quinta-feira, 3 de junho de 2010

São Paulo: Shopping usa cavaletes para evitar reunião gay

Ativista denuncia preconceito e Prefeitura diz que bloqueio de calçada é irregular; em 2007, estabelecimento já havia sido questionado pelo MPF

Tradicional ponto de encontro de jovens gays da zona leste de São Paulo, o Shopping Metrô Tatuapé tomou medidas que acabaram com as reuniões do grupo ? entre 200 e 400 pessoas ? dentro da área do estabelecimento. Entre elas está a colocação de faixas isolantes e cavaletes na calçada da rua atrás do shopping, mesmo sem autorização da Subprefeitura da Mooca e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Os cavaletes irregulares limitaram os encontros a uma faixa de 1,5 metro ao longo da calçada, forçando a dispersão do grupo. Entre 2003 e 2009, os jovens ? de idades entre 15 e 20 anos ? se reuniam no shopping sempre às segundas-feiras. Ao longo do tempo, eles foram impossibilitados de usar áreas do estabelecimento ? primeiro, a praça de alimentação foi proibida; depois, foram isolados em uma área fechada com faixas.

Outra medida adotada foi isolar com correntes duas áreas de estar na entrada do shopping. No local, havia mesas e cadeiras, também retiradas. E o estacionamento, outro refúgio dos jovens, foi alugado a uma locadora de veículos. Com isso, no início do ano o grupo transferiu o encontro para a via atrás do shopping, a Rua Domingos Agostim.

Polêmica. Órgãos de defesa dos direitos humanos apontam "indícios de discriminação". "É homofobia reincidente do shopping, primeiro ao isolar o grupo em um cercado com fita, e agora ao dispersar de vez o encontro", diz o coordenador geral da Coordenadoria de Diversidade Sexual (Cads), Franco Reinaudo. Em 2007, após denúncias de discriminação, o shopping fechou acordo com o Ministério Público Federal para capacitar funcionários contra homofobia.

A direção do Shopping Metrô Tatuapé afirma que "nenhuma medida foi adotada para afastar qualquer público, mas para garantir o crescimento e a melhoria constante do shopping".

Participantes do encontro se dividem em relação às medidas. "Sempre houve implicância, então nem assustou que nos impeçam de ficar ali. Mas nos sentimos inseguros, aumentou o número de assaltos", disse o estudante Anderson, de 17 anos. Para a teleoperadora Lays dos Santos, de 20 anos, os encontros na rua estão "mais organizados". "Há menos brigas", disse.

A Cads afirma que vai investigar as condições do encontro e, segundo a Subprefeitura da Mooca, o shopping foi notificado sobre os cavaletes colocados em cima da calçada.

fonte: Estadão

Modelo brasileiro é selecionado para programa de TV gay nos EUA ‎

Rodiney Santiago irá participar do reality show Logo, da MTV

Rodiney em uma de suas fotos como modelo no site My Space Um reality show que acompanha a vida de homens gays ricos e bem sucedidos terá a participação de um brasileiro. O modelo Rodiney Santiago foi selecionado para participar do programa The A List: New York.

O show estreia no segundo semestre no canal Logo, da MTV. Além de modelos, outras pessoas residentes em NY participam do programa.

Rodiney namora o ator e modelo Reichen Lehmkuhl, que também participa do programa.

O fotógrafo de celebridades Mike Ruiz, que tem entre suas clientes Tyra Banks e Dolly Parton, também foi escalado para a atração.

fonte: clicRBS

Novas regras mantêm proibição de gays doarem sangue

Proposta do governo proíbe doação de homens que fazem sexo com homens

Especialistas dizem que proibição à doação de sangue por homossexuais ainda é necessária, mas ativistas protestamApesar de protestos de ativistas, os homossexuais devem continuar proibidos de doar sangue no Brasil. As novas regras sobre o assunto, que foram propostas nesta quarta-feira (2) pelo Ministério da Saúde, continuam vetando a participação de homens que tenham feito sexo com outros homens nos 12 meses anteriores à doação, mesmo que eles usem camisinha.

O ministério publicou no Diário Oficial da União uma proposta sobre as regras de doação de sangue, que agora entra em consulta pública por 60 dias, para que a sociedade dê sugestões sobre o tema. O governo vai receber sugestões e alterações da comunidade científica e outras organizações, mas a última palavra sobre o assunto ficará mesmo com a administração federal.

De acordo com o texto, deve ser considerado inapto temporário para a doação o "homem que tenha tido relação sexual, oral ou anal, ativo ou passivo, com outro homem", independentemente da orientação sexual. Também não podem doar sangue as mulheres que tenham feito sexo com esses homens. A resolução anterior, feita pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em junho de 2004, continha a mesma proibição, mas não detalhava o tipo de relação (oral, anal, passiva ou ativa). 

Em geral, as relações de sexo anal, também praticadas por heterossexuais, apresentam mais riscos de transmissão de HIV, em razão de o tecido da área ser mais sensível do que o da vagina.
A justificativa da Anvisa para limitar especificamente esse público são estudos que indicam que a prevalência do HIV é maior entre os gays, apesar de o contágio do HIV estar equilibrado entre heterossexuais e homossexuais. A agência reguladora diz que "todos os trabalhos" apontam que esse tipo de proibição ainda é necessária.

– A prática sexual entre homens que fazem sexo com outros homens está associada a um risco acrescido de contaminação pelo HIV. Por isso, a exclusão desses [homens] na doação de sangue essa é uma medida que certamente contribui na proteção dos receptores de transfusão de sangue, ao diminuir o risco de transmissão do HIV.

Médico diz que limitação dá segurança para o receptor
Sérgio Barroca Mesiano, presidente do Congresso Brasileiro de Hematologia e Hemoterapia, diz que esse tipo de restrição ainda é necessária e que é preciso fazer mais estudos para que uma eventual liberação seja feita de modo segura. O hematologista diz que os testes a que são submetidas as amostras de sangue não são 100% seguros, por isso é necessário restringir o público doador.

– Essa limitação está fundamentada em trabalhos científicos, mesmo recentes, feitos em países da Europa e dos Estados Unidos. Ainda se considera que há um risco aumentado nesse grupo de pessoas. Não se trata de uma atitude discriminatória, já que outros grupos, como usuários de drogas, por exemplo, também não podem doar. O objetivo é justamente preservar quem vai receber a doação.

Mesiano reconhece que grande parte dos gays adotam práticas de sexo seguro, com o uso de preservativo, e têm um número limitado de parceiros. Entretanto, para ele, uma entrevista de cinco a dez minutos realizada antes da doação não é suficiente para indicar esse tipo de diferença. Para proteger o receptor do sangue e o profissional de saúde responsável pela coleta, é necessário fazer a proibição total.

Segundo o médico Francisco Hideo Aoki, professor de Infectologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), para avaliar se esse grupo está mais exposto à infecção pelo vírus da Aids, seria preciso analisar como são os relacionamentos, ou seja, se o indivíduo é ativo ou passivo na relação e se ele usa ou não o preservativo.

Aoki afirma que “idealmente” faz sentido manter as restrições aos grupos de risco, pois, como as informações sobre os possíveis doadores são reunidas por depoimentos, há o risco de esses dados serem falsos. No entanto, o infectologista da Unicamp afirma que essas proibições não devem se limitar a esse grupo.

– Isto vale para qualquer tipo de relacionamento sexual, incluindo o heterossexual exclusivo. [Os indivíduos devem ser] desestimulados a serem doadores de sangue na medida em que tenham comportamentos de risco, com relacionamentos sexuais desprotegidos.

Ativistas dizem que restrição é injusta
Entretanto, para José Carlos Veloso, vice-presidente do Gapa-SP (Grupo de Apoio à Prevenção à Aids), se a Anvisa tiver um controle rigoroso do sangue doado, não é necessário restringir os homossexuais nem aqueles que tenham tatuagens ou mais de um parceiro.

– A Anvisa diz que tem controle sobre o sangue, então não faz sentido restringir, porque isso só reforça o preconceito sobre essas pessoas. Tem muito homossexual que não é soropositivo, que pratica a fidelidade e que usa preservativo. Não é nivelando por baixo que se resolve essa questão.

Rodrigo Pinheiro, presidente do Fórum de Ong/Aids do Estado de São Paulo, diz que a restrição deveria ser retirada, pois ela “estigmatiza muito mais essa população”.

– Temos que trabalhar com a inclusão e não com a exclusão. Isso com certeza é uma forma de preconceito e não pode estar contextualizada dessa forma, pois hoje a Aids está em todas as camadas sociais e não apenas nesse grupo.

Mario Angelo Silva, coordenador do Polo de Prevenção de DST/Aids da Universidade de Brasília, também é contra a proibição. Ele aponta que, em vez de eliminar esse grupo, o governo deveria investir em testes mais seguros para a doação de sangue. O momento da doação, diz ele, poderia inclusive servir para que os doadores recebessem aconselhamento sobre práticas sexuais seguras e prevenção à Aids.

fonte: R7

Mr. Gay Brasil diz que foi vítima de homofobia em restaurante

Mr. Gay Brasil, Thiago Silvestre diz que sofreu homofobia dentro de restaurante em Cuiabá

Thiago Silvestre , Mr. Gay Brasil 2009 Eleito Mr. Gay Brasil 2009, Thiago Silvestre diz ter sido vítima de homofobia no último dia 21 dentro do restaurante e lounge Canela Fina, em Cuiabá, cidade onde ele mora. Segundo o moço, a promoter do local, Karina Nogueira, teria o chamado para uma conversa onde teria pedido para que ele e seu amigo, também gay, mantivessem “o nível da casa para não ser obrigada a retirá-los”.

Thiago diz que estava com amigos no Canela Fina e não estava fazendo nada que depusesse contra seu bom comportamento. À polícia, ele disse que a chamada de atenção que levou foi simplesmente por sua orientação sexual. Ele diz ainda que Karina sabia que ele é o Mr. Gay Brasil e que usava, inclusive, no dia, uma camiseta da campanha “Não Homofobia” assinada pelo estilista Rogério Figueiredo.

“Estávamos numa roda de amigos inclusive alguns heterossexuais, casados, pessoas conhecidas em Cuiabá, advogados etc. Em nenhum momento houve nada que pudesse justificar a repreensão, nenhum desentendimento com quem quer que fosse, nem troca de carícias, nada. Fomos em mais ou menos cinco amigos, para um ambiente aberto para fumar e foi quando fui abordado pela promoter”, conta o Mr. ao Mix.

A promoter teria alegado que Thiago e seus amigos estavam “incomodando umas meninas na festa. Disseram que vocês estão mexendo com elas”, mas não quis identificar quem eram elas dizendo que eram pessoas que não mereciam crédito. Ele foi à polícia e registrou um Boletim de Ocorrência sobre o caso.

A reportagem do Mix entrou em contato por telefone com Karina e obteve a seguinte resposta: “não sei do que se trata, não tenho o que te falar”.

fonte: Mix Brasil

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