quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Rio de Janeiro: Parada Gay está vazia de ativismo, aponta pesquisa

Pesquisa diz que Parada do RJ ganha mais interessados em festa e menos ativismo

Durante a 15ª Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro, realizada no último dia 14 com um fim cheio de violência, o Núcleo Fluminense de Estudos da Assistência Social (NUFEAS) realizou uma pesquisa de amostragem com 100 homens que estavam no evento. Como resultado, os pesquisadores dizem ter encontrado um esvaziamento de pessoas engajadas na causa LGBT e um aumento no número de gente que quer só festa.

O estudo teve como objetivo perceber melhor o público frequentador da Parada, saber o quê exatamente ele está fazendo ali, se sabe da importância do ato, a relação dele com o ativismo. Segundo Marcelo Garcia, um dos realizadores da iniciativa, as entrevistas apontam que “a Parada de fato não mantém identidade com uma pauta de lutas a favor de direitos. Os mais velhos ainda estão próximos da Parada, mas os mais novos estão em busca de uma festa. Tem gente que nem sabe o quê está fazendo ali”.

Ele aponta ainda que em cidades como Berlim, Nova York e na brasileira São Paulo existe uma relação mais forte entre os frequentadores e o motivo principal do evento. A partir dos resultados, que servirão para embasar um artigo científico sobre o assunto, Marcelo opina também que a classe média e os formadores de opinião estão se afastando da Parada. “Eles fazem falta na construção de uma agenda com a sociedade.” Quem quiser saber mais pode escrever para Marcelo no g.marcelo@uol.com ou segui-lo no Twitter @marcelogarcia_.

Confira os resultados da pesquisa:

Primeiro grupo (15 a 17 anos) - 20 entrevistas
Para 80% do primeiro grupo a presença na praia é por curiosidade.
Para 10% era por ativismo
Para 10% era por "pegação"

Para 60% a Parada é uma festa
Para 25% é uma manifestação política
Para 15% o que ocorria na praia era desconhecido

35% Moram na Baixada
25% Moram em São Gonçalo ou Niterói
30% Moram na Zona Norte e Oeste do Rio
10% na Zona Sul

60% Estudam mas estão em séries atrasadas
30% Não estudam
10% Estudam e estão na série certa

100% Nunca ouviram falar em Hebert Daniel, Luiz Mott, Cláudio Nascimento ou João Silvério Trevisan (não possuem qualquer relação com a história do movimento gay)

35% Já ouviram falar no Grupo Arco Íris
10% Já ouviram falar no grupo Atobá
100% Nunca ouviram falar na Turma OK
90% Nunca foram em uma reunião de grupo gay

80% Não contaram para os pais que são gays
70% Já tiveram ou têm namorado
90% Têm amigos gays e preferem programas gays
10% Se dizem bissexuais
90% Não acham importante falarem que são gays na escola, na família ou no trabalho

90% não sabem definir ativismo gay
80% Não definiram união civil

Segundo grupo - 18 a 24 anos (30 entrevistas )
Para 60% a presença na praia é curiosidade
Para 30% é uma manifestação política
Para 10% é para Pegação

Para 50% a Parada é uma festa
Para 30% é uma manifestação política
Para 10% o que ocorria na praia era desconhecido

40% moram na Baixada Fluminense
15% moram em São Gonçalo ou Niterói
35% Moram na Zona Norte ou Oeste do Rio
05% Moram na Zona Sul do Rio
50% Não estão na universidade
30% Estão na universidade
20% Não estudam
40% Trabalham e ganham até 2 SM
30% Trabalham e ganham de 2 a 5 SM
10% Trabalham e Ganham mais que 5 SM
20% Não trabalham

80% Nunca ouviram falar em Hebert Daniel, Luiz Mott, Cláudio Nascimento ou João Silvério Trevisan
10% Já ouviram falar de Cláudio Nascimento

40% Já ouviram falar do grupo Arco Íris
10% Já ouviram falar do grupo Atobá
5% Já ouviram falar da Turma Ok
70% Nunca foram em uma reunião de grupo gay

70% Não contaram aos pais que são gays
90% Já tiveram um namorado
90% Têm amigos gays e preferem programas gays
20% se dizem bissexuais
80% Não acham importante falarem no trabalho, escola, universidade e na família que são gays

80% Não souberam definir ativismo
60% Não souberam definir união civil

Terceiro grupo - 25 a 40 anos (30 entrevistas)
40% estavam na praia por curiosidade
50% Estavam em uma manifestação política
10% Estavam em um local de pegação

Para 40% a parada é uma festa
Para 50% é uma manifestação política
Para 10% o que ocorria era desconhecido

30% Moram na Baixada Fluminense
20% Moram em Niterói e São Gonçalo
30% Moram na Zona Norte e Oeste do Rio
20% Moram na Zona Sul

40% Têm Nível Universitário
30% Têm Nível Médio
20% Têm Nível Fundamental

40% Trabalham e ganham até 2 SM
30% Trabalham e ganham de 2 a 5 SM
20% Trabalham e ganham mais que 5 SM
10% Não trabalham

70% Nunca ouviram Falar de Hebert Daniel, Cláudio Nascimento, Luiz Mott e João Silvério Trevisan
20% Já ouviram falar de Cláudio Nascimento
10% Já ouviram falar de Hebert Daniel ou Luiz Mott

60% Não contaram aos pais que são gays
90% Já tiveram um namorado
100% Têm amigos gays e preferem programas gays
0% se disse bissexual
80% Não acham importante contar no trabalho, na escola ou na família que são gays

70% não souberam definir ativismo
40% Não souberam definir união civil

Quarto grupo - Acima de 50 Anos (20 entrevistas)
10% Estavam na praia por curiosidade
60% Estavam na praia para uma manifestação política
20% Estavam na praia para pegação
10% Estavam para encontrar amigos (não estava no questionário, mas foi citada três vezes)

Para 60% a Parada é uma manifestação política
Para 20% a Parada é uma festa
Para 20% o objetivo da Parada é desconhecido

10% Moram na Baixada Fluminense
50% Moram na Zona Norte ou Oeste do Rio
40% Moram na Zona Sul do Rio

30% Têm Nível Superior
60% Têm Nível Médio
10% Têm Nível Fundamental

10% Trabalham e ganham até 2 SM
50% Trabalham e ganham de 2 até 5 SM.
30% Trabalham e ganham mais que 5 SM
10% São aposentados
10% Estão desempregados

60% Nunca ouviram falar de Hebert Daniel, Luiz Mott, Cláudio Nascimento e João Silvério Trevisan
20% Já ouviram falar de Cláudio Nascimento
20% Já ouviram falar de Hebert Daniel ou Cláudio Nascimento ou Luiz Mott ou João Silvério Trevisan

80% Nunca contaram aos pais que eram gays
100% Já tiveram namorados
100% Têm Amigos gays e preferem programas gays
0% se disse bissexual
90% Não acham importante contar no trabalho, na escola ou na família que são gays60% Não souberam definir ativismo
30% Não souberam definir união civil

fonte: MixBrasil

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