Em cartaz no SESC Tijuca, no Rio de Janeiro, até o dia 31 de janeiro, “Os Neuróticos” é uma reunião de esquetes teatrais que têm a comédia como face, mas propõem reflexões bem sérias sobre a vida. Escrita por Saulo Sisnando e dirigida por Guto Andrade, o espetáculo serve como um divã cênico para que os atores interpretem personagens bem próximos da realidade, como uma travesti que sonha em ser advogada.
Vivida pelo ator Maykon Robert, a travesti quer deixar de lado a vida dura que a maioria das fofas de seu segmento tem e subir na vida, estudar, se formar em Direito e ser uma advogada de sucesso. De acordo com Maykon, o personagem não tem nada de caricato. “Tomei muito cuidado para criar o personagem, pois um gesto a mais poderia comprometer a atuação”, revelou o ator, completando que “a sociedade precisa saber que todos nos somos iguais. Esse personagem mostra muito isso”.
Entram ainda nos questionamentos cotidianos dessa longa história que é a vida perguntas como “porque toda mulher tem atração por homens que não prestam?”, “todo homofóbico é um gay enrustido?” e “existe sexo após 30 anos de casamento?”. Os personagens começam a se cruzar pelas esquinas da vida, casamentos são realizados, divórcios são discutidos, traições são descobertas. “Apesar de tudo, é uma comédia”, garante Saulo Sisnando.
Por 60 minutos, a plateia vira o terapeuta desse povo neurótico vivido pelos atores Ary Aguiar, Beta Brito, Cida Brollo, Guto Andrade, Luciana Malcher e Maykon Robert.
fonte: Mix Brasil
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