quinta-feira, 4 de março de 2010

Festival Filmes lança longa sobre amor gay entre judeus ortodoxos

Dirigido por Haim Tabakman, O Pecado da Carne estreia no próximo dia 3 em São Paulo

Ezri (esq.) e Aarão se apaixonam loucamente A Festival Filmes vai lançar no Brasil em 03 de abril, em São Paulo, o polêmico e bem produzido “O Pecado da Carne”, filme dirigido por Haim Tabakman e que conta a história de amor entre dois judeus ortodoxos. Na histórica Jerusalém, Aarão Fleshman (Zohar Straus) é um açougueiro casado e pai de cinco filhos que vê tudo mudar com a chegada do jovem Ezri (Ran Danker). “Pecado da Carne” foi um dos 104 filmes exibidos durante a 17º edição do Festival Mixbrasil de Cinema da Diversidade Sexual, em 2009.

Depois de ir a Jerusalém em busca de um caso seu, outro judeu ortodoxo, e levar o fora dele, o rapaz é levado pelo destino à porta do açougue de Aarão, que coincidentemente precisa de um ajudante em seu negócio. Tudo é muito sutil entre os dois durante o clima de tensão sexual não concretizada. Haim coloca toda a mensagem nos olhares e expressões faciais.

O açougueiro vê então sua vida invadida pela presença de seu agora aprendiz e seu cotidiano totalmente bagunçado, mexido pela energia jovem e cheia de vida de Ezri - que se joga para cima do patrão em uma primeira vez fracassada. Mas no dia seguinte, quem vai pra cima é Aarão, não conseguindo mais segurar seu desejo de ter em seus braços o corpo todo daquele lindo rapaz.

Os dois finalmente conseguem ficar juntos, mas isso desperta o falatório geral dentro da conservadora comunidade judaica, ciente de que Ezri é homossexual. Começa então uma verdadeira guerra da opinião do povo judeu ortodoxo contra o aprendiz de açougueiro, com direito a cartazes difamatórios espalhados pelas ruas, pedras atiradas contra o açougue e olhares o tempo todo cheios de censura e reprovação.

Em nome da esposa, dos cinco filhos e de sua religião, Aarão decide deixar de viver seu desejo plenamente - se sentir vivo, como diz -, demite Ezri e se encerra no colo da mulher dizendo: “me proteja do Mal”. Mal este que nada mais é do que o amor por seu ajudante. Com a partida do rapaz, o açougueiro vai até a nascente do Rio Jordão para um banho de purificação e volta a morrer em sua agora sem graça vida.

fonte: Mix Brasil

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