Um estudo da Universidade de Pittsburgh diz que lubrificantes podem dar mais conforto à relação sexual, mas também aumentam o risco de contração das famigeradas Doenças Sexualmente Transmissíveis, ou DSTs.
De acordo com a International Rectal Microbicides Advocates (grupo que luta pela criação de microbicidas, química que mataria o vírus HIV durante o sexo), 90% dos homens gays e 30% da mulheres já praticaram sexo anal - e a grande maioria utiliza lubrificantes para facilitar a brincadeira.
Um estudo conduzido pela epidemiologista Pamina H. Gorbach, da Escola de Medicina Geffen da UCLA, analisou o comportamento sexual de 879 homens e mulheres. Um dos números apontados pelo estudo diz que aqueles que usaram lubrificantes em suas relações sexuais tiveram três vezes mais chance de contrair infecções no reto.
Uma explicação parcial para o risco foi apresentada pela especialista em ciência reprodutiva Charlene Dezzutti e seus colegas da Universidade de Pittsburgh. Eles analisaram os seis lubrificantes mais populares dos Estados Unidos e seu efeito na pele e células do ânus. Muitos dos produtos têm altas concentrações de sais e açúcares dissolvidos que sugam água, enfraquecendo e até matando as células. Alguns deles chegam a arrancar uma parte significativa da camada protetora do tecido anal. Os pesquisadores também analisaram o efeito dos lubrificantes sobre bactérias que são boas para a região do reto.
As marcas mais seguras para as células foram a PRE e a Wet Platinum, enquanto a Astroglide foi considerada a mais tóxica. O KY Jelly foi a mais agressiva para as bactérias que fazem bem, praticamente eliminado as colônias. Nenhum dos lubrificantes teve atividade anti-HIV suficiente para ser medida.
Independente do lubrificante, o mais importante é usar camisinha em qualquer tipo de relação sexual. As camisinhas possuem lubrificação própria que é a mais segura possível. O preservativo também impede qualquer transmissão de DSTs quando utilizada corretamente.
Na frente ou atrás, com camisinha é que se faz.
fonte: Virgula
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