terça-feira, 3 de novembro de 2009

Transexual brasileira fica em 3º lugar no concurso de beleza na Tailândia

transexual Danielle Marques No sábado (31/10), a transexual Danielle Marques, de 28 anos, ficou em terceiro lugar no concuroso de Miss Rainha Internacional, realizado na Tailândia. O primeiro lugar  foi para a japonesa Haruna Ai. Ao contrário da vencedora, que após sua cirurgia de readequação sexual conseguiu mudar seu nome de registro no Japão, Danielle luta para conseguir alterar seus documentos.

Em entrevista ao G1, Danielle contou que espera que sua participação no concurso ajude a reforçar a luta pelos direitos das transexuais no Brasil.

"O concurso foi uma oportunidade boa para mostrar a luta das transexuais no Brasil. Somos pessoas normais, que pagam conta, batalham, trabalham e consomem como qualquer um. Estamos brigando para ter respeito e obter o direito de poder mudar de nome sem necessariamente ter de mudar de sexo, como acontece na Europa".

Danielle contou que até chegar ao concurso, trabalhou como cabeleireira, modelo e maquiadora na TV Educativa de Campo Grande, já como trans. Natural de Bela Vista (MS), resolveu viajar para fora e foi na Alemanha que começou o seu trabalho atual.

"Foi lá que conheci o meu chefe, que é grego e vive na Alemanha. Ele me chamou para fazer parte de um grupo de transexuais que dançam com roupas sensuais ao estilo do Crazy Horse, a famosa companhia francesa. Era para trabalhar por 3 meses, mas já estou há quase 4 anos. Hoje sou estrela do espetáculo. Faço até um show solo, onde canto músicas de Gal Costa, Ivete Sangalo e Daniela Mercury. Neste concurso eu me apresentei cantando 'O canto da cidade', da Daniela Mercury. Sou muito afinada".

Questionada se já modificou muito seu corpo, Danielle afirmou que sua primeira cirurgia plástica conseguiu fazer com o dinheiro que ganhou em Ibiza. "Fiz plástica no nariz, coloquei prótese de silicone no peito e operei o "gogó". Não fiz cirurgia de mudança de sexo".

Casada há poucos meses, a transexual conta que conheceu seu marido quando procurou na Alemanha por um professor que falasse português e alemão. "Ele é filho de portugueses e nasceu em Stuttgart. Começamos a conversar pela internet. No começo ele não sabia que eu era transexual. Ele é hetero e nunca havia tido relação com uma trans. Mas logo nos apaixonamos e decidimos nos casar".

fonte: A Capa

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