Em documento divulgado na última quinta-feira, 13 de maio, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil reforça a recomendação de que a ordenação de homossexuais deve ser evitada.
Segundo o texto, “embora respeitando profundamente as pessoas em questão, não pode admitir ao seminário e às ordens sacras aqueles que praticam a homossexualidade, apresentam tendências homossexuais profundamente radicadas ou apoiam a chamada cultura gay”.
A referência aos padres homossexuais gerou polêmica pelo fato do extenso documento abordar, de forma geral, uma série de questões que os bispos consideram, de alguma forma, vinculadas à pedofilia, assim como fornecer coordenadas de como a Igreja deve agir perante casos de denúncias de abusos sexuais.
Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), por exemplo, declarou à imprensa que a posição da CNBB em relação à homossexualidade é “atitude da idade das trevas”. Já o padre e teólogo inglês James Alison salientou, em depoimento ao jornal Folha de S. Paulo, que se trata de “um sério erro de categoria vincular pedófilos e gays”.
Os bispos alegam, entretanto, que a parte do texto que aborda a homossexualidade segue os critérios do documento intitulado “Instrução sobre os critérios de discernimento vocacional acerca de pessoas com tendências homossexuais e da sua admissão ao seminário e às ordens sacras", normas aprovadas pela Santa Sé em 2005.
“A posição da Igreja não pode ser interpretada como se fosse discriminatória, como se fosse de condenação ou de repúdio às pessoas que trazem a característica da homossexualidade”, declarou dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da CNBB, ao defender a recomendação.
Em outro trecho, também sobre ordenação de novos padres, a entidade ainda determina que deve ser realizada uma “acurada seleção dos candidatos” para que sejam escolhidos somente aqueles que apresentem “indispensável saúde física e mental, somada aos atributos de equilíbrio moral, psicológico e espiritual.
fonte: G Online
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