sábado, 27 de abril de 2013

Rio de Janeiro: Artista plástico e travesti dizem que foram vítimas de homofobia

Dupla estava em bar de Barra do Piraí. Polícia Civil instaura inquérito para investigar denúncia

Kléber Cardoso e o travesti Alexsandro da CruzO delegado titular da 88º DP (Barra do Piraí), José Mário Omena, disse nesta sexta-feira que instaurou inquérito para apurar denúncia de um suposto caso de homofobia envolvendo o artista plástico Kléber Cardoso, de 56 anos, e o travesti Alexsandro da Cruz de Oliveira, a “Kelly”, de 25. Os dois alegam que estavam num bar, no distrito de Dorândia, também em Barra do Piraí, quando teriam sido chamados de “viadinhos” e expulsos do estabelecimento por um dos frequentadores. O delegado foi informado que o agressor seria um homem conhecido como Baiano.

De acordo com Kléber e Alexsandro, ao saírem do estabelecimento, o acusado de agressão bateu duas vezes na traseira do carro que era conduzido por Kléber. O policial disse que, pela versão do artista plástico, o agressor o agarrou pelo pescoço pela janela do carro e ele acabou batendo num barranco.

Segundo o delegado, no entanto, testemunhas informaram que a confusão não teria começado por motivação sexuais, mas porque o artista plástico estava visivelmente embriagado e teria batido no carro do acusado.

— Ele fez o teste do bafômetro, que indicou altos índice de embriaguez — disse Omena.

O artista plástico confirmou que tinha bebido, mas não estar embriagado. Ele confirmou que foi levado ao posto da Polícia Rodoviária Federal, passou pelo bafômetro e pagou fiança de R$ 700.

O artista plástico disse que chegou a ser medicado antes de ser levado para a delegacia. Ele reclamou ainda do descaso de policiais militares. O delegado disse que está ouvindo testemunhas, mas que, por enquanto, não vê, motivação homofóbica. Para o policial, o artista plástico pode ter sido vitima de lesão corporal, quando o autor agarrou seu pescoço.

— Fui informado que o artista plástico estava embriagado e bateu no carro do agressor, quando ele e o amigo saíram do bar. Mesmo assim, localizamos esse homem apenas como Baiano — disse o delegado.

Os dois moradores do distrito de Vargem Alegre tomaram a iniciativa de denunciar o caso ao Ministério Público, após serem incentivados por uma ativista do Movimento Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT).

fonte: O Globo

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