quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Eleições 2012: Grupo Gay da Bahia simpatiza com candidaturas de Pelegrino (PT) e ACM Neto (DEM)

por Biaggio Talento

O Grupo Gay da Bahia (GGB) analisou os "currículos" dos seis candidatos a prefeito da capital baiana e recomenda o voto, pela ordem, ao petista Nelson Pelegrino ou a ACM Neto (DEM). Os dois têm histórico de luta em favor do movimento dos homossexuais. Mário Kertész (PMDB) tem, conforme a visão do GGB, o currículo "manchado" com eventos que não contribuíram para a luta contra o preconceito. Sobre os outros três candidatos, Márcio Marinho (PRB), Hamilton Assis (PSOL) e Rogério Da Luz (PRTB) os ativistas não encontraram, nos últimos anos, qualquer menção contra ou a favor dos homossexuais em jornais, revistas ou outros meios de comunicação.

Pelegrino já recebeu, em 1992, o troféu Triângulo Rosa do Oscar Gay, criado pela entidade para homenagear os aliados. Sua escolha foi "pela solidariedade constante manifesta na Assembleia Legislativa da Bahia em defesa dos direitos humanos dos homossexuais", na época em que era deputado estadual. Em 2006-2008, o petista participou da abertura das Paradas Gays da Bahia em cima do trio elétrico do GGB e em 2011 visitou e fez discurso na II Conferência LGBT do Estado.

A vice de Pelegrino, vereadora Olívia Santana (PCdoB), é elogiada por ter "o mais rico e histórico currículo de apoio a causa LGBT". Como integrante da frente parlamentar municipal LGBT, apresentou projeto de ações afirmativas para homossexuais, na comissão de educação municipal, "participou de dezenas de manifestações, mesas redondas, concursos e outras atividades em defesa da cidadania/cultura LGBT contra a homofobia".

Já o adversário do petista, o Democrata ACM Neto é mencionado como amigo dos gays, entre outras coisas, por em 2007 debater a união civil entre pessoas do mesmo sexo através do seu site na internet. Conforme o GGB, "o parlamentar está decidido a regulamentar a questão, que é polêmica, através do projeto que altera mais de 220 artigos do Código Civil, do qual é relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara". Neto também foi elogiado por ter sido um dos parlamentares a enfrentar o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) na sua cruzada anti-gay. A entidade anotou que "ACM disse que Bolsonaro fala apenas por ele mesmo e que seu discurso intolerante é isolado".

O peemedebista Mário Kertész tem prós e contras, na avaliação do GGB. Por um lado é elogiado por, em 1985, como prefeito de Salvador, incluir seu nome no abaixo-assinado do GGB, contra a classificação do "homossexualismo como desvio e transtorno sexual". No entanto, o prestígio entre os gays caiu quando Kertész não assinou o decreto que considerou de utilidade pública do GGB, que foi aprovada por decurso de prazo. "Perdeu a oportunidade de ficar na história como aliado dos homossexuais", salienta a entidade. Também foi tachado de falta de consideração o fato do peemedebista ter sido o único candidato a prefeito em 1992 a não responder o questionário enviado aos postulantes à prefeitura naquele ano pelo GGB que procurava avaliar "o compromisso dos candidatos com os direitos humanos dos homossexuais e na luta contra a Aids".

fonte: A Tarde

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