domingo, 7 de fevereiro de 2010

Av. Paulista tem 'beijaço' em defesa dos direitos humanos

beijaco 2 A esquina da avenida Paulista com a rua Augusta, em São Paulo, presenciou no final da tarde deste domingo um "beijaço" pelos direitos humanos. Convocado pelo twitter, o ato teve como moti a defesa do terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos (DNDH-3).

"Escolhemos a Paulista pela movimentação de pessoas e também por causa da exposição", disse Raphael Tsvakko, do Fórum Permanente de Defesa do Direitos Humanos.

Entre os pontos do plano, estão a defesa da união civil entre pessoas do mesmo sexo, a criminalização da homofobia, a legalização do aborto e a adoção de crianças por casais gays.

Apesar da divulgação pelo popular microblog, o quórum foi pequeno. Cerca de dez casais, a maioria de homossexuais, participou do ato. "A ideia do beijaço surgiu a partir do próprio debate do assunto no twitter", afirmou Augusto Patrini, 29 anos, que disse que foi o responsável por começar os convites para o ato na internet.

beijaco Um dos casais presentes - a tradutora Fernanda Ávila, 23 anos, e a estudante Janaína de Oliveira, 18 anos, disse ter ficado sabendo da atividade pelo twitter, mas admitiu ter comparecido por amizade. "Somos amigas de uma das organizadoras."

A crítica dos participantes tinha endereço certo. No panfleto distribuído fooram criticadas a chamada "direita partidária, a imprensa conservadora e os setores reacionários religiosos".

fonte: Terra

BBB: “Serginho não suporta o Dourado”, diz Dicésar

reprodução TV Globo Dicésar está decidido a votar sempre em Dourado até o fim do BBB. Em conversa com Michel na tarde deste sábado, ele afirmou que mantém apenas uma política de boa vizinhança com o outro participante. Michel então disse que, pessoalmente, não tem nada contra Dourado, e perguntou se ele se comporta com rispidez também contra Serginho e Angélica, os outros dois homossexuais assumidos do reality show.

“Sim, o Serginho não suporta o Dourado. E a Angélica também não gosta, mas ela é mulher, não liga, quando ele fala entra por um ouvido e sai pelo outro”, contou Dicésar.

fonte: Abril.com

Danuza Leão critica criação de primeira escola gay no País em artigo

Danusa Leão"Ao que me consta, o objetivo da humanidade é integrar, fazer com que os humanos de qualquer raça, cor ou religião se sintam como na realidade são -iguais. Se os colégios só para meninas ou só para meninos já não eram recomendados, o que dizer de um dirigido preferencialmente ao mundo gay?". O questionamento é da jornalista e escritora Danuza Leão em artigo publicado neste domingo pelo jornal Folha de S.Paulo a respeito da criação da primeira escola gay em Campinas, São Paulo. Leia na íntegra a seguir:

Como se tornar uma drag queen
por Danuza Leão

Essa história chega a ser ridícula; a vocação vem do berço e não precisa de professor para ensinar SOUBE que vai ser inaugurada em Campinas, com o apoio do Ministério da Cultura, a primeira escola gay do Brasil: a Escola Jovem LGTB, para lésbicas, gays, transexuais e bissexuais.

Nela serão dados inúmeros cursos como expressão literária, expressão cênica e expressão artística, além de um inédito, para formar drag-queens. Já começa aí o preconceito: por que não ensinar também a trabalhar com mecânica, carpintaria, eletricidade, ou a consertar um ar-condicionado? Por que existem pessoas que acham que o mundo gay só é capaz -na cabeça deles- de fazer trabalhos "artísticos"?

Cada um, seja bailarino, lutador de box, cabeleireiro ou bombeiro, tem o direito de escolher com quem vai para a cama, se com alguém do mesmo sexo ou de outro. Detalhe: a escola está aberta também aos heterossexuais. Será que eles acham que vai ter fila de héteros querendo estudar lá?

Essa história de dar aulas para ensinar como se tornar uma drag-queen chega a ser ridícula; a vocação vem do berço e não precisa de professor para ensinar. Mesmo nascendo e crescendo numa fazenda no interior do Acre, uma drag, desde sua mais tenra infância, sabe se "montar" como ninguém.

Ela pega um pano, amarra na cintura, de umas frutinhas faz um colar, passa colorau na boca -mais vermelho que os batons de St. Laurent- e na falta de um sapato alto, anda na ponta dos pés; é com ela mesmo, e é preciso ser muito ignorante para pensar que para ser drag é preciso aprender.

Ao que me consta, o objetivo da humanidade é integrar, fazer com que os humanos de qualquer raça, cor ou religião se sintam como na realidade são -iguais. Se os colégios só para meninas ou só para meninos já não eram recomendados, o que dizer de um dirigido preferencialmente ao mundo gay? Então por que não pensar também em colégios só para brancos e outros só para negros?

As cotas nas universidades já são de um preconceito absurdo; o resultado será a segregação, em seu mais alto grau, e me admira que as autoridades hajam permitido essa aberração. O Brasil tem mania de ser moderninho, mas é bom não esquecer Hitler; é assim que começa.

O mundo é cruel, disso já se sabe, e as crianças, ainda mais cruéis que os adultos. Se eles já fazem maldades com o coleguinha que parece "diferente", imagine do que não serão capazes quando crescerem, sabendo que os "diferentes" estão agrupados, juntos, num só colégio. Aliás, desconfie dos homofóbicos: dentro de muitos deles mora um gay ainda adormecido.

Se a moda pega, veremos no futuro anúncios de edifícios e condomínios exclusivamente para gays, separando cada vez mais o que deveria ser integrado. Essa integração só poderá acontecer quando todas as pessoas do mundo -inclusive o mundo gay, que às vezes é bem preconceituoso- aprenderem que não existem diferenças entre os seres humanos, que as preferências sexuais de cada um são pessoais, e não dizem respeito a ninguém.

Por falar nisso, o Exército dos EUA está abrindo as portas para os assumidamente gays poderem servir "à pátria que eles tanto amam", segundo o presidente Obama; como somos atrasados. Ensinar a conviver com a diversidade, isso é que as escolas e o Ministério da Cultura deveriam fazer.

e-mail: danuza.leao@uol.com.br

fonte:
Folha de S.Paulo

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