sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Paraná: Polícia investiga agressão contra jovem gay em Curitiba

O jovem estava fumando na rua com uma amiga no centro de cidade quando um casal de adolescentes o agrediu com um soco inglês

Jovem foi agredido no rosto e na cabeça (foto: reprodução/Metro Curitiba/Lilian Messias)Um jovem de 28 anos  foi agredido por ser homossexual na noite da última sexta-feira, próximo ao Café Teatro, no centro de Curitiba. Ele conta que estava fumando na rua com uma amiga quando um casal de adolescentes, de 15 e 16 anos, se aproximou deles e partiu para a agressão com um soco inglês.  “Eles perguntaram algo para mim e nem deu tempo de responder. Logo começaram a dar golpes no rosto de nós dois. Mas eles diziam que o alvo era eu por ser gay”, revela o jovem, que prefere não ter o nome divulgado.

A amiga correu para pedir ajuda e a agressão só parou quando seguranças do Café Teatro se aproximaram para ver o que estava acontecendo.  Segundo ele, os dois adolescentes tentaram fugir e entraram em um bar próximo. Uma viatura da polícia que fazia patrulhamento de rotina parou para verificar a movimentação e apreendeu os dois agressores, que foram encaminhados à Delegacia do Adolescente. Eles prestaram depoimento e foram liberados. O jovem agredido foi encaminhado ao Hospital Cajuru e levou sete pontos no supercílio e três pontos no couro cabeludo.

Na segunda-feira, ele foi ao IML realizar exame do corpo de delito e à delegacia registrar boletim de ocorrência. Já a amiga teve ferimentos leves e não precisou ser levada para o hospital. “A sensação é de que você está em um país onde as leis protegem os criminosos e não a sociedade. Espero que eles paguem pelo que fizeram. Vou até o fim, quero justiça”, desabafa.  A Delegacia do Adolescente foi procurada, mas não quis se pronunciar.

De acordo com o MP-PR, Ministério Público do Paraná, os adolecentes podem ser responsabilizados. “Isso por vir através de medidas socioeducativas, como prestação de serviços comunitários, ou de medidas protetivas, com encaminhamento para tratamentos psiquiátricos ou psicológicos”, explica o promotor de Justiça do MP, doutor em Direito da Criança e do Adolescente, Mário Luiz Ramidoff.

ONG
A ONG (Organização Não Governamental) Dom da Terra, que desenvolve um trabalho de combate à violência homofóbica em Curitiba, acompanha esse caso de perto e ofereceu assistência psicológica às duas vítimas.

“Nós atendemos vítimas de violência e discriminação. O que estamos fazendo é pressionar as autoridades para que essas investigações virem inquérito e depois se tornem processos”, afirma um dos coordenadores da ONG, Márcio Marins. 

fonte: Band

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