Primeiro o amor, depois o casamento. Agora, advogados e agências de adoção em Nova York afirmam estar se preparando para um "baby boom" provocado por casais homossexuais encorajados pela aprovação do casamento gay no estado a dar o próximo passo e adotar crianças.
Nova York vai permitir casamentos entre pessoas do mesmo sexo a partir do dia 24 de julho, tornando-se o estado americano mais populoso a legalizar este tipo de união. A expectativa é que milhares de casais digam o sim.
O estado já permite a casais que não são casados oficialmente, homossexuais ou heterossexuais, adotarem crianças. Mas uma aliança de casamento é um marco importante num relacionamento - e pode ainda ser um trunfo para casais na tentativa de impressionar assistentes sociais, agências de adoção e barrigas de aluguel no quase sempre competitivo processo de adoção, afirmam especialistas.
- É uma sequência natural - disse Jonathan Truong, do Brooklyn, que decidiu adotar uma criança após se casar com seu parceiro, Ed Cowen, no Canadá.
- Você tem aquele sentimento de querer estar em uma família - completou.
No entanto, só será possível saber, de fato, se a adoção aumentou nos outros cinco estados, além de Washington, que legalizaram o casamento gay quando forem divulgados os resultados do censo americano de 2010.
- Acho que eles vão se sentir mais no direito de ser uma família sob a nova lei - apostou Susan Watson, diretora da agência de adoção Spence-Chapin em Manhattan.
A perspectiva alarmou grupos religiosos conservadores que consideram relacionamentos homossexuais imorais.
- Sancionar estas uniões como "casamentos" só torna a violação pior, e juntar crianças nesta mistura, pior ainda - criticou Avi Shafran, porta-voz da Agudath Israel da América, um grupo ortodoxo judeu.
fonte: O Globo
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