quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Nova ministra diz que vai trabalhar pela "livre orientação sexual"

Maria do RosárioFoi anunciado ontem à noite, quarta-feira (08), o nome da nova ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS). Para quem não sabe, a SEDH é responsável pela pasta LGBT no Governo Federal.

Maria do Rosário tem a sua trajetória política ligada à questão da juventude e dos direitos universais. Já ocupou os cargos legislativos de vereadora, deputada estadual e deputada federal. Em comunicado oficial, a nova ministra disse que é preciso "pensar os Direitos Humanos inseridos no conjunto de questões que dizem respeito ao direito à liberdade, mas também aos direitos sociais, econômicos e culturais de cada cidadão brasileiro".

Maria do Rosário também afirmou a importância de trabalhar por uma cultura de tolerância, para que a diversidade e a pluralidade sejam respeitadas. "O Brasil vive amplas contradições nos Direitos Humanos. Somos uma sociedade que está trabalhando de forma célere a inclusão, mas vivemos preconceitos muito fortes na sociedade brasileira e isso precisa ser enfrentado".

A futura ministra dos Direitos Humanos também reforçou que irá trabalhar com "empenho" pelos direitos das "crianças e adolescentes, idosos, pessoas com deficiência, povos indígenas e pela livre orientação sexual".

fonte: A Capa

São Paulo: Câmeras registram mais um ataque a gays na região da Paulista

Agressor usava um soco inglês ao desferir socos. Designer, de 32 anos, levou nove pontos no rosto com a agressão.

Houve mais um ataque contra homossexuais na região da Avenida Paulista. Câmeras de segurança registraram o momento em que as vítimas foram agredidas violentamente por um homem, na madrugada de domingo (5). Nos últimos meses, foram pelo menos seis ataques como este na região.

As imagens mostram três rapazes saindo de uma festa no domingo. Um deles ficou na esquina e dois retornam em seguida. Eram 4h20 do último dia 5. Ao perceber que estão sendo seguidos por um homem, eles aceleram o passo. Um deles desconfiou de assalto. No instante seguinte aconteceu o ataque. Enquanto uma das vítimas cai, atordoada, o amigo também apanha.

O agressor para quando é puxado por uma mulher. Outra câmera também registra a ação. Um designer, de 32 anos, que levou o primeiro golpe acha que foi atacado porque é homossexual. Foram nove pontos no rosto. O agressor usava um soco inglês.

“Não houve uma provocação, não houve uma briga, só ele desferindo os golpes contra a gente. Isso não tem uma explicação lógica. Eu tento enxergar uma explicação, mas não tem como saber o que é”, afirmou a vítima.

As imagens das câmeras de segurança de um prédio ajudam a polícia na procura pelo agressor. Os investigadores notaram três detalhes: quem bate é canhoto, sabe lutar e usa uma blusa que é moda entre os skinheads.

Os skinheads costumam se reunir na esquina da Avenida Paulista com a Avenida Brigadeiro Luís Antonio. Os punks se encontram em bares, a poucos quarteirões daqui. E, por toda esta região, no centro da cidade existem casas noturnas frequentadas por homossexuais. Segundo a polícia, quando os grupos se encontram, o preconceito e a intolerância geram confrontos.

Foram pelo menos seis ataques nos últimos meses, com oito vítimas. Um perto do outro e sempre entre 4h e 7h. “Polícias civil e militar vão fazer operações integradas na área mais sensível que a gente tem aqui. A médio e longo prazos a gente tem que investir em política de educação para diversidade, para gente poder conviver com outras pessoas que são diferentes da gente”, explicou Margarette Barreto, delegada titular da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

fonte: G1

Senadora eleita Marta Suplicy critica Parada Gay em entrevista

Marta Suplicy acha que a Parada Gay virou festa

Marta SuplicyA senadora eleita pelo PT paulista Marta Suplicy, criticou as Paradas Gays em entrevista concedida pela Folha de São Paulo e publicada nesta quinta-feira, 9.

Quando perguntada sobre sua avaliação em relação aos ataques homofóbicos ocorridos recentemente em São Paulo, Marta respondeu: “Nós estamos vivendo um enorme retrocesso na questão dos direitos dos homossexuais. O meu projeto sobre a união civil data de 15 anos atrás. Nós caminhamos enormemente na área jurídica, com grandes avanços que vão desde o reconhecimento da união à adoção de crianças, e uma paralisação absoluta no Congresso. Nem discussão tivemos nesses últimos anos. Quando você tem uma sociedade paralisada nessas discussões você tem uma manifestação mais explícita da homofobia”.

Logo em seguida ela diz que prefere discutir leis que Parada Gays: “mesmo que tenhamos hoje paradas gays importantes, elas acabam se transformando em paradas festivas, e não em reconhecimento de direitos. Como estamos hoje, se eu fosse obrigada a escolher, preferia não ter parada gay e ter toda essa questão votada de forma positiva no Congresso, porque na verdade o que almejamos são os direitos civis. A parada gay serviu para dar um espaço na mídia, mas não serviu para a transformação que precisa ser feita no país”.

Ela termina comparando o Brasil à Argentina: “para você ter uma ideia, quando o meu projeto sobre a união civil gay foi apresentado, a Argentina era um país homofóbico quase. Hoje ela tem uma lei extremamente avançada e Buenos Aires é "friendly city" para gays. E nós aqui de "friendly city" temos espancamento na Avenida Paulista. Essa é a diferença.”

A repórter então pergunta se ela é a favor da lei de criminalização da homofobia. Marta responde de forma objetiva: “Sim.”

fonte: MixBrasil

Ator pornô que contraiu o HIV faz crítica à indústria pornográfica

Derrick BurtsO ator pornô Derrick Burts, 24 anos, que descobriu recentemente que contraiu o vírus da AIDS, deu uma entrevista coletiva onde criticou a indústria e pediu para que as pessoas usassem preservativos.

O ator, que está no meio há poucos meses, disse que sabia do risco que corria e disse que os exames de rotina não são suficientes para se manter longe das doenças.

“As pessoas por trás da indústria (pornô), os peixes grandes, precisam oferecer um sistema que funcione, que proteja seus artistas. Uma das razões pelas quais definitivamente eu queria falar é para ajudar outros atores a se darem conta do risco que existe. Os exames não fazem nada, só te informam o que você tem ou não tem. A proteção real é a gente se proteger com um preservativo.”

fonte: Cena G

Deputado federal Jair Bolsonaro diz ter "asco" por defensores de homossexuais

Jair BolsonaroConhecido por seus arroubos moralistas, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) voltou à tribuna da Câmara nesta quarta-feira (8) para criticar fortemente as atividades das Comissões de Educaçãoe de Direitos Humanos e Minorias da Casa.

Na última semana, os colegiados promoveram, em sessão conjunta, uma série de audiências públicas e seminários sobre questão da homofobia. Na ocasião, vídeos defendendo a liberdade sexual, com imagens de relação homoafetiva, foram veiculados para os convidados da CDHM – a mera menção ao colegiado, diz o próprio Bolsonaro, causa-lhe “asco”.

Bolsonaro disse que teve acesso aos vídeos e vai divulgá-los na internet. O material, que seria distribuído para escolas públicas, foi produzido pelo Instituo Ecos – Comunicação em Sexualidade, que recebe recursos do Ministério da Educaçãopara produzir atividades dirigidas ao público jovem. A atividade principal da organização não governamental é direcionada, segundo sua página na Internet, à “defesa dos direitos humanos, com ênfase nos direitos sexuais e direitos reprodutivos, em especial de adolescentes e jovens, com a perspectiva de erradicar as discriminações relativas a gênero, orientação sexual, idade, raça/etnia, existência de deficiências, classe social”.

Dizendo-se pressionado a deixar a CDMH, Bolsonaro sugeriu que os integrantes convoquem o ministro da Educação, Fernando Haddad, e assistam ao filmete. Com apelos à bancada religiosa da Câmara para que tome providências, ele disse que assistiu, “com muita tristeza”, a jornalistas de telejornais da TV Globo defendendo que o tema seja discutido em escolas.

“A TV Globo não está sabendo o que está acontecendo aqui, essa onda de querer combater a homofobia estimulando o homossexualismo, a pederastia, a baixaria”, discursou o deputado, para quem os colegiados estão “patrocinando a imoralidade”.

No último dia 30, Bolsonaro esteve na tribuna para falar sobre “o maior escândalo” que diz ter presenciado em 20 anos de atividade parlamentar. “Mas não tem nada a ver com corrupção.” O deputado queria “denunciar” deliberações tomadas por representantes de entidades que lutam contra a homofobia, grupo composto “de, 100%, gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros”, liderados pelo secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidadedo Ministério da Educação, André Lázaro.

Essa turma toda reunida tomaram [sic] decisões que esta Casa não está sabendo. Até digo mais: a maioria dos integrantes dessas comissões também não está sabendo. Atenção pais de alunos de 7, 8, 9 e 10 anos da rede pública. Os seus filhos vão receber, no ano que vem, um kit na escola. Esse kit tem o título ‘combate àhomofobia’, mas na verdade é um estímulo à homossexualismo, um incentivo à promiscuidade, protestou o parlamentar fluminense, alertando para o fato de que o kit é composto, entre outros materiais, de um DVD com um filmete com cenas de “homossexualismo” tratadas como naturalidade.

“Primeira estorinha: um garoto de mais ou menos 14 anos, de nome Ricardo, vai no banheiro fazer pipi, olha pro lado, o coleguinha está fazendo também e ele se apaixona por esse colega. Vocês da galeria estão ouvindo aí? Isso está nos jornais da Câmara da semana passada. Pode ser um filho de vocês um dia”, advertiu Bolsonaro. “Daí, ele resolve assumir a sua homossexualidade. A isso os garotos de 7, 8, 9 e 10 anos vão assistir no ano que vem.”

“Daí pra frente, mais cenas do filme: quando uma professora o chama de Ricardo, na sala de aula, ele se revolta, morde os beiços, com seus trejeitos, e balbucia: ‘Bianca. Meu nome é Bianca’. E esse filme, no final, dá a seguinte lição de moral: esse comportamento do Ricardo, ou da Bianca, passa a ser um comportamento exemplar para os demais alunos”, relata o deputado, que passa a falar sobre a segunda cena do clipe, que exibe “o beijo lésbico de duas meninas”.
O deputado denuncia ainda que “a grande” discussão da CDHM trata da “profundidade que a língua de uma menina” deve atingir na boca de outra. “Dá pra continuar discutindo esse assunto? Dá nojo! Esses gays e lésbicas querem que nós, a maioria, encubemos como exemplo de comportamento como a sua promiscuidade”, brada o congressista, pedindo providências ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).

fonte: Cena G

Em programa de tevê, Ophah Winfrey chora ao falar sobre sexualidade

Não sou lésbica, nem mais ou menos lésbica, afirma Ophah Winfrey

oprah_winfreyIncomodada com os rumores de que seja lésbica, a apresentadora Oprah Winfrey negou aos prantos que sua melhor amiga, Gayle King, seja sua namorada. Oprah foi entrevistada pela polêmica jornalista Barbara Walters e todas as declarações serão transmitidas pela rede ABC nesta quinta-feira, 9.

Às lágrimas, a apresentadora disse todo o boato em torno de sua sexualidade é irritante, uma vez que muita gente deve pensar que ela está mentindo. Sobre Gayle, com quem mantém amizade há 20 anos, desde que trabalharam juntas em uma estação de TV local, ela não poupou elogios: “Ela é a mãe que eu nunca tive. É a irmã que todos gostariam de ter. É a amiga que todo mundo merece. Não conheço uma pessoa melhor que ela.”

Ao falar sobre a amiga, Oprah tentou conter o choro e explicou que nunca chegou a dizer isso a Gayle. E mais que depressa ela pediu lenço de papel. “Não sou lésbica. Não sou nem mesmo mais ou menos lésbica. Por que eu quereria esconder o fato? Não é assim que eu administro minha vida.”, disse Winfrey.

Vale lembrar que Oprah mantém um relacionamento discretíssimo com o empresário Graham Stedman, e que Barbara Walter foi uma das jornalistas que quase tiraram Ricky Martin do armário.

Repercussão

Twitteiro de plantão, o autor brasileiro Aguinaldo Silva teceu comentários, na manhã de quinta-feira 9, sobre as declarações da apresentadora. Para ele, se Oprah fosse lésbica, seria a mais bem sucedida do showbizz americano. “Afinal ela ganha mais que todas as heterossexuais juntas! Inveja mata...”, alfinetou.

fonte: MixBrasil

Mais de 90% das denúncias de homofobia na internet envolvem o Orkut

orkut-logo 2Comunidades como "Matem os Travecos", "Eu Odeio Gays" e “Mate um pagodeiro por um Brasil melhor” manifestam a intolerância recorrente no Orkut à medida que o portal de relacionamentos cresceu. No caso do Twitter essas ações agregaram outro fator: a velocidade, exemplo das manifestações contra nordestinos por uma acadêmica de direito e que rendeu, inclusive, ações na Justiça e sua demissão, em menos de uma semana após o segundo turno das eleições. A última manifestação virtual de grande repercussão foi em seguida aos ataques a jovens na Avenida Paulista após uma suposta paquera. A polêmica "Homofobia sim!" contra "Homofobia não!" tomou conta do Twitter. O FaceBook parece não ter sido contaminado na proporção dos demais. Talvez seja uma questão de tempo.

Denúncias de conteúdo homofóbico na internet renderam 4.983 queixas nos primeiros nove meses de 2010, 88% a mais do que no mesmo período de 2009 – 93% das ocorrências foram registradas no Orkut. O crescimento foi na contramão dos vários outros tipos de denúncias de abuso na internet, como racismo e intolerância religiosa, que diminuíram. Os dados são da ONG SaferNet.

Na semana passada técnicos de uma central de denúncias de crimes contra os direitos humanos na internet viraram a noite trabalhando. De quinta para sexta-feira, em plena madrugada, houve picos de cinco denúncias por segundo, totalizando 6.715 ocorrências de páginas com conteúdo homofóbico em um dia. Em todo o mês passado, foram 420 denúncias desse tipo. Essas oscilações, com picos de denúncias, também fazem parte das mobilizações de grupos nas mesmas redes.

Para denunciar qualquer tipo de abuso na internet, principalmente nas redes sociais, entre no site da SaferNet, associação civil que mantém a ferramenta www.denunciar.org.br.

fonte: Portal EN

Inglaterra: Hotel é processado por impedir casal gay de dividir quarto

Chymorvah Private HotelOs donos de um hotel litorâneo em Cornwall, na Inglaterra, estão sendo processados por Martin Hall e Steven Preddy, que vivem em união civil, por terem diso impedidos de dividirem um quarto no Chymorvah Private Hotel. Os proprietários do casarão, Peter e Hazelmary Bull, que são cristãos, impediram que os hóspedes dormissem juntos em 2008.

Apesar do anúncio claro no site do hotel de que somente heterossexuais casados podem dividir um quarto, os dois homens de Bristol tentaram se hospedar no local após uma organização de direitos gays ligar e avisar que a política do estabelecimento era contra as leis inglesas e pregava a discriminação. Eles pedem 5 mil libras, 12 mil reais, de indenização por discriminação com base na orientação sexual.

Os proprietários do hotel se defendem afirmando que a proibição é válida para casais héteros não casados e a defesa deles está sendo financiada por uma instituição cristã. Mike Judge, do Christian Institute, defendeu o casal: “Este caso é sobre liberdade de consciência. A hospedaria é a casa da família Bull. Eles tem direitos, e eles não deveriam ser obrigados a agir contra seus preceitos religiosos sinceros sob seu próprio teto”. E ainda: “A hospedaria deles não é a única na região, há vários quartos para todos os tipos de opinião. Este casal cristão está sento colocado em julgamento por sua crença. Leis de igualdade estão sendo usadas como espada, ao invés de escudo”, disse o religioso.

O caso será apresentado na Corte de Bristol na próxima segunda e o resultado deve sair depois de dois dias. A Inglaterra não reconhece o casamento gay, apenas a parceria civil entre pessoas do mesmo sexo.

fonte: Lado A

Presidente do PSOL garante que Jean Wyllys vai assumir sua vaga de deputado

Jefferson MouraO Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) vai unir forças para garantir a permanênciade Jean Wyllys como deputado federal.

Representantes do partido vão dialogar com o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski na semana que vem. Para o presidente do partido Jefferson Moura, validar votos de candidatos impugnados e somar pontos para o partido é ir contra legalidade eleitoral.

A polêmica teve início quando o ministro do TSE Marco Aurélio Mello emitiu uma decisão em que pedia a recontagem de votos para deputado federal recebidos pelo PTdoB, incluindo aqueles que foram considerados nulos por candidatos impugnados. Caso eles sejam validados, o deputado do PTdoB ocuparia a cadeira de Jean Wyllys.

Jean WyllysO presidente do PSOL declarou que tal decisão “vai contra o resultado democrático, reconfigurando o cenário político de todo o Brasil.”

“O deputado Jean Wyllys foi eleito, será diplomado e temos certeza que fará um excelente mandato”, finaliza Jefferson Moura.

fonte: Cena G

Agência europeia critica República Tcheca por teste para gay

Para agência, 'teste falométrico' é degradante e viola direitos humanos

A agência de direitos humanos da União Europeia criticou autoridades da República Tcheca por empregar um método polêmico para testar se homossexuais que pedem asilo ao país não mentem sobre sua orientação sexual.

Em relatório, a Agência de Direitos Fundamentais condenou o país pela prática batizada de 'teste falométrico', usada com imigrantes gays que pedem asilo alegando serem perseguidos em suas nações por causa de sua sexualidade.

No teste, só aplicado a homens, uma máquina mede o fluxo sanguíneo no pênis do imigrante enquanto ele é submetido a sessões de pornografia heterossexual. Os que ficam excitados têm o pedido de asilo negado.

A agência europeia diz que o método é degradante e que viola a legislação de direitos humanos da União Europeia.

O Ministério do Interior tcheco rebateu as críticas. Em comunicado, o órgão afirma que o teste, inventado na antiga Tchecoslováquia, foi aplicado menos de dez vezes, sempre sob a supervisão de especialistas e com o consenso dos participantes.

A prática veio à tona após um tribunal na Alemanha se recusar a deportar para a República Tcheca um homem iraniano que pedira asilo, alegando que, por ser gay, ele seria submetido ao teste no país.

O comissário de direitos humanos do governo tcheco qualificou o método de indigno.

fonte: O Globo

Rio Grande do Sul: Estudantes de medicina sofrem ameaças homofóbicas em Porto Alegre

UFCSPAPelo visto, infelizmente a homofobia continua mostrando a sua cara horrenda em outros pontos do Brasil, além de São Paulo e Rio de Janeiro. Um episódio se desenrola em Porto Alegre, motivado por novas demonstrações de intolerância e burrice por parte dos homofóbicos.

Tudo começou quando a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) realizou eleição para seu Centro Acadêmico. A chapa vencedora tem cinco integrantes, sendo dois abertamente gays.

Na sequência, mensagens anônimas homofóbicas surgiram em um endereço de email coletivo utilizado por alunos da Universidade. As mensagens pregam a eliminação dos gays e sugerem que os médicos da instituição se recusem a atender gays.

"No momento da consulta de uma bicha, ou recuse-se (pelos meios cabíveis em lei) ou trate-o erronemanente", diz um trecho de uma das mensagens. Perguntamos: que estudantes são esses, que além de homofóbicos, são ignorantes e burros? Além de escreverem "erronemanente" - presume-se que quiseram dizer "erroneamente"... -, que lei é essa que é citada?

Diante das ameaças, o grupo Somos - Comunicação, Saúde e Sexualidade -, sediado em Porto Alegre e um dos mais importantes do Brasil, marcou uma reunião com a Coordenadoria do Centro de Apoio de Direitos Humanos do Ministério Público Estadual, para oficializar uma denúncia e pedir investigação.

"É intolerável que, em dias atuais, universitários tenham um posicionamento tão retrógrado e ameacem colocar em risco a segurança e a saúde de homossexuais. Isso demonstra, também, que é urgente a aprovação de uma legislação federal que coíba essa prática homofóbica", afirma Gustavo Bernardes, coordenador geral do Somos.

A Universidade ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

fonte: A Capa

Estados Unidos: Gays são mais punidos do que heterossexuais em escolas

Segundo estudo publicado na revista médica Pediatrics, homossexuais se comportam melhor que a média, mas são mais punidos

Gays, lésbicas e bissexuais adolescentes nos Estados Unidos são muito mais suscetíveis a punições severas por escolas e tribunais do que seus colegas heterossexuais, embora estejam menos propensos a se envolver em crimes graves, segundo um estudo publicado nesta semana na revista médica Pediatrics.

Os resultados, baseados em uma amostra nacional de mais de 15.000 estudantes do ensino médio, foram divulgados em um momento de maior atenção para a situação dos jovens homossexuais e bissexuais. Embora alguns casos famosos de assédio moral e suicídio tenham destacado a agressão dos adolescentes por seus pares, o estudo sugere que eles também sofrem um preconceito oculto quando julgados por escolas e autoridades legais.

"Jovens gays, lésbicas e bissexuais estão sendo punidos pela polícia, tribunais e autoridades das escolas e não porque estão se comportando mal ", disse Kathryn E. W. Himmelstein, principal autora do estudo, que iniciou a pesquisa quando era estudante de graduação na Universidade de Yale.

Himmelstein começou o estudo após trabalhar no sistema de justiça juvenil e perceber um número desproporcional de adolescentes gays e lésbicas nos tribunais. Após não conseguir encontrar um estudo que revelasse se os adolescentes homossexuais são mais propensos a se envolver em atividades criminosas, ela conduziu sua própria pesquisa para sua tese. Ela usou dados do Estudo Nacional Longitudinal de Saúde do Adolescente de 1994 a 2002, uma pesquisa contínua de monitoramento do comportamento e dos problemas de saúde de estudantes do ensino fundamental e médio.

Os pesquisadores perguntaram aos jovens sobre crimes não violentos, como o uso de álcool, mentir para os pais, pequenos furtos e vandalismo, bem como crimes mais graves, como o uso de uma arma, assalto ou a venda de drogas.

Jovens gays, lésbicas e bissexuais foram apenas um pouco mais propensos a relatar pequenos problemas de mau comportamento não violento do que seus pares heterossexuais, e menos propensos a se envolver em crimes graves.

Mas, depois de controlar as diferenças no comportamento, os pesquisadores descobriram que os adolescentes gays, lésbicas e bissexuais em geral são muito mais suscetíveis de ser parados pela polícia, presos ou condenados por um crime do que outros adolescentes.

Além disso, adolescentes que disseram ter experimentado sentimentos de atração pelo mesmo sexo estavam mais propensos a ser expulsos da escola que outros estudantes.

As meninas que se diziam lésbicas ou bissexuais pareciam sofrer maior risco de punição, enfrentando 50% mais probabilidade de ser paradas pela polícia e aproximadamente o dobro do risco de prisão e condenação de meninas heterossexuais que relataram níveis similares de má conduta.

O estudo não foi criado para determinar as razões pelas quais o comportamento de adolescentes gays, lésbicas e bissexuais tem mais probabilidade de ser punido ou criminalizado. Os autores especulam que as punições mais severas poderiam refletir um preconceito por parte de funcionários das escolas e cortes, ou que os adolescentes podem ter menor probabilidade de receber serviços de apoio educativo e bem estar infantil do que os seus colegas heterossexuais.

"Nossos jovens nos dizem esse tipo de coisa o tempo todo", disse Betsy Pursell, vice-presidente para a educação pública e assistência do grupo de lobby Campanha pelos Direitos Humanos, de Washington.

Pursell observa que, embora os adolescentes não usem rótulos, aqueles que estão lutando contra a atração pelo mesmo sexo ou se identificaram como homossexuais podem ser percebidos como mais difíceis se adotarem comportamentos diferentes que os distinguem dos alunos heterossexuais.

Por exemplo, um adolescente gay pode sentir-se vítima ou banido, ou pode ser mais propenso a não agir de acordo com os papéis tradicionais de seu gênero, ou ser mais reservado nas interações com colegas e adultos.

"Eu acho que os adultos que trabalham com jovens, para melhor ou pior, tendem a categorizar rapidamente as crianças", diz Pursell. "Eles podem não categorizá-los como LGBT, mas como comuns e não comuns, um possível causador de problemas ou não".

fonte: Último Segundo

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