Oitava edição da CopaDellas começa neste sábado (29). Entre os vinte times, nem todas são lésbicas.
Quando Manuela Bezerra decidiu juntar as amigas para bater uma bola não sabia que a ideia de um campeonato criado por uma amiga iria dar tão certo. Tão certo que começa neste sábado (29), no Clube de Regatas Tietê, em São Paulo, a oitava edição da CopaDellas – um campeonato de futebol de salão feminino que com o passar do tempo assumiu outro objetivo além do esporte: tornar as lésbicas mais visíveis.
São cerca de 300 atletas e 20 times disputando o campeonato que tem jogos neste sábado (29), domingo (30) e no sábado, 5 de junho. A entrada é gratuita e quem quiser acompanhar os jogos deve levar apenas 1 kg de alimento não perecível. No dia 6 ocorre em São Paulo a Parada Gay.
O objetivo de dar visibilidade podia nem ser esse no começo, mas o fato é que o engajamento foi crescendo e neste ano o evento conta com a parceria da Secretaria de Participação e Parceria - SMPP, por meio da Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual (Cads).
Para Manuela, uma das organizadoras do campeonato, o objetivo agora é aumentar o número de participantes e dar cada vez mais visibilidade ao evento. “Antigamente era mais diversão, agora está ficando mais sério”, diz.
Os três dias de jogos podem aumentar. “A intenção é que vingue esse campeonato para que ele dure mais do que três dias. Já houve interesse de equipes de outros estados em participar”, afirma.
Campeã no ano passado com o time “De Boa Na Lagoa”, Daniella Farina, de 29 anos, assumiu a função de técnica. Segundo ela, além de dar visibilidade à comunidade lésbica, o evento é, antes de tudo, uma forma de trocar experiências e incentivar a prática do esporte entre elas. “Existem poucos campeonatos de futebol de salão para mulheres. Então é uma boa oportunidade”, diz.
Prova disso é que em seu time, entre as dez jogadoras, apenas três são lésbicas. No ano passado, eram só duas. “Tem até algumas que são casadas”, afirma. Quanto ao público, no entanto, a história é diferente. “Acho que 70% do público é GLBT”, afirma.
fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário