sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Papa convoca outras religiões e ateus para luta contra casamento gay

Sem citar a palavra homossexual e sem fazer julgamento sobre a homossexualidade, ele atacou claramente a legalização do casamento gay

papa Bento XVI 02O papa Bento XVI se mostrou combativo nesta sexta-feira ao convocar os católicos para "lutar" contra o casamento gay, em um contexto de mobilização da Igreja em todos os grandes debates da sociedade. Em seu discurso de fim de ano à Cúria Romana, o Papa criticou duramente as novas concepções da família que não se baseiam na união entre um homem e uma mulher e afirmou que "na luta pela família está em jogo a essência do ser humano".

Sem citar a palavra homossexual e sem fazer julgamento sobre a homossexualidade, ele atacou claramente a legalização do casamento gay e a adoção por esses casais na França, Estados Unidos e em outros países. A posição do Vaticano sobre o casamento homossexual não mudou, mas o tom endureceu.

No momento em que os países ocidentais adotam reformas sobre o casamento homossexual, o "Ano da Fé", lançado em outubro pelo Papa, parece ser a ocasião de combate sobre essas questões morais. Alguns movimentos católicos organizaram uma grande manifestação contra o casamento gay na França em 18 de novembro. Uma outra manifestação nacional está prevista para 13 de janeiro.

Os representantes das grandes religiões da França (católica, islâmica, protestante, judaica), criticaram o projeto do governo socialista, mas insistiram na natureza específica de seus argumentos.

Bento XVI, em uma rara mensagem publicada quinta-feira no Financial Times, convidou os cristãos a se engajarem nas áreas da justiça, da paz, da vida e da família. Segundo o Papa, os cristãos devem ser coerentes com a fé católica, disse, citando os políticos que são encarregados de votar a favor ou contra os projetos de lei de um governo.

Ele propôs uma "aliança" entre fiéis de diversas religiões e ateus sobre os temas essenciais de defesa da justiça, da paz, da família e da vida, que seria possível em razão de serem "leis naturais" as quais todos podem aderir. Em virtude desta lógica, ele citou longamente, e de maneira inédita, o grande rabino da França, Gilles Bernheim, muito crítico ao projeto de legalizar o casamento e a adoção para os homossexuais.

O Papa elogiou o trabalho do rabino Bernheim, que demonstra que "atentar contra a autêntica forma da família, constituída por um pai, uma mãe e uma criança (...) coloca em jogo a própria visão do ser humano". "Se até o momento percebíamos como a causa da crise da família a incompreensão sobre a essência da liberdade humana, agora está claro que o que está em jogo é a própria visão do ser humano, o que significa em realidade o fato de ser uma pessoa humana", observou Bento XVI.

"A criança perdeu a posição a que pertencia até o momento e a dignidade particular que lhe é própria", prosseguiu o Papa. "Bernheim mostra como, de sujeito jurídico independente em si mesmo, ele se transforma necessariamente em um objeto, que é e tem o direito, e como um objeto de direito, pode ser obtido".

Com a rejeição do casamento tradicional, acrescentou, "desaparecem as figuras fundamentais da existência humana: o pai, a mãe, o filho: as dimensões essenciais da experiência de ser uma pessoa humana estão desabando". Neste discurso, no qual costuma explicar as principais preocupações da Igreja, o Papa lamentou a "profunda falsidade" dos estudos de gênero, que consideram que o sexo de uma pessoa é determinado, na realidade, pela sociedade e educação.

O Papa insistiu ao Financial Times que a "luta" pacífica que ele convocou ultrapassa as fronteiras da Igreja: os princípios que ela defende "não são verdades de fé, estão inscritas na própria natureza humana, identificável pela razão, e, portanto, comum a toda a humanidade", seja no casamento, no começo e fim da vida, e na bioética, afirmou o Papa. Sua transformação causará "prejuízo grave para a justiça e a paz", acrescentou.

fonte: Terra

Estados Unidos: Lady GaGa terá ônibus de combate ao bullying gay percorrendo as cidades da sua turnê

A cantora anunciou nessa quinta (20) que vai colocar um ônibus para rodar os Estados Unidos com o objetivo de combater o bullying.

Lady GaGa 07O "Born Brave Bus Tour" estará presente no dia do show de todas as cidades pelas quais Gaga passará com a sua turnê.

O ônibus abrirá horas antes de cada apresentação para receber jovens de 13 a 25 anos. Eles irão ter orientações sobre ações anti-bullying, prevenção ao suicídio e serviços de saúde mental.

O "Born Bus Tour" é uma iniciativa da fundação da cantora, que busca a capacitação de jovens e o desenvolvimento de sua auto-confiança.
As organizações The Trevor Project, Campus Pride e National Association of School Psychologists irão dar assistência ao ônibus. Não será necessário ter o ingresso para o show para ter acesso ao serviço.

A primeira parada do projeto será no dia 14 de janeiro, na cidade de Tacoma, estado de Washington.

fonte: A Capa

Alagoas: Jovens homossexuais são assassinados em Maceió

Aldreen PietroluongoA violência contra homossexuais chocou Maceió nesta semana. Na terça (18), foi encontrado, na Lagoa Mundaú, o corpo de Aldreen Pietroluongo, 23 anos, em estado avançado de decomposição. Ele apresentava várias perfurações que podem ter sido feitas com arma branca.

Segundo informações de Nildo Correia, presidente do Grupo Gay de Alagoas (GGAL), o rapaz estava desaparecido desde o sábado (15), quando saiu com um grupo de amigos para um bar na orla da Lagoa. Lá, Aldreen teria conhecido um rapaz e saiu em sua companhia. Durante a noite, ele ligou duas vezes para os amigos e informou que estava bem. Depois disso, não deu mais notícias.

A outra vítima foi Almir Durval dos Santos, 27 anos. Ele foi morto na terça (18) dentro de sua residência no bairro do Jacintinho, na capital alagoana. A mãe do rapaz, que morava na casa ao lado, ouviu os disparos e já encontrou o filho no chão. De acordo com a Polícia Militar, o assassinato teria sido cometido por três homens e acertaram três tiros de revólver calibre 38 na cabeça e no tórax da vítima. Almir morreu antes de receber atendimento médico.

A mãe de Almir não se conforma com o crime. “Eu pensei que era ele quem ia me enterrar. Agora vou ter que enterrar meu filho”, disse em prantos.

fonte: GOnline

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