quarta-feira, 15 de agosto de 2012

São Paulo: Governo lança novos Boletins de Ocorrência que registram homofobia como crime

Nessa quarta-feira (15) será lançado no Espaço da Cidadania da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo o novo Boletim de Ocorrência do estado.

As alterações entraram em vigor desde o dia 27 de julho. Entre as mudanças, agora é possível registrar crimes de intolerância, como racismo e homofobia. Anteriormente, quando um homossexual prestava queixa por agressão, havia apenas o registro por injúria e difamação. Agora, a vítima poderá responder a pergunta: "Preconceito por orientação homossexual?".

A Secretaria da Segurança Pública fará todos os esclarecimentos necessários sobre o campo para preenchimento da motivação do crime (racial homofobia e demais intolerâncias).

Funcionários públicos foram capacitados para atender corretamente as vítimas de homofobia. São Paulo se junta agora com Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Goiás e Belém, que tiveram iniciativa semelhante no registro de B.O.

fonte: A Capa

OAB realiza conferência de Direitos Humanos com lançamento de campanha gay

Ordem discute direitos humanos em Vitória

Jean Wyllys casamento civil igualitárioA Ordem dos Advogados do Brasil  (OAB) realiza a partir desta quarta-feira, 15 de agosto, em Vitória, capital do espírito Santo, a V Conferência Internacional de Direitos Humanos, realizada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Vitória. A programação conta com o lançamento da campanha pelo casamento igualitário no Brasil.

Com o tema “A efetividade dos direitos humanos no Brasil”, a Conferência segue até a próxima sexta-feira, 17 de agosto, quando será realizado o lançamento da campanha pelo casamento civil igualitário no Brasil, uma iniciativa do deputado federal Jean Wyllys (PSol-RJ). Ele participa a partir das 9h do painel "Dignidade e Grupos Vulneráveis I" e falará sobre a “Homoafetividade e o Direito à Diferença”.

“Nos países onde o Estado reconheceu o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, as novas gerações crescem e se educam sabendo que gays e lésbicas não são melhores ou piores do que os heterossexuais, apenas diferentes, e que nossas famílias merecem o mesmo respeito e reconhecimento. A lei também serve para educar”, ressalta Jean.

fonte: MixBrasil

Distrito Federal: Capital recebe no domingo piquenique pela diversidade

9º Pinknique será realizado em Brasília no próximo domingo

O Grupo Elos LGBT do Distrito Federal vai realizar em Brasília no próximo domingo, 19 de agosto, mais um piquenique em favor da diversidade sexual. É o 9º Pinknique, que começa às 15h, com entrada gratuita e aberta a todos e todas. O local para a reunião é próximo ao laguinho, no Estacionamento 11 (Kart) do Parque da Cidade.

Mais informações no site www.eloslgbt.org.br.

fonte: MixBrasil

Daniel Rocha, o Roni de Avenida Brasil, revela ser evangélico, mas diz que faria beijo gay

Daniel RochaO ator Daniel Rocha, que interpreta o jogador Roni na novela Avenida Brasil, da TV Globo, revelou ao jornal "O Globo" que torce para que o personagem assuma de vez sua homossexualidade e que lute pelo seu amor com Leandro. Criado na igreja, Daniel também contou que não teria problema algum em gravar uma cena de beijo gay.

"Eu não sei o que o João Emanuel pretende fazer. Mas, para mim, como ator, é bem mais interessante que Roni fique com Leandro (Thiago Martins). E se rolar o beijo gay, faço, por que não? Sem problemas. Sou ator. Acho interessante o ator trabalhar assim, sem saber se é ou não é. Porque o ser humano não é uma coisa só. Você nunca é aquilo, é muito mais. Dostoiévski puro", disse.

Filho de pastor e ainda membro da Assembleia de Deus, ele afirmou que o envolvimento com as artes vem da infância: “Fui criado na igreja, meu pai sempre gostou de que eu e meu irmão (Thiago, de 24 anos) fizéssemos atividades culturais. Eu tinha 5 anos, doido para ir ao McDonald’s, e era levado para a Sala São Paulo para assistir a concertos. Vi alguém tocando violino e gostei. Meu irmão toca sax. Creio numa coisa, tenho fé nisso, mas não misturo com a profissão. Tenho cabeça aberta. O que tiver que fazer, eu faço”.

Daniel contou ainda que antes de interpretar Roni já foi assediado por outro homem e que reagiu naturalmente. "O cara quis me pagar um café e pediu o meu telefone", afirmou. "Eu disse que tinha namorada. Na época, eu estava namorando mesmo."

fonte: MixBrasil

São Paulo: Polícia procura por suspeito de atirar contra travestis em São José do Rio Preto

Duas das vítimas morreram; as outras duas foram levadas para o hospital. Hipóteses são crime de intolerância e associação com o tráfico de drogas.

A polícia procura pelo suspeito de ter atirado contra travestis em São José do Rio Preto (SP), na madrugada desta quarta-feira (15). Das quatro baleadas, duas morreram, uma de 24 e outra de 30 anos, e outras duas foram levadas para hospitais da cidade.

Segundo testemunhas que presenciaram a ação, o homem estava armado, pilotava uma moto vermelha, aparentava ter entre 40 a 50 anos, cabelo grisalho e peso elevado. Como nada foi levado das vítimas, a polícia trabalha com hipóteses de crime de intolerância e associação das vítimas com o tráfico de drogas. As testemunhas e outras duas travestis atingidas pelos tiros serão ouvidas ainda esta semana.

Uma das vítimas, de 21 anos, está internada no Hospital de Base, levou um tiro na mão direita e passou por cirurgia. O estado de saúde é estável. Outra travesti, de 25 anos, está internada na Santa Casa de Rio Preto e também levou um tiro na mão direita, de raspão. Não foi necessário cirurgia. Ela teve apenas escoriações e seu estado de saúde também é estável.

Como aconteceu
O motociclista tenha atirado e matado a primeira vítima, de 30 anos, em uma estrada de terra que segue para a Fonte Santa Terezinha. Segundo a PM, trata-se de um ponto de prostituição. Testemunhas disseram que o motociclista combinou um programa e foi até o local com a travesti. Como a vítima não voltou, colegas foram a procurar e encontraram o corpo. A travesti estava ajoelhada no momento do disparo. O carro dela estava estacionado na Avenida Cenobelino.

O homem atirou e matou a segunda vítima, de 24 anos, nas proximidades de um restaurante que também fica na Avenida Cenobelino. Após os disparos, ele desceu da moto que pilotava e seguiu até a esquina da Rua São João, onde atirou na mão e no ombro da terceira vítima, de 21 anos. O motorista, segundo testemunhas, acenou e mandou beijos para outras travestis que também estavam no local.

O homem ainda seguiu para o centro da cidade, na esquina da Rua General Glicério com a Prudente de Moraes, onde atirou na quarta travesti, de 25 anos, que foi atingida na mão.

Testemunhas que presenciaram os disparos disseram que o motociclista já havia passado várias vezes pelos locais antes de cometer os crimes. As câmeras que ficam na área central da cidade serão analisadas e podem ter flagrado os crimes.

fonte: G1

Ucrânia: Comissão de defesa da moral diz que Bob Esponja é gay

Bob EsponjaO popular personagem de animação Bob Esponja é homossexual, aponta um estudo elaborado pela Comissão Nacional sobre assuntos para a defesa da moral ucraniana citado nesta quarta-feira pelo jornal local 'Ukraínskaya Pravda'.

A Comissão analisou algumas das principais séries de animação que estão na grade televisiva do país para propor a proibição daquelas que representam 'uma ameaça real para as crianças'.

De acordo com este estudo, séries como 'Os Simpsons', 'Uma Família da Pesada', 'Pokemon', 'Teletubbies' e 'Futurama' são 'projetos especiais dirigidos à destruição da família e à propaganda do vício em drogas'.

Desta forma, essas animações representariam 'um claro exemplo de propaganda do sexismo', segundo o artigo publicado em um dos principais jornais ucranianos.

Para a psicóloga Irina Medvédeva, citada pelo estudo, as crianças com idades entre 3 e 5 anos que assistem essas séries 'tendem a imitar os trejeitos dos personagens e a fazer brincadeiras diante de adultos que não conhecem'.

Neste sentido, Irina aponta que a série 'Teletubbies', por exemplo, segue 'a criação proposital de um homem 'subnormal', que passa o dia todo diante da televisão com a boca aberta e engolindo qualquer informação' que conforme a 'psicologia dos perdedores'.

fonte: EFE

Eleições 2012: Haddad lança programa de governo com propostas para LGBT para São Paulo

Haddad defende criação de centros de combate à homofobia e adoção do nome social de trans em plano de governo para SP

Fernando Haddad e movimento gayApós encontros com o setorial LGBT do partido, o candidato petista à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, divulgou seu programa de governo nesta terça-feira, 14 de agosto, com propostas que atendem a comunidade gay da cidade. Intitulado "Um tempo novo para São Paulo", o programa traz diretrizes e propostas pelo direito à diversidade sexual.

O candidato petista promete colocar em prática o Plano Municipal de Combate à Homofobia, elaborado nas Conferências Municipais de 2008 e 2011. Entre as propostas, está a criação de Centros de Referência e Combate à Homofobia em todas as regiões de São Paulo, dotados de advogados, psicólogos e assistentes sociais capacitados nos serviços de orientação e combate à homofobia. O candidato quer ainda tornar obrigatório o nome social de travestis e transexuais no atendimento aos serviços públicos.

Em maio, Haddad evitou tomar posições polêmicas sobre os LGBT, mas defendeu o veto da presidente Dilma ao programa Escola Sem Homofobia. Ainda na corrida eleitoral, ele chegou a visitar a sede da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT), onde reforçou que não há contradições entre liberdade religiosa e direitos civis LGBT.

O programa de governo do candidato traz ainda uma análise sobre as desigualdades e desequilíbrios das diferentes áreas econômicas e sociais da cidade de São Paulo, retomando a gestão Marta Suplicy (2000-2004) e com fortes críticas as administrações Serra/Kassab (2005-2012).

Para acessar a íntegra do projeto, clique aqui. Confira abaixo o capítulo de políticas públicas para os LGBT:

Direitos à Diversidade Sexual

O governo Haddad colocará em prática o Plano Municipal de Combate à Homofobia, elaborado nas Conferências Municipais de 2008 e 2011, e que até hoje não saiu do papel, englobando os seguintes eixos:

A) Saúde – sensibilizar e capacitar os profissionais de saúde para o atendimento humanizado e respeitoso dos indivíduos LGBTs;

B) Educação – realizar formação continuada dos profissionais da rede municipal de ensino e desenvolver campanhas pela convivência pacífica com as diferenças junto aos estudantes e suas famílias;

C) Segurança – orientar e capacitar a Guarda Civil Municipal e a Polícia Militar para o tratamento igualitário de todo e qualquer cidadão, com o devido respeito exigido por lei, inclusive os LGBTs e outras populações marginalizadas, na perspectiva da plenitude dos Direitos Humanos;

D) Cultura – abrir os equipamentos municipais de cultura à produção cultural da comunidade LGBT para que a mesma possa expressar com liberdade sua maneira de ser e sua dignidade;

E) Nome social - tornar obrigatório o uso do nome social de travestis e transexuais nos serviços públicos de atendimento cotidiano pois é com ele que a pessoa se identifica;

F) Criar Centros de Referência e Combate à Homofobia em todas as regiões de São Paulo. Este equipamento social será implementado de forma articulada com outros serviços de combate às desigualdades e contará com: (1) advogados que providenciem processos de criminalização das situações de discriminação e violação de direitos; (2) psicólogos que auxiliem as vítimas de preconceito; (3) assistentes sociais que orientem e encaminhem LGBTs em situação de vulnerabilidade social aos serviços de atenção e proteção que os ajudem a retomar sua vida com dignidade;

G) Dotar a Coordenadoria da Diversidade Sexual (CADS) de recursos humanos, materiais e orçamentários para cumprir sua missão de articular as políticas públicas que atendem diretamente a população LGBT, implantar uma unidade móvel, subordinada ao CADS, para divulgar e promover os direitos e da cidadania LGBT em São Paulo;

H) Ampliar, detalhar e analisar o mapeamento de ocorrências homofóbicas no âmbito do município;

I) Fortalecer o Conselho Municipal LGBT revendo suas atribuições, composição e forma de eleição para que seja efetivamente representativo da comunidade.

fonte: MixBrasil

Mercado brasileiro é cego para potencial de consumo do público LGBT

População gay no Brasil chega a 18 milhões e marcas ainda estão cegas para agradar consumidores. Boa parte tem renda média de R$ 3.247,00 e 47% está nas classes AB

O potencial de consumo do público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) ainda não é explorado pelas marcas como poderia. Com uma população estimada em 18 milhões de pessoas no Brasil, 78% dos gays têm cartão de crédito e gastam até 30% mais em bens de consumo do que os heterossexuais. A renda elevada se explica pelas classes sociais em que estão inseridos: 36% pertencem a A e 47% a B, segundo pesquisa da inSearch Tendências e Estudos de Mercado.

Com uma média salarial de R$ 3.247,00 e uma estrutura familiar não-tradicional, boa parte sem filhos, os homossexuais têm mais oportunidades em consumir imóveis, carros e viagens. De acordo com a Associação Brasileira de Turismo para Gays, Lésbicas e Simpatizantes (Abrat-GLS), o perfil movimenta R$ 150 bilhões por ano no Brasil.

Cidades como o Rio de Janeiro, considerada uma das mais gay friendlys do mundo, investem em iniciativas para atender o visitante e fomentar o turismo. Uma estratégia realizada pela capital carioca foi a promoção de cursos de capacitação sobre a Lei de Direitos Civis e Humanos para donos e funcionários de estabelecimentos comerciais.

Apesar de bastante rentável, o setor turístico é apenas um entre diversos outros onde o público LGBT espera encontrar hospitalidade. “O primeiro passo das empresas é a exposição. Uma marca que se coloca como friendly ou que tem um produto específico tem que se mostrar dessa forma. Há um preconceito muito grande, mas muitas estão deixando isso de lado e partindo para o que interessa: negócio, desenvolvimento e faturamento”, avalia Luiz Redeschi, empresário e organizador da Expo Business LGBT Mercosul, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Quando mais é menos
O desenvolvimento de produtos, serviços ou ações de Marketing específicos para o público LGBT não precisam ser complexas e passar por grandes revoluções na forma de atuação. Iniciativas do Banco Itaú são exemplos de que geraram respostas positivas. A instituição vem dialogando nas redes sociais de forma natural com os gays. No Dia dos Namorados deste ano, um desenho no Facebook composto por um casal heterossexual teve agregado um casal de gays e um de lésbicas com a frase “Feliz Dia dos Namorados do Seu Jeito”. Para a Parada Gay de São Paulo, uma das maiores do mundo com mais de três milhões de participantes, o Itaú também parabenizou a diversidade por meio da bandeira do movimento LGBT e da frase “A gente é laranja, mas é feito pra todas as cores”.

De forma mais institucional, o banco também permite o financiamento imobiliário com duas pessoas solteiras do mesmo sexo em conjunto, mesmo que não haja relação de parentesco entre si. A possibilidade abre precedentes antes impensáveis pelos gays. Após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de legalizar a união estável, pesquisa realizada pela inSearch indicou que dos 58% que têm parceiro fixo, 19% deles pretendem comprar um imóvel financiado no nome do casal.

No setor imobiliário, a Tecnisa realiza desde 2003 ações voltadas para o mercado LGBT, como a campanha “Mais cedo ou mais tarde, vocês vão morar juntos”. O anúncio trazia um varal com duas cuecas penduradas. A construtora se atentou para o mercado e, em 2010, percebeu que o ticket médio de homossexuais chegava a R$ 400 mil.

O diálogo entre as marcas e o público gay não precisa, necessariamente, ser direto, mas pontual. “Não é desenvolver um produto ou serviço, mas conversar bem. Existem empresas mais sensíveis a isso, que fazem um plano de comunicação excelente. A Fnac é um exemplo, assim como o Itaú e a própria Tecnisa. Ao falar com o público LGBT, esses grupos assumem que o mundo vive hoje uma grande diversidade”, analisa Fábio Mariano, especialista em comportamento do consumidor e Diretor Executivo da inSearch.

Futuro promissor
Ainda que ações específicas para este target encontrem barreiras no mercado brasileiro, a tendência é que as marcas se adequem aos consumidores em potencial. Eventos como a Expo Business LGBT Mercosul, ocorrida pela segunda vez na semana passada no país, são iniciativas que ajudam as marcas a entenderem o perfil dos homossexuais.

Com 32 expositores, entre eles os governos de São Paulo, Pernambuco, Argentina e Uruguai, bem como de marcas voltadas para o turismo e outras como a Dell e a Brazilian Hospitality Group (BHG), o evento propõe o diálogo e a troca de experiências. “O principal aprendizado é que será inevitável não pensar em uma participação cada vez maior dos homossexuais no mercado. Ainda que poucas, as conquistas existiram do ponto de vista cível e até mesmo nas propagandas, hoje é quase inexistente uma novela que não tenha ao menos um gay. A comunicação das empresas terá que passar por mudanças”, aponta Fábio Mariano.

As modificações, no entanto, não precisam necessariamente ser agressivas. Mais do que colocar uma bandeira colorida na porta, as empresas tem de captar a essência do desejo dos homossexuais. “Não adianta só querer investir ou vender um negócio apenas no papel. Tem que comercializar bem, saber conversar, respeitar e recebê-los bem. Caminhou-se muito, mas ainda há um longo período para caminhar. É a hora das empresas saírem do armário”, afirma Luiz Redeschi.

fonte: Mundo do Marketing

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