Ana Karolina Lannes conheceu a fama com apenas 11 anos, quando interpretou a pequena Ágatha em Avenida Brasil. Junto com o merecido destaque que ganhou pelo seu trabalho, a atriz também precisou enfrentar o lado ruim do sucesso: as fofocas. Criada pelo tio e o companheiro dele, a garota comentou, no Encontro desta quinta-feira, 17, que a repercussão de sua vida na mídia a incomodou muito: “Isso é uma das coisas mais chatas de lidar. Descobriram que eu vivia com dois pais, que eles eram gays. Aí, não parou mais. Todas as rádios comentavam, jornais, revistas, todo mundo ficou sabendo. Não que eu quisesse esconder, mas as críticas me magoaram”.
Ana Karolina lembrou que muitos veículos foram às ruas ouvir o público sobre a formação de sua família: “As pessoas são muito antiquadas, não estão acostumadas a ter uma família com dois pais. As rádios começaram a sair na rua pra perguntar para as pessoas que elas achavam da minha vida. Teve uma mulher que falou que eu seria lésbica simplesmente porque meus pais gostam de homem”.
Mesmo com uma família “não- tradicional”, a atriz nunca tinha sofrido preconceito fora de casa. Mas, bem-resolvida, ela logo acabou com o sofrimento. “Nunca sofri bulliyng pela minha família. Minhas amigas próximas falam: ‘Ah, eu também queria ter dois pais, duas mães. E aí eu comecei a criar barreiras para as críticas negativas. Eu sou muito feliz com a minha família. Ninguém é obrigado a aceitar, mas também não precisa criticar”, comentou ela.
Ana foi morar com o tio após a morte de sua mãe, vítima de derrame cerebral, e sempre conversou muito com ele e seu companheiro. “Desde que eu fui pra família deles, eles conversavam comigo. Foi uma cosa que eu tive que aceitar. Não queria mudar, queria que os outros aceitassem”, disse.
fonte: Globo.com
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