quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Rio de Janeiro: Exposição LGBT espera reunir mais de 20 mil pessoas

1ª Expo Rainbow se propõe a ser a maior feira LGBT da América Latina. Objetivo é ministrar palestras, manifestos, shows, concursos e fazer festas.

Gabi AmarantosA 1ª Expo Rainbow, que promete ser a maior feira LGBT da América Latina, acontece no Rio neste feriado prolongado, entre os dias 15 e 19 de novembro, no Espaço Ação da Cidadania, na Saúde, na Zona Portuária. Segundo a organização do evento, o público esperado é de mais de 20 mil pessoas, para negócios, debates, palestras, shows e festas.

Cada uma das cinco noites será fechada por uma grande festa, com início previsto para às 23h30. A cantora ícone do tecno-brega, Gabi Amarantos, vai fazer um show na festa de segunda-feira (19).

Segundo o organizador do evento, Cláudio Pepper, um dos destaques da feira é o Espaço Sensation, onde os visitantes podem entrar em túneis escuros, de olhos vendados, com objetivo de ter experiências sensoriais com sons, temperatura e toque. “Existe uma carência, por conta do preconceito, de lugares públicos onde os gays podem se relacionar. A feira tem intuito de estimular as relações entre as pessoas”, disse.

De acordo com Cláudio, a realização de casamentos entre os visitantes, previstos na programação da Expo Rainbow, foi cancelada por questões judiciais. "Existem juízes que apoiam, outros que são contra. Por conta disso preferimos cancelar."

Os ingressos variam entre R$ 25 e R$ 30 para a feira e R$ 60 e R$ 120 para entrar nas festas do evento. O Espaço Ação da Cidadania fica na Avenida Barão de Tefé, 75, na Saúde, Centro do Rio de Janeiro. A programação completa está disponível no site do evento.

fonte: G1

Comparação infeliz em texto da “Veja” estimula preconceito contra gays

por Marcelo Semer

“Um homem não pode se casar com uma cabra. Pode até manter uma relação estável com ela, mas não pode se casar”.

Foi esse tipo de argumento que o jornalista José Roberto Guzzo utilizou para se contrapor ao casamento civil igualitário, no artigo que fez da revista Veja um dos trending topics folclóricos da semana.

> "Veja" publica artigo contra casamento gay e criminalização da homofobia

Consistente como declarações do deputado Jair Bolsonaro ou espalhafatosa como piadas de Rafinha Bastos, o texto prosseguiu adiante com uma suposta pretensão de defender os homossexuais dos danos praticados por seu próprio ativismo.

A tendência de olharem para si mesmo como classe à parte, aponta Guzzo, vai na direção oposta à aspiração de serem cidadãos idênticos aos demais.

A lógica é mais ou menos a mesma do vereador Carlos Apolinário, quando propôs a criação do dia do “orgulho hetero”, na Câmara Municipal de São Paulo, em reação à parada gay.

E não se distância, na essência, daqueles que bradam pelo “orgulho branco”, em contraposição à proclamação da consciência negra.

A comparação, todavia, só reafirma a discriminação, ao desprezar a diferença fundamental que reside na situação de poder ou de vulnerabilidade.

Os movimentos negros e gays (tal como o feminista, por exemplo) se organizam pela igualdade e procuram se afirmar para combater a discriminação –já o "poder branco" busca, ao reverso, reavivá-la.

Orgulho hetero, ou qualquer outra xenofobia parecida, nunca quer igualdade, mas supremacia.

O que está em jogo é um paralelismo que não existe concretamente. Um olhar formal e abstrato que finge desconhecer a enorme discriminação que mutila quem se encontra à margem.

Só isso justificaria, por exemplo, o sarcasmo no texto de Guzzo com a crescente agressão homofóbica, sob o singelo pretexto de que no cotidiano da violência urbana, afinal de contas, morrem muito mais heterossexuais.

Tal qual o "orgulho hetero" se impunha como resgate da moral e dos bons costumes e a deputada Myriam Rios equiparava homossexualidade e pedofilia, a comparação do casamento gay com a zoofilia é aberrante.

Em todos esses argumentos perpassa, no fundo, a indisfarçável ideia do “homossexualismo” como anormalidade ou desvio –o que pode ser mais anormal no matrimônio, enfim, do que casar com uma cabra?

E é essa consideração do anormal que vitamina enormemente o preconceito na sociedade.

Atribuir aos homossexuais a culpa por sua própria discriminação é redobrar a violência contra quem tem sido vítima. É o mesmo que assinalar às cotas a responsabilidade pela sobrevivência do racismo.

Um cinismo típico que clama pela isonomia apenas quando ela serve de álibi para perpetuar desigualdades.

É preciso, então, aprender com Boaventura de Souza Santos a destrinchar o aparente paradoxo da emancipação: “temos o direito de ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza; temos o direito de ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza”.

Em outros termos, defender o casamento aos homossexuais é afirmar a igualdade; construir uma política de combater a homofobia é respeitar a diferença.

Se o próprio jornalista anteviu que a comparação entre casamento igualitário e relação com uma cabra podia ser mesmo ofensiva, defendeu-se antecipadamente com uma emenda tão ruim quanto o soneto:

“A lei não obriga nenhum cidadão a gostar de homossexuais ou de espinafre”.

Que mais se pode dizer?

fonte: Terra Magazine

Goiás: Aluna homossexual afirma ter sido agredida por mãe e avô de colega

Violência teria ocorrido dentro de uma sala de aula em Bela Vista de Goiás. Supostos agressores negam e alegam ter separado briga entre estudantes.

jovem ilustraçãoUma adolescente de 16 anos registrou uma ocorrência na Delegacia de Polícia de Bela Vista de Goiás, Região Metropolitana de Goiânia, alegando ter sido agredida fisicamente pela mãe e pelo avô de uma colega, de 14 anos, na segunda-feira (12), dentro de uma sala de aula de uma escola estadual no centro da cidade.

De acordo com o delegado titular da cidade, Iris Alves Pinto, para a menor agredida, o motivo da violência foi homofobia, pois ela se autodeclara homossexual. A menor suspeita e os familiares envolvidos negam terem cometido qualquer ato de violência.

Em entrevista ao G1 nesta terça-feira (13), o delegado disse que a família apontada como suspeita pela menor agredida tem outra versão para a história. Eles alegaram à polícia que a garota de 14 anos vinha sofrendo perturbações e sendo ameaçada, inclusive de morte, pela colega que alega ter sido agredida. A situação já teria sido informada à direção da escola, juntamente com um pedido de providência para que essas ameaças parassem. “Ontem [segunda-feira], a garota de 14 anos e colegas dela alertaram que a adolescente de 16 anos havia levado uma faca para a escola e que dizia que mataria a colega”, contou o delegado.

Ele disse que o avô e a mãe da adolescente de 14 anos disseram que ficaram preocupados com a notícia e, por isso, foram até a escola. Lá, eles passaram pelo primeiro portão, que estava aberto, e forçaram a passagem pelo segundo.

“Eles encontraram a aluna que acreditavam estar armada dentro da sala de aula e pediram para a professora deixá-los conversar com ela. O que não foi autorizado. Eles então indagaram porque ela queria matar a colega e a resposta teria sido afirmativa”, relata o policial.

A agressão física, propriamente dita, teria começado logo depois, quando a suposta estudante ameaçada chegou à sala de aula. “Segundo a família da menor de 14 anos, a garota de 16 avançou para cima dela e tudo o que fizeram, o avô e a mãe, foi apartá-las”, conta.

A reportagem do G1 tentou falar por telefone com a diretora da escola onde o incidente aconteceu, mas foi informada que ela estava em reunião com pais de alunos.

'Investidas para namorar'
Ao delegado Iris Alves Pinto, a menor de 14 anos contou ainda que nunca zombou da orientação sexual da colega ou a difamou por isso. “Ela acredita, inclusive, que a causa das perturbações e ameaças de morte por parte da colega de 16 anos é porque ela teria recusado às investidas para namorar ou ter algum envolvimento amoroso com ela”.

Segundo o delegado de Bela Vista, outra garota de 14 anos afirmou ter sido perseguida pela adolescente de 16 anos que denunciou a agressão “Essa garota já teria recebido até um soco no olho”, diz Iris Alves Pinto.

O policial comentou que, devido à greve da Polícia Civil, e por determinação do Ministério Público, ele próprio registrou o Boletim Circunstanciado de Ocorrência (BCO) sobre a suposta agressão cometida pela menor de 14 anos e o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) sobre a suposta agressão cometida pelo avô e mãe da garota.

“Como os dois casos tratam de uma suposta agressão a uma menor, caberá ao promotor de Justiça do Ministério Público local avaliar e determinar a medida socioeducativa para as menores e a pena peculiar ou prestação de serviço para os maiores envolvidos”, explica o delegado.

Iris Alves Pinto comentou que a diretora da escola também será ouvida na delegacia e deverá registrar a invasão à unidade.

fonte: G1

Campanha por união gay faz anúncio barrado voltar em redes sociais

comercial gays guinnessUm comercial da fabricante de cerveja Guinness produzido há 12 anos - e que nunca tinha sido levado ao ar - se tornou um viral nas redes sociais. A propaganda mostra o cotidiano de um casal - em que um é bagunceiro e o outro é organizado - deixando claro apenas, ao fim, que eles são gays. O comercial ganhou vida devido à polêmica recente vista nos Estados Unidos sobre a legalização do casamento de pessoas do mesmo sexo. Segundo o Business Insider, a campanha é considerada uma das 15 que modificaram a maneira como as pessoas veem gays e lésbicas.

No Twitter, o viral está sendo compartilhado por inúmeros usuários - e muitos reclamam da posição da fabricante de não expor a campanha. Desde que foi colocado no YouTube, em 2010, o vídeo já recebeu 122 mil acessos. Porém, até então, o comercial nunca tinha sido exposto oficialmente devido uma repercussão massiva negativa - um tabloide britânico divulgou, na época, a intenção da fabricante de cervejas antes de o comercial ir ao ar - o que a Guinness prontamente negou na ocasião. Ainda assim, a reportagem causou escândalo em pubs e consumidores, o que teria feito a marca repensar - e desistir - da campanha.

fonte: Terra

Uganda: Pena de morte para gays será aprovada em dezembro

Um ato de extrema violação aos Direitos Humanos está para acontecer em Uganda.

Depois de três anos em análise, a lei que propõe pena de morte e prisão perpétua para homossexuais está para ser aprovada ainda este ano, no mês de dezembro.
Organizações ugandenses prometem atender ao “pedido da população” e, “como um presente de Natal”, aprovar a medida.

A lei deverá dividir a ‘criminalização‘ em duas categorias: crime de homossexualidade e homossexualidade agravada. A primeira inclui pessoas do mesmo sexo em atos sexuais ou em relacionamento gay, que serão condenadas à prisão perpétua.

Já a “homossexualidade agravada” é defida por atos homossexuais cometidos por pais ou figuras públicas, pessoas soropositvas, pedófilos e criminosos reincidentes. Se condenados, terão que enfrentar a pena de morte.

Mesmo sofrendo criticas de ONGs internacionais e de países que ameaçaram cortar a ajuda financeira à Uganda, o parlamento ugandense está decido em aprovar a lei.

Barack Obama, presidente reeleito nos EUA, descreveu como "odiosa" a medida e condenou a ação. Uma pesquisa realizada em 2010 mostrou que a homossexualidade é considerada ilegal e imoral para 89% da populução ugandense.

fonte: A Capa

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