sábado, 27 de abril de 2013

Colômbia: Silêncio do governo prejudicou lei de casamento gay

Influência da Igreja e divisão na sociedade ajudaram a derrubar projeto

Colombia Ativistas protestam em frente ao CongressoNa mesma semana em que o Senado da Colômbia discutia um projeto de lei que reconheceria o casamento entre pessoas do mesmo sexo, ativistas de direitos humanos já pensavam no próximo passo jurídico a tomar diante de uma derrota iminente. A previsão se cumpriu na última quarta-feira: depois de dois adiamentos e muitos protestos, a iniciativa foi vetada no Congresso por 51 votos a 17, contrastando com a onda favorável ao tema em outros países. A Colômbia reflete um caso particular: além da resistência da Igreja Católica e dos setores conservadores, o projeto se deparou com o silêncio do governo, que não se manifestou sobre o tema, nem comprou a briga com a oposição. O empenho governista fez toda a diferença para o avanço dessa legislação este mês no Uruguai e na França. Mas o fracasso não se atém ao âmbito político: para analistas, ele reflete uma sociedade também dividida.

Desde 2007, a Colômbia reconhece um tipo de união civil que garante aos casais do mesmo sexo alguns direitos civis e patrimoniais, mas sem o conceito de casamento, nem o direito à adoção de crianças. Nos últimos 13 anos, sete projetos que ampliariam as garantias aos homossexuais foram barrados na Justiça. Esta semana, pela primeira vez se votou um projeto que alteraria a definição de casamento, na Constituição, de união entre homem e mulher para união entre duas pessoas, sem distinção de sexo. Na ocasião, uma pesquisa realizada pelo jornal colombiano “El Espectador” apontava que 45% dos colombianos seriam contrários à aprovação do casamento homossexual.

- A influência do conservadorismo da Igreja nos costumes sociais e nos assuntos de Estado ainda é muito forte. Parte da sociedade não se mostra preparada para apoiar um projeto desse tipo, apesar de que já há muitos modelos familiares que fogem do tradicional homem-mulher. E as elites políticas tampouco têm acompanhado essas mudanças — explicou ao GLOBO Fabián Sanabria, diretor do Instituto de Antropologia e História da Colômbia.

Argentina, Uruguai e a Cidade do México enfrentaram debates parecidos antes de legalizar o casamento homossexual. O descompasso entre o avanço das leis e a aceitação da sociedade provocou discussões fervorosas de ambos os lados. No caso da Colômbia, a divisão começa na própria classe política. Na votação, o senador Roberto Gerlein, da bancada conservadora, reconheceu que o Estado é laico, mas afirmou que “a população representada por ele não é” e, por isso, não votaria a favor de um tipo de união “contrário a seus princípios”.

Suposta prioridade a negociação com as Farc
Do outro lado, os defensores do projeto de lei acusam o governo de não fomentar o debate.

- O governo ficou dentro do armário. (O presidente Juan Manuel) Santos quer ficar bem com todos. Como é um tema que divide a sociedade, não quis polêmicas, mesmo dominando a coalizão no Congresso - disse ao GLOBO a vereadora de Bogotá Angélica Lozano, do movimento Progressistas.

O projeto foi apresentado em 2011 pelo senador Armando Benedetti, do Partido Social de União Nacional. Para ele, o desfecho já era esperado:

- O Congresso continua sendo cavernícola. Insiste nos argumentos de sempre, na lei de Deus, e onde fica a defesa dos direitos das minorias?

Para o senador, o governo não teria apoiado o projeto, também, para não prejudicar as negociações de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), retomadas esta semana.

- A Igreja está muito envolvida nas negociações. Para o governo não conviria desagradar-lhe - diz.

Os ativistas vão recorrer à Corte Constitucional.

fonte: O Globo

HBO grava piloto da versão gay de ‘Sex and the City’

Jonathan Groff e namoradoQuinze anos após a estreia de "Sex and the City" (1998-2004), a HBO retorna ao formato de uma das séries mais premiadas [e repetidas] da tevê, mas dessa vez as aventuras profissionais e amorosas das mulheres serão trocadas pelas de três amigos gays. O cenário será a cidade de São Francisco, EUA.

Os atores confirmados para protagonizar a nova série gay são Jonathan Groff, que recentemente estreou em "Glee", Frank Alvarez e Murray Bartlett, que se tornou conhecido justamente depois de ter participado de alguns episódios da 'Sex and the City' original.

Murray BartlettO piloto já foi gravado, mas ainda não há informações sobre título e data de estreia. A primeira versão conseguiu o feito de ser exibida em mais de 50 países.

Jonathan (primeira foto, de camiseta verde) e Murray (ao lado, sentado) são gays assumidos na vida real e já foram flagrados com seus namorados. Mas quem é Frank Alvarez?

fonte: Identidade G

Rio de Janeiro: Artista plástico e travesti dizem que foram vítimas de homofobia

Dupla estava em bar de Barra do Piraí. Polícia Civil instaura inquérito para investigar denúncia

Kléber Cardoso e o travesti Alexsandro da CruzO delegado titular da 88º DP (Barra do Piraí), José Mário Omena, disse nesta sexta-feira que instaurou inquérito para apurar denúncia de um suposto caso de homofobia envolvendo o artista plástico Kléber Cardoso, de 56 anos, e o travesti Alexsandro da Cruz de Oliveira, a “Kelly”, de 25. Os dois alegam que estavam num bar, no distrito de Dorândia, também em Barra do Piraí, quando teriam sido chamados de “viadinhos” e expulsos do estabelecimento por um dos frequentadores. O delegado foi informado que o agressor seria um homem conhecido como Baiano.

De acordo com Kléber e Alexsandro, ao saírem do estabelecimento, o acusado de agressão bateu duas vezes na traseira do carro que era conduzido por Kléber. O policial disse que, pela versão do artista plástico, o agressor o agarrou pelo pescoço pela janela do carro e ele acabou batendo num barranco.

Segundo o delegado, no entanto, testemunhas informaram que a confusão não teria começado por motivação sexuais, mas porque o artista plástico estava visivelmente embriagado e teria batido no carro do acusado.

— Ele fez o teste do bafômetro, que indicou altos índice de embriaguez — disse Omena.

O artista plástico confirmou que tinha bebido, mas não estar embriagado. Ele confirmou que foi levado ao posto da Polícia Rodoviária Federal, passou pelo bafômetro e pagou fiança de R$ 700.

O artista plástico disse que chegou a ser medicado antes de ser levado para a delegacia. Ele reclamou ainda do descaso de policiais militares. O delegado disse que está ouvindo testemunhas, mas que, por enquanto, não vê, motivação homofóbica. Para o policial, o artista plástico pode ter sido vitima de lesão corporal, quando o autor agarrou seu pescoço.

— Fui informado que o artista plástico estava embriagado e bateu no carro do agressor, quando ele e o amigo saíram do bar. Mesmo assim, localizamos esse homem apenas como Baiano — disse o delegado.

Os dois moradores do distrito de Vargem Alegre tomaram a iniciativa de denunciar o caso ao Ministério Público, após serem incentivados por uma ativista do Movimento Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT).

fonte: O Globo

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