sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Nigéria: "O casamento gay é imoral e fere nossa cultura", diz líder do Congresso

Assim como a Uganda, a Nigéria está próxima de aprovar uma lei que fere os direitos da comunidade gay do país.

Mulikat Akande-AdeolaO projeto, que teve aprovação no Senado, determina a proibição do casamento homossexual e demonstrações públicas de afeto. A pena, para quem descumprir tais normas, é de até 14 anos de prisão para o casal e de 10 anos para quem for conivente com a união dos dois.

"O matrimônio entre pessoas do mesmo sexo é algo estranho à nossa cultura e à nossa sociedade, e não foi ordenado por Deus. Esta prática não tem lugar na nossa cultura, na nossa religião, na Nigéria e em nenhum lugar da África. É imoral e supõe uma degradação cultural", declarou o líder do Congresso, Mulikat Akande-Adeola, justificando o projeto de lei.

A Anistia Internacional já afirmou que a medida é uma ameaça aos direitos humanos. Mesmo assim, o texto segue agora para sua última revisão e aprovação no Congresso. Se liberado, deverá ser apresentado ao presidente Goodluck Jonathan, que possivelmente irá transformá-lo em lei.

fonte: A Capa

Estados Unidos: Peladões de São Francisco saem nus pelo bairro de Castro para protestar contra proibição

pelados São FranciscoA cidade de São Francisco derrubou nesta semana por meio de uma medida a pemissão para que os cidadãos circulem nus na cidade, em especial no bairro gay de Castro, que é onde os peladões costumam caminhar à vontade.

Indignados com esse cerceamento da liberdade individual, cerne da cultura da cidade desde os anos 60, ativistas tiraram suas roupas dentro da prefeitura em protesto à decisão. Policiais tentaram conter os pelados e eles foram então para as ruas, nus em pêlo. A proibição só terá efeito a partir da assinatura do Prefeito e, se isso acontecer, ficará proibida a partir de fevereiro a nudez pública.

A nova lei legislação proíbe nudez em lugares públicos com exceções para praias de nudismo e para a Parada Gay. Quem infringir a lei vai pagar multa que varia de US$ 100 a US$ 500.

"É sete dias por semana num bairro onde as pessoas moram e trabalham. Eles ficam na esquina [das ruas Market e Castro] exibindo suas genitálias para qualquer um que passe", disse Wiener, autor da proposta ao defendê-la. "Essa legislação é sobre genitálias. Não quero prender ninguém por mostrar o cofrinho ou usar biquíni".

fonte: MixBrasil

México: País passa a permitir doação de sangue por gays e homens bi

Chega ao fim a discriminação contra gays, transexuais femininos e homens bissexuais na doação de sangue no México. O governo eliminou a restrição que havia contra esses segmentos no bancos de sangue do país. A vedação que acaba de cair no México é semelhante a que existe no Brasil.

O processo que levou a essa mudança começou com a reclamação formal de sete homens não heterossexuais ao Conselho Nacional para Prevenir a Discriminação. Ele disseram que evitar simplesmente a doação por algum grupo é um ato discriminatório. O órgão concordou e pediu ao governo para modificar a regra.

Agora, fica o sensato: não pode doar sangue quem fez algum tipo de sexo sem proteção, independentemente da orientação sexual. Em 2011, o Reino Unido também tomou a mesma posição. E cadê o Brasil, hein?

fonte: ParouTudo.com

"Chorei como um bebê", diz Frank Ocean sobre quando assumiu publicamente a homossexualidade

156076629NW00078_GQ_Men_Of_O rapper Frank Ocean falou pela primeira vez sobre sua decisão em assumir a homossexualidade. O fato aconteceu em julho, depois que o artista postou uma carta na rede social Tumblr.

Em entrevista à revista GQ, o rapper contou que, no dia em que publicou o desabafou, chorou como um bebê.

“Foi como se toda a frequência de repente tivesse mudado na minha cabeça. Como se todos os receptores estivessem recebendo um sinal diferente, e eu estava feliz. Não me sentia feliz assim há muito tempo. Desde então, já fiquei triste novamente, mas de uma forma totalmente diferente. Há algo de mágico na verdade, na honestidade e em estar aberto”, declarou.

Ocean resolveu sair do armário depois que um jornalista, ao escutar as músicas do seu recente álbum - Channel Orange - , afirmar de forma pejorativa que em algumas letras de suas canções existiam pronomes masculinos, remetendo a uma paixão por outro homem.

Na época, o rapper ainda foi acusado de usar sua orientação sexual como forma de se autopromover. “Algumas pessoas disseram: ‘Ele está dizendo que se apaixonou por um cara por marketing’. Como se essa fosse a melhor propaganda que você pode fazer no hip-hop ou na música negra”, pontuou.

Ainda durante a entrevista, Ocean afirmou que não tentou e não precisa se rotular. “Não sou encarte de revista. Não estou tentando vender sexo. Não preciso me rotular para que isso tenha impacto. As pessoas percebem que tudo o que eu digo é muito relacionável, porque quando você fala em amor romântico, os dois lados sentem a mesma coisa.”

Questionado se sentiu alguma pressão da industria da música para que não se assumisse, o rapper desabafa. "Você vai encontrar menos resistência na vida se disser que namora meninas. O medo faz a sua força, você não se sente inteligente nem capaz, você simplesmente se sente quebrado, e não apenas o coração. Uma pessoa quebrada”, concluiu.

fonte: A Capa

São Paulo: Travestis acusam de transfobia os organizadores da Parada Gay de Piracicaba

Grupo acusa a organização do desfile de excluir o segmento do evento. Inclusão de um terceiro trio elétrico, que foi rejeitada, motivou confusão.

Carol VenturiniA organização não govenamental (ONG) Glitter, que trabalha com políticas públicas voltadas para transexuais e travestis em Piracicaba (SP), acusou nesta quinta-feira (22) a organização da parada LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) de transfobia (preconceito contra travestis, transgêneros e transexuais). A proibição de um trio elétrico da festa, que ocorre no próximo domingo (25), e que representaria travestis durante o desfile, teria sido a razão para a briga. Esta é a sexta edição do encontro na cidade.

Em paralelo ao evento, acontece também o Encontro LGBT de Piracicaba e Região pelo quarto ano, que reúne mesas de debates de líderes do movimento LGBT de todo o estado e que teve início nesta quinta-feira no Sesc Piracicaba.

O tema desse ano é "Homofobia mata! A próxima vítima pode ser você" e faz uma alusão ao assassinato de uma travesti em Piracicaba, no início do ano. Madalena, a primeira travesti a se tornar vereadora na cidade, também será homenageada em um dos dois trios que serão colocados no evento.

A presidente da Glitter, Carol Venturini, afirmou que desde o ano passado o grupo tenta incluir um terceiro trio no desfile e vem tendo o pedido negado. "Ano passado pedimos em cima da hora e não foi possível. Esse ano o pedido foi feito em 1º de outubro, conseguimos viabilizar um trio, mas o pedido foi negado novamente", disse Carol.

Diante da primeira negativa da organização em aceitar a inclusão do trio, a Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) encaminhou um ofício reforçando o pedido para a inclusão do veículo no desfile. "Queríamos esse trio para divulgarmos um encontro de travestis que pretendemos organizar no ano que vem. Esse ano fizemos, mas houve um boicote por parte da ONG que organiza a parada que esvaziou o evento", completou Carol.

Outro lado
A reportagem do G1 tentou entrar em contato com a direção do Centro de Apoio e Solidariedade à Vida, ONG que organiza a parada LGBT, mas não houve retorno às ligações. O presidente da instituição, Anselmo Figueiredo, no entanto, encaminhou uma nota à Glitter e à Antra em que explica a razão para não ter incluído o terceiro trio e defende-se da acusação de ter excluído as travestis do evento.

"No ano de 2009, durante a 3ª edição da Parada LGBT de Piracicaba, a inclusão de um terceiro trio elétrico trouxe problemas para a organização do evento, pois o público presente se dispersou", informa trecho da nota. "Com relação à visibilidade para o segmento de Travestis e Transexuais, o segundo trio elétrico da parada será alusivo a este segmento da população LGBT. Pois terá a presença de Madalena, que será homenageada pela organização do evento e, desta forma, trará a discussão sobre questões de identidade de gênero", completou.

fonte: G1

Rio Grande do Sul: 16ª Parada Livre de Porto Alegre expõe briga entre movimento LGBT e governo do Estado

por Rachel Duarte

Marcelly MaltaPorto Alegre estará colorida no próximo domingo (25) quando acontece a 16ª edição da Parada Livre. O evento instituído na cidade para marcar as diferenças de orientação sexual se vestiu de ironia este ano para chamar a atenção da sociedade sobre a onda de moralismo e intolerância com gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais. Com o tema “Liberdade e prazer: goze estes direitos”, a parada está marcada para as 14 horas, no Parque Farroupilha, a Redenção.

> Porto Alegre realiza sua 16ª Parada Livre no dia 25 de novembro

O lema da festa que deve reunir 100 mil pessoas é “Não há vida sem liberdade e sem prazer”. A intenção, segundo Sandro Ka, da ONG Somos, uma das organizadoras do evento, é fazer o combate ao preconceito contra a população LGBT por meio de uma provocação sobre sexualidade. “Optamos por utilizar um slogan forte, que faz quase um deboche sobre a sexualidade para refletir sobre o fundamentalismo que faz com que parte da sociedade diga o que é o certo ou não para ser feito”, explica.

O duplo sentido das frases é para sensibilizar a população sobre o direito sobre o prazer, a liberdade sexual e sobre o próprio corpo. “A base de toda exclusão e preconceito é este cerceamento à liberdade sexual das pessoas. Discutir liberdade e prazer é fundamental para garantia de direitos”, fala Sandro Ka.

Além do tema do evento, outro aspecto polêmico que envolve a 16ª Parada Livre está nos bastidores. Tradicionalmente a Parada é organizada pelos movimentos sociais LGBT, porém, desde 2011 o governo gaúcho instituiu uma Coordenadoria de Diversidade Sexual. O diálogo entre governo e movimentos sociais ‘está bem difícil’, disse Sandro. Segundo ele, estão acontecendo intromissões do governo na organização do evento que não atendem a interesses coletivos. “São coisas que desqualificam o caráter original da parada e personificam o evento. Parece que a Secretaria (de Justiça e Direitos Humanos) está mais preocupada com a glamourização do evento do que com as políticas públicas”, critica.

“Estão passando por cima da organização”, critica coordenador da Nuances

As críticas são de que a Coordenadoria de Diversidade está divulgando o evento de forma paralela, com material de divulgação diferentes dos pactuados com as entidades LGBT. Segundo o coordenador da Nuances, Célio Golin, a contratação da atriz Viviane Araújo está sendo um dos pontos de divergência com o movimento. “O ano passado trouxeram a Morango (ex-BBB) e este ano a Viviane Araújo. São pessoas que não têm nada a ver com o movimento LGBT e nenhuma identificação política com a nossa causa. A organização da parada está ficando cada vez mais despolitizada”, afirma.

Rio Grande sem homofobia Parada LivreO coordenador de Diversidade Sexual do RS, Fábulo Nascimento, explica que a atriz fará uma participação especial no trio elétrico do governo gaúcho. “Não será no trio principal da Parada. É no nosso trio. Teremos um trio e um estande da Secretaria no evento para divulgar o programa RS Sem Homofobia”, diz. A contratação da atriz se deve pela relação de proximidade do coordenador e o cachê é pago com verba privada, garante. “Ela (Viviane Araújo) já participou de 20 paradas e foi considerada a ‘musa dos gays’. É rainha do Carnaval do Rio e foi madrinha da Parada Gay em Copacabana. Ela não é uma figura de liderança do movimento LGBT e não tem a ver com a temática da homofobia. Mas é uma pessoa da mídia que pode trazer visibilidade para o programa governamental”, fala Nascimento.

Parte das entidades organizadoras do evento discorda do coordenador estadual. “É só para dar visibilidade para a Secretaria de Direitos Humanos. Estão passando por cima da organização do evento”, reclama Célio Golin. “Isso é um deslumbramento da gestão estadual e que não responde às necessidades políticas da comunidade LGBT. Não há escuta do movimento social. A escuta é dificílima e o estado justamente deveria ouvir e subsidiar as ações produzidas e pensadas pelo movimento social e sociedade. Não interromper ou ficar omisso”, critica Sandro Ka.

As demais entidades, Liga Brasileira de Lésbicas (LBL) e Associação de Travestis e Transexuais do RS – Igualdade, preferiram não se manifestar sobre as divergências. O coordenador estadual de Diversidade Sexual afirma que as críticas não são unanimidade no movimento LGBT. “Eu recebo muita reclamação de outros movimentos sociais da capital, que dizem ser excluídos da participação na organização da Parada. Existe um monopólio dos movimentos já instituídos como organizadores. A Coordenadoria irá propor uma discussão no ano que vem para uma abertura do processo”, disse Fábulo Nascimento. E se defende: “Nós não estamos alheios às políticas públicas. Capacitamos 10 mil servidores sobre combate à homofobia e criamos a carteira social para as transexuais e travestis. Isso não pode ser desconsiderado”.

Parada Livre é identidade cultural da população LGBT
Apesar das possíveis divergências, todos parecem ser convergentes para a ideia de manter o formato da Parada Livre em Porto Alegre. “Ela tem uma constituição cultural que também é política, além de festiva. A Parada do Orgulho Gay e a Parada Livre se constituíram como fenômeno político e estético. Não é uma simples marcha com tom careta. É para quebrar ostatus quo. É para dizer para a sociedade olhar porque a diferença está nas ruas”, explica o ativista Sandro Ka.

Perla OstraA 16ª Parada Livre de Porto Alegre terá mais de 20 atrações e a presença de autoridades, federais, estaduais e municipais, entre elas a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário. Os shows terão início às 14h, no palco central, montado próximo ao espelho d’água. A tradicional caminhada, acompanhada de sete trios elétricos, será a partir das 17h. Ao final, os participantes da caminhada se integram aos shows musicais, performances e arte transformista, que seguem até as 22h.

Pela primeira vez em paradas LGBT no Brasil, uma travesti cerceada de liberdade será liberada da cadeia para participar do evento. Uma das apenadas do Presídio Central será acompanhada de agentes penitenciárias em um dos trios elétricos, por decisão da Secretaria Estadual de Segurança.

“As instituições da moral demonizam a parada e a imprensa geralmente retrata os aspectos negativos como se fossem a regra. Exploram o grotesco e não os discurso e ações políticas. As imagens nunca são as das famílias, que são algo normal nas paradas”, lamenta o ativista Sandro Ka.

fonte: Sul 21

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...