sexta-feira, 1 de abril de 2011

Bolsonaro diz que MEC ‘abre as portas para pedofilia’ e estimula o homossexualismo

deputado Jair BolsonaroO deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) afirmou nesta quinta-feira, em entrevista à Rádio Estadão/ESPN, que o Ministério da Educação vai estimular o homossexualismo e "abrir as portas para pedofilia" ao distribuir um "kit gay para as escolas de primeiro grau". Segundo Bolsonaro, o kit contém "filmetes pornográficos", que mostram um garoto pintando as unhas na escola e cenas de beijo lésbico, além de cartazes e cartilhas. Na segunda-feira, o deputado já havia provocado polêmica ao dizer que seus filhos não 'correm risco' de namorar negras ou virar gays porque foram 'muito bem educados', no programa CQC, da Band.

- Atenção pais, os seus filhos vão receber um kit que dizem que é para combater a homofobia, mas que na verdade estimula o homossexualismo. Com a mentira de estar combatendo a homofobia, eles estão estimulando o homossexualismo e abrindo as portas para a pedofilia - disse o deputado na entrevista.

Por causa das declarações, a OAB - RJ ingressou com uma representação na Câmara dos Deputados contra o deputado por quebra de decoro parlamentar. A cantora Preta Gil também informou que vai processar o deputado. Internautas organizaram no Twitter e no Facebook abaixo-assinado pela cassação de Bolsonaro.

Bolsonaro também criticou o Plano Nacional de Promoção à Cidadania e Direitos Humanos, lançado pela ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário. Segundo ele, o plano "cria cotas para professores gays em escolas de primeiro grau", fazendo com que professores gays consigam vagas de emprego apesar de tirarem notas mais baixas. Além disso, Bolsonaro afirma que o plano cria "cota para homossexual" ou uma "bolsa-gay" ao incentivar a qualificação profissional de travestis. O parlamentar disse ser contrário a políticas de cotas.

Questionado sobre se achava que homossexualismo era uma doença, o deputado disse que não admite "apologia ao homossexualismo".

- Para mim, é grave. Não admito se fazer apologia ao homossexualismo, idolatrar o homossexual - disse.

Para Bolsonaro, homossexualismo passa pela educação da criança, apesar de em outros casos "já vir no gene" da pessoa.

Bolsonaro aproveitou para saudar os militares pelo dia 31 de março, data do golpe militar de 1964 e criticou as pessoas que acham que "tudo é culpa da ditadura".

- Se me permite saudar os militares, que junto com a imprensa, com a Igreja Católica, os trabalhadores, as mulheres na rua, proporcionaram o 31 de março, e fizeram com que nós hoje não estivéssemos cortando cana, a exemplo do pessoal de Cuba.

O parlamentar afirmou não ter medo de perder o mandato pelas declarações polêmicas que tem dado sobre homossexualismo e golpe militar.

- Eu não estou preocupado em perder o mandato por minhas declarações. Eu tenho imunidade para roubar ou para falar? Para se corromper ou para emitir opiniões? - questionou.

Segundo ele, toda a sociedade pediu que os militares assumissem o poder em 1964, para que o país não ficasse igual a Cuba.

O filho de Jair Bolsonaro, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PP), em entrevista ao site da revista Alfa, defendeu o pai das acusações de homofobia.

- Nenhum pai tem orgulho de um filho gay - disse Carlos Bolsonaro.

fonte: Extra Online

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