sexta-feira, 1 de abril de 2011

Paraná: Rapaz leva garrafada no rosto por ser gay em karaokê

Violência aconteceu em Curitiba

violencia em CuritibaA noite da última sexta-feira, dia 25, não foi de diversão como previa um casal gay de Curitiba. Uma proposta de uma noite entre amigos no karaokê Gold Premium, no São Francisco, terminou no hospital. O chefe de cozinha F.M., 28 anos, seu namorado e mais quatro amigos estavam cantando a música Dancing Queen, do grupo ABBA, quando dois homens se levantaram e tentaram fazer com que eles descessem do palco do local, sob xingamentos de “bando de bicha” e “viado”. O grupo retrucou as palavras e a confusão foi apartada. Ele conversou com a Lado A mas pediu que seu nome não fosse revelado pois ainda não contou aos pais sobre o ocorrido.

Quando apenas F.M. e seu companheiro estavam no local, após parte do grupo ir embora, os rapazes, que estavam com suas namoradas e embriagados, foram novamente agredir verbalmente os rapazes e cercaram F.M. que foi atingido no rosto com uma garrafa quebrada, o que provocou um corte profundo na bochecha esquerda e precisou de oito pontos para ser fechado. Os seguranças do local retiraram os agressores que ainda saíram sem pagar a conta. F.M. foi, coberto de sangue, direto ao hospital e registrou queixa policial no dia seguinte. Ele, que mora há 7 anos em Curitiba e veio do interior, afirma que jamais esperava tamanha violência. “Eu e maus amigos já fomos várias vezes ao local. Ninguém espera por isso”, disse a vítima que pretende processar o estabelecimento por danos morais e estéticos. Ele diz que processará os agressores na vara criminal, inclusive por tentativa de assassinato.

Segundo o gerente do Karaôke Gold Premium, Gustavo Arruda, foi tudo muito rápido e não teve como reagir a situação mas que pretende ajudar F.M. a identificar os agressores. Os seguranças agiram conforme o padrão da casa, de imobilizar e expulsar o causador da confusão. Arruda conta que sua irmã, que não é gay, também já foi vítima de violência gratuita em uma balada de cidade. “Ela foi até o fim, processou, e a menina teve que pagar 20 cestas básicas”, contou sobre o caso de sua irmã, que levou uma copada no rosto. Segundo ele, por lei, toda casa precisa registrar seus clientes e isso ajudará nas investigações.

fonte: Lado A

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