quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Pernambuco: Galo da Madrugada terá camarote gay

Pela primeira vez para o desfile do Galo da Madrugada haverá um camarote de grande porte direcionado ao público LGBT.

Será o ‘Metrópole Secrets’, que chega para confirmar o conceito de exclusividade e alegria que a marca do Clube Metrópole levará para a folia do Galo, em um ambiente confortável e repleto de surpresas. A começar pelo serviço All Inclusive e buffet com um wellcome coffe (café da manhã) e petiscos ao longo da festa.

O espaço também ganhou conceito de marca e produção executiva da agência pernambucana Dot Assessoria & Promoção, que está à frente da produção do ‘Metrópole Secrets’, auxiliando a promoter Maria do Céu, organizadora do camarote, que promete muita criatividade para o espaço que receberá 700 pessoas.

A localização do camarote ainda é secreta e só será divulgada nos próximos dias, quando for anunciada o início da venda e valores dos convites do espaço. "Onde todos irão revelar os seus mais secretos segredos e fantasias no Carnaval 2011".

O público que irá para a festa do Galo para participar do ‘Metrópole Secrets’ encontrará um ambiente climatizado, cenografia especial para dar todo charme, e exclusividade com decoração temática inspirada em um Carnaval clean remetendo ao conforto das cores branca e tons de lilás.

No camarote o público encontrará um lounge club, bares, banheiros exclusivos, segurança, além de um área de relax e beleza, com serviços de massoterapia, estúdio de cabelo e maquiagem e moda de customização de camisetas.

Na programação, os foliões contarão ainda com shows de bandas locais e a animação de setlists de DJs que agitarão  o ‘Metrópole Secrets’ nos intervalos dos trios com os melhores sucessos do funk, axé, pagode e da house internacional.

Ainda animando o camarote haverá a presença de Gogo Dancers que farão performances sensuais nos queijos (mini plataformas) remetendo o clima da noite de uma boate.

fonte: blog do Jamildo

Nova minissérie da Globo, "O Divã" terá cabeleireiro gay

Paulo GustavoA lista de personagens gays na telinha da Globo não para de crescer. Desta vez, quem vai brilhar numa minissérie é o cabeleireiro Renê Gama, vivido por Paulo Gustavo na minissérie “O Divã”.

A estréia está prevista para acontecer em abril e terá quatro capítulos. Trata-se de uma adaptação do livro que virou peça e filme com Lília Cabral. A minissérie vai ter a direção de José Alvarenga Júnior.

Renê é um cabeleireiro careca e amigo de Mercedes (Lilia Cabral), uma mulher em busca dos prazeres da vida, querendo se sentir viva depois de anos de um casamento morno.

O elenco tem ainda Totia Meirelles, Marcelo Airoldi, Duda Nagle, Johnny Massaro, Julia Almeida, Domingos Montagner e conta com participações especiais de Patrícia Pillar e Gisele Fróes.

fonte: Cena G

Transexuais brasileiros são investigados na Itália

Dois transexuais brasileiros que vivem clandestinamente na Itália estão sendo investigados pela Procuradoria de Milão por supostamente representarem um risco à saúde pública.

De acordo com o vice-prefeito de Milão, Riccardo De Corato, os dois são portadores do vírus HIV e possuem cerca de 300 clientes por mês.

"É presumível que, se os mantermos em circulação, vão criar problemas de segurança e serão um risco para a saúde pública, visto a condição de soropositivo informada pelos clientes", afirmou De Corato.

Um tem 26 anos de idade, e o outro, 38. Eles estão em tratamento em um hospital local. O mais novo já tinha sido expulso da Itália.

A agência diz que os eles foram descobertos em seus apartamentos, na zona central de Milão, sob denúncia da administração do condomínio.

O proprietário dos imóveis, um italiano de 45 anos, também está sendo investigado sob suspeita de favorecer a imigração clandestina e incentivar a prostituição.

fonte: Cena G

Socialite diz ter tido caso com Rihanna

Natasha Tajah Burton afirma que já fez sexo com Rihanna

Natasha Tajah BurtonApós rumores apontarem recentemente um possível caso homossexual entre Rihanna e Nicki Minaj, desta vez uma socialite garantiu que já teve um affair com a cantora. Natasha "Tajah" Burton, que escreveu o livro Low Down Dirty Shame, contou na obra que já se envolveu com a artista, segundo o jornal The Sun desta última segunda-feira (31).

Embora o livro ainda esteja inédito no mercado, alguns de seus trechos vazaram na internet. Em conversa com o tabloide inglês, a socialite afirmou que não queria que o nome da pop star fosse divulgado sem seu consentimento.

“Tivemos uma conexão surpreendente. Nós pedíamos comida juntas, assistíamos TV juntas, fizemos todos os tipos de coisas. Ouvia a sua música com ela. A música é sua vida”, comentou.

No entanto, Burton deixou claro que a relação entre elas foi efêmera. “Ficou uma coisa sexual. Durou apenas algumas semanas porque estava muito ocupada e havia muita coisa acontecendo em sua vida e nós tínhamos que ser secretas”, lembrou.

Nascida em San Diego na Califórnia, Tajah ainda completou: “Eu diria que ela é bissexual. Foi realmente emocionante, inesperado e muito divertido. O sexo foi muito bom, mas não havia mais do que isso. Nós tivemos realmente uma conexão, ela me inspirou e nos ajudou a elevar uma a outra”.

fonte: Virgula

Deputados criticam colega homofóbico e defendem gays durante protesto

Os deputados federais ACM Neto (DEM-BA) e Ivan Valente (P-Sol-SP) saíram em defesa dos homossexuais depois de ouvir as declarações homofóbicas de seu colega de Casa, Jair Bolsonaro (PP-RJ), durante manifestação de militantes LGBT na posse dos novos parlamentares em Brasília, na última terça-feira, 1. ACM disse que Bolsonaro fala apenas por ele mesmo e que seu discurso intolerante é isolado.

ACM Neto defendeu a diversidade sexual esclarecendo que “o deputado Bolsonaro tem opiniões que não traduzem o pensamento da coletividade da Casa”. E conhecendo bem o colega, com quem convive há pelo menos quatro anos, o democrata baiano antecipou ainda que “não é a primeira nem será a última vez que ele dá declarações polêmicas”.

Ivan Valente também não gostou e classificou as falas de Bolsonaro como preconceituosas, homofóbicas e antidemocráticas. “Acho muito negativo que ele faça propostas contra as liberdades individuais e que gerem preconceito e violência.”

fonte: MixBrasil

Whoopi Goldberg defende casamento gay em vídeo

Atriz participa da campanha realizada pela organização 'Human Rights Campaign'.

Whoppi GoldbergWhoopi Goldberg gravou um vídeo defendendo o casamento entre pessoas do mesmo sexo no estado de Nova York. "Eu sou nova-iorquina e apoio a igualdade no casamento. O que há de errado dos direitos iguais serem para todos?", diz a atriz no vídeo.

A campanha é realizada pela organização "Human Rights Campaign" e, além da Whoopi, também já fizeram vídeos para a campanha os atores Julianne Moore, Fran Drescher, Mark Ruffalo e a filha de George Bush, Barbara Bush.

fonte: EGO

São Paulo: Lésbicas são agredidas por pai e filho em Jacareí

Duas lésbicas donas de um estacionamento em Jacareí (SP) acusam pai e filho de terem as agredido na noite do dia 15 de dezembro, dentro do estacionamento. O caso que veio a público apenas nesta semana está sendo investigado pela Polícia Civil, que considera a homofobia como motivo do crime.

Sem serem identificadas, as duas deram entrevista à televisão local e afirmaram que esperavam o cliente do estacionamento. Pai e filho entraram e começaram uma discussão com elas, partindo para a agressão física em seguida. Segundo as vítimas, eles gritavam frases como “vamos matar essa sapata!” e “é assim que eu faço com sapata!”.

Uma das lésbicas levou uma forte pancada na cabeça e teve seu globo ocular quase destruído. Ela fará três cirurgias para tentar recuperar pelo menos 10% de sua visão. À polícia, os homens negam que tenham agredido as lésbicas e dizem que foram elas quem os agrediram. 

fonte: MixBrasil

Um dia após estreia, clipe sadomasoquista de Rihanna é censurado em 11 países

Vídeo foi censurado no YouTube e será reeditado pela MTV. Clipe traz vários elementos de fetiches masoquistas.

rihanna-sm-previewO novo clipe de Rihanna, "S&M", mal foi lançado e já se tornou polêmico. Segundo a revista "NME", nesta quarta-feira (2) ele foi censurado em 11 países apenas um dia depois de estrear na internet.

De acordo com a revista, a MTV planeja reeditá-lo para que possa ser exibido durante o dia e o YouTube está obrigando seus usuários a certificarem que são maiores de idade antes de assistí-lo.

O clipe da faixa condiz com a letra da música, que traz trechos como "correntes e chicotes me excitam" e "agora que a dor é o meu prazer nada pode ser mensurado". São várias cenas de fetiches masoquistas: Rihanna aparece amarrada em cordas, prende o blogueiro Perez Hilton como se fosse um cachorro, chicoteia jornalistas e beija uma mulher amordaçada.

A artista ainda chupa frutas, como banana, e simula sexo com os figurantes do videoclipe.

fonte: G1

Manifestantes LGBT protestam durante posse de deputados federais

Posse de deputados federais vira palco para manifestação LGBT em Brasília

manifestação-congresso 1A posse da nova composição do Congresso Nacional na última terça-feira, 1, contou com participação da militância LGBT, que organizou uma manifestação no Salão Verde da Câmara do Deputado durante a cerimônia de posse dos deputados federais. Com bandeiras do arco-íris por todos os lados, os militantes pediam que os novos deputados, e os antigos também, apreciem as demandas LGBT na Câmara.

Organizada pelo grupo Estruturação, de Brasília, a manifestação rolou um dia após o arquivamento do Projeto de Lei n 4914/2009, que aplicava à união estável para pessoas do mesmo sexo. Ele saiu de trâmite no último dia 31 por regras do regimento interno da Casa, mas pode voltar à pauta.

Segundo o presidente do grupo Michel Platini, “o Legislativo é o único poder que não avançou em absolutamente nada no Brasil. O Judiciário já avançou, a Presidência da República, os governos estaduais já têm avançado, mas a Câmara até hoje não aprovou nada em defesa dos direitos dos homossexuais nós viemos aqui dizer aos deputados que estamos muito vivos e vamos repetir a cada segundo que os nossos direitos devem ser reconhecidos”.

fonte: MixBrasil

França: Homem teria se viciado em sexo gay após tratamento para Parkinson

Francês diz que remédio causou vontade de se vestir de mulher e praticar sexo com homens

RequipUm homem francês está processando um gigante da indústria farmacêutica alegando ter se viciado em sexo gay após um tratamento. Didier Jambart, da cidade de Nantes, é casado com mulher e afirma que seu comportamento se transformou depois de começar a tomar Requip em 2003 para se tratar do mal de Parkinson. Advogados contam que Jambart passou a procurar sexo com homens de maneira compulsiva, o que o levou a situações de risco e até a ser estuprado.

O homem teria ainda passado a usar roupas femininas para se mostrar via internet, além de ter se viciado em jogos de azar. O francês teria gastado todas as economias da família e tentado o suicídio três vezes. O tratamento foi suspenso em 2005 e o comportamento do paciente, voltado ao habitual.

Agora Didier Jambart quer uma compensação não só por parte do fabricante do Requip, como também de seu neurologista, que não o avisou sobre possíveis efeitos colaterais.

Este não é o único caso de pacientes de Parkinson que relatam alteração no comportamento sexual após iniciar um tratamento. Em novembro, Pete Shepherd, ex-vereador de uma cidade britânica, relatou ter passado a usar roupas de mulher e se viciado em sexo gay depois de começar a tomar o medicamento Cabergoline.

fonte: MixBrasil

Deputado Jair Bolsonaro diz que “nenhum pai quer ter um filho gay”

Jair Bolsonaro 2O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse que uma das prioridades do início de seu mandato será combater a distribuição de um kit elaborado pelo Ministério da Educação para orientar alunos das escolas públicas sobre o preconceito contra homossexuais. Segundo o deputado, o kit apresenta material audiovisual com conteúdo impróprio para crianças e adolescentes, pois "estimula o homossexualismo, e nenhum pai quer ter um filho gay".

Bolsonaro disse que pretende convocar o ministro da Educação para dar explicações sobre o kit. O deputado também disse que vai continuar votando com independência em temas como controle da natalidade, redução da maioridade penal e não demarcação de terras indígenas.

fonte: Cena G

Paraná: Travesti é jogado de carro e baleado no Boqueirão

Mais um travesti foi vítima de atentado em Curitiba, no Paraná. Ele não portava documentos e aparenta ter entre 25 e 30 anos.

Segundo informações da Polícia Militar, o desconhecido foi baleado na Avenida Marechal Floriano Peixoto, no Boqueirão. Na semana passada, dois travestis foram assassinados em apenas dois dias.

Testemunhas contaram que a vítima foi largada na rua pelo ocupante de um Gol branco, que não se intimidou com a presença de uma unidade do Exército e disparou várias vezes.

Ferido com três tiros nas nádegas e perna, o travesti correu até um posto de combustíveis, onde foi socorrido. A Polícia Militar fez patrulhamento na região logo após o atentado, porém não conseguiu localizar o autor do crime.

fonte: Cena G

Estados Unidos: Sul é mais receptivo a casais gays com filhos

Jacksonville, na Flórida, já foi hostil a homossexuais. Mas hoje até as igrejas aceitam casais gays.

mae lesbica JacksonvilleSer gay na cidade de Jacksonville, na Flórida, já foi sinônimo de uma existência solitária. A maioria das pessoas mantinha sua sexualidade em segredo e sabia dos perigos de revelar sua preferência sexual, desde que uma igreja favorável aos homossexuais sofreu um ataque a bomba na década de 1980. Atualmente, porém, há oito igrejas que estão de portas abertas para os gays. Uma delas até mesmo aceita casais homossexuais com filhos.

As mudanças são surpreendentes em uma cidade onde as igrejas, que há muito tempo condenam a homossexualidade, continuam a ter muito poder. Na verdade, depois de analisaram os dados divulgados pelo departamento de pesquisas do censo americano, os demógrafos descobriram que Jacksonville é o lar de uma das maiores populações de pais homossexuais dos Estados Unidos.

Além disso, os dados mostram que a criação de filhos por casais do mesmo sexo é mais comum no sul do que em qualquer outra região do país. Gary Gates, demógrafo da Universidade da Califórnia em Los Angeles, confirma essa informação.

Há maior probabilidade de casais homossexuais do Arkansas, da Louisiana, do Mississipi e do Texas terem filhos do que seus correspondentes da costa oeste e do nordeste. O padrão identificado por Gates também é importante, porque as famílias da região desafiam o estereótipo de uma América homossexual em geral branca, endinheirada, urbana, que vive no nordeste ou na costa oeste do país.

"Estamos começando a perceber que a comunidade gay é muito diversificada", diz Bob Witeck, diretor executivo da Witeck-Combs Communications, que ajudou a realizar o censo.

"Não somos todos brancos e ricos. Os casais homossexuais negros ou latinos têm duas vezes mais probabilidade de criar filhos do que os brancos", afirma Gates, citando dados de uma amostragem do censo, chamada de Pesquisa da Comunidade Americana. Além disso, eles também têm maiores chances de estarem em dificuldades econômicas do que os brancos.

Segundo Gates, muitos casais homossexuais, possivelmente a maioria, começaram seus relacionamentos atuais após terem filhos com parceiros heterossexuais.

Parece ter sido o caso de muitos negros e latinos de Jacksonville, para os quais a desaprovação da igreja pesa bastante.

"Nós crescemos na igreja, por isso muitos de nós sentem vergonha", conta Darlene Maffett, 43, moradora de Jacksonville, que teve dois filhos em oito anos de casamento, antes de sair do armário em 2002. "O que nós fizemos? Nós vagamos perdidos. Casamos com homens e depois não conseguíamos entender por que sentíamos dores de cabeça todas as noites."

mae lesbica Jacksonville igrejaAlém disso, de acordo com o censo, os homens gays geralmente têm filhos três anos antes dos homens heterossexuais. Ao mesmo tempo, enquanto o número de mulheres brancas em idade fértil diminui no país, cresce o número de mulheres férteis pertencentes às minorias.

Jacksonville já chamava a atenção de Maffett mesmo antes de ela se mudar para lá. Embora os moradores homossexuais permanecessem escondidos, havia uma igreja aberta aos fiéis gays. Em 2003, ela passou a dirigir 90 minutos todos os domingos até a cidade, só para participar do culto.

Maffett apreciava a segurança da igreja em Jacksonville. Seu pai era um pastor batista e seu ex-marido frequentava a Igreja de Cristo. Portanto, ela sabia da antipatia de muitas igrejas em relação aos homossexuais. Mesmo assim, ela sentiu pouca ligação com a congregação gay de Jacksonville _ de maioria branca, do sexo masculino e sem filhos.

"Os pastores eram todos brancos", diz Maffett, que é negra. "Eles eram legais, mas sentíamos que eles não sabiam como cuidar das crianças."

Foi quando ela conheceu Valerie Williams, 33, que fazia parte da comunidade gay há anos. Quando a primeira igreja aberta aos negros homossexuais foi inaugurada em 2007, ela decidiu que era preciso dar um passo."As pessoas estavam procurando coisas para fazer com seus filhos e não tinham para onde ir", diz ela.

Então, no verão passado, Williams tornou-se pastora da Igreja St. Luke e imediatamente estabeleceu um programa para jovens. A participação da congregação de várias raças cresceu de 25 para 90 pessoas em poucos meses. "De repente, vimos muitas mulheres que tinham filhos, revelando sua homossexualidade", conta Maffett.

Em 2009, o censo constatou que havia cerca de 581.000 casais do mesmo sexo nos Estados Unidos. A pesquisa não contabilizou os gays solteiros.

Aproximadamente um terço das lésbicas e um quinto dos homens gays têm filhos. Os grupos de defesa dos homossexuais argumentam que seus filhos estão muito vulneráveis na sociedade, com menos proteção legal e cobertura médica do que os filhos de pais heterossexuais.

Mesmo assim, eles foram deixados de fora dos debates da política nacional, pois o censo não realizou sua primeira contagem preliminar de casais do mesmo sexo até 1990. Este ano, o censo contabilizará pela primeira vez os parceiros do mesmo que se casaram. "Nós não sabemos muito sobre este grupo, pois sua história ainda não foi contada", diz Gates.

Segundo a pesquisa de 2009, 32 por cento dos casais homossexuais de Jacksonville têm filhos. A cidade perde apenas para San Antonio, onde a taxa é de 34%.

Alguns pais gays de Jacksonville dizem que a vida familiar pode ser complicada. Cynthia, que é mãe de uma menina de 9 anos, pode ser ela mesma durante os ensaios de líder de torcida da filha, pois as aulas são dadas longe de sua casa. Porém, na escola da filha, ela não conta a ninguém que é gay, pois sua companheira, Monique, leciona lá.

Elas dizem que a menina acaba recebendo uma mensagem contraditória. "Tudo fica confuso, pois falamos para ela ser honesta, não mentir, mas precisa manter esta informação no armário", afirma Monique, que pediu para que os sobrenomes do casal não fossem revelados, a fim de proteger sua privacidade no trabalho.

Williams confronta os problemas diretamente com um programa chamado "Youth Power Hour", uma espécie de grupo de aconselhamento para crianças de pais gays. Em janeiro, cerca de 20 jovens discutiram seus problemas durante um jantar preparado por um dos moderadores.

"Aquela menina da escola está sempre me agredindo", contou Diantra, de 9 anos. Williams respondeu para toda a sala: "Lembram-se do que dissemos? Chamem um adulto".

A filha de Cynthia, que participa do grupo, disse que o espírito de comunidade tem ajudado. "É bom estar perto de pessoas que não têm apenas mamães e papais", disse ela, puxando as tranças nervosamente. "Eu gosto porque não me sinto mais sozinha", completou.

Pais do mesmo sexo que são casados enfrentam obstáculos legais. O estado da Flórida não reconhece o casamento gay e o reconhecimento de uniões estáveis ainda é uma colcha de retalhos que deixa muitas brechas.

Mesmo quando os empregadores concordam em oferecer cobertura às uniões estáveis, os casais pagam impostos mais elevados, pois, sem o reconhecimento oficial de seu status, a cobertura médica é considerada rendimento tributável. Até recentemente, a Flórida era um dos estados que proibia expressamente a adoção de crianças por casais gays.

"É lamentável que os direitos básicos de saúde, impostos e as relações entre pais e filhos estejam tão ligados à política e a táticas assustadoras", diz Michelle Pico, advogada da American Airlines, que enfrenta alguns destes problemas no Texas.

Mas o dinheiro é geralmente o problema mais imediato. Ty Francis, que trabalha no atendimento ao cliente de um banco, sustenta seis crianças com sua companheira, Rosalyn Cooley, da área de saúde."Estou quase pedindo seguro desemprego", desabafa ela.

Entretanto, as dificuldades financeiras não diminuem o entusiasmo de lutar pela aceitação, nessa cidade conservadora. Um outdoor que apoiava jovens gays e lésbicas não provocou desprezo ou boicote do público e as paradas do orgulho gay já são realizadas há alguns anos em Jacksonville.

Williams compara os esforços da comunidade às lutas dos movimentos pelos direitos civis. "Eu realmente acredito que, com o tempo, tudo isso vai passar", diz ela.

fonte: G1

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