Diz a lenda que ex-gays não existem. Que não passaria de uma luta travada contra o desejo, contra a própria natureza. Decidimos então perguntar às garotas o que elas acham do assunto. E as ex-lésbicas? Elas existem? Indagamos duas meninas que hoje namoram homens sobre o assunto.
A estudante de Comunicação Social Rafaela*, 20 anos, de Curitiba, está namorando há 3 anos um DJ. Ela diz que se descobriu lésbica ainda na infância, quando brincava com amigas e que por um bom tempo namorou de fachada outros meninos, só para apresentar para a família. Seu atual namorado, que tem 25 anos, sabe que ela gosta de meninas e não se opõe a ela ficar com outras garotas. Ela conta que isso criou uma certa segurança e que não sente a mesma vontade de antes de ficar com outras mulheres mas que se considera lésbica, ainda.
“Acho que ainda sou lésbica. apesar de ter um namorado, eu não me sinto minimamente atraída por homem nenhum. São feios, nojentos e peludos (menos o meu)! As mulheres são lindas, delicadas, gostosas e sensuais”. Rafa conta ainda que, no início, a hora do sexo era complicada entre os dois mas que agora está melhorando. “Me machucava, eu não conseguia relaxar e sempre chorava no final, me arrependia...”, revela.
Ela conta que namora com ele pois o considera seu melhor amigo e o ama de verdade. Sobre o futuro, Rafaela diz que não acredita que seu tesão por mulheres passará, diz que até pode incluir o namorado na cama mas que não vai enganar ele pois gosta mesmo é de mulheres.
A Lady Jolie, antiga colunista da Lado A, hoje com 25 anos, era uma lésbica engajada até que se cansou de se decepcionar em relacionamentos com mulheres. Ela sempre disse que gostava de pessoas mas não acreditava que poderia engatar um relacionamento com um homem, até que conheceu seu namorado na internet e três meses depois ele se mudou para Curitiba, largando faculdade e emprego no Rio Grande do Sul. “O meu atual relacionamento é com um homem e se baseia em amizade e cumplicidade, não que não haja tesão, mas meu desejo por homem é muito mais escasso do que por mulher”, revela Jolie que está grávida de cinco meses.
Apesar de seu companheiro saber de sua preferência, ela optou por não ficar mais com mulheres e diz que ainda ama a ex-namorada. Sobre o futuro, ela revela: “Eu sou uma pessoa muito mente aberta, eu acredito que o que importa é ser feliz. Acredito que com o tempo vou ter mais certeza do que realmente quero...”, diz Jolie que confessa a sua indecisão e conta que não quer magoar ninguém. “Se tiver que me envolver com outra mulher, futuramente, farei sem pensar. Só basta me apaixonar!”.
Pelo que parece, o universo das lésbicas é similar ao dos gays masculinos. Na eterna busca pela felicidade vale tudo, sem preconceitos e buscando novas experiências que tragam crescimento e auto-conhecimento.
fonte: Revista Lado A
Eu tambem acho que não existe EX-homossexuais, efetivamente. Eu sou lésbica, e já tentei me relacionar com homens, tive uns dois relacionamentos heteros. E que acabaram justamente por meu desejo continuar sendo por mulheres. Mas deve-se considerar que há casos e casos. E é perfeitamente possível uma mulher lésbica ou um homem gay se relacionar com alguém do sexo oposto, seja por vontade de "experimentar o outro lado da moeda", ou simplesmente por que não se aceita como homossexual. Por experiência própria, dá para dizer que, quando se tem certeza do que se é, o desejo interior não muda de forma alguma. No mais, o importante é tentar se conciliar com sua própria sexualidade, para poder ser feliz.
ResponderExcluir"Ela conta que isso criou uma certa segurança e que não sente a mesma vontade de antes de ficar com outras mulheres mas que se considera lésbica, ainda."
"Rafaela diz que não acredita que seu tesão por mulheres passará, diz que até pode incluir o namorado na cama mas que não vai enganar ele pois gosta mesmo é de mulheres."
Essas afirmações corroboram em gênero, número e grau com o que eu disse acima.