Os Estados Unidos fizeram um apelo para que Uganda detenha um projeto de lei que criminaliza a homossexualidade, dizendo que sua aprovação poderia incentivar outros países africanos a fazer movimentos semelhantes, disse um diplomata americano nesta sexta-feira.
"Nós acreditamos que esta legislação é uma violação dos direitos humanos", disse o secretário de Estado adjunto Johnnie Carson a jornalistas, após uma reunião com ativistas gays e lésbicas no Departamento de Estado. "Estamos preocupados que, se essa legislação for aprovada poderia, na verdade encorajar outros a fazer isso. Nós não teremos um duplo padrão de direitos humanos. Nós nos opomos a esse tipo de legislação, esteja ele em Ruanda ou em qualquer outro país na África".
O projeto de lei, que prevê a pena de morte para "criminosos em série", está sendo analisado em uma comissão e poderá ser alterado antes da votação final. Ativistas dizem que vão lutar contra o projeto de lei na Justiça, se ele for aprovado.
Carson, o principal diplomata americano para a África, disse que o governo dos EUA entrou em contato com o presidente de Uganda, Yoweri Museveni, para expressar sua oposição à medida, que foi apresentada por um membro do Parlamento.
"Estamos convidando-o a exercer sua liderança no sentido de garantir que a lei não seja aprovada," disse Carson, acrescentando que Museveni tinha o poder de vetar a legislação.
O diplomata não chegou a vincular a ajuda que os EUA fornecem ao país ao projeto. Uganda é um dos grandes destinatários de verbas de combate à Aids e recebeu cerca de US$ 390 milhões em ajuda americana global em 2009, segundo a Agência para o Desenvolvimento Internacional dos EUA.
fonte: Folha Online
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