sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Professor é acusado de trocar nota por convite para festa gay

Estudantes da Escola Estadual Joaquim Murtinho, uma das mais tradicionais e localizadas no Centro de Campo Grande, denunciaram um professor de Artes de trocar nota por convite, no valor de R$ 60, para uma festa no Bistrô, clube voltado para o público gay e simpatizantes.

Um vídeo mostra a reação do docente contra reclamação, usando palavrões em sala de aula, ameaçando os estudantes e admitindo a troca de um ponto e meio na nota pelo ingresso.

No vídeo, gravado por um estudante durante a aula da turma do 3º ano do ensino médio B, na manhã de ontem, Orion Dias da Silva, admitiu que ofereceu o convite para um estudante em troca de “um ponto e meio” na média. “Eu fiz um a proposta para o Alex, se você for na festa, eu dou um ponto e meio pra você”, admitiu.

Em seguida, revoltado com a reclamação feita na direção, ele deixou claro que o reclamante terá dificuldades em sua disciplina. “O pior é que quem foi reclamar, já passou de ano comigo. O que é pior, tinha passado até agora mesmo. Tinha!”, anunciou.

Em seguida, o professor ameaça reprovar os estudantes. “Eu vou fazer uma prova tão fu.., que eu quero ver corno nenhum que vai passar nessa prova... na minha prova não passa nenhum f.d.p.”, alertou, recorrendo a um palavrão para se referir aos estudantes.

Troca
Os estudantes confirmaram a oferta feita pelo professor para obter o convite. O aluno Thiago Melgarejo, 17 anos, contou que recebeu a proposta para comprar oito convites para conseguir dois pontos na prova. A proposta foi feita quando o aluno pediu uma nova oportunidade, garante o rapaz, mas sem apresentar provas.

A estudante Emily Monge, 17, também confirmou a oferta para comprar convites em troca de nota. Ela ainda contou que na manhã de hoje, os alunos fizeram uma avaliação e estava fácil. A suspeita é de que após a repercussão do caso na escola, Dias tenha aliviado a barra dos alunos.

Alex Loureiro, 17, contou que precisava de um ponto e meio e comprou o convite. No entanto, ele não se sentiu pressionando nem subornado com o convite. Ele disse que não considerou justa as denúncias feitas contra o docente e que a acusação de troca de ingresso por nota não procede.

Pais
Na manhã de hoje, o diretor da escola, Lucílio Souza Nobre, se reuniu com os estudantes e assegurou que ninguém será reprovado aleatoriamente. Ele contou que recebeu reclamação de três pais, que foram orientados a protocolar a denúncia por escrito.

Contudo, Nobre tentou minimizar o caso. Ele disse se tratar de um problema interno da Escola Joaquim Murtinho, que chamará o professor para conversar sobre as reclamações. Pais reclamaram dos termos e palavrões usados pelo professor de Artes em sala de aula, como p. e f.d.p.. No vídeo, chega a chamar os alunos de “um bando de retardado”.

A festa a ser promovida numa boate gay acontecerá na próxima terça-feira, 8 de dezembro.

O Campo Grande News tentou falar com o professor Orion Dias da Silva, mas não o localizou na escola nem por telefone.

fonte: Campo Grande News

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