sábado, 4 de maio de 2013

Zélia Duncan e Adriana Calcanhoto opinam sobre ‘saída do armário’ de Daniela Mercury

por Bruno Astuto

Adriana Calcanhoto e Zélia DuncanZélia Duncan e Adriana Calcanhoto vão apresentar juntas o Prêmio da Música Brasileira, que acontece no dia 12 de junho no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em seguida, o prêmio vira um show intinerante que segue em turnê pelo país com as cantoras interpretando canções de Tom Jobim, o grande homenageado da 24ª edição do evento idealizado pelo produtor José Maurício Machiline. “Vamos ter que entrar nesse armário para fazer a foto? Mas deu tanto trabalho sair dele”, brinca Zélia com Adriana assim que recebeu Época para uma entrevista. “Os homossexuais já tem tantos problemas, agora ainda querem casar”, devolve Adriana, em tom de brincadeira. Reservadas em relação a sua vida pessoal, elas opinam sobre a colega Daniela Mercury, que recentemente assumiu estar casada com uma mulher, a jornalista Malu Verçosa. “Se Daniela ficou feliz de falar e, se falando, ajudou a causa, eu acho válido. Só não gosto da patrulha para que você precise sair do armário, isso segmenta. Eu não gosto de expor minha vida privada por temperamento”, afirma Calcanhoto. “Apesar de todo o estardalhaço, o que eu achei de mais transgressor em tudo do que a Daniela fez foi ver o brilho no olho dela. Achei legítimo. Na minha vida não há o que esconder, mas há o que preservar. Eu não preciso falar nada em público se eu não quiser, mas isso não significa que eu esteja envergonhada, me escondendo ou dentro do armário”, diz Zélia.

fonte: Época

Rio de Janeiro: Decretada prisão de homem que atropelou jovem gay três vezes

Eliwelton da Silva LessaA Justiça decretou a prisão preventiva do suspeito de matar o jovem Eliwelton da Silva Lessa, de 22 anos. Hélio Galdino Vieira, de 37 anos, conhecido como Papai, dirigia a van pirata que atropelou o rapaz três vezes na madrugada de segunda-feira e está foragido. O crime aconteceu na Estrada Raul Veiga, em Alcântara, São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Eliwelton chegou a ficar internado no Hospital Estadual Alberto Torres, no Colubandê, mas morreu nesta quinta. O jovem, que era homossexual, teve a coluna quebrada em três lugares, fraturou três costelas, quebrou a bacia e teve o pulmão perfurado.

Hélio GaldinoHélio costumava ficar num ponto na Raul Veiga. Segundo testeunhas ouvidas pela polícia, o homem tem um comportamento violento e já teria se envolvido em outras brigas. O acusado responde por homicídio qualificado, por motivo torpe. A pena varia entre 16 e 30 anos.

Amigo de Eliwelton que testemunhou o crime, o cabeleireiro Bruno Sales, de 26 anos, está satisfeito com o avanço da investigação. Mas continua com medo. Desde o dia do atropelamento, está na casa de uma amiga. Ele também não trabalhou na última semana. Volta ao salão neste sábado. Mas, para sair de casa, pretende mudar a aparência.

- Também não passou mais por Alcântara, onde ficam as vans. O suspeito está foragido, mas tem amigos. Nunca tinha sofrido uma agressão dessas. No máximo xingamentos. Mas sempre procurei não responder para evitar confusão - disse Bruno.

Ele espera um contato do coordenador do Rio Sem Homofobia, Cláudio Nascimento, para organizar um novo protesto contra o assassinato de Eliwelton.

O crime
Na madrugada de segunda, por volta das 2h30m, Eliwelton, Bruno e um outro amigo, todos gays, passavam pela Estrada Raul Veiga quando Hélio Galdino começou a mandar beijinhos e os chamar de “viados”. Eliwelton e o acusado começaram a discutir. Logo Eliwelton e Hélio se atracaram, mas os amigos do jovem conseguiram apartar a briga. Hélio teria ido até a van para pegar uma barra de ferro, mas o grupo impediu e todos foram embora.

Eliwelton e os amigos andaram um quarteirão. Eles pararam para conversar na calçada. A van então sugiu. Segundo Bruno, o veículo estava em alta velocidade e o atropelou três vezes. O delegado Jorge Veloso, titular da 74ª DP, classificou o crime como hediondo.

Eliwellton da Silva Lessa protestoProtesto
Eliwelton foi enterrado na tarde desta sexta-feira, no Cemitério de Pacheco, em São Gonçalo. Depois do sepultamento, amigos do rapaz fizeram um protesto na Estrada de Pacheco. Eles queimaram galhos de árvores e chegaram a interromper o trânsito pedindo justiça. A mãe do jovem, Zélia da Silva, que trabalhava com ele, também como faxineira, numa academia em Botafogo, na Zona Sul do Rio, foi embora amparada por parentes.

Eliwelton estava juntando dinheiro para fazer sua festa de aniversário no próximo dia 23 de junho. Ele tinha também o sonho de deixar São Gonçalo e se mudar para Copacabana, na Zona Sul do Rio.

fonte: Extra

São Paulo: "Feliciano faz bem aos gays", fala Daniela Mercury em evento da parada

Daniela Mercury parada gay spA cantora Daniela Mercury posa para fotos durante o 13º Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade, realizado no teatro São Pedro, em Santa Cecília, centro de São Paulo.

Durante o evento, realizado na noite desta sexta-feira (3), a cantora afirmou que o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) está fazendo um favor ao movimento, devido ao espaço que a questão dos homossexuais vem ganhando nos meios de comunicação. O prêmio abre a programação oficial do 17º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo, que segue até o dia 2 de junho. O evento tem o objetivo de lembrar os fatos mais significativos no cenário político, social e cultural para a população do movimento.

fonte: UOL

Itália: Premiê retira autoridade de cargo após comentário sobre gays

Enrico Letta, o novo premiê italianoO primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, afastou neste sábado a subsecretária do Ministério de Igualdade de Oportunidades, Michaela Biancofiore, por fazer críticas aos homossexuais em entrevista ao jornal italiano "La Repubblica" um dia após ser nomeada.

A saída prematura da vice-ministra para se tornou um lembrete de quão delicada é a coalizão do primeiro-ministro Enrico Letta. Durante a semana, integrantes da coalizão do governo criticaram a opção do premiê por uma ministra negra para a pasta da Integração.

Parlamentar do partido Povo da Liberdade, do ex-premiê Silvio Berlusconi, Biancofiore foi transferida para o Ministério de Serviços Gerais. Ela foi alvo de críticas de entidades de defesa dos homossexuais por sua posição contrária ao casamento gay no Legislativo italiano.

A deputada também foi acusada de homofobia pelos ativistas gays. Na entrevista ao "La Repubblica", tentou se defender das acusações atacando os homossexuais, dizendo que eles próprios causavam a discriminação contra si ao "formarem panelas".

"Não me preocupam suas opiniões, não me aterrorizam. Por pelo menos uma vez, eu gostaria de ver as associações de gays, em vez de se juntarem em panelas, dizerem algo para condenar a recente morte de mulheres [na Itália]. Tudo o que fazem é defender apenas os seus interesses".

Segundo a imprensa italiana, a declaração causou a fúria de Letta, especialmente porque pediu na quinta (2) sobriedade aos membros do governo ao falarem publicamente.

Dificuldades
A saída da ministra mostra a dificuldade de Enrico Letta para conseguir coordenar a coalizão que governa a Itália desde a semana passada. O gabinete, formado com integrantes da centro-esquerda e da centro-direita, foi formada após dois meses de impasse político.

Durante a semana, a ministra da Integração, Cecile Kyenge, recebeu uma série de insultos de militantes de direita por ser mulher e negra. Sites vinculados aos grupos a rotularam como "macaco congolês", "Zulu" e "a negra anti-italiana".

Ela também enfrentou insultos com toques de racismo de Mario Borghezio, membro da Liga do Norte no Parlamento Europeu, que foi aliado do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

Em referência a Kyenge, Borghezio chamou a coalizão de Letta um "governo bonga bonga" --uma brincadeira com o termo "bunga, bunga", atribuído a Berlusconi-- e disse que ela parecia ser "uma boa dona de casa, mas não uma ministra".

A ministra planeja pressionar por uma legislação, a qual a Liga é contrária, que permitiria às crianças nascidas na Itália de pais imigrantes obterem a cidadania automática, em vez de terem que esperar até os 18 anos para reivindicá-la.

"Cheguei sozinha à Itália aos 18 anos e eu não acredito em desistir diante de obstáculos", disse Kyenge, que deixou o Congo para que pudesse prosseguir os seus estudos em medicina.

Ela também rejeitou o termo "de cor", usado para descrevê-la em muitos matérias na imprensa italiana, dizendo: "Eu não sou colorida, eu sou negra e digo isso com orgulho."

Kyenge, que é casada com um italiano, disse não ver a Itália como um país particularmente racista e acreditava que as atitudes hostis derivavam principalmente da ignorância.

fonte: Folha de S.Paulo

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