segunda-feira, 17 de junho de 2013

Praticantes de BDSM têm melhor saúde mental

BDSMUm estudo feito com 902 adeptos de BDSM (bondage e sadomasoquismo) e 434 pessoas que curtem sexo “baunilha” (como fetichistas chamam os não-fetichistas) apontam que os primeiros são menos neuróticos, mais seguros em seus relações e têm um melhor bem-estar geral.

O estudo, publicado pelo Journal of Sexual Medicine, concluiu que os praticantes de BDSM, dentre os 902 consultados, pontuaram melhor em muitos indicadores de saúde mental do que aqueles que não praticavam os fetiches.

Andreas Wismeijer, psicólogo da Nyenrode University Business, na Holanda, e autor principal do estudo, acredita que os adeptos das práticas fetichistas podem ter tido melhor resultado porque tendem a ser mais conscientes e comunicativos sobre desejos sexuais.

Outro motivo poderia ser porque essas pessoas têm feito, segundo o profissional, um “difícil trabalho psicológico” para aceitar e conviver com as necessidades sexuais do que costuma ser considerado além do socialmente aceitável.

Segundo o “The Huffington Post”, a pesquisa não é necessariamente representativa da população em geral, pois os participantes foram selecionados de forma voluntária, mas ajuda no argumento para a remoção do BDSM do Manual de Transtornos Mentais.

fonte: Pheeno

São Paulo: Mães de manifestantes, gays e trabalhadores aderem ao protesto

Os protestos contra o aumento das tarifas de transporte público devem ganhar reforço do movimento gay, de trabalhadores e até de mães de manifestantes.

São Paulo protestoAs mães estão se mobilizando para comparecer hoje ao quinto ato que pede revogação do aumento das passagens do transporte público em São Paulo. A concentração será às 16h, em frente ao Instituto Tomie Ohtake.

O evento, criado no Facebook para organizar o encontro, contava com mais de 1.500 confirmações até a tarde de ontem. "Acho importante que não seja um movimento caracterizado como só de jovens", diz Noemi Jaffe, mãe de dois manifestantes.

A ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) também divulgou apoio à manifestação e convocou todos os associados e entidades filiadas a "somarem-se nas ruas nessa luta que também é nossa".

Metalúrgicos de São José dos Campos, trabalhadores rurais do interior paulista, operários da construção civil e funcionários do comércio também integram algumas das categorias que devem engrossar os protestos a partir da semana que vem.

A CUT (Central Única de Trabalhadores) e Força Sindical se posicionaram contra a repressão policial nas manifestações. Mas não está certo a participação de seus sindicatos no protesto de hoje.

fonte: Folha de S.Paulo

Holanda: Na vanguarda da tolerância, país ainda apresenta obstáculos aos gays

A Holanda continua na vanguarda da tolerância aos homossexuais, mas a aceitação deste grupo ainda é afetada por lacunas no âmbito legislativo e social, especialmente nas escolas e entre as minorias turcas e marroquinas.

"A princípio a aceitação é boa, mas quando é vista mais de perto, podem ser colocadas algumas dúvidas em relação à tolerância", disse à Agência Efe o porta-voz da comissão holandesa para os direitos dos homossexuais, lésbicas e transexuais, Philip Thijsma.

"Na Holanda muitos têm preconceito por um casal do mesmo sexo que se beija na rua ou caminha de mãos dadas", explicou.

Tal preconceito é refletido no caso de Christian Jara, um chileno homossexual de 34 anos que apesar de se sentir "muito respeitado e com a possibilidade de ser finalmente quem quero ser" na Holanda, também sente na própria pele condicionantes causados pela sua orientação sexual.

"Sinto-me condicionado por exemplo na hora de demonstrar meus sentimentos ao meu namorado em público porque tenho medo de um conflito com alguém que seja contra a minha condição sexual", contou à Efe.

Wilco, que prefere preservar sua identidade, é um homossexual holandês de 49 anos e também não se sente totalmente à vontade na hora de fazer um gesto carinhoso em seu companheiro em público.

"Nunca me senti discriminado, mas sempre calculo o quão seguro é o lugar que nos encontramos, por isso, sem que seja um impedimento, não é automático que beije ou abrace meu namorado em público", comentou.

Seus pais "reagiram de maneira positiva" quando aos 18 anos lhes contou que era homossexual, embora reconheça que a princípio "tenham ficado preocupados" por causa de suas perspectivas de futuro, com medo de que sua orientação sexual pudesse ser um problema na hora de encontrar trabalho.

Wilco, que trabalha na prefeitura da cidade de Leiden, não se sentiu discriminado no trabalho, onde o fato de ser casado com outro homem não causa polêmica.

No entanto, esta situação de abertura não se dá em todos os ambientes, sendo as escolas os espaços nos quais os homossexuais, lésbicas e transexuais se sentem menos livres na hora de mostrar sua preferência sexual.

"Cerca de 75% dos estudantes holandeses foram assediados ou insultados por causa de sua condição", disse Thijsma à Efe, cuja comissão organiza campanhas informativas nas escolas para melhorar estes números.

Os homossexuais e lésbicas de origem turca ou marroquina também não vivem uma situação fácil, já que estão em um "desequilíbrio que oscila entre a aceitação no país que os acolhe e o tabu que a homossexualidade representa na sua família", disse à Efe Göne Fil, promotora do "Barco Turco", uma iniciativa para ajudar esta camada da sociedade a se comunicar e fazer sua sexualidade ser respeitada.

"A maioria dos homossexuais, lésbicas e transexuais escolhe uma vida dupla que em algumas ocasiões acaba na ruptura com a família, em problemas com as drogas ou até com a incapacidade de levar uma vida emocional estável", explicou Fil.

No âmbito legislativo, a Holanda, que em 2001 se tornou o primeiro país europeu a aprovar o casamento homossexual, ainda não conseguiu igualdade de direitos absoluta entre casais homossexuais e heterossexuais e continua aprimorando as leis para os transexuais.

"Os casais heterossexuais que recorrem a um banco de sêmen para serem pais só têm que registrar o bebê no nome dos dois, enquanto as lésbicas enfrentam um processo de adoção por parte da mãe não biológica", explicou Thijsma, acrescentando que a mudança desta lei já passou pelo Parlamento e agora tem que ser aprovada pelo Senado.

"Luisa", uma lésbica que tem um filho de um ano e que prefere não ser citada pelo seu próprio nome, está passando pelos demorados procedimentos para que sua namorada adote o bebê.

A espanhola residente em Haia reclama que o processo de adoção de seu filho biológico por sua companheira seja "lento e caro, no qual são violados, principalmente, os direitos da criança".

Pelo contrário, ela contou que "no dia a dia, na escola da criança ou nos procedimentos com a creche", não teve problemas nem se sentiu discriminada.

A Holanda também está a ponto de aprovar outra lei, que ainda aguarda aprovação do Senado, segundo a qual os transexuais, para poder mudar seu sexo no passaporte, não terão que se submeter á cirurgia, uma medida que implica em alguns casos a esterilização e que Thijsma considera "uma violação desnecessária da integridade física" dessas pessoas.

fonte: Terra

Eslovênia e Croácia realizam paradas do orgulho gay

Manifestantes tomaram as ruas de Zagreb, na capital croata

Parada Gay Zagreb 2013Duas ex-repúblicas iugoslavas realizaram paradas do orgulho LGBT no mesmo dia. Sem tumultos, Eslovênia e Croácia tiveram manifestações pacíficas em prol dos direitos gays, no sábado, 15.

Na Eslovênia, cerca de 600 manifestantes participaram da marcha, que contou com o presidente Borut Pahor à frente da Parada do Orgulho de Ljubljana, capital do país. O tema foi “Liberdade e Solidariedade são um casal do mesmo sexo”.

Antes da parada, os organizadores distribuíram um comunicado. Parte dele dizia que “gays, lésbicas, bissexuais e transexuais exigem uma igualdade jurídica absoluta, que é apenas o primeiro passo no caminho para a igualdade de participação na busca de soluções para os problemas da sociedade”.

“Nós não queremos passar mais um quarto de século exigindo nossos direitos humanos básicos – os direitos que, por definição, pertencem a todos os seres humanos, mas são, no entanto, negados a nós por forças políticas e sociais conservadoras na Eslovênia”, continuava a declaração.

A Eslovênia possui parcerias de união civil, mas um referendo em março de 2012 rejeitou o casamento gay no país e o assunto saiu da pauta do Parlamento. Os ativistas querem que ele volte a ser discutido.

Na Croácia, cerca de 15 mil pessoas participaram da Parada do Orgulho Gay de Zagreb, na capital do país, sob o lema “‘Em nome de toda a família”.

“A Parada do Orgulho de Zagreb sempre lutou e continuará lutando hoje, e vamos lutar por mais dez anos pelo casamento completo e igualdade das famílias para casais de lésbicas e gays”, disseram os organizadores.

fonte: ParouTudo

Santa Catarina: Promotor de justiça cancela casamento gay em Florianópolis

Contra a determinação do Conselho Nacional, autoridade cancelou a união. Promotor argumenta que só aceita casamentos de homem com mulher.

Leandro Aparecido GomesO promotor de justiça Henrique Limongi cancelou um casamento gay em Florianópolis nesta semana. Na habilitação de casamento, a autoridade escreveu que só prestigia união estável ou entidade familiar, se esta for composta por um homem e mulher. Apesar de argumentar que seguiu a lei em vigor, a autoridade foi contra uma resolução do Conselho Nacional de Justiça que autoriza os cartórios e o Ministério Público a aceitarem o casamento homoafetivo.

Para garantir o casamento, que estava marcado para o dia 22 de junho, Leandro Aparecido Gomes e o companheiro já gastaram cerca de R$ 10 mil, mas há uma semana, eles receberam uma ligação do cartório cancelando a união. "Estamos super chateados, inclusive tínhamos tudo marcado até viagem de lua de mel. É uma programação de uma vida inteira, para em pouco tempo ser totalmente desmanchado" relata Leandro.

A Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ) de Santa Catarina autorizou a partir de 29 de abril deste ano a formalização da união civil entre pessoas do mesmo sexo. Com a decisão, casais homoafetivos podem registrar a união em cartórios de registro civil. De acordo com a entidade, o registro poderá ser realizado sem a observância da limitação de gênero que impõe a legislação, mas ambos precisam residir no estado.

Leandro diz que não consegue dormir há três dias. "Estou muito triste. A gente já vive junto há três anos, a gente já tem uma relação. O que queremos é só concretizar um sonho. Um direito que foi conquistado, que é da gente. Só isso que a gente quer", conta.

A linha de aceitação ao casamento gay tem sido adotada em quase todos os casos em Santa Catarina - no estado já foram registrados 44 casamentos em 12 municípios, inclusive em Florianópolis. Porém a lei pode ir contra a argumentação do judiciário, o que deixa nuances de contraditoriedade na argumentação da justiça brasileira.

Com a contradição entre judiciário e legislativo, fica a critério dos promotores, responsáveis por avaliar a legalidade de qualquer união, aceitar ou não a união independente do sexo. Cabe assim ao cartório seguir a decisão do promotor, e caso discorde, a entidade pode recorrer ao Ministério Público.

"Para acabar com esse problema e discussão, precisaríamos que o Congresso Nacional fizesse seu trabalho e autorizasse por lei o casamento entre pessoas do mesmo sexo" explica o presidente da Associação dos Notários e Registradores do Estado de Santa Catarina (Anoreg/SC), Otavio Guilherme Margarida.

A reportagem não conseguiu entrar em contato com o promotor de justiça Henrique Limongi.

fonte: G1

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