sexta-feira, 31 de maio de 2013

Jornal esportivo dá capa a torcidas gays de futebol

São Paulo, Corinthians e Palmeiras têm páginas no Facebook para suas torcidas homossexuais

Jornal Mais EsporteEsporte tradicionalmente homofóbico e machista, o futebol tem ganho torcidas vinculadas ao público homossexual. O assunto foi capa, nesta sexta-feira, 31, do “Jornal Mais Esportes”, de São Paulo.

A reportagem conversou com os criadores das páginas no Facebook das torcidas arco-íris dos três maiores clubes da capital paulista, a Palmeiras Livre, a Corinthians Livre e a Bambi Tricolor.

Aline, criadora da página da torcida gay do São Paulo conta que em vez de se ofender com o apelido Bambi, a página o incorporou. “Se, até agora, Bambi foi um apelido usado para discriminar, por que não adotá-lo com orgulho e desarmar o preconceito?”.

Thaís, do Palmeiras Livre, é heterossexual e esclarece que a intenção da torcida é combater todo tipo de discriminação. Ela diz que a página foi inspirada no Galo Queer (torcida gay do Atlético-MG), mas crê que ainda não é o momento das torcidas passarem do universo virtual para os estádios. “É um território machista, conservador e muitas vezes violento. Acho algo muito arriscado”.

fonte: ParouTudo

Para Oprah Winfrey, gays podem salvar a instituição do casamento

Apresentadora discutiu o tema com convidados em seu próprio canal

Oprah WinfreyEm um debate no programa “Super Soul Sunday”, em seu canal, o OWN, a apresentadora Oprah Winfrey disse que homossexuais poderiam salvar a instituição do casamento.

O tema do programa era “Casamento Gay: O Grande Filme”. Uma das convidadas, Elizabeth Lesser, fundadora de um centro educacional para adultos, afirmou que “a instituição do casamento já estava em apuros muito antes dos gays estarem se casando”. E Oprah sugeriu: “Talvez os homossexuais possam ajudar (a instituição do casamento)”.

Outro convidado, o reverendo Ed Bacon, padre de Los Angeles, também se mostrou favorável à união homo dizendo que ela “enriquece” a questão do casamento.

“Eu nunca tive um casal de héteros vindo a mim e dizendo:”Meu casamento está em apuros por causa de um casal gay que é nosso vizinho”, concluiu, sabiamente, o padre.

fonte: ParouTudo

Pesquisa revela que preconceito contra gays é alto, mas jovens aceitam melhor diversidade

Pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular mostra a opinião dos brasileiros sobre a equidade de direitos civis entre heterossexuais e casais de mesmo sexo. Disseram-se contrários aos homossexuais serem equiparados aos casais hetero no acesso a direitos civis, 38% dos entrevistados. As variações dos percentuais de acordo com faixas etárias não seguiram uma tendência padrão, apesar de ter sido identificada uma taxa mais elevada entre os brasileiros com idades a partir de 50 anos. Há uma maior prevalência de rejeição à ideia de universalização de direitos entre os homens que entre as mulheres.

Entre os homens, 47% dos entrevistados concordaram com a afirmativa "Sou contrário que casais do mesmo sexo tenham os mesmos direitos dos casais tradicionais", contra 35% das mulheres. Este mesmo índice (35%) foi identificado na faixa etária de 16 a 24 anos; de 25 a 34 anos, foram 32%; de 35 a 49 anos, 34%; e 50 anos ou mais, 47%.

Quando perguntados como seria o comportamento se tivessem um filho ou uma filha homossexual, 37% afirmaram que não aceitariam, de forma alguma. Os percentuais de rejeição são maiores de acordo com o aumento das faixas etárias, sendo, comparados à média geral, menores entre o público jovem e maiores entre as pessoas mais velhas. Também há maior rejeição entre os homens do que entre as mulheres.

A frase "Não aceitaria ter um filho ou uma filha homossexual" teve a concordância de 45% dos homens e 35% das mulheres. Entre jovens de 16 e 24 anos, 26% disseram que rejeitariam um filho homossexual. Na faixa etária de 25 a 34 anos, o índice foi de 33%; entre 35 e 49 anos, 37%; e 50 anos ou mais, 46%.

“Os números reforçam que o preconceito da sociedade para com os homossexuais existe, tanto dentro de casa, quanto fora dela. O que identificamos de favorável é que os mais jovens começam a aceitar melhor a diversidade”, afirma Renato Meirelles, sócio-diretor do Instituto Data Popular. “Essa tendência de aceitação pela população mais jovem parece ser resultado do crescimento do nível educacional e do aumento das discussões sobre o tema na mídia.”

Foram ouvidas 1.264 pessoas em todas as regiões brasileiras, no primeiro trimestre desse ano.

fonte: Terra

Gays na TV percorreram longo caminho até chegar em Félix de “Amor à Vida”

Félix (Mateus Solano) 02Félix, o vilão vivido por Mateus Solano em "Amor à Vida", não é um sucesso absoluto. Alguns comentaristas já apontaram as inconsistências do personagem: não faz muito sentido ele roubar o próprio pai, de quem é herdeiro, ou jogar o sobrinho recém-nascido numa lata de lixo.

Nem o trabalho do ator está passando incólume. Solano estaria exagerando nos trejeitos e se aproximando perigosamente da caricatura.

O malvado também prestaria um desserviço à causa LGBT. Por ser fútil, cruel e inescrupuloso, acabaria reforçando o preconceito que ainda existe contra os homossexuais. Como se no mundo só existissem bichas boazinhas.

O fato é que Félix já é, de longe, o mais importante personagem gay da teledramaturgia brasileira. Ele desempenha um papel central na trama de Walcyr Carrasco, e tem uma complexidade que seus antecessores jamais tiveram.

Desde os anos 60 que os gays são figuras frequentes na nossa TV (as lésbicas, bem menos). Mas, durante muito tempo, foram relegados a mordomos afetados nas novelas ou a tipos meio grotescos nos programas de humor.

O primeiro personagem a fugir do estereótipo foi Inácio Newman, interpretado por Dênis Carvalho em "Brilhante", de Glberto Braga, em 1981. Um rapaz rico que tinha sua homossexualidade reprimida pela família, mas que terminava feliz ao lado de um namorado. Só que essa história foi contada tão sutilmente, com tanta discrição e pudor, que um telespectador mais distraído nem teria percebido do que se tratava.

Inácio acabou sendo o paradigma da forma como gays e lésbicas foram retratados nas novelas durante quase três décadas: presenças marginais, pouco importantes para a trama principal. Muitos tiveram suas histórias abafadas, para não assustar o público conservador.

Foi o que aconteceu com Cecília e Laís, o casal de moças de "Vale Tudo". Ou com Sandrinho e Jefferson, de "A Próxima Vítima", que ainda carregavam o estigma de serem de raças diferentes. Destino pior tiveram Leila e Rafaela, de "Torre de Babel" que foram rejeitadas pela audiência, morreram na explosão de um shopping.

Nos últimos anos surgiu a polêmica do beijo gay. Diversas vezes prometido, ele jamais deu as caras numa novela da Globo: o caso mais famoso foi no final de "América", em que a cena chegou a ser gravada, só para ser cortada antes de ir para o ar.

Mas, de uns tempos para cá, assim como na vida real, os homossexuais passaram a ter maior visibilidade na TV. E também maior diversidade: do chamativo Clô de "Fina Estampa" aos discretos namorados Hugo e Eduardo de "Insensato Coração", passando pela inesquecível escrivã Jô feita por Thammy Miranda em "Salve Jorge".

Temas como a violência homofóbica, a saída do armário e a aprovação da sociedade foram tratados com sensibilidade, e bem aceitos pela maioria do público. Mas ainda falta o contato físico e neste ponto, o Brasil está atrás de países como Estados Unidos ou Argentina, onde o tema deixou de ser tabu.

Agora temos nosso primeiro grande vilão homossexual, que refreia seus impulsos para ganhar o amor do pai. Numa época em que a absurda "cura gay" é discutida a sério no Congresso, não deixa de ser bom que um personagem apareça sofrendo as consequências da repressão no programa de maior audiência do país.

Félix é um avanço na representação dos gays na TV brasileira. Mas claro que ainda há um longo caminho a ser percorrido. Quando teremos, por exemplo, um protagonista gay? Talvez Giovanna Antonelli, que fará uma lésbica na sucessora de "Amor à Vida", a ser escrita por Manoel Carlos?

Tomara. E com direito a muitos beijos.

fonte: F5

App polêmico promete ‘curar’ gays em 60 dias e revolta ativistas

Door of HopeBatizado de ”Door of Hope”, o novo aplicativo está levantando uma grande polêmica entre usuários de smartphones e tablets. O programa promete fazer com que uma pessoa consiga deixar de ser homossexual em apenas 60 dias causando assim, uma grande revolta da comunidade gay.

O “Door of Hope” foi desenvolvido pela Setting Captives Free e trata-se de um curso que utiliza preceitos bíblicos para convencer o homossexual que ele tem um problema e precisa de ajuda para encontrar a liberdade deste “pecado”. “Você pode ser libertado da escravidão da homossexualidade através do poder de Jesus Cristo e da cruz”, afirmam.

Em resposta, a comunidade gay criou uma petição virtual pedindo a retirada do aplicativo que estava disponível tanto no App Store quanto no Google Play. A petição alega que este tipo de tratamento oferecido pelo aplicativo pode causar terrível dano ao homossexual por tentar mudar quem ele é ou quem ele ama.

A petição ganhou força na rede e até o momento da publicação deste artigo já contabilizava pouco mais de 61 mil assinaturas. Como resultado, o aplicativo foi retirado do App Store em menos de 24h e, logo em seguida, do Google Play.

Apesar de não estar mais disponível no Google Play e no App Store, o curso pode ainda ser acessado através da página oficial da Setting Captives Free que disponibiliza diversos outros cursos on-line que prometem ajudar a vencer o pecado habitual.

fonte: TechTudo

Chef Alex Atala promove “Gaylinhada” na véspera da Parada Gay de São Paulo

Gaylinhada Alex AtalaO chef Alex Atala, um dos mais renomados do mundo com seus restaurantes DOM e Dalva e Dito, resolveu demonstrar seu apoio à causa lgbt e promove uma edição especial da sua tradicional Galinhada de sábado.

Neste final de semana ela vai se chamar "Gaylinhada" e a partir de meia-noite com a participação da banda Farufyno e DJ Ad Ferreira.

serviço: Gaylinhada Dalva e Dito
quando? 01/06, sábado, a partir de meia-noite
onde?  R. Padre João Manuel 1115 - Jardins, São Paulo
quanto? R$59

fonte: MixBrasil

São Paulo: Com shows e 80 tendas, feira LGBT movimenta público gay antes da Parada

A 13ª Feira Cultural faz parte do Mês do Orgulho LGBT e visa atrair turistas

feira LGBT São Paulo 01O Vale do Anhangabaú, na região central de São Paulo, é palco, nesta quinta-feira, de uma extensa programação voltada para o público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros). A 13ª Feira Cultural faz parte do Mês do Orgulho LGBT e visa dar visibilidade para o evento que atrai milhares de turistas todos os anos para São Paulo. A Parada do Orgulho LGBT acontece no próximo domingo, a partir das 12h, na avenida Paulista. Depois de passar pela rua da Consolação, tem o encerramento na Praça da República, região central de São Paulo.

Um dos estandes da feira pertence à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania. Lá, são distribuídos folhetos sobre a Lei 10.948, que pune administrativamente discriminação em função de orientação sexual e identidade de gênero. A tenda apresenta ainda trabalhos desenvolvidos pelas coordenadorias da Secretaria da Justiça, entre eles o de combate ao racismo e da prevenção às drogas.

A parada deste ano terá como tema central a luta contra o "retrocesso". Com o mote "para o armário nunca mais", os organizadores pretendem atrair a atenção para o que eles chamam de ação de "segmentos religiosos fundamentalistas", que estariam agindo no legislativo brasileiro.  Um dos alvos será o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDH) da Câmara, a quem os manifestantes reservaram  um dos trios elétricos da parada como forma de protesto.

feira LGBT São Paulo 05 feira LGBT São Paulo 04
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No domingo, a Polícia Militar de São Paulo irá utilizar 1,8 mil integrantes de seu efetivo para fazer a segurança da Parada Gay e do seu entorno. A principal recomendação para aqueles que vão participar do evento é para não ostentar objetos pessoais de valor, principalmente celulares. Nesta quinta-feira, a segurança já era reforçada no Vale do Anhangabaú e a presença de policiais militares em plataformas sobre as bases móveis da polícia foram testadas. Será uma das novidades desta edição para a segurança do público.

Nesta quinta-feira, até as 16h, nenhum incidente havia sido registrado pela polícia no local. No palco principal do evento estão programados shows da cantora Corona, da dupla Pepê e Neném e da escola de samba vencedora do carnaval de São Paulo, Mocidade Alegre.

fonte: Terra

Justiça Federal proíbe que se ofereça ‘cura da homossexualidade’

Psicólogos não podem tratar gays como doentes

A 5ª Vara da Justiça Federal do Rio negou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) para que fosse anulada resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP) impedindo psicólogos de oferecer tratamento para a homossexualidade. A decisão do juiz federal Firly Nascimento Filho é passível de recurso, porém, de acordo com o MPF, o procurador que ajuizou a ação não informou se vai recorrer da decisão.

Para Cláudio Nascimento, superintendente da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio, a decisão da Justiça restaura a posição do Conselho Federal de Psicologia. Segundo ele, a resolução do CFP é absolutamente coerente. “Vivemos em uma época de fundamentalismo que atrapalha a consolidação dos direitos de gays, lésbicas e travestis. A homossexualidade é uma expressão saudável da orientação sexual e não pode ser tratada como doença”, analisa.

O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), por sua vez, critica a decisão contra o pedido do MPF. “O homossexualismo é um comportamento como qualquer outro, sendo assim, pode ser mudado. Não vejo problema em um psicólogo oferecer tratamento para um homossexual que busca ajuda. A decisão deixa claro que a cultura gay tem falado mais alto”, argumenta.

A resolução do Conselho Federal de Psicologia tem a função de orientar as ações dos profissionais em todo o país. Segundo Clara Goldman, vice-presidente do conselho, o entendimento da entidade reguladora é que “homossexualidade não é uma doença e, portanto, não pode ser tratada como tal em consultório pelos profissionais”.

Conquista do casamento gay
Desde 1995, primeiro ano da parada gay no Brasil, que aconteceu em Copacabana, na Zona Sul do Rio, militantes do movimento encontram apoio em decisões da Justiça em favor da comunidade. Agora, fora do armário, homossexuais começam a ocupar na sociedade o lugar de direito que foi, durante anos, cerceado pelo preconceito.

No último dia 14, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que cartórios de todo o país façam o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Desde esta data, cartórios são orientados a celebrar a união civil, além de converter a união estável homoafetiva em casamento.

Embate entre política, Justiça e religião
O tema mistura ainda política e religião. A Resolução 001/99 do CFP proíbe psicólogos de tratar a homossexualidade como doença. Porém, desde 2011 é combatida em Brasília por meio do Decreto Legislativo 234, proposto pelo deputado federal João Campos (PSDB-GO), presidente da frente parlamentar evangélica.

Contra a ideia da homossexualidade como doença, a psicanalista Débora Mello defende a decisão da Justiça Federal. “Por parte do psicanalista não deve existir posicionamento moral sobre a homossexualidade. Quem define o que isso significa, ou não, é o próprio sujeito”, diz.

fonte: O Dia

Seria bacana casamento gay no Brasil, diz ministro belga casado com brasileiro

O ministro de Educação belga, Pascal Smet, 46 anos, é casado com um brasileiro de Goiânia; a Bélgica permite a união gay desde 2003

Pascal Smet​Se a mesma história tivesse ocorrido no Brasil, o então advogado belga do partido socialista, Pascal Smet, 46 anos, ainda teria o estado civil de "solteiro". Há 18 anos o hoje ministro da Educação, Juventude e Igualdade da Bélgica conheceu seu marido por acaso em um encontro de amigos em comum em Bruxelas. Lá estava um cidadão brasileiro, de Goiânia, que vinha à capital belga visitar a irmã. A diferença é que depois do namoro, o belga e o brasileiro puderam se casar na Bélgica, o segundo país do mundo a aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. 

Discreto, Smet diz que não sofreu preconceito para fazer carreira política na Bélgica, que iniciou com apenas 22 anos no conselho municipal de Beveren-Waas. Em 2009 assumiu a pasta de Educação do governo flamengo. "Nós temos um primeiro-ministro gay, um ministro da educação gay e desde que as pessoas vejam que você faz o seu trabalho bem, que você é como todo mundo, não há discussão", resume Smet.

fonte: Terra

Piauí: Jovem apoia pastor Feliciano durante 'Marcha para Jesus' em Teresina

Vendedor exibia cartaz com a frase 'Não ao Casamento Gay'. Robson Luís, 25 anos, manifesta apoio ao pastor Marcos Feliciano.

Robson LuísO vendedor Robson Luís, 25 anos, chamou atenção ao exibir cartazes de apoio ao pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, durante a Marcha para Jesus, realizada nesta quinta-feira (30) em Teresina. Um dos cartazes dizia ‘Não ao casamento gay’.

“Nós homens estamos indo contra a vontade de Deus. A mulher foi feita para o homem e o homem para a mulher”, disse o manifestante.

Robson é contra a união homoafetiva. O casamento civil entre pessoas do mesmo sexo foi autorizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em outubro de 2011. Na semana passada o Partido Socialista Cristão (PSC), do deputado Marcos Feliciano, pediu a derrubada da regulamentação do casamento gay e acusou o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Joaquim Barbosa, de abuso de poder.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara vem sendo alvo constante de críticas por parte de ativistas que defendem a união entre pessoas do mesmo sexo.

fonte: G1

São Paulo: Nº de casamentos gays sobe 78% após 3 meses de sua liberação

Norma da Corregedoria Geral de Justiça do Estado de São Paulo foi estendida pelo CNJ a todo o Brasil em maio

Três meses após a regulamentação dos casamentos homoafetivos instituída pela Corregedoria Geral de Justiça do Estado de São Paulo (CGJ-SP), o número de cerimônias nos cartórios aumentou 78% na capital paulista, apontou balanço realizado pela Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP) junto aos 58 cartórios de registro civil da cidade de São Paulo.

Ao todo foram realizados 171 casamentos desde que a norma que autoriza os cartórios a celebrarem diretamente estes matrimônios, sem a necessidade de autorização judicial, passou a vigorar. No mês de março, quando ocorreu a regulamentação, foram realizados 41 casamentos homoafetivos. Já em abril o número de celebrações chegou a 57, atingindo o ápice no mês de maio, com 73 matrimônios entre pessoas do mesmo sexo. Nos meses de janeiro e fevereiro, antes da norma paulista, a média de casamentos gays na cidade de São Paulo era de 11 celebrações.

Antes da edição da alteração promovida pelas Normas de Serviço da CGJ-SP, que regem os trabalhos dos 836 cartórios do Estado, o casamento entre pessoas do mesmo sexo deveria passar por um juiz, que poderia autorizar ou não o processo. Em caso negativo, o casal poderia recorrer à segunda instância do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) e ter seu pedido atendido. No mês de maio, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio da Resolução n° 175, estendeu este entendimento a todo o País.

Na capital paulista, o cartório que mais realizou casamentos entre pessoas do mesmo sexo nos últimos três meses foi o 21º Subdistrito, localizado no bairro da Saúde, com 10 celebrações, seguidos pelas unidades de Cerqueira César (9), Santa Cecília (8), Bela Vista (7) e Tucuruvi (7), e Itaquera (6). No levantamento completo, realizado desde a primeira celebração gay na capital em 2012, o cartório de Cerqueira foi o que mais realizou celebrações, 19 no total, seguido pelas unidades da Saúde (15), Itaquera (14), Butantã (12) e Santa Cecília (11).

O primeiro casamento gay realizado na cidade de São Paulo ocorreu no dia 18 de agosto de 2012 no cartório de Itaquera, após autorização da Vara de Registros Públicos, órgão responsável pela fiscalização dos cartórios na cidade.

fonte: Terra

Sergipe: Gays roubam a cena em quadrilha junina e são ovacionados em Aracaju

Vânio se transformou em Waleska e brilhou como dama. Já Rodrigo que é conhecido como Lohanna foi cavalheiro.

irmãos gay quadrilhaOs irmãos Vânio e Rodrigo Félix, foram as sensações da quadrilha junina Mandacarú, do município de Pirambu, durante a apresentação na 4ª etapa classificatória do Concurso de Quadrilhas Juninas da TV Sergipe, o Levanta Poeira, na noite desta quinta-feira (30) no Ginásio de Esportes da Escola de Ensino Fundamental Roberto Simonsen localizado no bairro 18 do Forte, na Zona Norte da capital.

Gays assumidos, Vânio se transforma em Waleska e é dama na quadrilha ao lado do seu ex-namorado Wander. Enquanto Rodrigo que assumiu a identidade de Lohanna recusa se vestir de mulher e faz sucesso como cavalheiro.

Assumir a orientação sexual nunca foi problema para eles que revelaram que são de uma família ‘moderna’, apesar de viver em uma cidade pequena no interior de Sergipe. “Além de nós, existem mais três gays na família e isso sempre foi encarado com naturalidade, desde muito pequeno já sabia a minha sexualidade e sempre me aceitei, isso nunca foi um problema”, explica Vânio.

“A família nunca interferiu. Os amigos, vizinhos, colegas de colégio e trabalho sempre nos trataram com muito respeito. Somos tratados sempre como pessoas queridas e divertidas”, completa Rodrigo.

De acordo com eles, o preconceito sempre existiu, mas nunca foi problema. “A gente finge que não vê, esse tipo de gente não merece atenção”, garante Vânio que dança em quadrilhas juninas há 10 anos e agora inovou como dama.

Quadrilha Mandacaru gay“Sempre fui cavalheiro nas apresentações e em um ensaio da quadrilha faltou uma mulher. Tive a ideia de ter essa experiência e logo me ofereci para ser a dama. Foi muito divertido e me identifiquei bastante, acho as roupas mais glamurosas e posso ficar mais a vontade. Sinto-me uma estrela e brilhei durante a apresentação desta noite”, diverte-se.

O público foi ao delírio quando percebeu que entre as damas estava Vânio. “As torcidas das quadrilhas se uniram e aplaudiram muito a ‘Waleska’ pela coragem, ousadia e alto astral dela”, elogia a professora Ana Sampaio.

Já Rodrigo, que gosta de ser chamado de Lohanna, preferiu se apresentar como cavalheiro. “Não me sinto a vontade de vestido, mas foi muito divertido”, explica. Questionado se toparia fazer par com o irmão na quadrilha, Rodrigo descartou a possibilidade. “A gente se admira muito mas nunca dançamos juntos, acho que não vai funcionar porque existe o charme e encanto nas apresentações e entre irmãos não seria bacana”, justifica.

Sucesso com a plateia, mas não com jurados
Apesar do sucesso, Vânio não foi o primeiro gay que se destacou como dama em quadrilha junina, na abertura do Levanta Poeira, na sexta-feira (24) em Salgado, Erinaldo dos Santos se transformou em Érica Campel e fez sucesso na quadrilha Xodó da Vila.

Mas a quadrilha que a dupla se apresentou não agradou os jurados e ficou na última colocação da noite com apenas 240 pontos e foi eliminada do concurso. Foram classificadas Unidos em Asa Branca que conquistou as maiores notas dos jurados e foi a grande campeã da noite com 338,6 pontos e Luiz Gonzaga que obteve 298,7 pontos. Foram eliminadas também, s quadrilhas Asa Branca, com 292 pontos e Arryba Saia com 248,4.

A quadrilha Mandacarú se apresentou com o tema ‘Encontrei minha paixão, com ajuda da simpatia de São João’. Fundada em 2006, o grupo participou do Levanta Poeira pelo segundo ano consecutivo. “O enredo retratou uma história apaixonante onde Rosinha pede a São João que lhe mostre o nome de sua paixão através da simpatia, a qual será realizada, os dois se conhecem e juntos desfrutam desta paixão junto com toda junina Mandacaru em comemoração a esta união”, conta o presidente Saulo Silva.

fonte: G1

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