quinta-feira, 6 de junho de 2013

Reino Unido: Igreja Anglicana desiste de lutar contra a união gay

Abadia anglicana de WestminsterA Igreja Anglicana no Reino Unido não lutará mais contra a união gay no país, anunciou o líder dos bispos na Câmara dos Lordes (semelhante à Câmara Alta) britânica em um breve comunicado no fim da quarta-feira. Segundo o reverendo Tim Stevens, os bispos que representam a religião na Câmara Alta britânica devem reconhecer que prevaleceu o ponto de vista de outros membros da Casa e atuar para modelar a legislação.

“As duas casas do Parlamento já expressaram um ponto de vista claro e das maiorias de que a legislação deve permitir o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo na Inglaterra e em Wales”, diz a nota. “Agora, é o dever e responsabilidade dos bispos da Câmara dos Lordes reconhecer as consequências dessa decisão e se unirem aos outros membros na tarefa de considerar qual seria o melhor formato para tal legislação”, acrescenta.

De acordo com o jornal britânico “Telegraph”, o anúncio representa uma grande mudança na posição da Igreja, já que ela insistia que a aprovação do casamento gay seria uma das maiores ameaças à desestabilização da instituição. O diário lembra também que a decisão acontece mesmo depois de um alerta do Arcebispo de Canterbury, o reverendo Justin Welby, que afirmou que a redefinição do casamento iria modificar a base da sociedade.

Stevens reforçou que os religiosos não vão deixar de reforçar a posição daqueles que se opõem à nova definição de casamento, mas que vão fazer propostas para estender os direitos de paternidade e maternidade de casais homossexuais. Uma das sugestões seria que a mudança em uma parte da lei que diz que quando uma lésbica tem um filho sua esposa não poderia ter considerada como outra mãe. Pela proposta, as duas mulheres seriam responsáveis pela criança. A norma também deve incluir uma definição para adultério.

“A legislação necessita de uma melhora em diversos aspectos cruciais, incluindo na questão da fidelidade no casamento e direitos sobre as crianças. Se a norma for entrar em vigor, é crucial que a nova definição de casamento carregue o máximo de virtudes do casamento que vai ser substituído”, defendeu.

fonte: Extra

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