sexta-feira, 25 de junho de 2010

México: Suprema Corte cria projeto para respaldar matrimônio gay

Medida que rechaça impugnação do governo federal ainda será avaliada pelo máximo tribunal

Um projeto da Suprema Corte do México propôs nesta quinta-feira, 24, avaliar a legalidade da reforma com a qual a Cidade do México permitiu há meses o matrimônio civil entre casais homossexuais.

O projeto, que será analisado a partir de 1º de julho pelo máximo tribunal, rechaça a impugnação do governo federal que considera o casamento gay inconstitucional sob o argumento de que a lei só reconhece as famílias constituídas por um homem e uma mulher, mas não as do mesmo sexo.

Em sua decisão, o ministro Sergio Valls afirmou que apesar de "um modelo ideal" de família ser aquela integrada por um pai, uma mãe e filhos, também é necessário reconhecer que "podem existir famílias formadas de maneira diferente".

Valls acrescentou que "não é possível inferir que a Constituição protege somente um único modelo de família 'ideal' como afirmou a Procuradoria Geral da República, que impugnou a norma em nome do governo federal", e destacou que a Carta protege a família, "seja qual for a forma que a constitua".

A Suprema Corte mexicana informou em um comunicado que o projeto só refletia a opinião do ministro Valls.

O artigo 4 da Constituição mexicana assinala que "o homem e a mulher são iguais perante a lei. Esta protegerá a organização e o desenvolvimento da família", o que para a Procuradoria significa que a família só é constituída com um homem e uma mulher.

Em março entraram em vigor reformas ao código civil local da cidade do México para permitir o matrimônio homossexual. Assim, a capital se converteu na primeira cidade da América Latina a aprovar modificações legais com esse fim, e também abriu possibilidades para que esses casais possam fazer adoções.

Com a reforma, o conceito de matrimônio foi mudado para "união livre de duas pessoas". Antes, ele era descrito como a união entre um homem e uma mulher.

A Igreja Católica tem criticado duramente os casamentos gays e afirmou que espera que a Suprema Corte seja contra essas uniões.

fonte: Estadão.com.br

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