quinta-feira, 14 de abril de 2011

Vôlei Futuro se revolta e cita multa dada ao Cruzeiro como “pechincha”

Michael sofreu preconceito de torcida advesária

Mais uma vez o Vôlei Futuro publicou uma nota oficial sobre a polêmica envolvendo o jogador Michael. O central foi ofendido pela torcida do Sada Cruzeiro durante partida válida pela semifinal da Superliga masculina de vôlei. Por conta desse fato, o time de Minas Gerais foi multado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Vôlei (STJD) em R$ 50 mil, motivo de revolta por parte do Vôlei Futuro.

"Da multa variável de R$ 100 a R$ 1.000.000 o STJD decide pela aplicação de R$ 50.000 ao clube Sada Cruzeiro cabendo recurso para redução ou até mesmo absolvição. Quem foi punido? Os ofensores? Os torcedores? Os que praticaram os atos discriminatórios? A equipe que se beneficiou da desestabilização do jogador do Vôlei Futuro? Enfim, alguém que fosse sofrer em função do envolvimento do mesmo com aquela equipe? Não, o único sofrimento e punição proporcionada por essa decisão é no setor financeiro, na frieza dos números de um caixa", afirmou o time mineiro.

"Com essa decisão quem sofre mesmo é o Vôlei Futuro e seus atletas que terão que voltar naquele mesmo lugar, com aquelas mesmas pessoas, com a organização exercida pelo mesmo clube, tudo dentro do mesmo quadro de constrangimento e pressão com uma única diferença agora: a legitimidade de todo esse cenário. Agora senhores preparem suas pencas de banana, ensaiem seus gritos de 'macaco', 'preto', 'manco' e 'bicha' e tantos outros, afinal agora é uma questão de custo x benefício, se isso serve para desestabilizar o outro time e ganhar o jogo através dessas estratégias, R$ 50.000 é uma pechincha para chegar a uma final. É isso mesmo, agora tem preço, paguem e discriminem, paguem e atinjam os seus objetivos, é apenas uma questão de dinheiro", completou.

A equipe foi julgada segundo o artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê a multa por "praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem sexual". Por ser réu primário, o Cruzeiro terá que pagar apenas metade da multa.

"O STJD teve a oportunidade de impedir a realização da partida do dia 15 de abril em Contagem (MG) e não o fez. A responsabilidade de tudo que acontecer, antes, durante e depois da partida será de responsabilidade deles, já que foram eles que legitimaram a partida neste local", disse o Vôlei Futuro.

O episódio aconteceu na primeira partida das semifinais da Superliga masculina, realizada em Contagem (MG).

fonte: Terra

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