segunda-feira, 31 de maio de 2010

Campeonato de futebol de salão reúne lésbicas em São Paulo

Oitava edição da CopaDellas começa neste sábado (29). Entre os vinte times, nem todas são lésbicas.

Daniella Farina é técnica da equipe campeã da CopaDellas em 2009 (Foto: Emilio Sant'Anna) Quando Manuela Bezerra decidiu juntar as amigas para bater uma bola não sabia que a ideia de um campeonato criado por uma amiga iria dar tão certo. Tão certo que começa neste sábado (29), no Clube de Regatas Tietê, em São Paulo, a oitava edição da CopaDellas – um campeonato de futebol de salão feminino que com o passar do tempo assumiu outro objetivo além do esporte: tornar as lésbicas mais visíveis.

São cerca de 300 atletas e 20 times disputando o campeonato que tem jogos neste sábado (29), domingo (30) e no sábado, 5 de junho. A entrada é gratuita e quem quiser acompanhar os jogos deve levar apenas 1 kg de alimento não perecível. No dia 6 ocorre em São Paulo a Parada Gay.

O objetivo de dar visibilidade podia nem ser esse no começo, mas o fato é que o engajamento foi crescendo e neste ano o evento conta com a parceria da Secretaria de Participação e Parceria - SMPP, por meio da Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual (Cads).

Para Manuela, uma das organizadoras do campeonato, o objetivo agora é aumentar o número de participantes e dar cada vez mais visibilidade ao evento. “Antigamente era mais diversão, agora está ficando mais sério”, diz.

Os três dias de jogos podem aumentar. “A intenção é que vingue esse campeonato para que ele dure mais do que três dias. Já houve interesse de equipes de outros estados em participar”, afirma.

Campeã no ano passado com o time “De Boa Na Lagoa”, Daniella Farina, de 29 anos, assumiu a função de técnica. Segundo ela, além de dar visibilidade à comunidade lésbica, o evento é, antes de tudo, uma forma de trocar experiências e incentivar a prática do esporte entre elas. “Existem poucos campeonatos de futebol de salão para mulheres. Então é uma boa oportunidade”, diz.

Prova disso é que em seu time, entre as dez jogadoras, apenas três são lésbicas. No ano passado, eram só duas. “Tem até algumas que são casadas”, afirma. Quanto ao público, no entanto, a história é diferente. “Acho que 70% do público é GLBT”, afirma.

fonte: G1

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