quarta-feira, 1 de junho de 2011

Rio de Janeiro: Casal de mulheres são agredidas por taxista

Um casal de lésbicas foi vítima de homofobia após sair de uma festa em Santa Teresa, no Rio de Janeiro.

A publicitária Eliza Shinner, 29 anos, levou um tapa no ouvido esquerdo, dado por um motorista de táxi após sair do carro do agressor de mãos dadas com a namorada. Segundo Eliza, a viagem durou poucos minutos, mas o suficiente para o taxista dar arrancadas e freadas bruscas. A moça contou que o motorista reagiu dessa forma depois que viu as moças se beijando no banco de trás.

Com o tapa que levou, Eliza teve 70% da audição prejudicada. O motorista não foi identificado porque, com a confusão, a placa não foi anotada.

fonte: Cena G

Ministro da Educação garante que kit anti-homofobia será refeito e distribuído ainda em 2011

Fernando HaddadO Ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou que o kit anti-homofobia será refeito a tempo de ser distribuído ainda neste ano para 6 mil escolas brasileiras.

O ministro confirmou que a base do material e os objetivos serão mantidos, mas a elaboração vai ser feita com mais discussões, como havia pedido a presidente Dilma. Depois de pronto, o kit anti-homofobia ainda deve receber o aval da comissão de publicação do Ministério da Educação (MEC) e só depois disso seguir para a aprovação do Governo Federal.

fonte: Cena G

Estados Unidos: TV censura beijo entre Rihanna e Britney Spears

Rihanna beija Britney Spears na boca, mas emissora de TV censura cena

Britney Spears e RihannaA emissora de televisão norte-americana ABC está sendo acusada de ter censurado um beijo lésbico entre as divas gays Rihanna e Britney Spears, que se apresentaram juntinhas no palco da premiação Billboard Music Awards 2011, realizada na noite do último dia 22, em Las Vegas.

Rihanna estava arrasando cantando seu hit “S&M” quando, não mais que de repente, Britney surgiu de dentro do palco para um dueto. Rihanna teria ficado tão feliz com o resultado da apresentação que teria beijado Britney na boca, uma cena que a ABC não mostrou.

Assista a versão que foi ao ar pela rede ABC:

fonte: MixBrasil

Site da ABGLT sofre ataque e exibe mensagem contra a homossexualidade

O site da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) sofreu um ataque de hackers na noite de terça-feira e exibiu na seção de notícias um texto cujo título era “Diga não ao homossexualismo”. Postada às 22h14m, a mensagem trazia frases atribuídas à Bíblia:

“Não te deitarás com um homem, como se fosse mulher: isso é toevah (também no grego bdelygma, ambos significam impureza" ou "ofensa ritual"). - Levítico 18:22”, dizia o início do texto.

“(...) as suas mulheres mudaram o uso physiken (natural, usual comum) em outro uso que é para physin (não natural, fora do comum, inusitado). Do mesmo modo também os homens, deixando o uso physiken da mulher, abrasaram-se (sic) em desejos, praticando uns com os outros o que é indecoroso e recebendo em si mesmos a paga que era devida ao seu desregramento" - Apóstolo São Paulo Carta aos Romanos 1:18-32”, afirmava outro trecho da mensagem.

site ABGLT

A ABGLT foi procurada, mas não foi encontrada para comentar o caso.

No mês passado, o site da cantora Preta Gil saiu do ar após a invasão de hackers. Foram dois ataques. No primeiro, foram publicadas mensagens homofóbicas. No segundo, foi postada uma mensagem e um vídeo: "Bolsonaro para presidente do Brasil. O episódio aconteceu depois que a cantora fez uma pergunta, durante o programa “CQC”, da Band, ao deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Preta perguntou o que o parlamentar faria se o filho se apaixonasse por uma negra.

- Não vou discutir promiscuidade com quer que seja. Eu não corro esse risco. Os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu - disse Bolsonaro, em resposta à cantora.

fonte: Extra Online

Lea T. abre o jogo: ‘vou sofrer preconceito o resto da vida, mas espero que as próximas gerações não sofram’

Lea T. Blue ManInstalada na suíte presidencial do Copacabana Palace, a modelo transexual brasileira Lea T., filha do ex-jogador de futebol Toninho Cerezo, descansa depois de um dia de fotos para uma campanha, na Praia de Ipanema. Na sessão, usou maiô engana-mamãe e posou para o fotógrafo Terry Richardson, conhecido como o rei da pornografia fashion. Lea é tratada como a grande estrela deste Fashion Rio, onde vai desfilar para a grife de moda praia Blue Man. Será sua primeira vez usando biquíni na passarela. E isso, ela reconhece, é um risco. Embora tenha feito tratamento hormonal, psicológico e psiquiátrico para fazer a mudança de sexo, ela decidiu adiar a cirurgia por estar aceitando melhor seu corpo. Por isso, avisa: vai "esconder" o pênis.

- Descobri uma técnica: puxar tudo para trás e grudar com esparadrapo. Parece que funciona - diz Lea, que fala baixo e devagar. - Espero que as pessoas entendam a proposta. Afinal, eu não sou uma mulher, não sou Gisele Bündchen. As pessoas já exigem o impossível de uma mulher, imagine de uma transexual.

Ao receber o convite para desfilar no Rio, Lea consultou seu melhor amigo e mentor Riccardo Ticsi, estilista da Givenchy. Foi ele quem lançou a modelo transexual no mundo da moda, depois de colocá-la na campanha e na passarela da maison francesa provocando polêmica. Desde então, Lea se transformou em ícone fashion. Posou nua para a "Vogue" francesa e estampou a capa da revista "Love" beijando Kate Moss na boca. Foi Riccardo também quem incentivou a modelo a aceitar a proposta da Blue Man:

- O Riccardo achou simpático e engraçado. E me disse: "O máximo que pode acontecer é aparecer um volume na calcinha. Mas e daí? A gente ri junto depois - conta a modelo, que tem 29 anos e começou a carreira há pouco mais de um ano.

Nascida Leandro Cerezo, ela conta que nunca se sentiu gay e, na verdade, se sente uma mulher num corpo masculino. Quando decidiu ser transexual, adotou o nome Lea T.. Lea vem de Leo. E T. vem de Tisci, sobrenome do estilista da Givenchy, considerado por ela um "irmão". Os dois são amigos há mais de uma década, e ela chegou a trabalhar como assistente dele na maison.

A modelo diz que não se acha bonita, trata sua transexualidade como "distúrbio de gênero" e diz que diariamente sofre preconceito. Certa vez, levou um soco na boca numa boate em Miami ao defender uma amiga que foi tratada "como vagabunda por estar acompanhada de gays". E diz que sofreu muito quando decidiu se tornar uma transexual. Pensou até em se matar. Ela conta que fica irada quando alguma amiga transexual é vítima de homofobia:

- Eu parto pra cima. Não quero nem saber. O povo tem que me segurar porque fico perigosa.

Lea mora em Milão e não pretende investir tudo na carreira de modelo. Na Europa, é contratada da agência Women ("Uma ironia este nome", brinca). No Brasil, integra o casting da Way Models. Seu maior arrependimento foi não ter cursado Veterinária.

Quando recebeu o convite de Tisci para posar para a campanha da Givenchy, aceitou sob a condição de declarar ser transexual. Estava decidida a passar "uma mensagem ao mundo" e ajudar, de alguma forma, as outras transexuais que sofrem preconceito e se veem, muitas vezes, sem espaço no mercado de trabalho e relegadas à prostituição.

- Quero falar de pessoas como eu (transexuais) de uma maneira mais respeitosa. E mostrar também que tenho o apoio da minha família. Sei que vou sofrer preconceito para o resto da vida, mas espero que as próximas gerações não sofram com isso.

Solteira, ela explica que pode se apaixonar tanto por um homem quanto por uma mulher ("Gosto é das pessoas", diz). No Brasil, admira Roberta Close ("Ela calou a boca de muita gente") e Rogéria.

Pioneira ao abrir as portas do segmento fashion para as transexuais, Lea hoje é a pessoa mais famosa de sua família, embora faça questão de citar o pai como o grande ídolo do clã Cerezo. A modelo diz receber apoio em casa e revela que, vez por outra, até eles se confundem:

- Meu pai e minha mãe, às vezes, me chamam de Leo.

fonte: O Globo

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