terça-feira, 4 de junho de 2013

‘Estupro corretivo’ vitimiza lésbicas e desafia autoridades no Brasil

por Rachel Duarte

protesto LGBT“Você vai aprender a gostar de homem”. Essa terrível frase é tristemente comum em caso de violência sexual contra mulheres lésbicas no Brasil. A estatística assusta: 6% das vítimas de estupro que procuraram o Disque 100 do governo federal durante o ano de 2012 são mulheres homossexuais vítimas de violência, em sua maioria de fundo sexual. Chamada de ‘estupro corretivo’, a violação tem requintes de crueldade e é motivada por ódio e preconceito, o que torna a descoberta dos casos algo complexo para o sistema de direitos humanos nacional. Os serviços de Diversidade Sexual e Gênero da União e a Secretaria de Políticas para Mulheres do governo gaúcho estão trabalhando na identificação e punição dos crimes, e concentram esforços na sensibilização das vítimas para denunciarem o estupro – o que nem sempre ocorre devido ao temor pela exposição.

As estatísticas do serviço telefônico de denúncia vinculado à Secretaria Nacional de Direitos Humanos foi compartilhada com a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, o Conselho Nacional LGBT e os movimentos sociais ligados à diversidade sexual. De acordo com a coordenadora da Liga Brasileira de Lésbicas (LBL), Roselaine Dias, que representa a entidade no Conselho LGBT, os dados não especificam a prática de estupro homofóbico. “São 6% de violação de mulheres lésbicas. Parte deste índice é de estupro corretivo, porque temos como referência outros dados do Ministério da Saúde que nos permitem fazer um comparativo percentual coincidente”, explica. Segundo ela, a fonte reveladora da realidade de estupros corretivos é o serviço de HIV/Aids. “Temos um quadro que aponta que muitas mulheres portadoras do HIV contraem o vírus em decorrência de estupros com esta motivação”, diz.

A violência é usada, explica, como um castigo pela negação da mulher à masculinidade do homem. Uma espécie doentia de ‘cura’ por meio do ato sexual à força. A característica deste tipo de prática é a pregação do agressor ao violentar a vítima. As vítimas são em sua maioria jovens entre 16 e 23 anos, lésbicas ou bissexuais. Alguns agressores chegam a incitar a “penetração corretiva” em grupos das redes sociais e sites na internet.

Em março de 2012, por meio de denúncia da Associação Brasileira de Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), a Polícia Federal prendeu Emerson Eduardo Rodrigues, de Curitiba, e Marcelo Valle Silveira Mello, de Brasília, autores da página Silvio Koerich, que incitava o ódio contra homossexuais e ensinava o ‘estupro corretivo’. No final do mesmo ano, em Alagoas, ao menos dois casos ganharam repercussão nacional. Geralmente, os casos chegam ao conhecimento da sociedade e das autoridades de forma isolada, quando envolvem mais de um agressor e alguma instituição de notoriedade. No dia 11 de maio deste ano, uma estudante foi vítima de um estupro corretivo dentro do campus da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). A vítima estava acompanhada de uma menina em uma festa e, quando se afastou, foi abordada por um sujeito que lhe disse que iria ensiná-la a gostar de homens.

Casos de Porto Alegre foram descobertos no serviço de HIV/Aids
Até então conhecido internacionalmente pela forma epidêmica com que vitima mulheres na África do Sul, o estupro corretivo é uma realidade nova para as autoridades brasileiras. Porém, ainda que sem dados oficiais consolidados, a Liga Brasileira de Lésbicas afirma que casos ocorrem de forma recorrente no Rio Grande do Sul. “Sabemos de casos que atendemos, pela rede de atuação que a ONG faz com o serviço de HIV de Porto Alegre. Como os registros de estupro são feitos nas delegacias, é mais difícil saber ao certo quando e de que forma acontecem”, diz Roselaine Dias.

Ariane LeitãoLamentavelmente, os estupros corretivos chegaram ao conhecimento do poder público por meio dos casos em que a vítima contraiu o vírus HIV, o que é ainda mais preocupante, alerta a secretária de Políticas para Mulheres, Ariane Leitão. “Estes dados surgem no serviço de HIV, que não é o local adequado para iniciar uma denúncia deste tipo. É possível que outros casos estejam ocorrendo e estejam invisíveis a nós”, salienta. Segundo ela, a interligação da rede estadual de atendimento e proteção às mulheres vítimas de violência precisa ser institucionalizada. “O debate sobre violência contra mulheres tem que sair do foco da violência doméstica. Temos que ter a compreensão da violação de gênero. Estes casos de estupros corretivos revelam uma das piores faces da violência contra mulher, contra o ser humano que se atreve, na visão destes agressores, a negar a masculinidade da sociedade”, afirma.

O serviço de denúncia no RS, o Escuta Lilás, é uma forma de acolhimento das vítimas e de denúncias para o encaminhamento dos processos criminais contra os agressores, recorda a secretária. Conforme Ariane, uma coordenadoria específica de Lésbicas, Bissexuais e Transexuais femininas foi criada para discutir as especificidades das políticas públicas para a diversidade sexual. “As mulheres também sofrem preconceito dentro do meio LGBT. São minorias, dentro das minorias. Vemos muito mais casais de homens se assumindo do que de mulheres, por conta do receio de algumas lésbicas com a cultura machista que ainda nos envolve”, ressalta.

“A violência não muda a orientação sexual delas”, diz Liga Brasileira de Lésbicas
Uma Sala Lilás criada no ano passado dentro do Instituto Geral de Perícias já está possibilitando o atendimento humanizados às mulheres vítimas de violência sexual. O espaço evita que vítima e agressor convivam no mesmo ambiente na hora do registro dos crimes ou que as mulheres sejam inibidas na hora da denúncia. “Antes a vítima tinha muita exposição. Agora, ela denuncia junto ao Departamento Médico Legal, onde ninguém irá saber que ela está lá denunciando especificamente uma lesão corporal de abuso sexual, porque é onde realizamos todos os exames de lesão corporal”, explica a Corregedora Geral do IGP, Andréa Brochier Machado. Além disso, a escuta acolhedora e o atendimento psicossocial garantem o encaminhamento da vítima de forma mais qualificada, afirma. “O nosso trabalho pode vitimar ainda mais a pessoa. Por isso, temos o cuidado de oferecer atendimento psicológico em Porto Alegre. No interior, estamos buscando parceria com as prefeituras para ampliar a oferta de psiquiatras e psicólogos para este atendimento”, fala Andrea.

Sexismo MataA tipificação dos crimes, inclusive dos estupros, poderá ser feita em breve, informa Andrea. “Estamos colocando o sexo no registro das perícias. Isto permitirá quantificarmos as mulheres que passaram pelo DML, o tipo de lesão e mapear os crimes. Nos surpreende esta dupla violência com as mulheres lésbicas. Pela prática que tenho, devem ser os crimes com maior crueldade, porque são movidos por ódio, como se o agressor quisesse impor a sua compreensão sobre sexualidade como a ideal. Uma relação de dominação e controle típica da nossa cultura machista”, avalia a perita criminalística.

De acordo com a coordenadora da LBL, Roselaine Dias, os estupros corretivos precisam ser vistos para além das vítimas, porque em nenhum momento elas mudam sua orientação sexual após a violência sofrida. “Não afeta em nada a concepção da vítima sobre sua sexualidade. Nenhuma diz que deixará de sair com menina por ter sido vítima. O diferencial é que, quando ela está sofrendo a violência, é o agressor que explica que tem um ‘motivo’. Ele é que tem que ser tratado. Precisamos combater os preconceitos culturais e a forma de educar as pessoas sobre as relações afetivas, sexualidade e identidade de gênero. Só assim teremos uma solução”, diz.

fonte: Sul 21

Daniela Mercury e Malu Verçosa vão se casar oficialmente

Daniela Mercury e Malu Verçosa 02A cantora Daniela Mercury anunciou que vai se casar com a jornalista Malu Verçosa. O casal já usa aliança, mas ainda não se casou oficialmente. A cantora planeja uma cerimônia com festa. O casamento acontecerá em Salvador. 

“A gente já se sente casada, mas parece que falta alguma coisa, parece que quando não está no papel não é de verdade. Já que estamos no meio disso tudo, vamos fazer sim [o casamento]. É uma forma de celebrar isso tudo”, declarou Daniela.

“Por ser uma artista conhecida, respeitada, acho que eu e ela [Malu] viramos a representação do amor, do respeito, dignidade e da liberdade”, continuou.

fonte: MixBrasil

Pedido de vista surpreende evangélicos e suspende votação de projeto sobre ‘cura gay’

Apesar da mobilização da bancada evangélica, um pedido de vista suspendeu nesta terça-feira (4) a votação de um projeto na Comissão de Direitos Humanos que, na prática, permite aos psicólogos promoverem tratamento com o fim de curar a homossexualidade.

> Silas Malafaia convoca protesto contra casamento gay em Brasília

O deputado Simplício Araújo (PPS-MA) pediu mais tempo para analisar a proposta, conhecida como "cura gay". O projeto deve voltar a ser discutido em duas semanas pela comissão.

Antes do pedido, o presidente da comissão, Marco Feliciano (PSC-SP), esperou por mais de 40 minutos a chegada de colegas para dar início aos trabalhos. Feliciano e assessores dispararam telefonemas pedindo a presença dos deputados na comissão.

A bancada evangélica esperava aprovar a proposta na véspera de uma marcha programada pelo pastor Silas Malafaia em frente ao Congresso contra aborto e casamento gay.

O pedido de vista gerou mal-estar. Alguns parlamentares, alinhados a grupos religiosos, defenderam a proposta e criticaram o adiamento da votação.

As principais críticas partiram do deputado Pastor Eurico (PSB-PE). "Acho que as minorias devem ser respeitadas, honradas, mas o que estamos assistindo é uma minoria que quer impor que temos que aceitar o que eles querem", disse. "Em nenhum momento trata de cura gay. eu defendo, eu prego que Jesus Cristo liberta qualquer tipo de pessoa de qualquer coisa. tenho inúmeros testemunhos de que é uma questão pessoal", completou.

Simplício Araújo pediu que respeitassem sua posição de ter mais tempo para analisar o texto e defendeu que a proposta fosse discutida sem corporativismo. "Estou diante de um projeto polêmico diante da sociedade e preciso estar seguro para votar. Não me encontro seguro para fazer o voto. Gostaria que isso fosse respeitado."

Feliciano ironizou a forma como o projeto é conhecido. "Eu ando nas ruas e me pedem injeção, remédio para curar gay."

O deputado disse esperar que diante do impasse em torno do projeto "vença o argumento e não forçação (Sic) de barra". Ele criticou a mídia por chamar o projeto de "cura gay" e disse que vai estudar com o comando da Casa medidas a serem tomadas a respeito da veiculação do termo nos meios de comunicação da Câmara.

Desde que assumiu o comando da comissão, em fevereiro deste ano, Feliciano enfrenta protestos de ativistas de direitos humanos que o acusam de racismo e homofobia. Ele nega. Uma das críticas é de que o deputado beneficiaria os evangélicos na discussão da proposta na comissão.

Os deputados disseram que a ideia é apenas permitir a orientação para gays. "Ninguém está falando que a partir deste momento pessoas vão sair correndo atrás dizendo: você é doente, você precisa se curar. É para quem procurar ajuda", disse Liliam Sá (PSD-RJ).

O projeto de decreto legislativo 234/11 foi apresentado pelo deputado João Campos (PSDB-GO), integrante da bancada evangélica.

A proposta susta trechos de resolução instituída em 1999 pelo CFP (Conselho Federal de Psicologia), que determina que "os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades".

O projeto também propõe anular trecho da resolução que proíbe os psicólogos de emitirem opiniões que reforcem "os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica."

A proposta é rejeitada pelo CFP. No ano passado, a entidade recusou-se a participar de uma audiência pública realizada na Câmara para debater o projeto. O conselho inclusive lançou uma campanha contra a ideia.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) deixou de considerar a homossexualidade doença em 1993.

Para o autor do projeto, o conselho "extrapolou seu poder regulamentar" ao "restringir o trabalho dos profissionais e o direito da pessoa de receber orientação profissional".

fonte: Folha de S.Paulo

“CQC” confere a opinião dos deputados em Brasília sobre o casamento gay

CQC 2013O programa CQC dessa última segunda (3) resolveu ir até Brasília para saber dos deputados o que eles pensam sobre o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo.

Após a tentativa do PSC de anular a decisão do CNJ que autorizou o casamento gay nos cartórios, o CQC enviou Monica Iozzi para descobrir quais as opiniões e argumentos de parlamentares dos diferentes partidos sobre o assunto.

Vários parlamentares se mostraram favoráveis ao tema, já outros, foram contra.
"Se você pegar um casal de pessoas do mesmo sexo, eu quero ver como é que vai reproduzir", disse Anderson Ferreira (PRP - PE).

Mônica tentou entrevistar os deputados do PSC que querem acabar com o casamento gay, mas não teve sucesso. "Eu acho que o pessoal do PSC tem vergonha da própria opinião, porque ninguém fala", disse Iozzi.

A repórter também questiona um dos deputados do partido, se o discurso deles contra os homossexuais não é apenas para ganhar espaço na mídia.

Em seguida, Mônica apresenta um vídeo para os deputados com imagens de dois homens trocando carícias. Todos demonstram repulsa com as imagens.

E para encerrar, a pérola de um dos parlamentares: "eu ainda acho que 'aquele negócio lá' é pra defecar só".

fonte: A Capa

Senado vai priorizar votação de projeto contra homofobia

Presidente da Casa, Renan Calheiros, afirma que enviará matéria para votação mesmo sem consenso entre os parlamentares

SenadoO presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou nesta terça-feira que as futuras prioridades na pauta de discussão da Casa serão o projeto de tipificação do crime de terrorismo e a controversa matéria que criminaliza o preconceito contra homossexuais (PLC 122/06).

Calheiros disse que a criminalização da homofobia pode ser levada a votação mesmo sem consenso. “Assumi o compromisso de priorizar alguns projetos dessa agenda de direitos humanos. O processo legislativo caminha mais facilmente pelo acordo, pelo consenso. Quando isso não acontece, você tem de submeter a matéria à votação. É o que vai acontecer com relação ao projeto da homofobia”, afirmou o parlamentar.

O PLC 122 está paralisado na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado desde março do ano passado. Ao longo dos debates, uma versão mais branda foi apresentada pela então senadora Marta Suplicy (PT-SP), que propôs a alteração de uma lei de 1989 segundo a qual a punição de crimes resultantes de preconceito de raça, cor, etnia ou religião passaria a alcançar também os crimes de discriminação de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero.

Depois de protestos de entidades religiosas, a proposta apresentada por Marta passou a contemplar a ressalva de que não estão sob o alcance da lei os casos de manifestação pacífica de pensamento fundada na liberdade de consciência, de crença e de religião. “Não podemos ignorar que muitas religiões consideram a prática homossexual uma conduta a ser evitada. Esse pensamento está presente em várias doutrinas que não podem ser ignoradas e desrespeitadas, pois se inserem no âmbito do direito à liberdade religiosa”, opinou a senadora em seu relatório.

fonte: Veja

China: Idoso descobre em check-up que é biologicamente uma mulher

Homem de 66 anos foi a hospital de Hong Kong com inchaço no abdômen. Paciente, que é portador de dois distúrbios genéticos, tinha cisto no ovário.

Um chinês de 66 anos que chegou aflito ao hospital Queen Elizabeth, em Hong Kong, por causa de um inchaço no abdômen recebeu uma impactante notícia: ao passar por um check-up, o diagnóstico apontou que se tratava de um cisto no ovário, já que, biologicamente, ele é uma mulher.

Segundo publicou nesta terça-feira (4) o jornal local "South China Morning Post" (SCMP), a confusão se deve a uma condição muito rara que combina dois distúrbios genéticos: a síndrome de Turner e a hiperplasia congênita adrenal (CAH).

A síndrome de Turner leva mulheres a apresentar algumas deficiências, como perda da capacidade de engravidar, e, embora os portadores costumem ter aspecto feminino, nesse caso específico o paciente também sofria de CAH, que provoca um aumento dos hormônios masculinos e gera uma aparência masculina.

Com barba e um pequeno pênis sem testículos, o chinês – que é órfão e nasceu no Vietnã – havia considerado durante toda a vida ser um homem, destaca a revista científica "Hong Kong Medical Journal".

"É um caso muito interessante e raro de duas síndromes combinadas. É provável que não surja outro semelhante em um futuro próximo",contou à publicação o professor em pediatria Ellis Hon Kam-lun.

Após descobrir sua condição no hospital, o paciente, que prefere manter o anonimato, decidiu continuar sua vida como homem e começar um tratamento com hormônios masculinos.

Apenas outros seis casos como esse foram registrados na história médica mundial, mas os diagnósticos foram fornecidos antes dos 66 anos.

Em todo o mundo, a síndrome de Turner tem uma prevalência estimada de uma a cada 2.500 ou 3 mil mulheres, e implica ter só um cromossomo X, em vez dois, que é o normal. O diagnóstico costuma ser possível inclusive em exames pré-natais, mas a combinação dessa síndrome com a CAH levou o homem a desconhecer seu gênero biológico até uma idade inédita na literatura médica.

fonte: G1

México: Ex-vilão de novelas se assume gay

Ator diz que Ricky Martin tornou-se uma inspiração para ele

Sebastián LigardeAos 59 anos, o ator norte-americano Sebastián Ligarde assumiu-se gay na edição mais recente da revista mexicana “TVyNovelas”.

Famoso por interpretar vilões em novelas do México, o ator de “Quinceañera” e “Maria do Bairro” disse ter se inspirado no outing de Ricky Martin.

“Acredito que estou em uma idade em que posso ajudar os novos valores … e de ter a coragem de me aceitar publicamente, como Ricky Martin fez. Ele tem sido uma inspiração para mim quando se trata de falar sobre este assunto”, contou o ator.

Ligarde, que se aposentou das novelas em 2009 e vive em Miami onde abriu uma escola de atores com seu nome, afirmou que está em uma relação estável há 20 anos e que não havia mais motivos para esconder.

“Eu sou gay e eu digo isso com orgulho. Nenhum homossexual deveria ter que andar na rua com o estigma estampado na testa. Preferência sexual é genético …  E se Deus e minha família sabem disso, então deixe o mundo saber”.

E diz qual é a sensação de sair do armário. “É um dia de alívio e muita coragem É preciso coragem para ser honesto É muito mais fácil mentir…”. Bem que os atores brasileiros – alguns deles em papéis principais nas novelas atualmente – poderiam chegar a essa conclusão bem antes dos 59 anos. De qualquer forma, sempre é tempo de ser verdadeiro!

fonte: ParouTudo

Rússia: Putin se diz disposto a proibir adoção por casais gays

Vladimir Putin 02O presidente Vladimir Putin afirmou nesta terça-feira que, se o Parlamento aprovar, não hesitará em promulgar uma lei que proíba a adoção de crianças russas por casais estrangeiros formados por pessoas do mesmo sexo.

"No que diz respeito às restrições para que casais homossexuais adotem crianças russas, não tenho um projeto de lei, não vi, mas se o Parlamento votar uma lei deste tipo, eu a assinarei", declarou.

A vice-primeira-ministra Olga Golodets anunciou no sábado a aprovação em breve de uma série de emendas especificando que os casais estrangeiros que desejarem adotar crianças russas terão que ser heterossexuais.

Ao mesmo tempo, Putin negou que os homossexuais russos sofram discriminação.

"Pessoas com todo tipo de preferências trabalham, fazem carreira e as reconhecemos (...) nas áreas em que atuam. Considero que não há problemas deste tipo", afirmou, antes de declarar que tanto os homossexuais como os heterossexuais deveriam ser mais tolerantes uns com os outros.

"Se existisse menos hostilidade seria melhor para todos", destacou.

A Rússia despenalizou a homossexualidade em 1993 e oficialmente a eliminou da lista de transtornos psiquiátricos em 1999.

fonte: Terra

Funcionários gays da NASA fazem vídeo emocionante contra a homofobia

NASAA NASA resolveu entrar na luta contra o preconceito e gravou um vídeo para a campanha It Gets Better.

O video traz depoimentos de astronautas, diretores, engenheiros, controladores, estagiários e outros funcionários, homens e mulheres, falando sobre suas orientações sexuais.

Os funcionários falam da dificuldade que tiveram para se assumir na sociedade, do bullying que sofreram na escola, na faculdade e até mesmo no mercado de trabalho.

Alguns funcionários pais de gays e lésbicas também comentam como que aceitaram seus filhos.

“E naquele momento eu compreendi que, do mesmo jeito que Sue teve coragem de assumir quem era, e se eu queria ser a mãe que ela merecia ter, eu precisaria ter coragem também”, diz uma das funcionárias.

Assista abaixo:

fonte: A Capa

Comissão de Direitos Humanos vota projeto da cura gay nesta terça

Marco Feliciano (PSC-SP) 04O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara, deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), marcou para esta terça-feira, depois de três tentativas, sem sucesso, a votação do projeto de decreto legislativo que autoriza o tratamento psicológico ou a terapia para alterar a orientação sexual de homossexuais, chamado de “cura gay”.

Além do projeto, estão na pauta da comissão a apreciação de 17 requerimentos como os que propõem a audiência pública para discutir a importância de instituir o Dia Nacional do Perdão e o que requer a indicação de comissão para viajar à Bolívia para analisar a situação dos estudantes de medicina brasileiros naquele país.

O projeto denominado de “cura gay” foi colocado na pauta de votações há um mês, pela primeira vez, pelo deputado Feliciano, mas a reunião da comissão foi cancelada a pedido do presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), em função da discussão de várias matérias consideradas polêmicas pelo plenário da Câmara e da presença de diversos setores da sociedade civil. Outras reuniões da comissão foram canceladas em função de votações em plenário.

O projeto de decreto legislativo, que está sendo chamado de Projeto da Cura Gay, propõe a suspensão da validade de dois artigos de uma resolução do Conselho Federal de Psicologia, em vigor desde 1999. De autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), o texto quer suprimir um dos trechos da Resolução nº 1/99 que proíbe os profissionais de participar de terapia para alterar a orientação sexual e de atribuir caráter patológico (de doença) à homossexualidade. Os profissionais também não podem adotar ação coercitiva para orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.

Na quarta-feira, dia tradicional das reuniões da CDHM, haverá uma manifestação, a partir das 15h, em frente ao Congresso Nacional, de evangélicos e de lideranças de igrejas contrários ao casamento gay e em defesa da liberdade religiosa, liberdade de expressão, da família tradicional e da vida.

fonte: Terra

No 1º dia em Barcelona, Neymar se envolve em polêmica com associação gay

Neymar BarcelonaNo mesmo dia em que foi apresentado com festa ao Camp Nou, Neymar teve o nome envolvido em sua primeira polêmica em terras espanholas. O jogador do Barcelona é acusado pela associação "Observatório contra a Homofobia na Espanha" de ter estrelado uma campanha publicitária que ofende a comunidade gay.

"É uma peça ofensiva, e qualquer pessoa com algum discernimento pode perceber", afirmou Eugeni Rodríguez Giménez, 45 anos, 29 deles dedicados à luta pelos direitos dos homossexuais na Espanha. Presidente e fundador do Observatório, ele encontrou a reportagem do UOL Esporte no centro de Barcelona hora depois de Neymar assinar contrato com o Barça.

> Lupo nega que seu comercial com Neymar seja homofóbico

A peça em questão é uma propaganda da marca de roupas íntimas Lupo, que já havia sido alvo de protesto do movimento gay brasileiro quando foi lançada há algumas semanas. Nela, Neymar aparece se exibindo só de cueca para algumas mulheres em uma loja, mas foge quando o cliente é um homem. O tom do anúncio é jocoso.

"Imagine se, ao invés de um homem, ele tivesse fugido de uma mulher negra, de um deficiente, de alguma outra minoria", argumenta Giménez. "Seria um escândalo. Mas como se trata de um gay, as pessoas tendem a aceitar a frivolidade, a piada, a banalização da ofensa." A Lupo nega que o personagem retratado na propaganda seja homossexual.

Diante da polêmica levantada nas redes sociais brasileiras, a empresa soltou uma nota oficial afirmando que a peça não é preconceituosa e com intuito era apenas fazer humor. Para o ativista espanhol, a justificativa, além de falsa, não é suficiente. Neymar, em sua visão, por ser a figura midiática e influenciadora que é, deve vir a público se desculpar e se engajar numa campanha anti-homofobia.

"Quando um fato dessa gravidade acontece, você não pode se omitir. Ele chega a Barcelona, que aos poucos reconhece a importância de garantir os direitos das minorias, com um peso muito grande. Chega carregando a cruz da homofobia. Ele precisa ser cobrado a se posicionar sobre essa tipo de questão."

Mais que um time
O Barcelona, como se sabe, é mais que um time. Na Catalunha, é, em alguns aspectos, uma instituição mais importante que a maioria das outras. Não se trata apenas de futebol, mas da fundação de uma identidade comunitária cujos principais atores (jogadores, técnicos, dirigentes, torcedores) podem influenciar o modo de vida das pessoas.

Neymar, como também se sabe, foge de polêmicas como o diabo da missa, razão pela qual não se sabe muito sobre seu posicionamento diante de questões sensíveis ao mundo moderno. Essa postura, aposta Giménez, se tornará um problema a médio prazo.

"Ele precisa entender o tamanho de ser jogador do Barcelona", pontua o ativista. "Não se trata apenas de jogar bola. Você tem que se posicionar. E ele tem a chance agora de falar aos seus fãs, às crianças que o admiram, sobre o combate à homofobia no esporte."

Assim como não costuma guardar posição dentro das quatro linhas, o atual herói do esporte brasileiro mantém discurso escorregadio sobre temas quentes, mesmo quando eles o afetam diretamente.

O torcedor santista não deve ter se esquecido de uma partida da equipe na Bolívia, pela Libertadores, em 2012, em que Neymar foi alvo de pesados insultos racistas. Um ano antes, jogando pela seleção brasileira, no Reino Unido, chegaram a lhe atirar bananas, gesto preferido dos racistas do futebol europeu.

Talvez por isso, em sua primeira entrevista coletiva com a camisa azul-grená, Neymar tenha sido questionado se temia o recrudescimento na Europa do racismo no futebol. Ele, porém, minimizou os incidentes que a própria Fifa vem se esforçando para combater. "Acho que está acabando, não me afeta", respondeu o atleta.

Giménez, engajado numa tentativa de mudança na legislação espanhola para punir com mais rigor crimes contra a diversidade sexual e de gênero, acredita que o fato de Neymar fazer parte de uma minoria deveria encorajá-lo a defender as outras.

"Ele sabe que ele é importante, pelo salário que recebe, pela quantidade de pessoas que param para ouvi-lo, pela capacidade de mudar a rotina de uma cidade inteira. É preciso usar isso para se posicionar."

Saindo do armário
A homofobia no mundo dos esportes é um tema que ganhou temperatura há pouco mais de um mês quando o pivô Jason Colins se tornou o primeiro atleta em atividade em uma das grandes ligas americanas a sair do armário.

No futebol, o goleiro dinamarquês Anders Lindergaard, do Manchester United, escreveu no ano passado um libelo em favor do respeito à diversidade e da necessidade de o esporte ter um herói assumidamente homossexual.

Na Catalunha, o assunto causou comoção na comunidade LGBT quando, em 2011, o Barcelona anunciou que estamparia em seu uniforme a marca da Qatar Foundation. Os ativistas não aceitam o fato de a organização (e, por consequência, o time) estar ligada a um país que limita os direitos das minorias sexuais.

Vinte anos antes disso, a homofobia literalmente já havia se vestido de azul-grená quando membros de uma torcida organizada do Barcelona, a Boixos Nois, assassinaram a transexual Sonia no parque da Ciutadella. Por ter inspiração neo-nazista, a organizada está banida dos estádios, mas ainda mantém um site na internet e algum tipo de atividade residual.

Giménez diz que entrará em contato com a direção do Barcelona para ver que mobilização é possível fazer para levar o tema da homofobia aos torcedores. Seu objetivo é que Neymar fale sobre o assunto - muitos ativistas acreditam que o silêncio sobre o tema só alimenta o preconceito.

Já a Lupo, uma das doze empresas que compram de Neymar o direito de usar sua imagem para vender produtos, havia respondido da seguinte forma à polêmica em torno de sua peça publicitária:

"A Lupo vem a público para esclarecer que em nenhum momento promoveu qualquer tipo de preconceito ao levar ao ar o comercial de televisão "Aparecimento", estrelado pelo jogador Neymar e que divulga a nova coleção de cuecas da Lupo. Já na concepção do comercial, que está sendo veiculado no intervalo dos principais programas de televisão, o personagem alvo da polêmica não teve qualquer conotação homossexual. A graça do comercial é exatamente essa: um sujeito fortão, heterossexual, procura uma cueca sexy para usar – subentende-se – com uma mulher.  E a reação de Neymar é sair de cena. A ideia foi dar um tom brincalhão e brasileiro ao filme.

A Lupo reitera sua rejeição a qualquer tipo de preconceito e garante seu respeito a todos os consumidores de seus produtos, independentemente de classe social, nacionalidade, religião e orientação sexual. A empresa fabrica produtos para todos os públicos e não faria o menor sentido excluir qualquer público de suas lojas e muito menos denegrir a imagem dos homossexuais".

fonte: UOL

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