sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Mato Grosso: Centenas de pessoas enfrentam o calor de Cuiabá durante a Parada Gay

O lema do evento em Cuiabá foi "Homofobia tem Cura". Público percorreu avenidas da capital na tarde desta sexta (31).

Parada Gay Cuiaba 2012 01Centenas de pessoas participaram da 10ª Parada da Diversidade Sexual, conhecida como Parada Gay, em Cuiabá, na tarde desta sexta-feira (31). A concentração foi na Avenida Mato Grosso e uma passeata guiada por trios elétricos seguiu pela Avenida Rubens de Mendonça (CPA) até a Praça das Bandeiras, no Centro Político Administrativo. Com o lema “Homofobia tem cura: educação ou criminalização'', milhares de pessoas dentre gays, lésbicas, simpatizantes e solidários com a causa se reuniram com alegria e entusiasmo diante da diversidade.

Segundo o membro da comissão organizadora do evento, Menotti Griggi, o movimento é uma manifestação da liberdade de escolha sexual e pela criminalização da homofobia. "Vivemos em uma sociedade democrática e temos o direito de expressar as nossas escolhas. O objetivo dessa manifestação é mobilizar o poder público sobre a necessidade de se criar uma lei contra a homofobia e instigar a população a conviver com respeito à diversidade sexual", explicou.

Ainda conforme Griggi, a homofobia precisa ser erradicada com o apoio e a conscientização da população. "É preciso que a mudança comece pela base e as crianças passem a entender que diversidade na orientação sexual é natural, é uma realidade dos nossos dias", afirmou.

Parada Gay Cuiaba 2012 02Ao lado da filha de nove anos de idade, Tuka Bonfim é simpatizante do movimento e garante querer ensinar a pequena Maria Clara a conviver com a diferença, além de saber respeitar as pessoas desde criança. "Somos uma família muita aberta, a irmã dela tem uma relação homoafetiva e queremos demonstrar o apoio a sua escolha", afirmou Tuka.

O jovem Willian da Rocha Vilela, de 17 anos, participou da passeata mesmo de cadeira de rodas ao lado dos amigos e afirmou que o esforço vale à pena quando o objetivo é lutar pelos direitos de escolha. "A população precisa abrir a cabeça para perceber que a sociedade mudou e hoje temos como escolher o nosso jeito de ser e pensar, afinal todos somos iguais perante a Lei".

Demonstrando sua indignação contra o preconceito e homofobia, a estudante Poliana Minervina declarou ser homossexual há 12 anos e contou que sofreu quando foi a um bar com um grupo de amigas, mas a proprietária do local pediu para que elas se retirassem pois o local, segundo a dona, não era para o público homossexual. "Aquilo para mim foi uma ofensa muito grande, uma prova de como a sociedade precisa mudar seu pensamento", relatou a jovem.

Os participantes do movimento reivindicam ainda a criação do Conselho de Direitos Humanos e para que novas propostas de combate à homofobia sejam discutidas pelo governo estadual.

fonte: G1

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