quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Após aprovação senadores evangélicos criticam lei que criminaliza a homofobia

senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) Como era de se esperar a aprovação do PLC 122, projeto que criminaliza a homofobia no Brasil, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado causou a ira dos senadores e pastores Magno Malta (PR-ES) e Marcelo Crivella (PRB-RJ).

Malta e Crivella foram ontem à tribuna do Senado atacar, mais uma vez, o PLC 122/06. Dessa vez, ambos disseram que o processo como foi aprovado é "traiçoeiro". "Por quê? Porque isso criminaliza a pregação da Bíblia. Quer dizer, o art. 2 diz que se você disser que o homossexualismo (sic) é pecado você pode ser preso de 1 a 3 anos", afirmou o senador Marcelo Crivella.

Para Crivella criminalizar a homofobia será uma afronta aos sacerdotes. "Isso fere todo sacerdote, todo padre, todo pastor. Isso fere todo pai, todo cidadão, que queira ensinar ao filho que o homossexualismo é pecado. Não pode. Não pode mais porque passa a ser crime", indignou-se o pastor/senador.

No decorrer de sua fala, Crivella revelou que nada tem contra os homossexuais. "Para mim, isso (homossexualidade) é pecado, eu acredito na Bíblia. Desde os sete anos leio a Bíblia, amo a Bíblia, amo os ensinamentos de Cristo e tenho o direito de ensiná-los aos meus filhos", finalizou o senador evangélico pelo Estado do Rio de Janeiro.

senador Magno Malta (PR-ES) Em seguida, foi a vez do, também indignado, senador religioso Magno Malta (PR-ES), que com a intenção de deturpar o real significado da lei, simplificou e disse que as pessoas que demitirem homossexuais serão presas.

"Essa lei diz que se você não alugar um imóvel a uma pessoa homossexual, você vai preso. Se você demiti-lo, você vai preso. Se você não admiti-lo, você vai preso. Ora, vamos criar uma ditadura, Sr. Presidente? Há uma casta especial na sociedade?", questionou.

Para  Magno, se a lei for aprovada "as pessoas que professam a fé da família não serão respeitadas".  "Agora, o que vamos fazer?", pergunta o senador, "levar esse debate à Comissão de Direitos Humanos. E aí alerto o Presidente [Paulo] Paim (PT-RS) faço parte dessa Comissão", ameaçou o parlamentar, equivocando-se. O atual presidente da comissão onde a partir de agora transita o projeto não é mais o senador Paim e sim Cristovam Buarque (PDT-DF).
No fim do seu discurso o senador Magno Malta comparou a homossexualidade com masoquismo. Novamente o parlamentar afirmou  que caso a lei seja aprovada o sexo com os animais também será aprovado e comparou a homossexualidade com a necrofilia, o desejo por mortos.

Desde que foi aprovado e até o fechamento desta matéria, nenhum senador foi à tribuna falar em defesa do PLC 122 e da comunidade LGBT.

fonte: A Capa

3 comentários:

  1. Esses corruptos falsos moralistas mereciam levar uma curra... Bem ue podiam jogar os dois lá em Bangu...

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  2. não sou crente evangelico, mas acho simplismente ridicula essa lei, não precisa se amaprar apenas em algum livro religioso para ser contra as relações homossexuais, mas se tem tambema biologia, as leis naturais,a harmonia, etc, Familia se constitui de pai(masculino) mãe(feminino) e filho, eis a trindade que não deve ser corrompida.

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  3. Acredito que ninguém tem que se meter na vida dos outros. Discriminar um homossexual simplesmente pela orientação sexual da pessoa seria uma forma de racismo assim como descrimar um negro.
    Um ponto forte a se pensar, é que TODO MUNDO quando se fala em homossexualismo já dá o argumento de que A RELIGIÇÃO não permite, que DEUS não gosta e bla bla bla, mas para qualquer outro tipo de atitudes como assassinato, roubo, estupro, putaria, NINGUEM se preocupa com a opinião da Igreja sobre isso. Homofobia já era! é hora de crescer e se preocupar com as necessidades da população que ainda é muito deficiente neste país!!!

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