porto Alegre, tudo meu está lá. Quero visitar a minha família. Mas vou continuar morando no Rio, meu futuro profissional está aqui”, afirmou.

fonte: EGO

Lady Gaga pode interpretar tema de novo filme da série '007'

A informação foi divulgada pelo tablóide britânico “The Sun”

lady-gaga 2 Lady Gaga pode interpretar a nova música da franquia “007”. De acordo com o tablóide britânico “The Sun”, a cantora estaria cotada para escrever e cantar a música tema do próximo longa que conta a história do famoso agente.

"A produção da franquia é grande fã de Gaga. O som e a noção de interpretação fazem com que ela seja uma boa escolha e ela é uma grande compositora também. Isto será perfeito em todos os níveis", revelou uma fonte próxima.

A decisão em convidar a popstar foi tomada em uma recente reunião. Daniel Craig deve interpretar James Bond e o filme pode ganhar versão em 3D.

No último filme de 007, intitulado “Quantum of Solace”, chegou a ser cogitado o convite para que Amy Winehouse compusesse e interpretasse a canção tema. Mas, sua proximidade com as constantes polêmicas relacionadas com a bebida, a afastou da possibilidade. No longa “007 Day Another Day”, Madonna foi que embalou a música tema. Alicia Keys também já soltou a voz pela franquia.

fonte: Revista Quem

Psiquiatra defende transexualidade como doença, em debate com travestis

710554Realizado entre os dias 24 e 25/03, quarta-feira e quinta-feira respectivamente, o Seminário "Transexualidade, Travestilidade e direito a saúde", evento organizado pela Comissão de Cidadania e Reprodução (CCR), debateu a inclusão dos homens trans, o direito ao tratamento pelo SUS por parte das/os transexuais, autonomia sobre o corpo e a despatologização da transexualidade.

O que é inclusão das travestis e das transexuais? Essa pergunta serviu de mote para a realização de debate sobre políticas públicas. Janaina Lima, ativista transexual de Campinas pelo grupo Identidade, se apresentou como profissional do sexo e logo justificou. "Poderia dizer aqui que sou pedagoga, mas boa parte da minha vida vivi como isso (profissional do sexo)". Em seguida  Janaina afirmou que o movimento não está conseguindo "debater" a questão trans.

A ironia marcou a fala de Janaina. Depois de cobrar o movimento LGBT, ela pediu aos presentes que não a levassem muito a serio. "Já que eu estou no Cid (Código Internacional de Doenças), sou uma doente, posso falar qualquer coisa". A plateia riu. Falando sério, Janaína chamou, mais uma vez, a atenção para o fato da questão trans estar focada no silicone. "A nossa saúde se resume a isso?", perguntou.

A ativista de Campinas bateu também nas políticas que trabalham com a "inserção" das travestis e transexuais. "Eu estive a vida inteira na rua, no meio das pessoas, não estava inserida na sociedade?", questionou. Depois, ela criticou a higienização que há nesses projetos ao dizer que alguns programas pedem para que as meninas se vistam "adequadamente". "Quer incluir a travesti?", pergunta Janaina, "aceite como ela é".

Daniela Murta, membro da comissão de psicologia e diversidade sexual do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro, afirmou que "não há funcionários a altura da demanda TT para o tratamento". Para Daniela há uma "necessidade de capacitação de funcionário e que o Estado disponibilize mais profissionais da saúde".

A técnica em enfermagem Fernanda Benvenutty, da Associação de Travestis da Paraíba (Astrapa), também se apresentou como profissional do sexo, mas revelou que não cobra "nada". Novamente a plateia caiu na risada. Pegando carona na fala de Daniela, Fernanda disse que se hoje existe a "bombadeira" - pessoa que injeta silicone, em geral industrial, para moldar seios e quadril de travestis - é por conta da "falta de política pública para as travestis" e que estas têm "o direito de mudar o corpo se assim o quiserem".

Benvenutty também criticou o fato de pessoas quererem buscar a diferença entre travestis e transexuais. "Sabe onde está a diferença entre TTs? Está no Cid".  No hall de críticas, Benvenutty disse que a palavra vulnerabilidade serve para mascarar preconceito das instituições que tratam com essa demanda. "Para a saúde nós somos um grupo de risco".

Os médicos e as vaias
O momento que mais gerou tensão entre debatedores e participantes foi quando o psiquiatra Dr. Alexandre Saadeh defendeu o CID e o tratamento por dois anos para se comprovar se o paciente é "transexual de verdade". Em dado momento, Saadeh afirmou saber quando um paciente é ou não transexual. Boa parte da plateia vaiou o médico.

Berenice Bento, autora do livro "O que é transexualidade", rebateu os argumentos do psiquiatra. "Por que as transexuais têm que passar pelo psicólogo? Por psiquiatra?". Para a socióloga o protocolo que obriga as TTs a passarem por uma junta médica é "abuso de poder".

Ativistas presentes disseram que as transexuais devem ter direitos e reconhecimento de suas identidades de gênero sem a necessidade de cirurgia. Para o ativista argentino, Mauro Cabral, que é homem trans, "a cirurgia não pode ser acesso a cidadania". Fernanda Benvenutty também rebateu esses argumento. "Quem define o que sou, sou eu e não os médicos".

fonte: A Capa

No 'BBB' que levantou a bandeira gay, os "machões" venceram

por Danilo Saraiva

logo-bbb Nunca na história do nosso País, como diz o presidente Lula, um reality show mostrou, com tanta profundidade, a relação humana da forma como o Big Brother Brasil 10. Nesta edição, a bandeira das minorias foi a da vez, levantada e fincada num pedestal. Passaram pela "casa mais vigiada do Brasil" - bordão do apresentador-tigrão-poeta Pedro Bial -, três homossexuais assumidos, alguns cujos nomes já circularam na boca dos assíduos de afamadas baladas gays do Rio e São Paulo e outros que, talvez, ficarão dentro do armário pro resto da vida.

Tais participantes logo serão esquecidos e, ao contrário dos novos milionários - como foram Rafinha, Mara, Max -, cairão no ostracismo ou tentarão a vida participando de quadros sensacionalistas da TV brasileira. Mas se oBBB conseguiu dialogar com as minorias sexuais, foi também palco para guerras sociais, travadas entre belos e feios, magros e gordos, sarados e flácidos. Um campo de batalha propício para a supremacia da intolerância.

No circo televisivo às avessas, com o passar do tempo as alegrias foram transformadas em mágoas e as máscaras, aos poucos, caíram. Com elas no chão, os "brothers" mostraram suas reais caras - isso para quem acredita que a brincadeira não é arquitetada ou, como dizem os céticos, manipulada.

Jogador genial, Marcelo Dourado sagrou-se vencedor na edição mais memorável do 'Big Brother Brasil' O tão sonhado e apregoado R$ 1,5 milhão pesou na consciência de cada um, como se a disputa pelo prêmio fosse o gatilho, a porta de entrada para o show de horrores que se configura a humanidade. E, embalados pela onda permissiva do reality, a teleplateia, cansada de suas repressões sociais e do chato politicamente correto, também perdeu, junto, suas máscaras após dez anos.

Nas primeiras seis edições do programa, invariavelmente, o bonzinho sagrava-se vencedor, como o que inaugurou a "dinastia", Kleber Bambam, que chegou ao Olimpo do BBB acompanhado de sua boneca-cabide improvisada, em 2002.

A partir da sétima edição, o fim da era jedi se configurou e os espertinhos (mauzinhos? danadinhos?), começaram a crescer e aparecer. A vitória do polêmico Diego Alemão, em 2007, é prova disso.

O ápice do "faça a guerra, não faça o amor" acontece com a ascensão do lutador de vale tudo e jiu-jitsu, Marcelo Dourado. Um brother eliminado em seu primeiro paredão, na oitava semana do BBB 4, que voltou por uma obra da sorte e jogou tão bem a ponto de ser encarado pelo público como homem verdadeiro, cujas derrotas na vida (e não no ringue) lhe fizeram vencedor.

Nos 78 dias de confinamento, Dourado teve atitudes que, se não tivessem sido milimetricamente arquitetadas, seriam encaradas como um típico quadro de esquizofrenia. Brigava quando estava no limite, mas sempre se "arrependia" e pedia desculpas. "Pai, perdoai-os, eles não sabem o que fazem". Tal frase foi citada, com suas devidas modificações, por Pedro Bial, quando El Douradon proferiu a pérola "hétero não pega aids", repercutida em páginas e páginas de jornais e, depois de muita ladainha, resultou num pedido formal de esclarecimentos do Ministério Público. Resumidamente, Dourado quis dizer que se um homem tem o vírus HIV, com certeza já teve uma relação sexual com outro em algum momento da vida. Declaração irresponsável, especialmente quando, afirmam as estatísticas da Organização Mundial de Saúde, mais mulheres e jovens - heterossexuais - estão contraindo a doença porque não se protegem adequadamente durante as relações sexuais.

A pouca informação de Dourado segue o estigma da aids, amplamente espalhado nas décadas de 1980 e 1990, quando o vírus era vulgarmente - e bote vulgar nisso - conhecido como "doença de viado". O lutador afirma que tal informação veio de um conhecido médico. Ao soltar a grosseria, a polêmica virou-se para seu lado, de forma positiva. Com pobres palhaços de circos expostos a ponto de falarem o que desejam, sem o mínimo veto da emissora que os colocou no ar em rede nacional, a plateia estava à vontade. Conseguia, enfim, se expressar diante de um mundo cada vez mais colorido e ameaçador. O que aconteceria dali pra frente? Onde ficaram os valores religiosos? E a família brasileira?

Dourado reverteu esse jogo. Mostrou que o mundo não era tão aberto como se pensava. Foi herói (como a maioria deles, contraditório), pois agradou gregos e troianos. De filhos a avós. Foi genial. Dentro da casa, seu preconceito foi revertido em tolerância - exceto quando explodia. Cabe lembrar.

Serginho e Dicesar: os coloridos da casa Mas o lutador tinha total consciência de seus atos. Pedia perdão porque sim, lhe convinha. Fez amizade com Serginho e Dicesar porque seus colegas de confinamento os aceitavam, numa boa. Mais ainda, o público também poderia aceitá-los. Obviamente, ele sabia que nadar contra a maré seria sua morte no programa. Deveria agir na defensiva, mas jogando. Essa é a mensagem principal: jogar, sem que ninguém perceba.

Por sua vez, os gays da casa estavam longe de agradar o público padrão. Afeminados, falavam de sexo sem meias palavras, davam selinhos, citavam gírias afetadas, desconhecidas por grande parte dos espectadores - e justamente por isso despertavam o ódio até mesmo dos seus companheiros dentro e fora do armário, que não gostavam de serem retratados daquela forma. Era a confirmação de um preconceito.

A grande vitória dessa edição é que o Big Brother Brasil 10 tornou-se um espelho da sociedade brasileira. Caetano Veloso estava certíssimo ao escrever, na letra de Sampa, que "Narciso acha feio o que não é espelho". Os narcisos finalmente se viram retratados no reality show mais assistido do Brasil. Dar "aquela espiadinha" funcionou como terapia. No mundo perfeito da casa do BBB, todo mundo diz o que pensa. Alegria para os dois lados: o da Globo, que conseguiu renovar uma franquia que já estava para lá de gasta, e o da sociedade, que ao contrário do que se pensava, não se distanciou muito da Idade Média. Que pesquisa de campo, que nada. O melhor termômetro da podridão humana é o BBB!

fonte: Terra

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