terça-feira, 1 de dezembro de 2009

"Na escola, eu era um patinho feio", diz Lady GaGa

Lady GaGa Ela foi chamada de "nova Madonna" por Kanye West e de "o futuro do pop" pelo jornal britânico "The Observer". É mencionada quase 60 milhões de vezes no Google ("Obama" tem 46,9 milhões menções), e seu primeiro disco, "The Fame" (2008), vendeu mais de 4 milhões de cópias em pouco mais de um ano. Goste ou não de suas músicas grudentas, em 2009 o pop foi de Lady Gaga.

Nascida em Nova York em março de 1986, Stefani Joanne Angelina Germanotta afirma que sempre passou longe da imagem de garota bonita e popular. "Na escola, eu era um patinho feio", disse a cantora à Folha, por telefone.

"Levei um bom tempo para me aceitar. Não me sentia bem na escola, era forçada a me vestir como os outros, mas sempre me espelhei em gente como Boy George. Sempre fui esquisita e quero, com minha música, dizer aos meus fãs que não há nada de errado nisso."

Puxado por hits estratosféricos como "Poker Face" e "Just Dance", "The Fame" foi relançado há pouco com oito faixas extras, entre elas o single "Bad Romance". Na sexta, ela iniciou sua "Monster Ball Tour" no Canadá. Os shows seguem por Estados Unidos, Inglaterra, Austrália, Japão e Europa. Devem chegar ao Brasil no segundo semestre de 2010.

Em entrevista à "Rolling Stone" americana, Gaga comparou a turnê a uma "ópera electro-pop". O "Guardian" enviou um crítico de ópera para resenhar o show de Toronto, sábado. "Estou coçando a cabeça para lembrar de alguma ópera na qual houvesse uma orgia lésbica em cima de uma cadeira de dentista", escreveu o jornalista.

Talvez as principais referências operísticas no show de Lady Gaga sejam uma máscara que lembra "O Fantasma da Ópera" e alguns vocais agudos onomatopeicos inseridos durante as canções.

Lady GaGa toca no American Music Awards Moda e música
Nos shows, nos vídeos e nas fotos, seu visual é exagerado, futurista, freak, metalizado, burlesco. Frequentadora de desfiles de Marc Jacobs e Versace, Gaga usa a moda como inspiração para suas músicas.

"Compus "Monster" [música do álbum de estreia] enquanto assistia a alguns desfiles. Há uma conexão muito forte entre moda e música. Para mim, a energia é a mesma."

Gaga diz ser grande fã de Grace Jones e de Yoko Ono --"muito do que faço tem a ver com performances artísticas". "Tenho ouvido muito Morrissey, Depeche Mode, David Bowie..."

Fãs gays
Entre 2006 e 2007, Gaga estrelou pequenos shows burlescos em clubes de Nova York. Na época, ganhava dinheiro compondo canções para outros artistas, como Pussycat Dolls.

"Nunca", diz, ao ser questionada se alguma vez pensou em deixar a indústria de música. "Sou realista. Mesmo quando não era famosa, quando estava cantando num pequeno bar, sabia que fazia algo bom."

Em 2008, mudou-se para Los Angeles para produzir seu álbum. Utilizou elementos do glam rock, do pop, do gótico e da eletrônica para combinar música e visual.

"Gosto de escrever para outras pessoas. Algumas músicas ficam perfeitas em outras cantoras. Mas tinha vontade de interpretar eu mesma as minhas composições", afirma a cantora, uma das artistas mais celebradas entre os gays.

"Levou tempo e dedicação para que minhas canções tocassem nas rádios. Foram meus fãs gays quem primeiro ligaram para as rádios pedindo que tocassem minhas músicas."

Sobre seu maior hit, "Poker Face", ela conta: "É uma canção dançante que pode ser tocada lenta, ao piano. O mundo estava sedento por uma canção pop diferente, potente".

fonte: Folha Online

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