quinta-feira, 5 de maio de 2011

Após união gay, próximo passo é legalizar pedofilia, diz Jair Bolsonaro

Deputado federal disse que STF extrapolou sua competência

Jair BolsonaroO deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) comentou nesta quinta-feira (5) a decisão do Supremo Tribunal Federal de reconhecer a união estável homossexual. Ironizando, Bolsonaro disse ao portal "Terra" que "agora virou bagunça" e que "o próximo passo vai ser a adoção de crianças (por casais homossexuais) e a legalização da pedofilia".

Bolsonaro se envolveu em uma polêmica em março, quando foi acusado de racismo e homofobia por conta de declarações dadas ao "CQC", da Bandeirantes. O deputado também já disse que está "se lixando" para o que pensa o movimento gay e acusa o governo de querer distribuir um "kit gay" nas escolas.

O deputado voltou a dizer que é contra os casais homossexuais poderem adotar filhos. "Vai ver a mãe crescer usando cueca e o pai usando calcinha", disse.

STF
Para Bolsonaro, não estava na competência do Supremo julgar um assunto que já é definido na Constituição, que define a união estável entre homem e mulher. O mesmo argumento foi usado pelo filho do deputado, Flávio Bolsonaro, deputado estadual também pelo PP, para quem "cabe ao Congresso Nacional e não ao STF criar direitos".

Com 10 votos a 0, o STF garantiu nesta quinta-feira o reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo, estendendo aos homossexuais direitos já previstos para casas heterossexuais.

fonte: Correio

‘Prevaleceram os direitos humanos’, diz ministra sobre união gay

Supremo reconheceu união estável de casais homossexuais. Em decisão unânime, ministros do STF defenderam os direitos de gays.

ministra Maria do RosarioA ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, comemorou nesta quinta-feira (5) a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo. A decisão por unanimidade estende a casais gays direitos e deveres já garantidos a relacionamentos entre homem e mulher.

“Prevaleceram os direitos humanos, a igualdade, o princípio constitucional de um país que rejeita a discriminação e este é um grande passo. Cada um, cada uma que compõe essa comunidade que enfrenta todos os dias o preconceito, hoje está de parabéns e tem muito a comemorar por um Brasil novo que se descortina com essa decisão”, afirmou a ministra.

Ele afirmou que o governo brasileiro, em suas políticas públicas, já contempla os casais homossexuais e disse ainda que a decisão do STF é importante na luta contra a homofobia. “Isso [reconhecimento da união gay] tem uma vinculação importante diante de toda uma violência que ainda persiste na sociedade brasileira contra os homossexuais e que reforça essa caminhada a ser enfrentada”, completou Rosário.

Com a decisão do STF, na prática, as regras que valem para relações estáveis entre homens e mulheres serão aplicadas aos casais gays. Com a mudança, o Supremo cria um precedente que pode ser seguido pelas outras instâncias da Justiça e pela administração pública.

Os efeitos da união estável aos casais gays, no entanto, não foram definidos pelo tribunal. O presidente do Supremo, ministro Cezar Peluso, concluiu a votação pedindo ao Congresso Nacional que regulamente as consequência da decisão do STF por meio de uma lei.

“O Poder Legislativo, a partir de hoje, tem que se expor e regulamentar as situações em que a aplicação da decisão da Corte seja justificada. Há, portanto, uma convocação que a decisão da Corte implica em relação ao Poder Legislativo para que assuma essa tarefa para a qual parece que até agora não se sentiu muito propensa a exercer”, afirmou Peluso.

fonte: G1

OAB diz que reconhecimento de união gay enaltece igualdade

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, comemorou nesta quinta-feira a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de reconhecer a existência de uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo e de estender a parceiros homossexuais direitos hoje previstos a casais heterossexuais.

"A decisão do STF deve ser aplaudida na medida em que confere uma interpretação à Constituição compatível com os princípios da igualdade e da dignidade do ser humano. Trata-se de um fato presente na vida da sociedade brasileira e que merecia reconhecimento pelo Judiciário no sentido de garantir os direitos decorrentes de uma situação semelhante a da união estável constitucionalmente previsto", disse Cavalcante.

Por unanimidade, o Supremo decidiu garantir o reconhecimento de união estável entre homossexuais, embora não tenha delimitado a abrangência da decisão de, por exemplo, autorização a casamentos civis entre gays ou o direito de registro de ambos os parceiros no documento de adoção de uma criança. O presidente do STF, Cezar Peluso, chegou a cobrar do Congresso Nacional que coloquem em lei os direitos de casais gays.

"Em relação aos desdobramentos desse importante julgamento da suprema Corte brasileira, não podemos examinar exaustivamente por diversos motivos. Primeiro, porque os pedidos não comportam; segundo, porque nossa imaginação não seria capaz de prever as consequências e os desdobramentos advindos do pronunciamento da Corte", disse Peluso.

fonte: Terra

Entenda melhor: O que muda para os casais gays?

A decisão desta quinta-feira ainda não significa que casais gays possam ir a um cartório e pedir união estável. Como se trata de uma sentença judicial tratada pela maior instância do país, o Supremo Tribunal Federal (STF), o caso abre precedentes para que qualquer casal homossexual requeira na Justiça o reconhecimento de sua união estável.

Para que os casais gays possam livremente pedir a união estável em um cartório, é necessário que o Legislativo crie novas leis permitindo a união gay. No momento, o que ocorreu foi um entendimento judicial sobre uma lei já existente. No entanto, esta sentença já traz avanços para os casais homoafetivos.

Na prática, isto significa que os casais gays poderão formar uma família, já que a união estável é um dos três tipos reconhecidos de formação familiar, além do casamento e da relação monoparental, ou seja, entre parentes. Este passo é muito importante para facilitar, por exemplo, a adoção por casais homossexuais. Um dos principais argumentos que atrasava o processo era o fato de, judicialmente, não haver uma família constituída, no caso de pessoas do mesmo sexo.

A decisão desta quinta também permite que cônjuges do mesmo sexo tenham direito à pensão, a estbelecerem relações de dependência com o titular, em casos de associações e planos de saúde, por exemplo, e também a dividirem bens adquiridos após a união estável.

No caso do Rio de Janeiro, a decisão permite alterações no Código Civil e no Estatuto dos Servidores Civis do estado. Isto significa que benefícios concedidos a servidores homossexuais poderão ser estendidos aos seus parceiros. O julgamento desta quinta analisava a ação movida pelo Governador Sérgio Cabral para que estes estatutos pudessem ser alterados.

fonte: O Dia Online

Estados Unidos: Apenas cinco Estados permitem união entre gays

Em fevereiro, Obama fez gesto de apoio à causa; tema é um dos que mais dividem o país

A união entre homossexuais é um dos temas que mais divide a sociedade americana. Apenas cinco Estados permitem que pessoas do mesmo sexo se casem. Outros três, incluindo Nova York,  reconhecem os matrimônios realizados em outras partes do país e do mundo.

O governo federal, devido à lei em defesa do casamento, não pode se envolver diretamente na questão. De acordo com esta legislação, aprovada em 1996, apenas homens e mulheres podem se casar. Mas, em fevereiro deste ano, em uma ação que muitos classificaram como um apoio à união entre homossexuais, o presidente Barack Obama pediu ao Departamento de Justiça para parar de defender nos tribunais a constitucionalidade da lei em defesa do casamento.

Na Califórnia, maior Estado americano, a união entre homossexuais chegou a ser liberada durante alguns meses, até ser derrubada em plebiscito, em 2008. O Estado, que esteve na vanguarda dos direitos dos homossexuais nos anos 1970, ficou para trás de lugares como Massachussetts, que aprovou o casamento entre gays e lésbicas em 2004. A decisão também foi seguida por Vermont, Connecticut, Iowa, New Hampshire, além do Distrito de Columbia, onde fica a capital, Washington.

Normalmente, políticos republicanos tendem a ser contrários ao casamento de pessoas do mesmo sexo. Já os democratas costumam ser a favor. Porém há pessoas nos dois lados que adotam posições mais próxima da do outro partido. Uma das causas principais para a oposição à união entre homossexuais é a religião.

fonte: Estadão

Por unanimidade, Supremo Tribunal Federal reconhece união estável de homossexuais

stf-supremo-tribunal-federalEm um julgamento histórico e por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira (5) reconhecer as uniões estáveis de homossexuais no país. Os dez ministros presentes entenderam que casais gays devem desfrutar de direitos semelhantes aos de pares heterossexuais, como pensões, aposentadorias e inclusão em planos de saúde.

Foram analisados dois pedidos no julgamento: um deles do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), para que funcionários públicos homossexuais estendam benefícios a seus parceiros, e o outro da Procuradoria-Geral da República (PGR), para admitir casais gays como “entidade familiar”. A decisão do Supremo terá efeito vinculante, ou seja, será aplicada em outros tribunais para casos semelhantes.

Na sessão de hoje não votou apenas o ministro José Antônio Dias Tóffoli, que se declarou impedido de participar, já que atuou no processo quando era da Advocacia-Geral da União. O ministro Carlos Ayres Britto foi o relator, acompanhado pelos demais colegas para definir a vitória dos movimentos homossexuais. 

O julgamento começou na quarta-feira (4), quando falaram o relator e cinco defensores da iniciativa, além de dois adversários –um deles representante da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Os ministros, no entanto, evitaram listar todos os benefícios que os casais gays passariam a receber.

Em sua decisão, o ministro Ricardo Lewandowski aprovou a união, mas ponderou que o Congresso deve legislar em temas ainda não previstos pela Constituição ou reservados a pares formados por um homem e uma mulher. O presidente da Corte, Cezar Peluso, afirmou que existem similitudes entre casais heterossexuais e uniões homossexuais, não igualdade.

Diante de um plenário menos disputado do que na quarta-feira (4), quando o julgamento começou, os ministros evocaram o combate ao preconceito para votarem a favor da união estável gay. “A homossexualidade caracteriza a humanidade de uma pessoa. Não é crime. Então por que o homossexual não pode constituir uma família? Por força de duas questões que são abominadas por nossa Constituição: a intolerância e o preconceito”, disse o ministro Luiz Fux.
“O reconhecimento de uniões homoafetivas encontra seu fundamento em todos os dispositivos constitucionais que tratam da dignidade humana”, afirmou o ministro Joaquim Barbosa, em uma decisão que durou menos de dez minutos.

O Congresso foi criticado pelos ministros da mais alta corte do país. Peluso ergueu o tom da voz para fazer uma "convocação que a decisão da Corte implica, para que o Poder Legislativo assuma essa tarefa [de discutir direitos dos homossexuais], a qual ele não parece ter se sentido propenso a exercer". "O Poder Legislativo tem que se dispor e regulamentar", completou o presidente do STF.

O ministro Gilmar Mendes afirmou que os políticos vivem "um quadro de inércia" para legislar sobre o assunto. Lewandowski também fez críticas ao Poder Legislativo e admitiu que o Supremo assumiu uma função que caberia à classe política.

Entenda o julgamento
Entre as novas garantias que podem ser dadas após a decisão do Supremo estão pedidos de aposentadoria, pensão no caso de separação e uso de plano de saúde. Algumas decisões para estender direitos aos parceiros do mesmo sexo já foram tomadas por tribunais, mas o STF nunca tinha se pronunciado sobre o assunto.

Em seu voto proferido ontem, quando a questão começou a ser discutida, Ayres Britto também cogitou, sem se aprofundar, a possibilidade de adoção de crianças por casais homossexuais.

Antes de relatar os casos, Ayres Britto pediu um levantamento nos Estados para saber se a união civil de homossexuais já era reconhecida. O ministro detectou que isso aconteceu em tribunais de dez unidades federativas: Acre, Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Essas decisões, de primeira ou segunda instâncias, podem pesar a favor do movimento gay no julgamento no STF. As decisões judiciais autorizaram não apenas as uniões civis homossexuais, mas também pleitos de pensão e herança.

Mais de 20 países de todo o mundo reconheceram a união civil de homossexuais antes do Brasil, incluindo o Uruguai. Outros, como a Argentina e várias partes dos Estados Unidos, permitem casamentos gays –uma decisão ainda mais condenada pela Igreja Católica.

fonte: UOL

Maranhão: Cabeleireiro é assassinado pelo namorado dentro de casa

Walter PereiraO cabeleireiro José Benedito Pereira Moraes, conhecido como Biné, 65 anos, foi assassinado em São Luiz, no Maranhão. O crime, segundo a polícia, foi cometido pelo namorado dele, Walter Pereira, 23 anos.

De acordo com os vizinhos, o relacionamento do casal era conturbado e os dois brigavam constantemente. O jovem é viciado em drogas e costumava roubar objetos da casa para sustentar o vício.

Depois de matar o namorado, Walter fugiu sem deixar pistas. O caso está sendo investigado.

fonte: Cena G

São Paulo: Assembleia cria dia estadual da luta contra a homofobia

Data será lembrada em 17 de maio, seguindo calendário internacional. Deputado diz que símbolo pode conscientizar contra agressão a gays.

A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (4) o projeto de lei do deputado Carlos Gianazzi (PSOL) que institui o Dia Estadual de Luta contra a Homofobia, marcado para 17 de maio.  A escolha do dia 17 de maio para a comemoração da data deve-se ao fato de que foi nesse dia que a Organização Mundial de Saúde (OMS) tirou o homossexualismo da lista de doenças mentais.

A aprovação segue, agora, para sanção do governador Geraldo Alckmin. A aprovação ocorre no momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) discute a união civil entre casais homossexuais.

De acordo com Gianazzi, a criação da data, segundo ele, inédita no Estado e na cidade de São Paulo, garante avanço na conscientização da sociedade paulista, no momento em que pessoas são agredidas por causa da orientação sexual. Ele quer que a partir da sanção a data seja lembrada em escolas.

"Essa aprovação nos leva a discutir sobre o que vem ocorrendo em São Paulo. Leva a essa reflexão e força o poder público a tomar providências", afirma.

Gianazzi diz que a bancada evangélica da Assembleia Legislativa posicionou-se contra o projeto. Ex-vereador na capital paulista, ele diz que enfrentou resistência também quando propôs projeto similar na Câmara Municipal.
Segundo a justificativa do projeto, "mundialmente, o dia contra a homofobia tem apoio da International Gay and Lesbian Association, da Associação Européia de Defesa dos Direitos Humanos, do Partido Verde Europeu, da Coalition of Africain Lesbian, do World Congres of LGBT Jews, da International Gay and Lesbian Human Rights Comission e do Grupo Socialista do Parlamento Europeu".

fonte: G1

Para ministra, reconhecimento de união gay pelo Supremo Tribunal Federal será histórica

A ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, comemorou nesta quinta-feira a decisão da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de reconhecer a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Em sua página na rede de microblogs Twitter, ela escreveu: "Estamos em um momento histórico. O STF acaba de reconhecer a legitimidade da união entre pessoas do mesmo sexo. Vitória da cidadania!".

Ainda na internet, a ministra salientou que, apesar da importância da decisão, os direitos dos grupos de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT) ainda precisam ir além. "O Brasil ainda tem muito a avançar na garantia dos direitos LGBT, mas certamente deu um decisivo passo ao reconhecer a união homoafetiva", escreveu.

Até as 19h30, oito dos dez ministros que votariam neste julgamento se manifestaram a favor da união gay. Faltavam os votos dos ministros Celso de Mello e Cezar Peluso - José Antonio Dias Toffoli se declarou impedido de participar do julgamento, uma vez que atuou como advogado-geral da União (AGU) no caso e deu, no passado, parecer sobre o processo.

Se nenhum dos ministros alterar seu voto, a Suprema Corte consolida decisão que garante o reconhecimento de direitos civis para homossexuais e abre caminho para a garantia de futuras práticas como o recebimento de herança e pensão e o direito de tornarem-se dependentes em planos de saúde e de previdência.

fonte: Terra

Uganda: Ativista recebe prêmio de direitos humanos

Kasha Nabagesera JacquelineA ativista Kasha Nabagesera Jacqueline é fundadora e Diretora Executiva da Freedom and Roam Uganda. Kasha ficou conhecida por ter a coragem de aparecer na televisão nacional do Uganda e dar declarações em nome da comunidade de gays, lésbicas, bissexuais, transgênicos e transexuais.

Em 2007, foi assediada no Fórum Social Mundial em Nairóbi, e em muitas outras ocasiões foi ameaçada e até mesmo atacada fisicamente por aparecer nas mídias locais. Desde então, ela tem estado sem residência fixa, com medo de ficar demasiada tempo no mesmo lugar.

O Presidente do Júri do Prêmio Martin Ennals para Defensores dos Direitos Humanos, Hans Thoolen, descreve a laureada como “uma mulher excepcional, de uma rara coragem, lutando sob ameaça de morte pela dignidade humana e os direitos dos homossexuais e pessoas marginalizadas em África”.

O Prêmio Martin Ennals para Defensores dos Direitos Humanos é uma colaboração exclusiva entre os dez líderes mundiais em organizações de direitos humanos para dar proteção a defensores dos direitos humanos em todo o mundo.

fonte: Cena G

África do Sul quer criminalizar a homofobia

O governo sul-africano pretende montar uma força-tarefa para que crimes motivados por homofobia sejam combatidos. A força-tarefa inclui polícia, o departamento de desenvolvimento social, seis juízes e seis ativistas LGBT.

A equipe será responsável por desenvolver um plano de intervenção legislativa, uma estratégia de sensibilização da opinião pública e abrigos aos LGBT.

No país, o chamado “estupro corretivo” de lésbicas é comum e tem revoltado as organizações de direitos humanos em todo o mundo.

fonte: Cena G

Maioria do Supremo Tribunal Federal decide aprovar união civil gay

H6  BSB DF STF/HOMOAFETIVIDADE - POLITICA- Plenário do STF julga reconhecimento de união homoafetiva  entre  pessoas do esmo sexo,  na sede do STF, em Brasília.  04/05/2011. FOTO: DIDA SAMPAIO/AE

A maioria dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, nesta quinta-feira (5), reconhecer a equiparação das relações homoafetivas às uniões estáveis heterossexuais, entre homem e mulher. Com o resultado desta quinta-feira (5), na prática os casais gays poderão ter acesso a todos os direitos previstos aos casais heterossexuais, como herança, pensão e até mesmo adoção.

Ao todo, dez ministros devem votar no julgamento, que começou na quarta-feira (4) e foi retomado hoje. Mas, com seis votos declarados, a maioria já foi atingida. A não ser que algum ministro que já votou mude de opinião, a partir deste julgamento, a decisão do Supremo é pelo reconhecimento dos direitos civis aos casais gays.

A decisão de hoje, caso confirmada, servirá como base para julgamentos de casos semelhantes em outros tribunais, mas os interessados ainda precisarão recorrer à Justiça para garantir os direitos por falta de uma legislação específica para o tema.

O voto que deu a maioria favorável as ações que pedem direitos iguais - um de autoria da PGR (Procuradoria-Geral da República) e outro do Estado do Rio de Janeiro – foi do ministro Gilmar Mendes.

Primeiro a votar, o relator das ações, ministro Carlos Ayres Britto rebateu as críticas de que a legalização da união homossexual iria contra os preceitos dos bons costumes e da família. Para o ministro, a Constituição "não é manual de anatomia, sendo assim todos merecem tratamento jurídico igualitário e isonômico, independentemente de suas orientações sexuais".

- A familia é a base da sociedade. Não é o casamento. É a família, núcleo doméstico, de heteros ou homos. A Constituição não distingue gêneros masculino e feminino, não faz distinção em relação a sexo. Logo, nem sobre orientação sexual. Não existe família pela metade, família de segunda classe. Casamento civil e união estável são distintos, mas os dois resultam na mesma coisa: a constituição de uma família. Não se pode alegar que os heteros perdem se os homos ganham.

Neste segundo dia de julgamento, os ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e Joaquim Barbosa acompanharam integralmente o voto de Ayres Britto.

O ministro Luiz Fux, que encara o segundo julgamento de grande repercussão desde sua posse, optou pelo improviso em seu voto. Fux relembrou a história de uma mulher que o procurou, quando ainda era juiz, pedindo que tivesse o direito a velar o corpo do companheiro com o qual nunca se casara, mas que considerava como sua única família. O ministro afirmou ter visto nessa memória que o núcleo familiar é formado por dois indivíduos, qualquer que seja o sexo.

- A Constituição consagrou a união estável porque 50% das famílias brasileiras são espontâneas. Nunca passou um juiz, nunca passou um padre, mas naquela casa há amor, identidade, há propósito de edificação de projetos de vida. Naquela casa há uma família. E o conceito de familia só tem validade conquanto privilegie a dignidade das pessoas que a compõem. Se esse é o conceito, a união homoafetiva enquadra-se no conceito de família.

O ministro Ricardo Lewandowski foi o único a discordar, ainda que parcialmente, da maioria dos colegas. Para Lewandowski, a Constituição não contempla um quarto núcleo familiar. Atualmente, há três: o casamento, a união estável tradicional e a família monoparental, na qual um homem ou uma mulher são considerados chefes de família. Ao final, no entanto, o ministro optou por acompanhar o relator, mas ressalvou que os direitos concedidos às uniões homoafetivas ainda precisam ser debatidos.

Ainda faltam os votos dos ministros Ellen Gracie, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Cesar Peluzo, mas, mesmo que todos votem contra, o placar será favorável aos casais homossexuais.

fonte: Correio do Estado

Bispos criticam união gay em dia de votação do tema no Supremo Tribunal Federal

Para eles, o casamento pressupõe que homens e mulheres gerem filhos. Bispos estão reunidos no interior de SP na 49ª Assembleia Geral da CNBB.

Pouco depois de o Supremo Tribunal Federal retomar, no início da tarde desta quinta-feira (5), o julgamento de ações sobre o reconhecimento da união entre casais do mesmo sexo, alguns bispos em São Paulo se manifestaram contra a proposta. Para os religiosos, que estão reunidos na 49ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no interior do estado, a Igreja defende a família como uma instituição formada por homem e mulher, capaz de gerar filhos.

Dom Anuar Battisti, gaúcho e arcebispo de Maringá (PR), chegou a dizer que chamar de casamento a união entre homossexuais representa uma “agressão frontal” à família. Para ele, se o projeto for aprovado no STF, as pessoas estarão “institucionalizando a destruição da família”. O encontro anual do episcopado ocorre em Aparecida, no Vale do Paraíba. A pauta principal dos religiosos neste ano é eleger a nova direção da CNBB. Eles também discutirão diretrizes da ação evangelizadora.

“O ser humano de fato se realizará na sua profundidade de sua relação na constituição da família a partir de um casal formado por homem e mulher”, afirmou dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, bispo auxiliar de Belo Horizonte. Questionado sobre o que pensava sobre a adoção de crianças por pais do mesmo sexo, respondeu: “A adoção é um serviço da mais alta nobreza. Só não aceitamos fazer a equiparação com a família. Não é família. É uma comunidade de pessoas”, disse ele, ao se referir aos casais homossexuais que vivem juntos.

Fora da pauta
Polêmico, o assunto foi abordado por jornalistas na entrevista, por volta de 15h30, em que quatro bispos estavam presentes. O porta-voz do evento e arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, tomou o microfone e lembrou que o tema “não é assunto da assembleia” e não está na pauta do encontro, que vai até o dia 13 de maio. Apesar disso, ele se posicionou, dizendo que a Igreja “sempre defende e defenderá o direito das pessoas” e ela é “contra a exclusão”. No entanto, ressaltou que a família “é uma entidade que vem do direito natural”.

Ao dar seu ponto de vista, dom Edney Gouvêa Mattoso, atual bispo diocesano de Nova Friburgo (RJ), pediu discernimento. “Uma coisa é a união civil. A outra é o casamento, que é um sacramento da Igreja. O direito de duas pessoas constituírem patrimônio é consenso, mas não devemos chamar isso de casamento.”

Direitos estendidos
Caso o Supremo reconheça a união estável entre casais gays, a decisão criará um precedente a ser seguido por todas as instituições da administração pública, inclusive pelos cartórios de todo o Brasil. Direitos como herança, comunhão parcial de bens, pensão alimentícia e previdenciária passarão a ser assegurados a casais de pessoas do mesmo sexo.

Para dom Edney, se a proposta for aprovada no STF, “nada vai mudar” no posicionamento da Igreja Católica. “Ela vai continuar defendendo os direitos da família e a nossa fé. Isso também é liberdade.”

O bispo auxiliar de Belo Horizonte, dom Joaquim Guimarães, afirmou que, se os ministros votarem a favor da união estável entre os casais homossexuais, a Igreja vai precisar reforçar suas posições. “Esse assunto já foi discutido em outros países. No Brasil, devemos dar o exemplo para reforçar nossa ação na criação de convicção nas pessoas. Ainda que a lei permita isso ou aquilo, a minha convicção é essa.”

fonte: G1

Fotos do irmão de Kate Middleton nu circulam pela internet

Imagens de arquivo pessoal de James circulam na internet.

James Middleton nu 2

Cinco dias após o casamento de Kate Middleton com Príncipe William, quem está roubando as atenções é James, irmão da duquesa de Cambridge. O site Flesh Bot publicou nesta quarta-feira, 4, fotos do arquivo pessoal de James, em que ele aparece nu.

fonte: EGO

Steven Tyler diz que já experimentou sexo gay, mas garante: ‘Não é para mim’

'Experimentei uma vez quando era mais novo', revela o cantor em livro. 'Does the noise in my head bother you?' traz histórias em palcos e clínicas.

doesthenoiseinmyheadbotheryEm sua biografia "Does the noise in my head bother you?", recém-lançada nos Estados Unidos, o cantor Steven Tyler comenta sobre sua vida pessoal. "Sexo gay não é para mim. Experimentei uma vez quando era mais novo", escreveu o vocalista do Aerosmith.

Essas e outras declarações foram compiladas em nota do site da revista "Spin". A publicação revela que Tyler fez amizade com Ivan Followill - empresário e pai de integrantes do grupo Kings of Leon - em uma de suas idas para clínicas de reabilitação.

"Os filhos não estavam gostando do comportamento dele. Ele se casou novamente e odiava sua nova esposa. Foi ficando bêbado o tempo todo. Então, mandaram o cara para a a reabilitação. Passei um mês bem acompanhado por ele."

O cantor também conta que quase saiu em turnê com ex-integrantes do Led Zeppelin. Em 2008, Tyler chegou a fazer um ensaio com Jimmy Page, John Paul Jones e Jason, filho do falecido baterista John Bonham. "Mas logo percebi que não ia funcionar", relata. "Não que eu não podia cantar as coisas, eu poderia cantar Led Zep até dormindo, mas eu não era Robert Plant, e Robert não era nada como eu."

fonte: G1

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