sábado, 1 de setembro de 2012

Mato Grosso: Educação se transformou em arma contra preconceito

Uma das maiores referências na luta pelo respeito e direitos dos travestis, Adriana Sales conta que ela, assim como as demais travestis, sofrem preconceitos e passam por situações constrangedoras desde o momento que acordam até quando vão dormir.

No decorrer de sua formação enquanto sujeito, percebeu que não estava de acordo com os padrões que exigiam o grupo social, cultural, familiar em que se encontrava.

Ela observa que se surpreendeu quando foi acusada de aberração devido aos trejeitos, comportamento e identidade. Adriana era considerada subversiva e diziam que, daquela maneira, sendo uma travesti, não poderia viver numa sociedade considerada “correta” e “normal”.

“Enveredei-me, então, pelos estudos, que neste momento se apresentava como único caminho para entrar no embate dessa discussão, a de compreender o sujeito travesti e sobreviver nos grupos que sempre tiveram aversão a mim”, destaca.

Foi nesse processo, que começou a compreender a importância de algumas instituições sociais e culturais e o que elas representam para a formação humana. “Elegi a escola como foco de meus olhares, minha vida profissional e minha paixão”, diz.

Nessas etapas da vida, Adriana teve contato com o movimento social organizado de travestis e transexuais através de encontros nacionais e regionais promovidos e organizados pela Articulação Nacional de Travestis e Transexuais, a ANTRA, da qual faz da nova diretoria (2012 a 2014).

Hoje, Adriana Sales é uma das diretoras da Rede TransEduc, uma organização de Travestis e Transexuais profissionais da Educação de todo o país, que tem mais de 80 filiados. Também é vice-diretora da Associação de Travestis e Transexuais de Mato Grosso.

fonte: Diário de Cuiabá

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