terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Tratamento da homossexualidade divide psiquiatras em Portugal

A homossexualidade não se trata, garante António Palha, presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria. Uma posição que contraria o parecer da Ordem dos Médicos, que deverá ser discutido esta terça-feira na reunião do Conselho Nacional Executivo daquela instituição.

A polémica surgiu em Maio, quando vários profissionais da saúde mental lançaram uma petição à Ordem, exigindo uma tomada de posição sobre o tema, depois de João Marques Teixeira, presidente do Colégio de Especialidade de Psiquiatria da Ordem dos Médicos ter defendido a possibilidade de uma cura da homossexualidade.

A tese é contestada por vários psiquiatras. Uma delas é Graça Cardoso, que em declarações ao Diário de Notícias garante que não se pode fazer nada.

A homossexualidade não é uma escolha. Tratar um homossexual para que o deixe de ser é o mesmo que tratar alguém por ser alto ou baixo, compara.

Já João Marques Teixeira defende que podem existir orientações sexuais imutáveis, enquanto que outras não o serão.

Daí que no parecer do Colégio de Especialidade de Psiquiatria da Ordem dos Médicos se defenda que o médico deva estar sempre atento ao pedido do seu doente singular e preocupar-se em estabelecer um diagnóstico da situação (...) antes de propor qualquer tipo de intervenção ou abster-se dela.

O documento deverá ser aprovado esta terça-feira, na reunião do Conselho Nacional Executivo da Ordem dos Médicos, no entanto, a polémica irá, por certo, sobreviver à votação.

fonte: abola.pt

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