quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Goiás: Dois homossexuais são encontrados mortos dentro de casa

Dois homossexuais foram mortos em Novo Gama, região leste do estado, na madrugada desta segunda-feira (24). A casa onde as vítimas moravam foi incendiada e o Corpo de Bombeiros teve que conter as chamas.

Os corpos foram encontrados na casa, carbonizados e decapitados. De acordo com a polícia, as cabeças das vítimas estavam jogadas próximo à residência.

Testemunhas disseram à polícia que os dois vinham sendo ameaçado nos últimos dias. A polícia não tem pistas dos suspeitos e não sabe se o crime foi cometido por causa da orientação sexual das vítimas.

fonte: G1

Amazonas: Equipe da Sérvia conquista o tricampeonato da Liga Gay de Voleibol

Time venceu na final a Romênia, por 3 sets a 2, em jogo realizado neste sábado (22). A decisão contou com mais de 600 pessoas, em Manaus

equipe de volei da Sérvia

Sucesso garantido. Assim pode ser definida a 21ª edição da Liga Gay de Voleibol do Amazonas. Com um público estimado em mais de 600 pessoas presentes, na tarde deste sábado (22), no ginásio da Escola Estadual Adelaide Tavares de Macedo, Zona Centro-Oeste de Manaus, a final foi protagonizada pelas equipes da Sérvia e Romênia, na disputa pelo título Estadual de 2012.

Alegria, música, irreverência e as tradicionais provocações não faltaram entre os atletas dentro de quadra. O homossexual assumido e torcedor da Romênia, Layza Bombom, destacou a diferença da Liga Gay entre as competições de voleibol realizada na cidade.

- A liga gay é diferente porque somos todos gays e animados. Estamos aqui para divertir e animar quem estiver jogando e torcendo pelas equipes. Esse público aqui já participa há anos e estão acostumados, porque são parentes e amigos que vem para se divertir e assistir os jogos - destacou.

Criada em 1970 por Agenor Peixoto, atual presidente da Liga Gay do Amazonas, ele diz que o torneio tem regulamento próprio, na qual um dos principais pré-requisitos é ser homossexual assumido. Em 2012 com 16 equipes inscritas, a competição se destacou pelo trabalhado da classe (gays) na luta contra homofobia e aliado ao sucesso de público.

- O sucesso absoluto é graças à colaboração das equipes para que esse campeonato venha a ser prolongando a cada ano. Fazemos o social e trabalhamos com informações de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis com distribuição de panfletos e preservativos, além das palestras para educar o atleta. Acho que isso é uma resposta a federação de voleibol, que sempre discriminou os gays nas competições, por isso que público simpatizante não é só o gay, pois mesmo pagando, vem em massa para prestigiar o evento.

Composta de homossexuais assumidos e simpatizantes, a competição ao longo do anos cada vez atrai mais a presença do público manauara nos jogos. Acostumada a rotina de jogos e rivalidade, o jogadora Jeniffer Costa da categoria juvenil, da equipe do Miguel de Cervantes, soube da realização da competição por meio do globoesporte.com. A jovem acredita que o torneio deveria receber apoio da Federação Amazonense de Voleibol.

- É muito bom prestigiar o evento deles (gays). Eles jogam muito, se dedicam ao esporte e é bom assistir. Acho que o torneio deveria ser ligado a federação (voleibol) e eles (gays) tem direito de jogar. A federação deveria apoiar um pouco mais e fazer competições para os gays e ajudar o vôlei gay crescer.

Jogo
final da 21ª edição da Liga Gay de Voleibol do AmazonasNa decisão da 21ª edição da Liga Gay de Voleibol do Amazonas, a Sérvia levou a melhor sobre a Romênia e conquistou o terceiro título consecutivo. A partida foi decidida no tie-break e durou 02h10mim. Os sérvios perderam o primeiro set por 35 a 33, e se recuperaram no segundo, de 25 a 20 e no terceiro set venceram de 25 a 22. Os romemos chegaram ao ampate no placar, depois de vencerem o quarto set por 25 a 17.

No set decisivo, a disputa estava acirrada até o 11º ponto, quando Felipe Souza da Sérvia acertou dois pontos e abriu uma vantagem no placar. A partir daí foi administrar o placar e fechar por 15 a13, e conquistar o tricampeonato Amazonense da Liga Gay.

Eleito como destaque e jogador de melhor saque do campeonato pela Sérvia, Barbie protagonizou um duelo na final conta Francis, atleta peruano que atua na Liga Profissional do Peru e que jogou pela Romênia nos jogos decisivos. Após a final, o jogador declarou sua paixão pelo esporte e o orgulho de conquistar o terceiro título.

- Em relação a competição é uma honra participar, porque o intuito principal do torneio é a inclusão dos homossexuais que ainda tem uma discriminação muito grande, além de mostrar o nível da competição e as brincadeiras que é de alto nível. A liga é considerada hoje no Amazonas a de maior nível técnico, e o título conquistado os atletas investem e se dedicam muito para isso. Não tenho nada contra os adversários, a rivalidade fica tudo em quadra. E nada contra também sobre o jogador que veio do Peru, mas espero que ele volte para seu país - brincou o jogador.

Responsável pelos dois pontos que abriram a vantagem sobre a Sérvia, o atacante Felipe Souza destacou o nível dos adversários na decisão, agradeceu o trabalho de seus companheiros e a satisfação de jogar em uma competição disputada só por homossexuais.

- A equipe deles é muito boa, mas tem atletas muitos novos e na hora de uma reação não tiveram experiência. Agente treinou muito, nos empenhamos no trabalho físico na areia, treinos táticos e técnicos e jogos amistosos. Quero agradecer ao empenho de toda equipe. A Liga Gay está acima de qualquer competição Amazonense, por ter tido 16 equipes na competição, onde os atletas tiram do bolso para jogar voleibol. O torneio é engraçado e aqui é uma confraternização dos gays, porque quebra muitos preconceitos - declarou.

fonte: globoesporte.com

Igrejas para gays se proliferam no Brasil

As igrejas cristãs tradicionais não toleram manifestações explícitas de homossexualidade. Ao contrário, as igrejas continuam suas políticas de repreender, oprimir e expulsar gays.

Como consequência, cristãos homossexuais têm reagido à discriminação criando suas próprias igrejas no Brasil. Hoje, existem 40 desse tipo no país.

A transsexual Alexya Lucas é uma das participantes desse movimento. "Eu percebi que eu podia ter uma igreja onde podia ser eu mesma. [...] Me alegro por que posso dizer 'venham, aqui tem uma casa para vocês'", diz.

Alexya, que hoje estuda teologia e espera ser a primeira reverenda transexual do Brasil, espera que um dia essa situação mude. "As igrejas cristãs vão ter de se abrir para a homossexualidade, para a transexualidade. Eu sei que eu não vou ver isso, mas estou fazendo parte deste processo".

fonte: Yahoo

Com hotéis liberais, Curaçau é chamada de ilha gay-friendly

Elegante e acolhedor, o Hotel Ávila tem orgulho da sua história única e hospitaleira que faz os clientes se sentirem em casa

CuraçãoMembros da Associação Internacional de Viagem dos Gays e Lésbicas, muitos hotéis existentes na ilha de Curaçao ou Curaçau, são procurados pelos viajantes que desejam se divertir em um local paradisíaco longe de olhares reprovadores. Prova disso que nestas hospedarias tanto os solteiros quanto os casais gays são muito bem-vindos para desfrutar de todas as maravilhas do local.

Apelidada de gay-friendly (amiga dos gays em tradução livre), a ilha de Curaçao se tornou um destino amistoso por conta da beleza, festas badaladas, tranquilidade e praias extensas. O clima quente o ano inteiro também confere a sensação de férias prolongadas, pois a ilha tem temperatura média de 27° C, além da água do mar ser límpida e ideal para relaxar. 

Conheça, na aba de fotos, uma lista de 10 hotéis gay-friendly abertos para receber tanto solteiros quanto casais que buscam diversão e sossego num mesmo lugar.

fonte: Terra

Uruguai: Senado votará casamento gay nesta quarta-feira

Os senadores do Uruguai marcaram para esta quarta-feira a votação em plenário do projeto de lei que, entre outras medidas, permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O texto foi aprovado na Câmara no início do mês com os votos de todos os deputados da Frente Ampla, partido do presidente José Mujica, e de grande parte dos opositores.

Se a expectativa de aprovação no Senado se comprovar, a lei segue para sanção do presidente e pode entrar em vigor já no início do ano. Junto com a matéria, os senadores votarão outros nove projetos. A sessão desta quarta-feira foi convocada extraordinariamente para discutir esses projetos.

Nos últimos seis anos, o Uruguai legalizou a união civil de homossexuais e a adoção de por parte desses casais, além de autorizar a mudança de nome e sexo nos documentos e permitir o ingresso de gays nas Forças Armadas. O projeto que será votado pelos senadores equipara em direitos e deveres os casais homossexuais e heterossexuais. O texto diz que “o casamento é a união permanente entre duas pessoas de sexos diferentes ou iguais”.

Se a lei for aprovada, o Uruguai será o segundo país da América Latina – depois da Argentina – a legalizar o chamado casamento igualitário.

fonte: Terra

Mato Grosso: Vereador gay é assassinado

vereador Elias Maciel (PSD)O assassinato do vereador Elias Maciel (PSD), 31 anos, chocou os moradores da cidade de Sorriso, no Mato Grosso. Ele foi morto na madrugada da sexta (21) com catorze facadas.

Vizinhos contaram que foram acordados com os gritos de Maciel. Ele conseguiu pular  pela janela nu e ensanguentado. O parlamentar era homossexual assumido e mantinha um relacionamento com o suspeito.

Apesar de ter pedido ajuda, ele morreu no local sem receber qualquer atendimento de emergência. O suspeito de ter cometido o crime é Walas Negretti Santos. Ele deixou os documentos no local e fugiu sem roupa.

fonte: GOnline

Nova geração de gays está no foco da epidemia do HIV no Brasil

Casal Gay 02"A Aids é uma doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Hoje vamos falar sobre a vida de uma pessoa que tem HIV, uma doença que não tem preconceitos e pode afetar qualquer um. Inclusive eu". É com esse texto de impacto que Fabricio Stocker, de 22 anos, inicia o documentário "O Lado Positivo de Fabrício", onde ele conta a sua história.

Quando se descobriu infectado, o jovem tinha apenas 20 anos e este documentário vai de encontro com os dados mais recentes sobre a epidemia no Brasil, que inclusive ganhou destaque no último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde em novembro passado. "É importante ressaltar que se observa uma tendência de aumento na prevalência da infecção pelo HIV nos jovens", diz o relatório.

Para Beto de Jesus, coordenador do Quero Fazer, projeto que incentiva o diagnóstico precoce com ações em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Recife, "existe toda uma discussão sobre a vulnerabilidade dos jovens e temos percebido que é uma população com práticas de risco, estão usando menos o preservativo e se expondo muito".

"Percebi que as gerações atuais perderam o medo do HIV, nas comunidades que participo tem muitos caras de 18, 19 anos que já estão infectados desde os 15, 16 anos. Onde faço acompanhamento vejo muita gente aparentando menos de 20 anos em consultas" relata Victor, de 29 anos, que é portador do HIV há dois anos.

A baixa adesão do preservativo pelos jovens tem várias origens, uma delas é a ilusão de que se é forte o bastante e que "nada vai acontecer comigo", ou então, "de estar apaixonado", relata Beto, que já trabalha com prevenção há mais de uma década. Outra face desta ilusão é que "os jovens estão conhecendo a Aids a partir de uma docência de que já tem medicação, os mecanismos de terapia e esse é o conhecimento da doença".

Estes jovens não vivenciaram a perda de amigos e pessoas próximas em decorrência da Aids. Eles não viram ícones como Cazuza e Renato Russo sofrendo por conta da doença. "Eles não vivenciaram o primeiro momento quando as pessoas se infectavam e morriam rapidamente", completa Beto.

No documentário, Fabrício também comenta sobre isso. "Já aprendemos na escola desde a quarta série, o problema mesmo foi achar que isso está muito longe de você, de você se sentir onipotente, meio sou herói e isso nunca vai acontecer comigo".

"Eu acredito que devido a eficiência dos medicamentos e a diminuição dos efeitos colaterais as pessoas perderam este medo, antigamente você tomava o remédio e tinha que ter hábitos mais saudáveis como não beber ou usar drogas, tenho um amigo que toma o coquetel com vodka e vai pra balada", conta Victor, que sempre lidou bem com o HIV, mas que se descuidou "por outros motivos". "Até tinha consciência do risco que estava correndo, mas no meu caso era falta de amor próprio, a baixa-estima me fez ter este tipo de comportamento de risco".

Muitas pessoas acreditam que o fato do Brasil ser referência no tratamento e a medicação garantir uma boa qualidade de vida para os portadores amenizam a doença, mas como bem disse Renato Russo em seus momentos de dor "tomar a medicação é como engolir um cachorro vivo".

A adesão ao tratamento ainda é um fator complicador nesse processo. "Não é fácil você fazer a adesão ao tratamento, ainda existem efeitos colaterais, tem a lipodistrofia, por exemplo," ressalta Beto de Jesus que alerta ainda sobre a necessidade de falar mais abertamente com os jovens sobre isso e também do diagnóstico precoce. "O grande problema é quando a pessoa descobre que está com o vírus quando já está doente. Está tendo um aumento de pessoas com práticas de bareback, a medicação tirou da cabeça das pessoas a eminência do perigo".

Outro problema grave que é enfrentado é a questão da reinfecção, onde a pessoa que já tem o HIV continua a transar sem proteção e pode adquirir um novo tipo de vírus e tornar o tratamento ainda mais complicado. Pessoas que estão com carga viral zero não infectam, quando mais rápido você chega nisso evita de infectar novas pessoas.

Mas há casos em que as pessoas assumem o risco, não se preocupam consigo mesmo. Victor relata que muitas vezes as pessoas não pedem a camisinha na hora da transa. "Acontece muito e já aconteceu comigo do cara nem te questionar se você tem ou não e não querer usar. Então não me senti culpado, o risco foi para os dois, além do que ele poderia ter outra DST, o que é muito comum" relata.
No entanto, quando você tem um comportamento de risco não adianta ir no dia seguinte e fazer um exame, vá daqui um mês e terá um diagnóstico precoce. Se estiver infectado, terá grande chances de ter uma vida melhor.

Quando se descobre com o vírus, a família e os amigos também tem um papel importante para a qualidade de vida do portador. O administrador Claudemir, de 44 anos, perdeu seu namorado em decorrência não só das doenças causadas pelo HIV, mas também pelo preconceito da família do jovem, que faleceu aos 26 anos. Quando sobe da infecção do namorado, foi imediatamente fazer seu exame e deu negativo, contudo o jovem não sabia como tinha contraído o vírus.

"A família dele não me deixou mais vê-lo depois que souberam do que aconteceu, eu tinha notícias dele através de uma amiga. Ele me ligava quase todos os dias e depois de dois meses no hospital ele não aguentava mais, a mãe dele todos os dias fazia ele lembrar das razões que fizeram ele ir para aquele hospital, a mãe dele não aceitava que ele era gay, imagine portador do HIV", conta Claudemir.

"Depois de muito conversar, ele disse que não suportava mais aquela situação, que nem receber as pessoas ele podia devido a mãe proibir e com isso tinha tomado a decisão de interromper o tratamento. Ele faleceu não só da doença, mas do preconceito da mãe que não ajudou ele, psicologicamente, naquele momento tão importante", conclui.

fonte: A Capa

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