Pessoas podem ser reconvocadas para fazer o teste e confirmar diagnóstico
O Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica para profissionais da área em que informa que a vacina contra a gripe A (H1N1), popularmente conhecida como suína, pode influenciar os resultados de exames que detectam o vírus HIV. A vacina, que começou a ser aplicada no dia 8 de março, pode fazer com que o teste dê positivo para o vírus da Aids mesmo que a pessoa não esteja infectada pela doença. O efeito é temporário.
De acordo com o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do ministério, o problema acontece porque as pessoas que tomaram a vacina produzem anticorpos (moléculas responsáveis por desencadear a defesa do corpo contra infecções) chamados IgM, que influenciam em um teste chamado Elisa, que é o mais usado para detectar o HIV.
Nesse tipo de exame, os técnicos procuram por anticorpos que o corpo produz para lutar contra o vírus. É comum que aconteçam casos de "falso positivo", em que são detectados anticorpos mesmo em pessoas que não foram infectadas pelo HIV.
A recomendação do ministério é que, caso o resultado dê positivo, as pessoas passem por um outro exame, chamado Western Blot, que é mais sensível e preciso – em geral esse teste só é usado para confirmar a primeira medição. Na nota, o Departamento de Aids também diz que as pessoas podem ser convocadas para refazer o teste.
– Diante desses fatos, orientamos que os profissionais de saúde responsáveis pelo diagnóstico sorológico do HIV-1 informem aos pacientes que receberam a vacina sobre a possibilidade de ocorrência de resultados falso positivos e, se necessário, façam a convocação destes pacientes para coleta de novas amostras após 30 dias, até que o diagnóstico seja definido.
A campanha de vacinação contra a gripe A termina oficialmente nesta sexta-feira (21), mas o baixo comparecimento de certos grupos da população já faz com que cidades e Estados prorroguem o prazo. Dados enviados pelas secretarias estaduais e municipais ao Ministério da Saúde até a noite desta quinta-feira (20) indicam que 61,5 milhões de pessoas tomaram a dose, o que representa 67% do público-alvo da ação, que é de 91 milhões de indivíduos – a meta é chegar a ao menos 80%.
fonte: R7
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