segunda-feira, 5 de abril de 2010

Cidade do México realiza 88 casamentos gays em um mês

casamento Um mês depois da lei que permite o união entre pessoas do mesmo sexo ter entrado em vigor na Cidade do México, a capital registrou a realização de 88 casamentos homossexuais, informou nesta segunda-feira o Governo da metrópole.

Foram 50 casais de homens e 38 de mulheres; a maioria dos noivos tem entre 31 e 40 anos, embora também tenham sido registradas uniões entre menores de 20 anos.

A norma, que tem efeito apenas no Distrito Federal, foi impulsionada pelo Governo de esquerda da cidade e provocou rejeição, principalmente do governista Partido da Ação Nacional (PAN).

Vários estados governados por este partido apresentaram controvérsias constitucionais perante a Suprema Corte, que foram desprezadas pelos magistrados. A Promotoria federal também se opôs, e a impugnação segue sob o exame do alto tribunal.

A lei aprovada na Cidade do México permite aos casais diferenciar o regime legal de seu casamento, como podem fazer os casais heterossexuais: a maioria optou pelo regime de comunhão de bens (59), e o resto pelo de separação.

O Registro Civil da metrópole tem 37 bodas entre pessoas do mesmo sexo pendentes marcadas para abril, maio e junho.

A capital é o estado do país onde a comunidade homossexual se manifesta mais abertamente, apesar dos líderes ativistas considerarem que ainda existe uma homofobia considerável e que é preciso trabalhar mais pela conquista de direitos.

Já nos outros estados do país, particularmente os rurais e de governo conservado, a situação dos homossexuais está pior segundo os coletivos gays.

Nos últimos anos, o Executivo da capital aprovou uma série de leis que tiveram uma forte rejeição da direita, como a criação das sociedades de convivência (precursoras dos casamentos gays) e a do bom morrer.

A mais polêmica foi a descriminalização do aborto em 2007 e sua prática em hospitais públicos, que contrasta com a tendência contrária que se vive em mais da metade dos estados do país, que optaram por penalizar esta prática.

fonte: EFE

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