quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Último filme de Heath Ledger tem estreia póstuma nos EUA

Heath Ledger em cena do filme "The Imaginarium of Doctor Parnassus", seu último papel no cinema O ator morreu aos 28 anos, no dia 22 de janeiro de 2008, em Nova York, por uma overdose de medicamentos, em plena gravação deste filme --que Gilliam teve de terminar com a ajuda de Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell, que substituíram Ledger em seu papel.

"Chamei pessoas próximas a ele e todos aceitaram. Demos a eles um DVD com o que Heath tinha gravado e eles ensaiaram. Johnny gravou suas cenas em três horas e meia. É um gênio, assim como Jude e Colin. Estiveram brilhantes", afirmou o cineasta.

O filme conta a história do Doutor Parnassus (Christopher Plummer) e seu mundo imaginário se passa em uma Londres contemporânea em forma de teatro ambulante.

O contador de histórias Parnassus consegue fazer com que os personagens interpretados por Lily Cole, Verne Troyer e Andrew Garfield entrem em seu universo imaginário por meio de um espelho, uma habilidade que ganha após um pacto com o diabo (Tom Waits) que o tornou mortal, mas a um alto custo.

"Parnassus representa quase qualquer artista", afirmou o cineasta. "Entusiasma as pessoas, faz com que observem o mundo com um olhar fresco. Mas ninguém presta atenção nele. Esse é o destino da maioria dos artistas", afirmou.

Um farsante, interpretado por Ledger, Depp, Law e Farrell, se junta ao grupo, e depois de estar à beira da morte, ajuda Parnassus a salvar sua filha (Cole).

Quando o personagem de Ledger atravessa o espelho, seu personagem ganha vida nos rostos dos outros três atores.

Experiência
O diretor, que trabalhou com Ledger em "Os Irmãos Grimm" (2005), conta que o ator australiano era uma pessoa com muita energia, uma mente "com muita experiência" presa em um corpo jovem.

"Era muito divertido e todo o mundo podia perceber um alma velha e sábia em seu interior. Tinha uma experiência de vida muito maior do que podíamos imaginar por sua idade", disse o cineasta.

Cole e Troyer também fizeram declarações nesse sentido.

"Deu tudo pelo papel e ajudava seus companheiros com qualquer detalhe", disse Troyer. "Era uma pessoa incrível", acrescentou.

Já Cole ressaltou a "aprendizagem", tanto profissional quanto pessoal, que adquiriu após trabalhar com o Ledger.

"Aprendi muito observando como atuava, mas, sobretudo, aprendi como pessoa", disse a modelo britânica de 21 anos. "Me chamou a atenção sua extraordinária força vital, sua energia e generosidade. Era alguém capaz de inspirar os demais, o que fazia ia além de qualquer técnica de interpretação", acrescentou.

fonte: Folha Online

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