segunda-feira, 1 de abril de 2013

Câmara paga advogado que defende Feliciano em inquérito por homofobia

Servidor ainda atua em processo de estelionato; ele sustenta que recebe honorários e cumpre horário

Marco Feliciano (PSC-SP)O advogado que protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) a defesa do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) em inquérito por homofobia tem emprego e salário pago pela Câmara. Feliciano é defendido por Rafael Novaes da Silva, seu secretário parlamentar desde fevereiro de 2011. O advogado respondeu à denúncia do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, no último dia 21, por meio de um documento com várias citações bíblicas.

Rafael também deve acompanhar Feliciano em interrogatório nas dependências do STF, no próximo dia 5, às 14h30m. O presidente da Comissão de Direitos Humanos será questionado sobre outro processo, no qual é acusado de estelionato, por um juiz federal designado pelo ministro Ricardo Lewandowski, relator da ação. Nesse processo, Feliciano já é réu e tem como advogado o mesmo secretário parlamentar.

O salário de Silva divulgado no site da Câmara é de R$ 2,4 mil. O nível do cargo — SP-25 —, no entanto, tem uma remuneração mínima de R$ 6.470. Uma das estratégias de Rafael na defesa de Feliciano é arrolar testemunhas de defesa próximas ao deputado: pelo menos duas testemunhas são pastores amigos do parlamentar e que também exercem o cargo de secretário no gabinete.

Gurgel acusa Feliciano de homofobia pelo Twitter, enquadra o deputado na lei que prevê crimes de preconceito de raça ou cor, e pede pena de um a três anos de prisão. Na defesa que rebate a denúncia, o secretário parlamentar diz que o deputado é “vítima de uma perseguição fria e calculista por conta de uma simples interpretação teológica que realizou de um trecho da Bíblia”.

Boa parte da defesa é dedicada a citações bíblicas, como os trechos do livro do Gênesis que remetem à maldição de Noé a descendentes africanos. “Como cristãos, cremos em bênçãos e, portanto, não podemos ignorar as maldições”, diz Rafael. Segundo ele, a maldição vem sendo “quebrada” por povos africanos. “Milhares de africanos têm devotado sua vida a Deus e por isso o peso da maldição tem sido retirado.” Com a alegação de imunidade parlamentar, liberdade de expressão de ideologia religiosa e atipicidade da conduta, Rafael pede a suspensão da denúncia.

Ao GLOBO, o secretário disse que recebe honorários de Feliciano para fazer as defesas no STF, por meio de contrato entre o escritório de advocacia do qual é sócio — Araújo, Novaes e Pires Advogados — e o deputado.

— Presto as oito horas diárias de serviços legislativos, como determina a legislação da Câmara, e fora dessas oito horas posso exercer outros trabalhos. Atuo na Câmara em conjunto com o escritório. Fico em Brasília e em São Paulo — afirmou Silva.

fonte: O Globo

Bolsonaro chama ministra de sapatona e diz que Plano Nacional LGBT é estímulo à pedofilia

Jair Bolsonaro 02O deputado federal Jair Bolsonaro fez um discurso bastante agressivo no plenário da Câmara. Com o plano nacional de Promoção, Cidadania e Direitos Humanos da população LGBT em mãos, Bolsonaro chamou a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, de “sapatona” e disse que o governo da presidente Dilma não dá a mínima para a família.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), classificou os ataques como "absolutamente desrespeitosos e covardes à presidente" Dilma Rousseff. Bolsonaro dizia, em seu discurso, que os protestos que pedem a saída do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) da presidência da Comissão dos Direitos Humanos (CDH) é uma pressão feita por Dilma, que “não tem compromisso nenhum com a família”. Como “prova” de sua teoria, o deputado argumentou que se a presidente tivesse esse compromisso com a família não teria nomeado a ministra para o cargo, uma "sapatona”, segundo ele. "Essa mulher (Eleonora) representa a sua mãe, Dilma Rousseff, a minha não. E nem as mulheres brasileiras”, disse.

"Bolsonaro é um notório defensor da ditadura. Ele fez ataques absolutamente desrespeitosos e covardes à presidente, atacou a mãe dela, inclusive. Isso é de uma brutalidade, de uma covardia ímpar. Portanto, ele merece um lugar: o lixo", rebateu Chinaglia. "Não creio que alguém com uma sensibilidade mínima não tenha nojo disso", completou o petista.

Ainda neste mesmo discurso, Bolsonaro disse que  o Plano Nacional de Promoção e Cidadania de Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais é um “estímulo à pedofilia”.

fonte: MixBrasil

São Paulo: Número de casamentos gays quase triplica no mês de março

41 casamentos foram registrados em cartórios da capital paulista. Norma que facilita união homossexual entrou em vigor no dia 1º de março.

O número de casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo quase triplicou na cidade de São Paulo no primeiro mês após o início da norma que regulamenta a união homossexual em todo o estado. Segundo a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP), desde o dia 1º de março, quando a nova lei entrou em vigor, 41 casamentos gays foram registrados na capital paulista.

Nos primeiros dois meses de 2013, os cartórios paulistas haviam realizado 22 casamentos homoafetivos - uma média de apenas 11 por mês. Ainda de acordo com Arpen-SP, o cartório de Santa Cecília é o que mais oficializa uniões do tipo.

Antes de a norma começar a valer, alguns processos de casamento gay em São Paulo precisavam ser submetidos ao juiz corregedor do cartório. Caso aprovada, a união era realizada. Muitos casais precisaram recorrer à segunda instância do Tribunal de Justiça (TJ). Agora, a concordância do magistrado não é mais necessária, assim como ocorre num casamento entre homem e mulher.

A pessoa que, sem motivo aparente, não conseguir registrar o pedido de casamento em qualquer um dos 832 cartórios espalhados pelo estado pode fazer uma denúncia à Corregedoria Geral da Justiça.

fonte: G1

Líder do Pearl Jam, defende casamento gay durante show no Lollapalooza

Eddie Vedder 02Mesmo não permitindo a transmissão ao vivo do show no Lollapalooza, Pearl Jam não fez feio, como era de se esperar, e fechou com chave de ouro o último dia do festival em São Paulo, que recebeu mais de 60 mil pessoas Jockey Club, no domingo (30).

Pouco depois das 20h45, o vocalista Eddie Vedder abriu o show com “Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town”. Em meio a uma conversa e outra com a plateia, Vedder comentou sobre a noite linda que fazia em São Paulo e parabenizou a cidade pela aprovação do casamento gay.

“Obrigado, São Paulo, por respeitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Isso é muito importante”, declarou Vedder, referindo-se a medida que passou a valer a partir de março no Estado.

Depois de vários hits, como “Jeremy”, “Daughter”, “Even Flow”, “Black”, o Pearl Jam encerrou a noite agradecendo mais uma vez a plateia de São Paulo. “Vocês são, sem brincadeira, uma das melhores plateias do mundo”, despediu Vedder, que saiu do palco com uma bandeira do Brasil.

fonte: A Capa

Estados Unidos: Arcebispo de Nova York diz que a Igreja deve se aproximar dos gays

Apesar da mensagem, Timothy Dolan insistiu que, para a Igreja Católica, o casamento só é válido entre um homem e uma mulher

Timothy Dolan e o Papa FranciscoEm uma semana importante para o reconhecimento dos direitos dos homossexuais no país, o presidente da Conferência dos Bispos dos Estados Unidos e arcebispo de Nova York, Timothy Dolan, reconheceu neste domingo que a Igreja Católica ainda tem um longo caminho a percorrer para se aproximar da comunidade gay. Durante uma entrevista para um canal americano, Dolan falou sobre a aparente distância entre os interesses da Igreja e de seus fiéis, e insistiu que a instituição religiosa deveria ter mais cuidado ao transmitir sua mensagem. A Suprema Corte americana discutiu esta semana a constitucionalidade das uniões entre pessoas do mesmo sexo.

Apesar da mensagem, Dolan insistiu que, para a Igreja Católica, o casamento só é válido entre um homem e uma mulher.

- Deus nos ensinou que o caminho para a felicidade, especialmente no que diz respeito ao amor sexual, se limita apenas à união entre homem e mulher. Mas devemos tentar melhorar a nossa maneira de defender o casamento, para que não pareça que se reduz a um ataque a homossexuais - disse.

Dolan, que participou do conclave que elegeu o novo Papa, disse na entrevista que a Igreja está tentando se aproximar da comunidade homossexual, mas está ciente de que ainda é muito cedo para acolher católicos gays.

- A natureza da Igreja faz com que, algumas vezes estejamos longe das questões que realmente preocupam os fiéis. Queremos que a felicidade dos homossexuais. Eu os amo, assim como Deus os ama, mas às vezes não somos suficientemente eficazes para mostrar para a sociedade como Ele nos ensinou como viver.

Uma pesquisa divulgada pelo Centro Pew, dias antes da eleição do novo Pontífice, mostra que a maioria dos católicos americanos pedia um Pontífice que modernizasse a Igreja, tornando-a mais aberta às novas realidades da sociedade. Outra sondagem, realizada pela cadeia ABC na mesma época, dizia que os católicos americanos - cerca de 80 milhões - sentiam que a hierarquia da Igreja havia se desconectado com as preocupações reais dos seus paroquianos. Nas últimas décadas, a Igreja Católica nos EUA viveu cercado por escândalos de pedofilia. A atitude dos altos clérigos, de proteger os padres envolvidos, em vez de apoiar a transparência das investigações, tem minado a credibilidade da instituição.

O próprio Dolan foi interrogado por casos de abuso sexual quando era líder da Arquidiocese de Milwaukee, em Wisconsin, entre 2002 e 2009. Durante três horas, o arcebispo de Nova York falou a advogados de 500 supostas vítimas de padres de Milwaukee - a oitava diocese que recorre ao procedimento nos Estados Unidos desde 2002, quando veio à tona um escândalo por abusos sexuais em Boston.

fonte: O Globo

Princesa Diana frequentava bar gay com Freddie Mercury, diz livro

Segundo autora, a princesa de Gales conseguiu se misturar aos frequentadores e pode curtir uma noite normal

Princesa DianaA princesa Diana chegou a frequentar bares gays nos anos 80 com Freddie Mercury, segundo o livro "The Power of Positive Drinking" da comendiante Cleo Rocos. A informação é do tablóide britânico The Sun. Rocos conta na publicação que ela e o cantor teriam vestido Diana com uma jaqueta do exército, boné e óculos de sol para uma noite no Royal Vauxhall Tavern, no sul de Londres.

A comediante conheceu a princesa na cobertura do amigo e comediante Kenny Everett que, na ocasião, teria revelado seus planos para ir a um bar gay no final da tarde.

"Freddie disse a ela que estava indo para o Real Vauxhall Tavern, um famoso bar gay em Londres. Diana disse que nunca tinha ouvido falar dele e que gostaria de vir", diz Rocos.

"Isto não é para você ", teria dito Kenny, e completou: "Está cheio de homens gays peludos. Às vezes há brigas fora". Quando o trio entrou no bar se deu conta que não havia como disfarçar que se tratava da princesa Diana e que seriam descobertos a qualquer momento. Entretanto, para a surpresa de todos, os frequentadores não pareceram se importar com a presença da princesa. "Ela se misturou e foi como se desaparecesse no meio deles, mas adorou", conta a comediante.

Rocos disse ainda que como a princesa não era o foco das atenções os três puderam curtir uma noite normal e pedir drinks.

A princesa de Gales morreu em um acidente de carro em Paris em 1997 e Mercury faleceu em 1991, depois de uma doença relacionada à Aids.

fonte: EGO

Feliciano diz que Comissão de Direitos Humanos era dominada por ‘satanás’

Deputado diz que assumiu colegiado na Câmara para ‘abrir os olhos da igreja brasileira’

Marco Feliciano 02O presidente da Comissão de Direitos Humanos na Câmara, o Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) disse que, antes de assumir o cargo, o colegiado era “dominado por satanás”.

“Essa manifestação toda se dá, porque pela primeira vez na história desse Brasil, um pastor cheio de espírito santo conquistou um espaço que até ontem era dominado por satanás”, declarou Feliciano, ao iniciar um culto no último dia 29, em Passos (MG).

No evento, cuja íntegra está no Youtube, Feliciano foi recebido com protestos de manifestantes que o acusam de homofobia e racismo, e pedem a sua renúncia da presidência da Comissão.

Feliciano também disse que respeita os protestos contra a sua saída, e convocou seus fiéis a responderem à altura às manifestações. “O problema não é o grito deles, é o silêncio nosso”.

O deputado falou sobre as pressões que tem sofrido para deixar o cargo. Segundo reportagem do iG, a maioria dos líderes dos partidos na Câmara são contra a manutenção de Feliciano à frente da Comissão . E apesar da decisão do PSC de manter Feliciano no cargo, na última terça-feira, o líder partido, André Moura, contudo, defendeu sua renúncia em reunião do partido e representantes da bancada evangélica.

“Eu estou sangrando, confesso a vocês, tem dias que eu fico meio desnorteado com as coisas. Mas eu sei que Jesus me levantou para abrir os olhos da igreja brasileira”, disse Feliciano.

fonte: Último Segundo

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