quinta-feira, 25 de novembro de 2010

São Paulo: Homossexual é morto com 12 tiros em Jacareí

Um homem foi morto com 12 tiros em Jacareí, a 70 km da capital paulista. O assassinato pode ter sido cometido porque a vítima era homossexual.

O crime aconteceu quando o homem voltava para sua casa. Segundo testemunhas, a vítima voltava de uma entrevista de emprego e parou na rua para ligar para um vizinho e avisar que estava chegando em casa. Neste momento, outro homem chegou em uma moto e disparou contra ele.

Um amigo ouviu os disparos e encontrou a vítima inconsciente. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu a caminho do hospital.

Segundo a delegacia que acompanha o caso, a vítima e um amigo vinham sofrendo ameaças de homofobia há três meses por telefone. O aparelho telefônico de ambos foi apreendido e será usado para investigações.

fonte: Cena G

Alemanha: Baviera permite que sacerdotes gays morem com companheiros

Os sacerdotes evangélicos homossexuais do Estado alemão da Baviera poderão conviver nas casas paroquiais com seus parceiros, decidiu nesta quinta-feira a maioria absoluta do sínodo da Igreja Evangélica local.

A reunião aprovou a medida com 98 votos a favor, cinco contra e cinco abstenções, seguindo assim a recomendação prévia emitida pelo Conselho Evangélico do Estado da Baviera, informou o bispo Johannes Friedrich.

Assim, a partir de agora, os pastores homossexuais e as pastoras lésbicas poderão solicitar permissão à Igreja evangélica para compartilhar as dependências paroquiais com seus respectivos companheiros e companheiras.

A hierarquia eclesiástica decidirá cada caso individualmente, analisando se a convivência comum não afetará o trabalho pastoral do sacerdote.

A Igreja Evangélica Alemã deixa nas mãos das Igrejas regionais a decisão sobre a convivência dos casais homossexuais, por isso a regra varia entre os estados da Alemanha.

O caso da Baviera é especialmente chamativo, porque é considerado a região mais tradicionalista da Alemanha. Atualmente, o país conta com mais de 24 milhões fiéis evangélicos.

fonte: Terra

Rihanna deverá finalizar a sua turnê no Brasil

RihannaMais uma atração internacional deve aparecer pelo Brasil. Segundo o jornal O Dia, a cantora Rihanna confirmou que fará apresentações no país. A cantora está na turnê Last Girls on Earth, e falou sobre a visita ao Brasil em uma entrevista à uma rádio de Nova York.  "Pretendo finalizar a turnê Last Girls on Earth na Austrália e depois na Ásia e no Brasil".

fonte: G Online

Portugal: Gays com mais de 50 anos não revelam orientação sexual ao médico

Uma pesquisa feita pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada apontou que homossexuais portugueses com mais de 50 anos não revelam a sua orientação sexual aos médicos.

O estudo "Envelhecimento e Minorias Sexuais: ambiente psicossocial e necessidades de Saúde" tem como objetivo perceber as necessidades dessa parcela da população homossexual.

Segundo a coordenadora da pesquisa, Juliana Azevedo, "a rede social desta população [homossexuais com mais de 50 anos] é muito reduzida. Quase todos admitem que quase não falam com a família e é nos amigos que se apoiam".

Dos entrevistados, a maioria respondeu que a maior preocupação na velhice é de acabarem sozinhos ou de se separarem dos companheiros. Ainda de acordo com a pesquisa, em termos de saúde, esta  população está mais exposta à depressão. No entanto, a comunidade gay de Portugal com mais de 50 anos não apresenta maior taxa de alcoolismo ou obesidade, em comparação a população geral com esta faixa etária.

Para Juliana, o preconceito persegue ainda mais os homossexuais idosos. "Aqueles que estão para envelhecer enfrentam agora pessoas da mesma idade que ainda não compreendem a sua orientação sexual, como os jovens já aceitam", afirmou.

fonte: A Capa

Filme de família com mães lésbicas entra na corrida do Oscar

‘Minhas mães e meu pai’ traz Annette Bening e Julianne Moore como casal. Produção, que está em cartaz no Brasil, tem 94% de aprovação da crítica.

minhas-maes-e-meu-pai-posterUm filme de orçamento pequeno sobre um casal de lésbicas com dois filhos poderia, algum tempo atrás, ter sido visto como tendo poucas chances de lotar cinemas e ser candidato a Oscar.

Mas "Minhas mães e meu pai", uma versão moderna de um drama familiar cômico, estrelada por Annette Bening e Julianne Moore, vem suscitando muitos comentários no início da temporada de premiações em Hollywood, sendo cada vez mais mencionado como possível candidato ao Oscar.

O filme, que esta semana sai em DVD nos Estados Unidos e está em cartaz no Brasil, tem classificação 94% positiva entre os críticos mais importantes no site de resenhas rottentomatoes.com.

Bening está sendo fortemente cotada para a categoria de melhor atriz, no Oscar, pelo papel de mãe carinhosa mas às vezes áspera que procura conservar o controle de sua família depois de seus filhos adolescentes com a companheira (Julianne Moore) conhecerem seu pai biológico, representado por Mark Ruffalo.

"Minhas mães e meu pai" também vem ganhando força como possível candidato ao Oscar de melhor filme, e Moore, Ruffalo e a diretora Lisa Cholodenko estão sendo vistos como candidatos a indicações nas categorias de ator e atriz coadjuvantes e de diretor.

Cholodenko, 46 anos, que na vida real tem um filho com sua companheira, concebido com a ajuda de uma doação de esperma, disse que entre começar a escrever o roteiro, em 2004, e ver o filme estrear no festival Sundance este ano, o percurso coberto foi longo. Mas, depois que o filme foi exibido pela primeira vez, ela percebeu que tinha o potencial de agradar à plateia.

O filme foi rodado em três semanas, com poucos dias de ensaios, e a habilidade dos atores foi crucial, disse a diretora. Os papéis dos filhos adolescentes foram feitos por Josh Hutcherson e Mia Wasikowska ("Alice no país das maravilhas"), que receberam prêmios como atores-revelação.

"Minhas mães e meu pai" custou US$ 4 milhões e até agora já rendeu US$ 20 milhões em todo o mundo. O filme evita propositalmente ser classificado como voltado exclusivamente a lésbicas.

fonte: G1

Bahia: Idealizador de série gay é agredido em Salvador

Diretor de seriado de temática gay foi obrigado a beber gasolina

Daniel SenaResponsável pelo primeiro web-seriado de temática gay do País, o baiano Daniel Sena conta ter sido vítima de um ataque homofóbico. Diretor e produtor de "Apenas Heróis", série que pode ser vista no Youtube, Sena relata que no último fim de semana, na noite do domingo, deixava o condomínio onde mora em Salvador quando foi abordado por um homem que o imobilizou e levou-o para um matagal. Segundo o jovem, o agressor disse que ele deveria ficar calado, "que a gente não vai fazer nada demais".

Foi quando mais duas pessoas apareceram com uma garrafa cheia do que parecia ser gasolina. Daniel foi obrigado a beber o líquido e comer terra. Não contente, o bando ameaçou
violentar o rapaz usando uma barra de ferro. A vítima conta que o ataque deve ter durado cerca de 10 minutos.

Como Daniel já concedeu entrevistas para veículos de comunicação sobre o "Apenas Heróis", ele acredita que os agressores, descritos como brancos e bem vestidos, já o conheciam. "Quem é gay de verdade aguenta sentir dor, vamos ver se você é gay de verdade", disse um dos homens.
O caso foi registrado na 6ª DP de Salvador.

fonte: MixBrasil

Vídeo com jogador de rugby se masturbando cai na rede

jogadortimfotonuEle achava que só uma pessoa estava vendo

O jogador Tim Oakes, do Sandbach Rugby Club, do Reino Unido, está sendo visto na Internet se masturbando na frente de uma webcam. O vídeo foi captado por todo mundo que estava online no momento em que ele acessou um site de relacionamentos. O atleta achava que a imagem dele estava privada, mas todo mundo tinha acesso. O jogador já exibiu o corpão e as partes íntimas ao participar do reality show "Generation Xcess", mas dessa vez a intimidade foi total.

Assista ao video:

fonte: Toda Forma de Amor

Deputado federal destaca falta de punição para assassinatos contra LGBT

Paulo PimentaO presidente da Comissão de Legislação deputado Paulo Pimenta (PT-RS), ressaltou que no ano passado houve 198 casos comprovados de assassinatos da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) no Brasil. “E desse contingente, menos de 10% tiveram prisão ou responsabilização criminal dos assassinos”, acrescentou.

Para o deputado, diante dessa realidade, faz-se necessário, “mais que em qualquer outra circunstância” realizar uma grande campanha de mobilização para se aprovar o projeto que criminaliza a homofobia, em análise no Senado. “Temos consciência de que uma lei, no primeiro momento, não vai mudar a cabeça das pessoas, mas vamos reduzir a impunidade”, defendeu.

Pimenta participa do seminário Assassinatos praticados contra a população LGBT, organizado pelas comissões de Direitos Humanos e Minorias; e de Legislação Participativa, que ocorre no plenário 9.

fonte: 24horasnews

Rio de Janeiro: Parada Gay está vazia de ativismo, aponta pesquisa

Pesquisa diz que Parada do RJ ganha mais interessados em festa e menos ativismo

Durante a 15ª Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro, realizada no último dia 14 com um fim cheio de violência, o Núcleo Fluminense de Estudos da Assistência Social (NUFEAS) realizou uma pesquisa de amostragem com 100 homens que estavam no evento. Como resultado, os pesquisadores dizem ter encontrado um esvaziamento de pessoas engajadas na causa LGBT e um aumento no número de gente que quer só festa.

O estudo teve como objetivo perceber melhor o público frequentador da Parada, saber o quê exatamente ele está fazendo ali, se sabe da importância do ato, a relação dele com o ativismo. Segundo Marcelo Garcia, um dos realizadores da iniciativa, as entrevistas apontam que “a Parada de fato não mantém identidade com uma pauta de lutas a favor de direitos. Os mais velhos ainda estão próximos da Parada, mas os mais novos estão em busca de uma festa. Tem gente que nem sabe o quê está fazendo ali”.

Ele aponta ainda que em cidades como Berlim, Nova York e na brasileira São Paulo existe uma relação mais forte entre os frequentadores e o motivo principal do evento. A partir dos resultados, que servirão para embasar um artigo científico sobre o assunto, Marcelo opina também que a classe média e os formadores de opinião estão se afastando da Parada. “Eles fazem falta na construção de uma agenda com a sociedade.” Quem quiser saber mais pode escrever para Marcelo no g.marcelo@uol.com ou segui-lo no Twitter @marcelogarcia_.

Confira os resultados da pesquisa:

Primeiro grupo (15 a 17 anos) - 20 entrevistas
Para 80% do primeiro grupo a presença na praia é por curiosidade.
Para 10% era por ativismo
Para 10% era por "pegação"

Para 60% a Parada é uma festa
Para 25% é uma manifestação política
Para 15% o que ocorria na praia era desconhecido

35% Moram na Baixada
25% Moram em São Gonçalo ou Niterói
30% Moram na Zona Norte e Oeste do Rio
10% na Zona Sul

60% Estudam mas estão em séries atrasadas
30% Não estudam
10% Estudam e estão na série certa

100% Nunca ouviram falar em Hebert Daniel, Luiz Mott, Cláudio Nascimento ou João Silvério Trevisan (não possuem qualquer relação com a história do movimento gay)

35% Já ouviram falar no Grupo Arco Íris
10% Já ouviram falar no grupo Atobá
100% Nunca ouviram falar na Turma OK
90% Nunca foram em uma reunião de grupo gay

80% Não contaram para os pais que são gays
70% Já tiveram ou têm namorado
90% Têm amigos gays e preferem programas gays
10% Se dizem bissexuais
90% Não acham importante falarem que são gays na escola, na família ou no trabalho

90% não sabem definir ativismo gay
80% Não definiram união civil

Segundo grupo - 18 a 24 anos (30 entrevistas )
Para 60% a presença na praia é curiosidade
Para 30% é uma manifestação política
Para 10% é para Pegação

Para 50% a Parada é uma festa
Para 30% é uma manifestação política
Para 10% o que ocorria na praia era desconhecido

40% moram na Baixada Fluminense
15% moram em São Gonçalo ou Niterói
35% Moram na Zona Norte ou Oeste do Rio
05% Moram na Zona Sul do Rio
50% Não estão na universidade
30% Estão na universidade
20% Não estudam
40% Trabalham e ganham até 2 SM
30% Trabalham e ganham de 2 a 5 SM
10% Trabalham e Ganham mais que 5 SM
20% Não trabalham

80% Nunca ouviram falar em Hebert Daniel, Luiz Mott, Cláudio Nascimento ou João Silvério Trevisan
10% Já ouviram falar de Cláudio Nascimento

40% Já ouviram falar do grupo Arco Íris
10% Já ouviram falar do grupo Atobá
5% Já ouviram falar da Turma Ok
70% Nunca foram em uma reunião de grupo gay

70% Não contaram aos pais que são gays
90% Já tiveram um namorado
90% Têm amigos gays e preferem programas gays
20% se dizem bissexuais
80% Não acham importante falarem no trabalho, escola, universidade e na família que são gays

80% Não souberam definir ativismo
60% Não souberam definir união civil

Terceiro grupo - 25 a 40 anos (30 entrevistas)
40% estavam na praia por curiosidade
50% Estavam em uma manifestação política
10% Estavam em um local de pegação

Para 40% a parada é uma festa
Para 50% é uma manifestação política
Para 10% o que ocorria era desconhecido

30% Moram na Baixada Fluminense
20% Moram em Niterói e São Gonçalo
30% Moram na Zona Norte e Oeste do Rio
20% Moram na Zona Sul

40% Têm Nível Universitário
30% Têm Nível Médio
20% Têm Nível Fundamental

40% Trabalham e ganham até 2 SM
30% Trabalham e ganham de 2 a 5 SM
20% Trabalham e ganham mais que 5 SM
10% Não trabalham

70% Nunca ouviram Falar de Hebert Daniel, Cláudio Nascimento, Luiz Mott e João Silvério Trevisan
20% Já ouviram falar de Cláudio Nascimento
10% Já ouviram falar de Hebert Daniel ou Luiz Mott

60% Não contaram aos pais que são gays
90% Já tiveram um namorado
100% Têm amigos gays e preferem programas gays
0% se disse bissexual
80% Não acham importante contar no trabalho, na escola ou na família que são gays

70% não souberam definir ativismo
40% Não souberam definir união civil

Quarto grupo - Acima de 50 Anos (20 entrevistas)
10% Estavam na praia por curiosidade
60% Estavam na praia para uma manifestação política
20% Estavam na praia para pegação
10% Estavam para encontrar amigos (não estava no questionário, mas foi citada três vezes)

Para 60% a Parada é uma manifestação política
Para 20% a Parada é uma festa
Para 20% o objetivo da Parada é desconhecido

10% Moram na Baixada Fluminense
50% Moram na Zona Norte ou Oeste do Rio
40% Moram na Zona Sul do Rio

30% Têm Nível Superior
60% Têm Nível Médio
10% Têm Nível Fundamental

10% Trabalham e ganham até 2 SM
50% Trabalham e ganham de 2 até 5 SM.
30% Trabalham e ganham mais que 5 SM
10% São aposentados
10% Estão desempregados

60% Nunca ouviram falar de Hebert Daniel, Luiz Mott, Cláudio Nascimento e João Silvério Trevisan
20% Já ouviram falar de Cláudio Nascimento
20% Já ouviram falar de Hebert Daniel ou Cláudio Nascimento ou Luiz Mott ou João Silvério Trevisan

80% Nunca contaram aos pais que eram gays
100% Já tiveram namorados
100% Têm Amigos gays e preferem programas gays
0% se disse bissexual
90% Não acham importante contar no trabalho, na escola ou na família que são gays60% Não souberam definir ativismo
30% Não souberam definir união civil

fonte: MixBrasil

Rio de Janeiro: Estilista Carlos Tufvesson vai assumir recém-criada Coordenadoria LGBT

Carlos TufvessonPrefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes anunciou na última terça-feira, 23, durante o evento “A Moda Contra o HIV”, a criação da Coordenadoria Especial de Assuntos da Diversidade Sexual (Ceads) do Rio de Janeiro. E já convidou na mesma hora, publicamente ao microfone, o estilista e ativista Carlos Tufvesson para assumir a cadeira de titular. Ainda não há uma data prevista para o funcionamento.

Em conversa com o Mix, Tufvesson disse que estava no evento que ajuda a organizar quando o prefeito fez o anúncio e já emendou o convite. “Foi bastante surpreendente para mim. Como militante não posso deixar de aceitar o convite pela questão da ocupação de espaço nossa, que é super importante”, explica, completando ainda que “é uma oportunidade de poder fazer mais”.
Ainda não há uma data certa para o funcionamento do novo órgão, mas Carlos garante que “o prefeito é muito ágil” e, em 2011, as atividades já deverão começar a ser realizadas. Ele quer um contato mais direto com a comunidade e diz que “o objetivo principal da Coordenadoria vai ser servir a população LGBT do Rio de Janeiro. O cidadão LGBT do Rio não vai mais achar que não existe poder público para ele. Ele vai saber das poucas leis de proteção que existem, pode até não usar, mas vai saber”.

Outra busca da Coordenadoria vai ser o fortalecimento e a independência cada vez maior das ONGs LGBT do Rio de Janeiro. “Para que elas possam voltar a ter sua ação e representatividade”, aponta Tufvesson, integrante do Conselho Estadual LGBT do Rio de Janeiro e do Comitê de Garantia de Direitos, órgão que deve ser incorporado pela Ceads a partir de seu funcionamento.

Novo rumo
A cadeira de coordenador do novo órgão carioca vem em uma hora bem propícia para Carlos Tufvesson, que está encerrando as atividades de sua loja de roupas para se dedicar a consultorias “focadas apenas em minha energia criativa”. Militante desde sempre nas causas LGBT e do HIV, ele diz que o convite só vem coroar sua vontade de lutar cada vez mais por isso. “Agora terei mais tempo para fazer as coisas que precisam ser feitas.”

fonte: MixBrasil

Ator que fez Ney Matogrosso em 'Por toda a minha vida' é repreendido por igreja

Marco Audino contou, em entrevista a jornal, que lhe deram um castigo de 30 dias em uma igreja evangélica porque era 'desmoralizante' viver um gay.

Marco Audino e Sérgio MattosO ator que interpretou Ney Matogosso no especial da TV Globo, "Por toda a minha vida", diz estar sendo vítima de preconceito. Em entrevista à coluna Gente Boa, do jornal "O Globo", Marco Audino contou que foi recriminado pela igreja evangélica que frequentava, a Igreja Comunidade Vida Cristã, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

Segundo ele, após saberem que ele tinha interpretado o cantor no programa, os representantes da instituição falaram que "não pegava bem", que era desmoralizante para eles que ele fizesse um gay. E ainda lhe deram um 'castigo' de um mês sem poder frequentar o local para que ele se arrependesse e servisse de exemplo.

fonte: EGO

Intolerância contra homossexuais se repete em todo o país

Só neste ano, houve 205 mortes provocadas por violência homofóbica

Nas últimas semanas, o país acompanhou duas histórias de preconceito e intolerância em São Paulo e no Rio de Janeiro: quatro jovens foram agredidos brutalmente em vias públicas por assumirem uma orientação sexual diferente da maioria.

Na manhã do dia 14, três rapazes foram agredidos em plena avenida Paulista por um grupo de cinco pessoas, sendo quatro adolescentes. Câmeras de segurança flagraram o momento em que os agressores jogavam lâmpadas no rosto e davam socos e pontapés nas vítimas. Horas depois, no Rio, um soldado do Exército xingou e atirou em um jovem que saía da Parada do Orgulho Gay.
Os menores envolvidos serão internados, os outros estão presos. Nas duas situações, as vítimas sobreviveram. E tiveram coragem para denunciar a história.

Assassinatos aumentaram
Os casos não são isolados. Não há dados oficiais sobre agressões a homossexuais. De acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), único a reunir números sobre o tema, o Brasil é o país onde há mais assassinatos de homossexuais – um a cada dois dias. A Organização Não-Governamental cruza números de homicídios com as notícias sobre casos em que houve motivação preconceituosa por causa da orientação sexual. O governo alega que não reúne dados oficiais porque é difícil tipificar os crimes relacionados à homofobia e muitas vítimas têm medo de assumir a homossexualidade ao denunciar.

O levantamento do GGB aponta um crescimento do número de assassinatos nos últimos anos. Em 2009, foram 198 casos - 11 a mais que em 2008 e 76 a mais que em 2007. Em 2010, somente de janeiro a novembro, o grupo contabiliza 205 casos em todo o país. Desde que o grupo foi criado, em 1980, 3.330 homicídios de homossexuais foram registrados.

O antropólogo e fundador do GGB, Luiz Mott, afirma que somente 10% dos autores desses crimes são localizados e punidos. “A maioria acontece no meio da noite e em lugares desertos, o que dificulta a localização dos criminosos”, comenta.

Nos estados
Segundo o GGB, ao lado da Bahia, o Rio de Janeiro lidera o ranking de assassinatos de homossexuais em 2010 – foram 21 casos cada neste ano, contra 19 em São Paulo, segundo colocado.

Rio e São Paulo têm órgãos específicos para tratar do tema e leis estaduais que proíbem a discriminação contra homossexuais, sob pena de advertência, multa ou cassação do alvará de funcionamento de empresas. “Com isso, os homossexuais passam a ser vistos como cidadãos e têm coragem de denunciar”, afirma Dimitri Sales, que comanda a Coordenadoria de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo, ligada também à Delegacia Especial de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.
No Rio, a Superintendência Estadual de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, sob o comando de Cláudio Nascimento, coordena os centros de referência e apoio a homossexuais vítimas de violência e o programa Rio sem Homofobia. Há ainda um serviço para tirar dúvidas e orientar gays, lésbicas e transgêneros pessoalmente ou por telefone. Segundo Nascimento, em 2010, dos 2.022 atendimentos, 600 eram denúncias de homofobia.

Mas, mesmo com tantas políticas públicas, reforço da segurança, por que esses estados continuam ocupando as manchetes de jornais com casos como os ocorridos no dia 14? “A homofobia independe do estado. É um problema estrutural que acompanha as raízes da cultura brasileira, estamos em uma luta para modificar a estrutura de uma sociedade de mais de 500 anos”, opina Dimitri Sales. “A questão da homofobia não se dá num passe de mágica. É um processo de revolução das mentalidades de pessoas que precisam aceitar a diversidade”, complementa Cláudio Nascimento.

Legislação
Está em tramitação no Congresso Nacional há quatro anos o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006, que pretende tornar crime a discriminação por orientação sexual, assim como já é a motivada por preconceito racial e de religião.

A versão que está sendo analisada pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado pretende punir com até três anos de prisão quem “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero”. Para entrar em vigor, o projeto ainda terá de passar pelo crivo da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo plenário do Senado. Depois, como foi modificado, voltará à Câmara, de onde saiu.

Não há consenso sobre a proposta, que enfrenta forte resistência da bancada religiosa do Senado. O senador Magno Malta (PR-ES) é um dos mais ferrenhos críticos ao projeto. Em declarações e artigos publicados em seu site, diz que o projeto é uma “afronta aos direitos individuais” por discriminar o restante da sociedade e que, se aprovado, colocará os homossexuais “como seres superiores, isentos de oposição moral, ética, filosófica e mesmo científica”. Uma das maiores preocupações do senador é com as religiões que “qualificam o homossexualismo como um ato contra a natureza, uma aberração” e não poderão se manifestar caso a lei seja aprovada.

A senadora Fátima Cleide (PT-RO) é a relatora do projeto na CDH e também o fez na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Em ambas, votou a favor da proposta e criou uma versão simplificada para ela. “Alguns parlamentares tentam protelar a aprovação do projeto com argumentos mais homofóbicos possíveis, usando a questão religiosa como escudo para não avançar nos direitos humanos”, diz a petista.

Ela argumenta que, apesar de a Constituição definir a igualdade entre os cidadãos, as diferenças não são respeitadas. Por isso, acrescenta, é preciso aprovar uma lei para obrigar seu cumprimento. “Você não muda uma cultura de violência do dia para a noite se não for penalizando”, comenta.

Impasse
A polêmica ecoou na sociedade. Após os ataques, o reverendo Augustus Nicodemus Lopes, chanceler da Universidade Mackenzie, reproduziu no site da instituição uma carta pública redigida pela Igreja Presbiteriana do Brasil em que ambas as entidades colocam-se contra o projeto pelo “direito da livre expressão, garantido pela Constituição, que será tolhido caso a chamada lei da homofobia seja aprovada”.

Na carta, a Igreja afirma que “repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre o homossexualismo como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos”.

Os grupos que defendem os direitos de homossexuais se revoltaram. “A pressão dos fundamentalistas religiosos impede o progresso dos direitos humanos no país”, critica o fundador do GGB, Luiz Mott. “A gente não quer transformar a sociedade em homossexual, quer apenas garantir o direito constitucional de ter liberdade para se expressar”, completa o presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, Ideraldo Beltrame.

fonte: Veja.com

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...