quinta-feira, 7 de abril de 2011

Deputada Manuela D'Ávila pede a saída de Jair Bolsonaro da Comissão de Direitos Humanos

Manuela D AvilaA deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB - RS), que preside a Comissão de Direitos Humanos na Câmara, declarou ontem, quarta-feira (6), que já pediu ao Partido Progressista (PP) que indique outro nome para substituir Jair Bolsonaro (PP-RJ). Segundo Manuela, ninguém na comissão se sente bem ao lado de uma pessoa que não defende os direitos humanos.

"O objetivo final é de que ele, Bolsonaro, seja punido da forma como o Conselho de Ética e Corregedoria decidirem. Pedimos ao PP que faça outra indicação porque não podemos ter nesta comissão um deputado que não defenda os direitos humanos", disse a deputada.

Quem também se manifestou ao caso Jair Bolsonaro foi a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário. A palamentar declarou que a situação revela a necessidade de se criminalizar a homofobia. Para a ministra, as pessoas se sentem livres para serem homofóbicas porque não existe uma punição para tal ato.

"Os flagrados fazem discursos homofóbicos e sentem-se livres porque os seus discursos não produzem efeitos legais. Se mantivermos essa lógica não teremos um Brasil digno de todos nós. Acredito que a Câmara é parte da afirmação de um Brasil sem homofobia e sem racismo", protestou Maria do Rosário.

fonte: A Capa

Pescador casado vive romance gay no drama peruano "Contracorrente"

por Alysson Oliveira, do Cineweb

UndertowO peruano "Contracorrente" marca uma bem-sucedida estreia em longas do peruano Javier Fuentes-Léon, que também assina o roteiro. A história pode ser definida como o dia em que "Dona Flor e Seus Dois Maridos" encontra "O Segredo de Brokeback Mountain" - com ênfase na melancolia do segundo, ao invés da comédia do primeiro.

"Contracorrente" se passa num pequeno vilarejo no Peru, que parece perdido no tempo e no espaço. Não fossem algumas bugigangas tecnológicas, podia-se pensar que a história se passa há algumas décadas. Ao menos, a mentalidade local parece parada no passado remoto.

Quando o filme começa, o pescador Miguel (Cristian Mercado, de "Che - Guerrilha") tem um romance com o fotógrafo e pintor Santiago (Manolo Cardona, de "A Mulher do Meu Irmão"). Não seria nada demais, não fosse o primeiro casado com Mariela (Tatiana Astengo, de "Pantaleão e as Visitadoras"), que está grávida. A relação entre os dois sempre acontece ao longe, em praias isoladas, onde sozinhos podem viver o seu amor.

O pescador Miguel é um personagem com um conflito muito grande: apaixonado por Santiago e também por sua mulher, ele fica dividido entre o dever e seu coração. Na vila onde moram, o fotógrafo é visto com hostilidade, ninguém fala com ele e crianças atiram ovos em suas janelas.

Mas seu amor por Miguel é tão grande que, mesmo morto, ele continua aparecendo para o pescador - tal qual Vadinho para dona Flor. Porém, aqui não é como o romance de Jorge Amado, ou o filme de Bruno Barreto - não há espaço para risos no inusitado da situação. Santiago conta para Miguel que não consegue abandoná-lo, e o seu amante também não quer isso. É a situação ideal para Miguel: com o outro morto, pode viver seu romance e manter o casamento.

O diretor Fuentes-Léon dribla com criatividade as limitações orçamentárias. O cotidiano do vilarejo incorpora os temas que o diretor pretende discutir com seu filme - como o amor entre dois homens, a descoberta e aceitação da identidade de cada um. As pessoas com quem Miguel se relaciona no seu dia-a-dia (sua mulher, outros pescadores, seu filho) impulsionam a narrativa.

Mas o que traz força para essa história são seus personagens muito humanos e repletos de nuance. Desde o pescador que nem sempre sabe lidar com sua bissexualidade, até o fotógrafo bem resolvido, passando pela mulher de Miguel, que fica dividida entre o amor pelo marido e o preconceito enraizado em sua educação. Nessa educação, aliás, é estranho que homem veja novela - eles têm de gostar de futebol - por isso, Mariela dá um sorriso sem graça quando diz para as amigas que Miguel vê a reprise da brasileira "Direito de Amar" e gosta muito de Lauro Corona.

Ganhador de diversos prêmios, entre eles o de público do Festival de Sundance do ano passado, "Contracorrente" é, com sua delicadeza, um filme poderoso. Ao falar do amor, faz um retrato da hipocrisia.

fonte: UOL

STJ adia mais uma vez decisão sobre união estável de casais gays

Homossexual de MT pede 50% dos bens de companheiro morto em 2006. Ministro Paulo de Tarso pediu vista; análise não tem data para ser retomada.

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiou nesta quinta-feira (7) a decisão sobre o reconhecimento da união estável de um casal homossexual do Mato Grosso. O pedido de vista do ministro Paulo de Tarso suspendeu o julgamento, que não tem data para ser retomado. A análise de outro caso, que também tramita no STJ, foi interrompida em fevereiro deste ano por um outro pedido de vista.

A decisão do STJ sobre a união estável entre gays servirá de referência para que relacionamentos duradouros entre pessoas do mesmo sexo tenham status semelhante ao de uma família formada por homem e mulher.

No processo suspenso nesta quinta, um cabeleireiro de Mato Grosso quer que seja reconhecida a união estável com um bibliotecário, com quem viveu por 18 anos, até a morte do companheiro, em novembro de 2006, vítima de doença de Chagas.

No processo, o cabeleireiro pede 50% dos bens deixados para o filho adotivo – menor de idade – do ex-companheiro e afirma que a adoção foi formalizada somente em nome do bibliotecário, mas que o menino foi educado pelos dois, o que configuraria uma “verdadeira família”.

Julgamento
Esta é a segunda vez que o julgamento é interrompido por um pedido de vista. A relatora do caso, ministra Nancy Andrighi votou pelo reconhecimento da união estável e afirmou, com base no processo, ser “incontroversa” a convivência pública, contínua e duradoura entre os dois homens.

Ela chamou atenção para os efeitos da decisão do STJ para um novo processo de adoção da criança. “O menor tem AIDS e foi adotado pelo falecido, que pegou a criança em um asilo. A criança nunca conheceu a mãe, que lhe deixou de presente o vírus HIV. Se considerarmos a família, nossa decisão teria reflexo significativo para o juiz que terá de rediscutir a questão da adoção”, disse a ministra.

O ministro Sidnei Beneti, que já havia pedido vista do caso, votou contra o reconhecimento da união estável. Para ele, o texto da Constituição fala em “homem e mulher” ao se referir a esse tipo de relacionamento.

“É reconhecida como entidade família a relação pública, contínua e duradoura entre homem e mulher. O legislador não esqueceu de tratar da união estável entre pessoas do mesmo sexo. O legislador fez essa opção, não há lacuna na lei”, afirmou o ministro.

Beneti disse também que uma solução jurídica para os relacionamentos estáveis entre pessoas do mesmo sexo deve ser dada pelo Congresso Nacional.

fonte: G1

Novo texto da lei anti-homofobia libera pastores para condenarem homossexualidade

Marta Suplicy altera texto do PLC 122 e libera pregação anti-gay em igrejas e templos

Marta Suplicy 2A senadora Marta Suplicy, do PT, atual relatora do PLC 122 _a lei que pretende criminalizar a homofobia no Brasil_ fez uma alteração substancial no texto que tramita no Senado Federal. Na prática, a alteração permite que pregações em templos e igrejas condenem a homossexualidade. É a forma encontrada pela Senadora e seus assessores para que o texto do PLC 122 passe pela barricada formada pelos parlamentares evangélicos.

Agora o projeto deixa claro que a lei não se aplicará a templos religiosos, pregações ou quaisquer outros itens ligados a fé, desde que não incitem a violência. O novo parágrafo diz: “O disposto no capítulo deste artigo não se aplica à manifestação pacífica de pensamento fundada na liberdade de consciência e de crença de que trata o inciso 6° do artigo 5° (da Constituição)”.

A liberdade de pregação e culto contra a homossexualidade, preservada pelo novo texto, não inclui as mídias eletrônicas. Isso é: continua vetado, sob pena de multa, textos, vídeos e falas que condenem a homossexualidade publicados em sites ou transmitidos pela TV.

fonte: MixBrasil

MP abre inquérito para analisar ofensas homofóbicas a Michael e Governo de Minas pede desculpas

MP-MG espera que possível punição seja definida até 5ª; Michael foi vítima de ofensas homofóbicas

Michael jogador Vôlei Futuro 2O Ministério Público de Minas Gerais abrirá investigações para analisar a polêmica em torno das ofensas de torcedores do Sada/Cruzeiro a Michael. O jogador do Vôlei Futuro foi vítima de insultos homofóbicos durante a partida entre as duas equipes, realizada na última sexta-feira em Contagem, pelo primeiro jogo das semifinais da Superliga. Segundo o clube paulista, o Governo do Estado também pediu desculpas oficialmente pelo ocorrido.

“Vamos instaurar um procedimento baseado no Estatuto do Torcedor. Vamos ouvir todas as partes envolvidas., recolher as matérias e vídeos publicados e então decidir o que será feito”, afirmou Rodrigo Filgueira, promotor do MP-MG, em entrevista publicada pelo jornal Lance nesta quinta-feira.

Embora tenha dito não saber ao certo quando será decidida uma eventual punição ao Cruzeiro, Filgueira espera que a situação seja definida até a próxima quinta-feira. O promotor considera que o time mineiro, entre outras possíveis punições, poderia jogar sem a presença de público caso haja a necessidade de uma terceira partida contra o Vôlei Futuro.

“É uma questão importante, de dignidade humana. O jogador externou sua indignação e a gente não apoia essa prática homofóbica. Temos que agir rápido, até para responder à sociedade”, concluiu Filgueira.

Governo de Minas pede desculpas
De acordo com o Vôlei Futuro, o clube ainda recebeu na última quarta-feira um pedido de desculpas do chefe de assessoria da área de articulação, participação e parceria social do Governo do estado de Minas Gerais, Marcelo Garcia.

Michael falou com o representante da assessoria por telefone e também recebeu um email de boas vindas para retornar ao estado. Segundo nota do clube paulista, o jogador ficou “ficou muito feliz com a manifestação do Governo de Minas Gerais e declarou  que sua admiração pelo estado continua a mesma”.

fonte: UOL

Encontrado esqueleto de 5 mil anos de idade de possível transgênero

Foi encontrado um esqueleto de aproximadamente 5 mil anos de possível transgênero.

esqueleto de 5 mil anosApesar de anatomicamente homem, o esqueleto encontrado nos subúrbios de Praga foi enterrado com rituais e tradições geralmente utilizadas para mulheres na cultura da Era do Cobre.

Homens dessa era eram enterrados com armas e suas cabeças em direção ao oeste, enquanto a cabeça das mulheres ficavam em direção ao leste e eram enterradas com jarros, como o esqueleto masculino descoberto.

"Pela história e etimologia", Kamila Remišová, chefe da equipe de pesquisa, disse durante uma conferência de imprensa, "sabemos que quando uma cultura tinha regras funerais estritas eles nunca cometiam enganos com esse tipo de coisa".

A arqueologista Kateřina Semrádová, da equipe de pesquisa, ainda acrescentou, "Acreditamos que essa é um dos primeiros casos do que poderia ser descrito como 'transsexual' ou 'túmulo do terceiro sexo' na República Checa".

fonte: G.Online

Haiti: Gays sofrem com aumento da homofobia

A ONG Comissão Internacional de Direitos Humanos de Gays e Lésbicas denunciou o sofrimento vivido pelos LGBTs no Haiti desde o terremoto que arrasou grande parte do país, em janeiro de 2010.

Segundo a ONG, os LGBTs são deixados por último pela comunidade na hora de receber ajudas. Isso porque os homossexuais são culpados pelos líderes religiosos pela tragédia que quase dizimou o país.

fonte: Cena G

Cantora country Chely Wright fica noiva de ativista gay

Chely Wright fez sucessos do country como 'Shut Up And Drive'

Chely WrightA cantora country Chely Wright, que surpreendeu os fãs ao assumir sua homossexualidade no ano passado, ficou noiva de uma ativista dos direitos gays, informou na quarta-feira a revista People.

Wright, de 40 anos, e a noiva Lauren Blitzer, uma ativista dos gays, bissexuais e transexuais, planejam se casar em Connecticut em agosto.

Connecticut é um dos cinco Estados norte-americanos que legalizou o casamento de pessoas do mesmo sexo.

Em 1995, Wright foi eleita a melhor nova vocalista pela Academia de Música Country. Entre seus maiores sucessos estão "Shut Up and Drive" e "Single White Female", que lideraram as paradas country em 1999.

fonte: Estadão

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